1) Se não soubesse qual caminho eu deveria seguir no curso dos meus escritos, a melhor pessoa que poderia me aconselhar seria meu confessor, já que ele estaria direcionando o meu espírito in persona christi.
2) Neste trabalho que eu faço, quando vejo alguém querendo mandar no meu trabalho ou dar conselhos não solicitados, eu sou obrigado a fazer ouvidos moucos - ainda que a pessoa esteja na qualidade de amiga, ela não está revestida da prerrogativa de ser um outro Cristo que só um padre pode fazzer, ainda mais quando o meu trabalho de escritor é voltado para a aperfeiçoar a liberdade de muitos.. E mais grave ainda sem adotar mais ou menos a seguinte postura: "Dettmann, se me permite dizê-lo, eu acho que você deveria abordar este tema x, e não Y. A razão pela qual digo isto está nos seguintes fundamentos...".
3.1) Escrever é um ato fundado no amor - enquanto crio, eu tomo decisões. Em tudo o que faço, eu fundamento os meus pensamentos. O verdadeiro amigo, que participa do processo criativo, deve motivar suas orientações, a ponto de dar a quem cria informações que, talvez, eu não tenha pensado naquele momento, já que duas cabeças pensam melhor do que uma.
3.2) A não-fundamentação, fundada numa impressão ou numa opinião, não passa de arbítro próprio de quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade. E neste ponto o pretenso amigo torna-se mau conselheiro e tem mais é que ser podado.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 03 de dezembro de 2024 (data da postagem original).
Nenhum comentário:
Postar um comentário