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quarta-feira, 9 de julho de 2014

Do futebol como cemitério de consciências


1) Antes mesmo da Copa, PVC, da ESPN Brasil. já falava que na Alemanha e na Espanha um novo conceito de futebol estava surgindo: a do talento trabalhado. Aqui, sempre se teve a mentalidade de que o talento nasce pronto.


2) Com a perda dos terrenos baldios formadores e toda uma geração de jogadores indo jogar cada vez mais cedo na Europa, o futebol brasileiro foi perdendo identidade. Enfim, a seleção brasileira não mais representa, há muito tempo, a essência do futebol jogado no Brasil: ela é basicamente composta de estrangeiros (de jogadores brasileiros que jogam o estilo old school do futebol europeu).

3) Somem-se a isso os fatores políticos, em que o governo da República não investe no talento de seu povo, mas tão somente na venda de uma falsa imagem de que aqui é o país do futuro. Isso também afeta o poderio desportivo de uma nação - e o futebol não fica afastado disso. Até mesmo a copa de 1950, neste aspecto, serviu-se de propaganda disso, quando a nova capital foi fundada.

4) É fato conhecido de que esta República sempre se interessou por grandes eventos, de modo a se fazer uma propaganda falsa do que não é - e a política do pão e circo é um dos sintomas disso.

5) O PT é o sintoma extremo do mal revolucionário que nos acomete desde 15 de novembro de 1889. Os esquerdistas semearam, através do marxismo cultural, que o futebol é o ópio do povo.

6) Pelo que venho observando, isso se tornou tão verdade que se tornou de fato cemitério de muito conservador presuntivo, que acha que o que acontece em campo não tem relação com o que acontece na política. Quando se tem a análise dos fatos e das razões pelas quais o Maracanã foi construído, a verdade vem à tona. 

7) Conheço bem a história da República e as intenções nazi-petistas. Quem acha que o meu tipo de pensamento é babaquice o faz com a finalidade de conservar o que convém, ainda que dissociado da verdade. É uma mistura de razão e emoção que joga o suposto "conservador" como membro da massa de manobra a que tanto repudio. Quem pensa dessa forma já se confessou que não é uma pessoa conservadora.

8) Da mesma forma como fiz quando vi certos conservantistas defendo o marginal do Luis Suárez, sinto que já é hora de defenestrar certas pessoas que não vêem aquilo que precisa ser visto e que não é imediatamente óbvio. Ver o que não se vê é dever de ofício do conservador, pois isso decorre do fato de se estar em conformidade com o todo.

9) Enfim, se eu já não gostava de futebol, agora passo a detestá-lo ainda mais, posto que virou cemitério definitivo da inteligência nacional, além de ser cemitério definitivo de algumas carreiras jornalísticas, quando se trata de análise política e histórica séria e responsável. Pelo menos, ele se mostrou um excelente meio de separar o joio do trigo - ele está separando, de modo prático, quem é conservador de verdade de quem é conservantista.

10) Sinto que já é hora de agir tal qual meu amigo Tarcisio Moura - sinto que já é hora de apreciar umas touradas, cujo fundamento mesmo está no cristianismo. Pois a farra do boi mesmo acabou - pelo menos, esta fase de Copa do Mundo. Quando outubro chegar, aí eu quero ver se o basta definitivo ao mal vai ser mesmo dito de vez. Ao que me parece, com esse conservantismo de futebol, a bananéia tem tudo para prosperar.

11) A cruz só vai pesar mais um pouco daqui pra frente, mas estou pronto para suportar, como sempre se espera nessas coisas.

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