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domingo, 11 de agosto de 2024

Homer Lea - O homem que previu a Primeira e Segunda Guerras Mundiais, e a Guerra Fria

(0:00) Um nobre desconhecido, mas que se revelou profético ao prever a Segunda Guerra Mundial (0:05) 30 anos antes, a ascensão da China 100 anos antes e que ajudou a China a se tornar uma (0:11) república, acabando com milhares de anos de dinastias. (0:15) O jovem aventureiro Homer Lea foi um estrategista militar, escritor e ativista político nascido (0:21) em 1876 e que morreu em 1912, conhecido por suas visões proféticas e estratégias inovadoras, (0:28) particularmente relacionadas à geopolítica e às relações internacionais. (0:32) Lea ganhou reconhecimento com a publicação do seu livro mais influente intitulado The (0:38) Valor of Ignorance, ou, em português, O Valor da Ignorância, lançado em 1909.

(0:44) No vídeo de hoje vamos ver a teoria de Homer Lea, um geopolítico desconhecido da maioria (0:49) dos amantes da geopolítica, mas que teve uma profunda e enorme influência no mundo como (0:55) conhecemos hoje. (0:57) Mas antes disso, não se esqueça de se inscrever no canal, compartilhando o vídeo com todo (1:01) mundo que você conhece, para que eu possa continuar trazendo conteúdo de geopolítica (1:05) de verdade para vocês. (1:06) O seu apoio é absolutamente fundamental para a continuidade do canal Geopolítica Mundial.

(1:12) O meu nome é Adrian Peta e esse é o Geopolítica Mundial. (1:23) Para entender a percepção de Homer Lee, precisamos sintetizar as análises estratégicas, (1:27) militares e geopolíticas em dois livros que ele escreveu, o Dia do Saxão, em 1912, (1:33) e o mais famoso, O Valor da Ignorância, de 1909. (1:37) Homer Lea diz que a força física e militar são elementos fundamentais para a existência (1:41) e prosperidade de uma nação, tal como o vigor físico do homem é assim equiparado (1:47) à força militar das nações, reforçando que a capacidade de defesa e conquista é (1:53) essencial para o crescimento e sucesso de um país.

(1:56) Ele então destaca que ideais, leis e constituições são apenas manifestações temporárias e (2:02) existem apenas enquanto essa força vital permanecer. (2:06) E da mesma forma que a força física atinge seu auge na maturidade do homem, as conquistas (2:12) militares de uma nação marcam o auge de sua grandeza física. (2:17) Para ele, o declínio da força física em um indivíduo indica doença ou velhice, assim (2:22) como a diminuição da força militar de uma nação marca o seu declínio.

(2:27) Logo, se não houver uma renascença nacional, o declínio vai se instalar e o resultado (2:31) será inevitavelmente sombrio, como aconteceu com inúmeras nações que por serem vaidosas (2:37) não conseguiram prever a sua própria queda e de suas estruturas de governo frágeis. (2:42) Ele então faz uma análise da história da humanidade revelando que, ao longo de um ciclo (2:47) de aproximadamente 3.400 anos, houve menos de 234 anos de paz, com nações sucedendo (2:54) umas às outras com uma sequência de seu surgimento, declínio e queda, sendo que todas (3:00) elas foram construídas por arquitetos que eram generais, pedreiros que eram soldados, (3:06) colheres de pedreiros que eram espadas e com pedras que eram as ruínas de estados decadentes. (3:12) Seus períodos de grandeza coincidiram sempre com seu poderio militar e a expansão que (3:17) vinha dele, sendo que o auge da grandeza dessas nações foi alcançado quando a expansão (3:22) iria cessar, pois ele acredita que não há estagnação na vida de um indivíduo nem (3:27) na vida de uma nação.

(3:29) Assim, a existência nacional é governada por uma lei invariável, as fronteiras das (3:35) unidades políticas nunca permanecem estacionárias, elas devem expandir ou encolher. (3:41) Ele explica que a história do desenvolvimento político da China se assemelha à história (3:46) das demais nações, tanto no ocidente quanto no oriente. (3:49) A China construiu seu próprio avanço e civilização, sem depender de outras civilizações do mundo, (3:55) mas a China também passou por períodos de vigor físico e deterioração militar, semelhantes (4:01) ao de outras nações.

