1) Se a salvação para o protestante é tão somente a fé em Deus, ainda que sem obra, então essa é uma fé vazia.
2) A fé do protestante é sem obra porque eles não acreditam em fraternidade universal.
3) Se eles não acreditam em fraternidade universal, então eles não acreditam nem em esperança e nem em caridade. Eles tenderão a achar que a graça não se dá no tempo de Deus - enfim, eles tenderão a ver a riqueza material como um sinal de predestinação dos homens.
4) Se a fraternidade universal é impossível, então é inevitável eles dividirem o mundo entre eleitos e condenados, ficando a riqueza como um sinal de predestinação, de salvação dos eleitos.
5) Se a fé é predestinada, e nada será feito para se melhorar a sorte dos que estão fadados previamente à condenação eterna, então o eleito não poderá ver o condenado como um irmão.
6) Há este ensinamento na Bíblia: "ao teu irmão, não emprestarás com usura". Se o condenado não é visto como um irmão, então emprestar com usura é permitido.
7) Se os eleitos vivem se enriquecendo às custas dos condenados, o que ocorrerá é a concentração dos bens e das riquezas na mãos dessa elite eleita, agravando ainda a falta de esperança dos condenados, até ela tornar um ódio violento, fundado na inveja e na opressão, fundada numa falsa fé, que é essencialmente hipócrita.
8) Para o católico, a caridade que se faz ao próximo predestina o autor da caridade para o céu, já que isso se funda nos méritos de Cristo. Esse é o caminho dos santos.
9) Por isso que a evangelização é por essência salvar os outros do pecado e de tudo que é nele edificado.
10) Se o mundo fosse eternamente dividido entre eleitos e condenados, então todo o caminho que foi preparado para a chegada do salvador não faria sentido. Se fosse assim, Jesus jamais teria vindo nos salvar.
11) Se o mundo fosse eternamente dividido entre eleitos e condenados, Deus seria hipócrita. Se Deus é hipócrita, ele seria um demiurgo. Se tudo se funda na hipocrisia, é porque o verdadeiro Deus de bondade está morto ou falho. E isso é fundamento para o nihilismo de Nietzsche.
12) Esses são outros fundamentos que me permitem compreender porque a mentalidade revolucionária parece ter nascido de uma ordem que previamente dividiu o mundo entre eleitos e condenados.
13) O fato é que toda heresia dá margem para uma heresia ainda mais grave e mais destrutiva. Essa é a essência da descapitalização moral - ela nos afasta da amizade com Deus e de toda a ordem que é n'Ele fundada.
14) Em outras palavras, a coisa surgiu por influência demoníaca e se espalhou.
2) A fé do protestante é sem obra porque eles não acreditam em fraternidade universal.
3) Se eles não acreditam em fraternidade universal, então eles não acreditam nem em esperança e nem em caridade. Eles tenderão a achar que a graça não se dá no tempo de Deus - enfim, eles tenderão a ver a riqueza material como um sinal de predestinação dos homens.
4) Se a fraternidade universal é impossível, então é inevitável eles dividirem o mundo entre eleitos e condenados, ficando a riqueza como um sinal de predestinação, de salvação dos eleitos.
5) Se a fé é predestinada, e nada será feito para se melhorar a sorte dos que estão fadados previamente à condenação eterna, então o eleito não poderá ver o condenado como um irmão.
6) Há este ensinamento na Bíblia: "ao teu irmão, não emprestarás com usura". Se o condenado não é visto como um irmão, então emprestar com usura é permitido.
7) Se os eleitos vivem se enriquecendo às custas dos condenados, o que ocorrerá é a concentração dos bens e das riquezas na mãos dessa elite eleita, agravando ainda a falta de esperança dos condenados, até ela tornar um ódio violento, fundado na inveja e na opressão, fundada numa falsa fé, que é essencialmente hipócrita.
8) Para o católico, a caridade que se faz ao próximo predestina o autor da caridade para o céu, já que isso se funda nos méritos de Cristo. Esse é o caminho dos santos.
9) Por isso que a evangelização é por essência salvar os outros do pecado e de tudo que é nele edificado.
10) Se o mundo fosse eternamente dividido entre eleitos e condenados, então todo o caminho que foi preparado para a chegada do salvador não faria sentido. Se fosse assim, Jesus jamais teria vindo nos salvar.
11) Se o mundo fosse eternamente dividido entre eleitos e condenados, Deus seria hipócrita. Se Deus é hipócrita, ele seria um demiurgo. Se tudo se funda na hipocrisia, é porque o verdadeiro Deus de bondade está morto ou falho. E isso é fundamento para o nihilismo de Nietzsche.
12) Esses são outros fundamentos que me permitem compreender porque a mentalidade revolucionária parece ter nascido de uma ordem que previamente dividiu o mundo entre eleitos e condenados.
13) O fato é que toda heresia dá margem para uma heresia ainda mais grave e mais destrutiva. Essa é a essência da descapitalização moral - ela nos afasta da amizade com Deus e de toda a ordem que é n'Ele fundada.
14) Em outras palavras, a coisa surgiu por influência demoníaca e se espalhou.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 21 de agosto de 2014 (data da postagem original).
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