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sexta-feira, 12 de junho de 2020

Notas sobre o despertar deste Cristo-príncipe chamado filósofo

1) Você se torna um bogaty, um Cristo-príncipe, uma pessoa que ficou rica de conhecimento sobre as grandes verdades da vida fundada na conformidade com o Todo que vem Deus, quando Deus envia Cristos necessitados de conhecimento de modo a serem melhores a cada dia, os ubogis, os portadores da pobreza evangélica, a quem Deus tanto preza.

2.1) Dar instrução a quem não tem é um ato de misericórdia espiritual, um serviço fundado no amor. Eis aí Deus chamando você para este nobre trabalho.

2.2.1) Além da instrução, você deve dar bom conselho, consolar os aflitos, repreender os ricos em má consciência, a ponto de pararem de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade e assim se tornarem biednys, pessoas que se acham salvas de antemão, mas que terminam seus dias no inferno, por conta da malvadez da fortuna, das muitas posses que têm. 

2.2.2) É repreendendo os ricos em má consciência que se evita um dia que muitos, na extrema pobreza, terminem se desesperando por conta de sua própria miséria, por conta de haverem perdido a esperança. Afinal, a essência do biedny é ser como o filho pródigo.

2.2.3) É por conta da desesperação que o biedny, o despossuído material, acaba se tornando exército de reserva da Revolução em marcha, a ponto de se tornar lumpemproletário. 

2.2.4) É por meio do bedny, do que vive segundo a carne, segundo o espírito desesperado dos tempos atuais, completamente esvaziado de sentido, que se tem o aggiornamento da mentalidade revolucionária, a ponto de se tornar uma ameaça permanente a cada dia que passa.

3) A missão do filósofo é cuidar dos Cristos necessitados e não deixar que este rebanho que lhe foi confiado se perca por conta da astúcia do lobo. É o maior trabalho que um leigo pode fazer. Não é à toa que muitos deles terminam sendo pessoas consagradas em razão disso.

José Octavio Dettmann

Como construir laços profundos através do serviço

1) Quando uma pessoa qualquer sente que tem muito a ganhar contigo e você sente que não tem nada a ganhar com ela de imediato, faça dessa relação uma prestação de serviço. O maior interessado é o cliente: em troca do tempo que vai deixar de estudar para instruir esta pessoa, você será remunerado. Nada mais justo do que isso. Este é o germe do pacto da mútua assistência, o começo de tudo.

2) Nesta relação de serviço, é preciso ser gárgula: vá servindo verdade até o ponto onde o conservantismo da pessoa bater. Quando esse conservantismo bater, a pessoa irá embora, mas deixará um pouco de dinheiro, que será usado no desenvolvimento da sua atividade intelectual organizada. Se a pessoa se interessar por mais verdade, a relação tenderá a ser ainda mais profunda, a ponto de evoluir numa sociedade ou numa amizade.

3.1) No caso de mulher, o estudo acabará se tornando a melhor forma de se passar a vida a dois. Pela minha experiência, não há nada mais romântico do que o estudo, pois você conhece a alma da pessoa amada melhor naquilo que você sabe fazer de melhor, mas poucos casais fazem isso. 

3,2) Até o surgimento do Netflix (ou da sua versão pornográfica Meteflix), o programa de 10 entre 10 casais era o cinema. Hoje, isto é uma realidade inconcebível, ainda mais nestes tempos de peste chinesa.

4.1) Quando você conhece a alma da pessoa amada, a relação de serviço acabará evoluindo para uma amizade, e daí para um namoro e um casamento, posto que você deu tudo que tinha pelo bem do interessado, da pessoa amada

4.2) Se esta pessoa for leal a você, a ponto de amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, esta pessoa será crucial no seu projeto de vida. Se você toma o Brasil como um lar em Cristo, a ponto de servir a Ele em terras distantes, então traga esta pessoa para trabalhar com você em seu apostolado fundado na santificação através do trabalho. Não só sua esposa mas também todos os amigos que você acumulou ao longo do caminho. 