(4:03) Então a China seria composta por unidades políticas que se alternam entre decadência (4:08) e renascimento ao longo de sua existência. (4:10) Mas há uma diferença da China para outros, segundo ele, que é o fato de que ela teve (4:15) a sorte de ter um ambiente natural que a protegeu e favoreceu sua continuidade ao longo (4:21) dos séculos. (4:22) As montanhas inacessíveis do Himalaia, os desertos inabitáveis de Gobi e Xamon, florestas (4:27) impenetráveis na Sibéria e no sul do país, esteps hostis à presença humana e mares (4:33) relativamente vazios contribuíram para o seu isolamento, na sua defesa e na preservação (4:39) da raça chinesa em sua continuidade histórica.

(4:42) Até o século XIX, a China seria praticamente inatingível para as nações europeias, sendo (4:47) considerada um reino mítico chamado Catai, localizado em algum lugar das joias do mar (4:53) do leste. (4:54) Assim, a partir daquele século, o século XIX, a situação mudaria drasticamente, com (4:59) a China enfrentando desafios cada vez mais complexos. (5:02) Afinal, agora as ameaças não vieram apenas do norte, mas também do leste, sul e oeste.

(5:07) Potências europeias e o Japão emergiram como forças influentes que ameaçam a existência (5:13) e a grandeza da China. (5:14) Essas potências estabeleceram suas próprias colônias na China e procuraram dividir e (5:20) conquistar o país. (5:21) Homer argumenta que assim como os indivíduos não conseguem conceber sua própria morte, (5:25) as nações também não conseguem compreender sua própria extinção, mesmo quando ela (5:30) aparenta inevitável.

(5:32) Destacando que a história da República Americana até o presente tem seguido os mesmos (5:37) padrões das forças elementares que deram origem às outras nações e governaram seu (5:41) crescimento. (5:43) Afinal, o país foi construído através do combate e da conquista de tribos indefesas, (5:48) assim como outras nações fizeram antes dela. (5:51) Mas as conquistas da América foram feitas sobre nações e aborígenes que eram desproporcionalmente (5:58) mais fracas, o que tornou suas guerras destrutivas em vez de promoverem conceitos militares de (6:04) qualidade.

(6:05) Ou seja, o conceito de guerra nas forças armadas americanas se deu não enfrentando (6:10) ameaças sérias, mas ameaças muito inferiores. (6:13) Então teríamos a diferença entre industrialismo e comercialismo e como esses dois elementos (6:19) podem afetar o destino de uma nação. (6:22) Ele descreve o industrialismo como o desenvolvimento das indústrias e da riqueza potencial de (6:26) uma nação.

(6:27) Ele é considerado incidental ao progresso nacional e não o objetivo da grandeza nacional. (6:33) Mas também temos o comercialismo, que é a utilização do industrialismo para a gratificação (6:39) da vareja individual. (6:40) Enquanto o industrialismo é o trabalho de um povo para suprir as necessidades da humanidade, (6:46) o comercialismo é a exploração desse industrialismo para benefício pessoal.
(6:51) Ele faz essa discussão para chegar na questão da importância do desenvolvimento militar. (6:55) Pois, enquanto o industrialismo é relacionado com a nutrição nacional, o desenvolvimento (7:01) militar é considerado um elemento primordial no processo da formação e na existência (7:07) de uma nação. (7:08) Então, enquanto o industrialismo é responsável pela alimentação nacional, o desenvolvimento (7:13) militar é responsável pela evolução das nações e pela paz da humanidade.

(7:18) E isso, segundo ele, é importante destacar, porque naquele momento estavam nascendo ameaças (7:23) à civilização anglo-saxã. (7:26) Mas quais seriam esses perigos que iriam ameaçar os Estados Unidos e o Império Britânico (7:30) na visão de Homer? (7:32) E para isso, ele descreve o cenário geopolítico da época, onde a do Saxão de 1912 ele separa (7:38) os interesses dos saxões, mais especificamente os ingleses, em áreas-chave, a América, (7:44) a Índia, o Pacífico, a Ásia Oriental, a Rússia e a Europa. (7:49) Sobre a América, ele diz que o futuro do relacionamento político entre o Império Britânico e a (7:53) América será determinada pela convergência de interesses canadenses, interesses americanos (7:59) e interesses europeus, o que viria de fato acontecer na Segunda Guerra Mundial, quando (8:03) esses três países se alinharam por causa de uma ameaça nascendo na Europa.

