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sábado, 22 de agosto de 2020

Notas para uma Teoria Cristológica do Império, fundadas a partir da história da expansão do mundo português

1) Em razão do esvaziamento da linguagem que se deu ao longo destes últimos anos, hoje eu concebo a palavra rico como algo ou alguém pleno ou cheio de alguma coisa, enquanto o pobre é algo ou alguém vazio de alguma coisa. Por esta razão, a relação do rico com o pobre é a mesma dos vasos comunicantes - por osmose, as virtudes saem dos meios de maior concentração para irem preencher os meios de menor concentração, até se igualarem.

2.1) Por essa razão o pobre (ubogi), o portador da pobreza evangélica, sempre é rico em humildade, de virtude. 

2.2) Conforme vai se santificando através do trabalho e ganhando o respeito dos que habitam a mesma cidade que ele, a ponto de amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, mais ele é elevado por Deus de modo a promover o bem comum, a ponto de ser tornar um nobre (bogaty).

3.1) Por essa razão, o nobre é a personificação do pobre que há em nós, a ponto de ser capaz de dizer sim a Deus e servir a Ele dentro dos dons e talentos que foram a ele reservados. Ele é o perfeito representante dos cristos-mendigos, a ponto de a política na terra ser a continuação da trindade, a ponto de a cidade refletir o espelho de justiça no Céu, a Jerusalém Celeste.

3.2) Se o nobre é chamado para servir a Cristo em terras distantes, então ele se torna pobrador (povoador). Ele tem a missão em Cristo fundada de semear a terra recém-descoberta de gente portadora da pobreza evangélica de tal modo que o país seja livre em Cristo, por Cristo e para Cristo. Esses pobres darão testemunho da verdade, convertendo os povos que se encontram em terras distantes ao que ensina o Evangelho.

3.3) Um verdadeiro império de cultura será criado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem - e esse império nunca estará sujeito à tirania e à dominação dos animais que mentem e que vivem a conservar o que é conveniente da verdade, ainda que tentem perverter a ordem das coisas com a odiosa mentira de que o Brasil foi colônia de Portugal, a ponto de trair tudo o que foi sagrado, estabelecido em Ourique.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2020.

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