José Octavio Dettmann

Seja mestre da capitalização moral, não da riqueza tomada como sinal de salvação, tomada como um fim em si mesmo

1) Nando Moura criou o curso mestres do capitalismo. Riqueza a qualquer custo levará certamente a todos imitarem a mão sínica (chinesa), que está armada até os dentes, sempre pronta para atacar aos indefesos.

2) Quando escrevo meus artigos, estou escrevendo minhas experiências sobre a arte de domar o processo de capitalização através da virtude, não do vício. E o processo de capitalização através da virtude gera bons usos e bons costumes na sociedade, uma ética virtuosa, uma vida fundada na conformidade com os planos da criação, uma vez que Deus vê nisso coisas boas. Eis a capitalização moral. Tudo o que há de bom ou de ruim entra por meio de um só homem - e o exemplo arrasta. Se o homem estiver revestido de Cristo, então o bem prevalece.

3) Não existe fórmula mágica.  O seu ponto de partida é você mesmo, sua circunstâncias e o senso de servir a Cristo em terras distantes (lembre-se que você é da América Portuguesa e você foi marcado com o sinal da Santa Cruz). Honre seu pai, sua mãe, o legado de D. Afonso Henriques, a Igreja Católica e Nosso Senhor Jesus Cristo - assim, você encontrará um sentido em meio a este caos em que estamos metidos. 

4) Se houver boa vontade para seguir o caminho da verdade, sempre haverá um caminho. E esse caminho é Cristo, pois Ele é a vida.

5) Se economia é ação humana fundada na comunhão de vida fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que é o sumo logos, então praticar a virtude e conhecer a história de Portugal, Brasil e Algarves é a maior logoterapia que pode ser feita.

José Octavio Dettmann

Da relação de clientela como estágio evolutivo prévio da amizade - relatos da minha experiência pessoal

1) O que fazer quando uma pessoa sente que tem muito a ganhar contigo, mas você sente que não tem muito a ganhar com esta pessoa, em termos de conteúdo? 

2) Transforme a relação numa prestação de serviço pessoal. Na prestação de serviço, você testa o interessado - se ele é um bom cliente, aos poucos ele pode ser elevado ao teu nível, a ponto de ser um espelho de você.

3) Na qualidade de cliente, a pessoa se mostra confiável. E o grande segredo de uma relação duradoura é lidar com gente confiável, que mantenha o serviço produtivo. Ela ganha conhecimento e você passa a ter ganhos sobre a incerteza.

4) Mas antes de aceitar alguém como cliente, é preciso saber se a pessoa tem algum ranço esquerdista. Se a pessoa tiver laços de esquerda na família, a nefasta influência vermelha influirá no seu temperamento, a ponto de encerrar os serviços, pois a verdade servida entrará em choque com o que ela guarda de conveniente e dissociado da verdade.

5.1) Eu lidei com uma pessoa assim, em tempos recentes. Embora o relacionamento tenha durado pouco tempo, ganhei algum dinheiro, em razão do serviço prestado (mandei para ela artigos e vendi para ela um dos ebooks que eu digitalizei). Se a pessoa fosse cria do Olavo, certamente nadaria em dinheiro.

5.2) Afinal, gratuidade só é bom quando há ganho mútuo. Quando há superiores e inferiores, a relação tende a ser de serviço, o que implica sacrifício, de modo a elevar o inferior ao mesmo patamar do superior. O serviço de elevação do inferior precisa ser remunerado, pois é o tempo do superior que está sendo tomado para isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de junho de 2020 (data da postagem original).

Postagens relacionada:

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2020/06/dos-tres-graus-da-relacao-social.html

Dos três graus da relação social: clientela, amizade e casamento

1) Na relação de serviço pessoal, ocorre o primeiro fundamento de uma amizade: a mútua assistência. Eu ajudo você com o meu conhecimento e você coopera com a minha atividade, a ponto de me santificar através do meu trabalho.

2) Se me santifico através do meu trabalho, você se torna santo também, se isso é produtivo e salvífico para você, já que é em Cristo fundado, uma vez que a verdade é o fundamento da liberdade.

3) Se te chamo para ser meu empregado, há mútua assistência e mútua santificação através do trabalho, o que faz com que meu empregado trabalhe em função do meu trabalho, desejando sempre o meu melhor.