(8:08) Com relação à Índia, ele é profético. (8:11) Se não fosse pela Índia, a nação britânica estaria confinada ao Reino Unido e à América, (8:16) sendo que enquanto a Inglaterra dominar a Índia, sua posição de império vai se manter (8:21) incontestável. (8:22) Por isso, ele se demonstra preocupado com o impossível nacionalismo indiano, onde ele (8:28) diz que a perda da Índia seria um golpe vital para o Império Britânico, falando da importância (8:34) estratégica e política da Índia.

(8:37) Ele afirma que a retenção da Índia depende da supremacia militar do Império, tanto na (8:42) Índia quanto em suas fronteiras, argumentando que a perda da Índia poderia ser mais prejudicial (8:47) para o Império Britânico, mais até mesmo do que um ataque direto às ilhas britânicas. (8:54) Ele destaca a importância da Índia como uma posição estratégica central na Ásia (8:58) e África, estabelecendo 11 triângulos estratégicos que definem isso. (9:03) As primeiras resultam da atuação dentro do que ele chama de leis de estratégia política (9:07) e militar, que dão capacidade ofensiva e defensiva, além de total segurança às regiões.

(9:13) Sendo a oeste, ele incluindo a Arábia e a costa leste da África, de Adem, a cidade (9:19) do Cabo, ao sul, incluindo todo o Oceano Índico, sudeste, Austrália e Nova Zelândia, e a (9:26) leste, a Península Malaia e os assentamentos do Estreito de Málaga. (9:30) Esses 11 triângulos estratégicos têm fora da Índia três centros subsidiários. (9:36) O primeiro, a Ásia Menor, sendo o centro da esfera ocidental.
(9:40) O triângulo Seychelles, Maurício Diego Garcia, sendo o centro da esfera sul. (9:46) E Singapura, o centro do leste. (9:48) E por isso, ele tem demonstrado no livro uma preocupação com relação a um renascimento (9:54) do nacionalismo indiano sob domínio britânico e como o crescimento do nacionalismo eventualmente (9:59) levaria ao renascimento da militância.

(10:03) Um fato pouco conhecido é que Homer Lea foi amplamente lido no Japão, sobretudo (10:07) no Alto Comando Militar Imperial, sendo que as estratégias do Império Japonês foram (10:12) baseadas nas teorias de Mahan, que já fiz um vídeo aqui no canal, e do próprio (10:17) Homer Lea. (10:18) E não à toa, porque os japoneses, através dos seus altamente eficientes serviços de (10:23) espionagem, iriam tentar incentivar o nacionalismo indiano, como forma de enfraquecer a posição (10:29) britânica na Ásia, porque sabiam que se a Índia fosse perdida pelos britânicos, (10:33) os dias de Londres como superpotência global estariam contados. (10:38) Fato que se mostrou profético, porque ainda que os japoneses não tenham conseguido isso, (10:43) eles pelo menos conseguiram estimular isso de forma que, ao início da Guerra Fria, a (10:49) perda da Índia levaria a Inglaterra a perder seu status de império.

(10:53) No Pacífico, ele menciona a importância da manutenção do equilíbrio político e (10:58) militar. (10:58) Ele diz que a defesa da Australásia, ou seja, Austrália e Nova Zelândia, depende inteiramente (11:05) da integridade e continuidade do Império Britânico. (11:08) Enquanto o Império se mantiver, a segurança da Australásia estaria garantida, mas caso (11:14) o Império fosse perdido, a dominação saxônica no sul do Pacífico também chegaria ao fim.

(11:20) Ele mostra preocupação com a expansão populacional da Ásia em direção à Australásia (11:25) e a necessidade de defesa militar para impedir a imigração asiática, especificamente chinesa (11:31) e japonesa, argumentando que a capacidade defensiva da Australásia sozinha não seria (11:37) suficiente para impedir a apreensão de seus territórios por qualquer poder que controlasse (11:42) os mares da região. (11:44) No Leste da Ásia, ele critica a aliança entre o Império Britânico e o Japão, argumentando (11:50) que essa aliança resultou em consequências desfavoráveis para o Império Britânico, (11:55) tornando o Japão mais poderoso no Pacífico e colocando em risco os próprios interesses (12:00) britânicos. (12:01) Ele compara a ascensão do Japão à ascensão da Inglaterra, ressaltando que o controle (12:06) marítimo é fundamental para a defesa e expansão de um poder insular, ou seja, de uma ilha.

