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sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Banco Central eleva juros para 12,25% ao ano e sinaliza nova alta para 14,25% em março

O Banco Central anunciou um aumento na taxa básica de juros, elevando a Selic para 12,25% ao ano, em uma decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom). A medida foi mais agressiva do que o esperado, com uma alta de 1 ponto percentual, e representa a terceira elevação consecutiva. O comitê também indicou a possibilidade de novas altas, podendo levar a taxa para 14,25% até março.

A decisão surpreendeu o mercado, que inicialmente apostava em um aumento de 0,75 ponto percentual. Segundo especialistas, a medida reforça a credibilidade do futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que assumirá em janeiro de 2024.

Impactos no mercado financeiro

A reação do mercado foi imediata. O dólar caiu para R$ 5,97, influenciado tanto pela decisão do Banco Central quanto pela notícia de um procedimento médico adicional do presidente Lula. A moeda americana, que já estava em queda devido à expectativa de aumento da Selic, aprofundou a retração após a divulgação da intervenção médica.

O índice Bovespa registrou alta significativa, com analistas apontando uma combinação de fatores: o ajuste na política monetária e especulações sobre o impacto do afastamento temporário de Lula na aprovação de medidas fiscais. Há indicações de que a possibilidade de Geraldo Alckmin assumir a presidência interinamente tem sido bem recebida pelo mercado, pois poderia facilitar a aprovação de um pacote de corte de gastos.

Contexto político e constitucional

A menção ao artigo 75 da Constituição Federal trouxe à tona discussões sobre o afastamento do presidente da República por impedimentos temporários, como internações médicas. De acordo com analistas políticos, há pressões no Congresso Nacional, especialmente do Centrão, para que o vice-presidente assuma durante o período de recuperação de Lula, colocando como condição a aprovação do pacote fiscal.

Perspectivas futuras

O cenário econômico e político continua incerto, mas há consenso de que o mercado está antecipando movimentos que ainda não foram oficialmente confirmados. A decisão do Copom e os desdobramentos políticos associados ao estado de saúde do presidente são acompanhados com atenção por investidores e analistas.

 Cleber Teixeira - Canal Jacaré de Tanga

Fonte:  

https://www.youtube.com/watch?v=DVPjXyy_hCA

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