4) Dentre todos os meus empregados, a esposa é a princesa dentre eles e a rainha do lar. Além da mútua assistência e da mútua santificação através do trabalho, com ela posso constituir uma família. Eis os três fundamentos do matrimônio, a ponto de ser a evolução da amizade, a ponto de se tornar uma missão pessoal em prol da Igreja de Cristo.

5.1) Minha esposa como empregada goza de uma estabilidade que nenhum empregado possui. O que Deus une o homem não separa - por isso, a esposa é indemissível. 

5.2) Quem instituiu o divórcio pensou na lógica de que a mulher pode ser demitida. Eu uso a pessoa - quando me canso dela, eu a descarto. Isso não é amor - isso é diabólico.

5.3) Negue o amor como o fundamento do bem servir e a amizade como a base da sociedade política e tudo será servido com fins vazios.

José Octavio Dettmann

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Definindo muito bem o papel do historiador e do político à luz da realidade

1) O professor Loryel Rocha fala que política não é guerra. Durante muito tempo a política foi exercida por monarcas - e historicamente, reis eram aqueles que sabiam muito bem organizar um exército. 

2) Assim como na guerra, na política lidamos com situações onde precisamos tomar uma decisão imediata, emergencial e improvisada. Esta decisão pode decidir a vitória ou a derrota no campo de batalha, afetando assim o curso da guerra e, quiçá, da história.

3) Estamos num tempo onde o que conta é justamente isto. Por sorte, nosso atual presidente sabe tomar decisões em tempos difíceis - a vida no exército o preparou muito bem para isso. Se nada for feito, nosso país corre o risco de ser destruído pelos comunistas. Por isso mesmo, a política neste tempo é de guerra contra este mal objetivo, pois ele é anticristão. Ela é a continuação da trindade ainda que por meios violentos, a ponto de se tornar guerra santa, legítima, já que se trata de defender o senso de se tomar o país como um lar em Cristo.

4.1) É por conta de pessoas com este dom de tomarem decisões rápidas em momentos de grande pressão que existem pessoas com outro tipo de dom: ela precisam estar distanciadas dos fatos de modo a fazer uma melhor análise dos acontecimentos históricos. Este sou eu - por natureza, sou um historiador, não um político, dado que não tenho a capacidade de tomar a melhor decisão num momento de grande pressão. 

4.2.1) Historiadores, por natureza, são pessoas voltadas para os tempos de paz - os políticos, os verdadeiros políticos, precisam estar prontos para qualquer tempo. Alguns são bons para atuarem em tempos de paz, outros em tempos de guerra - e somente muito pouca gente é capaz de fazer fazer um bom trabalho em qualquer ocasião, seja em guerra ou na paz. 

4.2.2) O valor do político será medido pela maneira como ele reage às suas circunstâncias. É assim como se mede o verdadeiro homem, como diria Ortega y Gasset.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de junho de 2020.

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Criticar gosto musical virou racismo

1) Quando publiquei meu artigo sobre o pagode em meu blog, teve nego dizendo que eu era racista e acabei sendo bloqueado por isso.

2.1) Lutar contra o mau gosto musical, por ser emburrecedor e provinciano, é racismo. Se critico o pagode, eu sou racista; se critico o funk carioca, eu sou racista.

2.2.1) Gosto se discute porque o belo aponta para a verdade, para o universal, para o objetivo. 

2.2.2) Quando você fala que gosto não se discute, você aponta para o feio, para o disforme, para o que se conserva de conveniente e dissociado da verdade, para o vão particularismo, como se toda cultura fosse boa, como se toda religião fosse boa, como se todo gênero musical fosse bom, uma vez que o homem nasce bom e que a sociedade o corrompe.

3.1) O pessoal não se atenta sequer para o estado da questão exposta. 

3.2) Se exponho que o batuque apela para invocação dos deuses pagãos africanos e que deveríamos dar mais ênfase à nossa herança portuguesa, isso é racismo. Se digo que bater tambor para invocar os deuses da África não é cristão, é racismo. É impressionante! O minority report só relata a menoridade da inteligência por estas bandas.

José Octavio Dettmann