(12:12) Ele prevê que o Japão teria um papel significativo na Ásia e no Pacífico e que seu controle (12:18) sobre o Pacífico seria cada vez mais absoluto, enquanto o controle britânico sobre o Atlântico (12:24) seria cada vez mais incerto. (12:27) Basicamente, ele descreveu o mundo de 1940, 31 anos antes, porque ele acreditava que o (12:35) Império Japonês iria querer estender suas fronteiras marítimas a leste das Ilhas Havaianas (12:40) e ao sul das Filipinas, e que as posições do Império Britânico de Hong Kong, Singapura (12:45) e da Australásia já estavam nas mãos dos japoneses em caso de guerra, o que se mostrou (12:51) verdade também porque na Segunda Guerra Mundial, quando o Império Britânico foi (12:55) derrotado, ele perdeu rapidamente a Malásia, Singapura e Hong Kong. (13:01) Além do que, ele previu que o Japão iria priorizar a posse das Filipinas, pois com a (13:06) conquista dessa região, o Japão completaria sua cadeia de fortalezas insulares, desde (13:11) a Península de Kanchatka até o Oceano Índico, com a qual ela se ligaria à Ásia a partir (13:17) do Ocidente, que foi exatamente a estratégia que o Japão tentou na Segunda Guerra Mundial.

(13:23) Mas além do Japão, ele demonstra preocupação também com a Rússia, que para ele é um império (13:28) em constante expansão e crescimento ao longo dos séculos, sendo que sua expansão não (13:33) é dependente da sorte, mas sim o resultado de um plano pré-determinado. (13:38) Ele menciona como durante o século XVIII, a Rússia consolidou suas fronteiras e prosseguiu (13:43) com seu plano de expansão que havia sido decidido durante o século XVII. (13:48) Com uma série de guerras e conquistas, a Rússia alcançou seus objetivos de expansão (13:52) em direções estratégicas.

(13:54) Ela buscou se expandir em direção ao Noroeste para conquistar os territórios suecos na (13:59) região do Báltico e em direção ao Oeste para obter partes da Polônia em direção (14:04) ao Sul para ganhar acesso ao Mar Negro e criar instabilidade na Turquia, e em direção (14:09) ao Sudeste para conquistar o Mar Cáspio e o Cáucaso. (14:13) Por fim, a Rússia se expandiu na direção do Pacífico, anexando os territórios como (14:18) Amur, Ussuri, Kanchatka e a Península Kwantung, o que fez com que a Rússia se tornasse uma (14:25) potência tanto na Europa quanto na Ásia. (14:28) Ele menciona como a Rússia também foi eficiente não só em expandir seu território, mas também (14:33) em consolidar as suas conquistas, unificando todas essas vastas regiões em um único império.

(14:40) E dada a derrota para o Japão em 1905, o seu estabelecimento na Ásia e a Alemanha (14:46) se estabelecendo no Bósforo e Leste Europeu, a Rússia acabaria marchando em direção (14:51) ao Sul, através da Pérsia, aonde chegaria a Índia, o ponto fraco do Império Britânico. (14:57) E como eu disse, ele menciona a Alemanha como um grande preocupação, vendo que no (15:02) futuro dele, ou seja, em 1912, seria inevitável uma guerra do Império Britânico com o Império (15:07) Alemão, que viria a se concretizar apenas dois anos depois, na Primeira Guerra Mundial, (15:13) no futuro conflito que ele descreve como sendo o da civilização anglo-saxã contra a civilização (15:19) teutônica. (15:21) Ele diz que a Alemanha, assim como outras nações, está sujeita ao que ele chama de (15:26) forças e influências que moldam sua existência e desenvolvimento.

(15:30) Sendo uma dessas influências o ambiente político no qual a nação está inserida, pois a expansão (15:36) de uma nação ocorre em direção a áreas onde o poder de resistência é menor e a (15:42) motivação para expansão é maior. (15:45) Por isso Dinamarca, sendo uma das esferas estratégicas da Europa, seria essencial (15:50) para o poder germânico, seguida da Holanda, que com seus portos iriam dar para a Alemanha (15:56) a oportunidade de ataque às ilhas britânicas, de onde os alemães iriam também adquirir (16:01) as possessões coloniais dos Países Baixos, estabelecendo o poder alemão no Oriente, (16:06) na costa norte da América do Sul e nas ilhas holandesas da parte sul do Mar do Caribe, (16:12) isolando então o poderio inglês. (16:14) E por último, a Áustria, que daria a projeção teutônica sobre o Mediterrâneo e a Ásia (16:20) Menor, que é a atual Turquia.

(16:22) Aliás, ele cita como a soberania austríaca parecia estar perto de um grande fim e que (16:28) provavelmente seria anexada em breve. (16:30) Então temos, profeticamente, a ascensão dos três poderes que marcariam o fim do Império (16:36) Britânico. (16:37) A ascensão alemã no oeste da Eurásia, a ascensão japonesa no leste da Ásia e a Rússia (16:43) central pressionando em direção à Índia, o calcanhar de aqueles dos saxões.

(16:48) O que basicamente é a previsão da Primeira Guerra Mundial com a Alemanha, que por si (16:54) só já foi o suficiente para corroer o Império Britânico, a previsão da Segunda Guerra (16:59) Mundial com a Alemanha e Japão que iria desarticular o Império Britânico e, finalmente, a Guerra (17:06) Fria contra a Rússia ou União Soviética que iria enterrar de vez o Império Britânico. (17:13) Mas se a Inglaterra parecia, em sua visão, que iria atravessar essas lutas no futuro, (17:20) ele também prevê como o cenário geopolítico no Pacífico empurrava para uma futura guerra (17:25) do Japão com os Estados Unidos. (17:28) Ele menciona como, há poucas décadas antes, o Japão era praticamente um mito e o Império (17:33) Alemão apenas uma possibilidade geográfica, mas que então eles já eram considerados (17:39) iguais e, em muitos aspectos, superiores em força e grandeza a outras potências do (17:45) mundo.

(17:45) E isso acontece apenas porque eles não se tornaram excessivamente dependentes do industrialismo, (17:52) mas desde a época de Bismarck (17:54) até aquele momento reconheceram a imutabilidade dessas leis e têm mantido e estão continuamente (18:01) se preparando para manter no futuro o equilíbrio entre sua expansão industrial e desenvolvimento (18:07) político. (18:08) Assim, ele diz que, se a Alemanha, de um lado, e o Japão, do outro, continuarem a resistir (18:13) ao que ele chama de influências deteriorantes, como o feminismo e o charlatanismo político (18:19) que ele não deixa muito claro o que seria, eles, em pouco tempo, acabariam formando uma (18:24) aliança para dividir o mundo entre eles, lembrando que ele fala isso 31 anos antes (18:30) do pacto tripartite de Japão, Alemanha e Itália. (18:33) Então, essa inevitável guerra entre Japão e Estados Unidos é, por ele, visto como uma (18:39) consequência de um cálculo geopolítico.

(18:42) A saída da China como força regional por causa da Primeira Guerra Sino-Japonesa em (18:46) 1894, onde o Japão venceu, a saída da Rússia como possível atorno pacífico por causa (18:52) da Guerra Russo-Japonesa em 1905, onde o Japão também venceu e essa eliminação gradual (18:59) da Inglaterra e o equilíbrio europeu em 1905. (19:02) Ou seja, apenas dois atores haviam sobrado para dominar a área asiática do Pacífico (19:07) e, para ele, a interdependência comercial dos dois países, Estados Unidos e Japão, (19:13) não seria o suficiente para prevenir uma guerra. (19:17) Assim, notamos que, em sua tese, ele sintetiza que as nações projetam sua força externa (19:23) para onde há menos resistência e, maior importância, que elas passam por ciclos de (19:28) renascimento, fortalecimento e, eventualmente, decadência caso não haja um renascimento (19:34) e que há uma espécie de seleção natural geopolítica, pois a eliminação de forças (19:39) regionais menores leva a dois atores maiores restantes que, eventualmente, irão colidir (19:45) diretamente em uma grande guerra.

(19:47) E ele, em seu mapa tático, basicamente demonstra a importância da Rimland que seria descrita (19:52) depois por Spykman, como a área mais importante, com a Alemanha e Japão pressionando as laterais (19:58) para dentro, enquanto a Rússia de dentro para a parte sul, e a perda da Índia como (20:04) um fator que iria levar ao colapso do Império Britânico. (20:08) Obrigado a todos, espero que vocês tenham gostado e não se esqueçam de compartilhar (20:12) o vídeo com todo mundo que vocês conhecem, dar o seu like e se inscrever, se você não (20:17) tiver inscrito, ativando o sininho de notificações. (20:20) E se você quiser ficar realmente por dentro das novidades do canal, entre no nosso grupo (20:25) do Telegram, onde eu sempre estou colocando notícias importantes ou avisos relacionados ao canal.
(20:32) Abraços e até o próximo vídeo.

Adrian Peta

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