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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Notas sobre economia personalista - o caso do file-sharing remunerado


1) Por muito tempo, eu apliquei economia impessoal no mercado de file-sharing remunerado. Tinha ganhos elevados num único dia, mas, no longo prazo, eu fracassava. Pela minha experiência, este tipo de economia é muito bom para conhecimentos perecíveis e isso atende muito bem à mentalidade concurseira, pois o brasileiro tende a se contentar com aquilo que está disponível. Se a pessoa estiver mais interessada em ganhar dinheiro do que a servir a seus pares, a economia massificada tenderá a promover a pirataria - e isso acaba se tornando uma fonte de problemas.

2) Uma economia personalista de file-sharing pede que eu trabalhe constantemente as lealdades, de modo a que as pessoas possam entrar sempre no meu blog, sempre que sentirem necessidade de aprender algumas coisas. É preciso estar sempre servindo de maneira reservada e organizada, de modo a atender as necessidades de conhecimento de cada contato, de modo a ele possa te remunerar melhor por cada acesso.

3) Fiz um estudo de caso hoje com minha Sara Rozante. Mandei para ela algumas postagens do meu blog sobre assuntos que já discuti antes e que estavam sendo discutidos em um outro lugar - eu enviei estas postagens como efeito de subsídio para os debates. Como cada postagem fazia remissão a outras postagens, o acesso de uma pessoa só gerou muitos acessos remunerados  - e o blog acabou gerando uma verdadeira fonte de capitalização moral e financeira. Enfim, tendo a ter um ganho mais sustentável se fizer um file-sharing mais personalizado, fundado naquilo que tenho de melhor: meu pensamento.

4) Se houver um debate relevante - e se houver necessidade de rever algum pensamento importante que já produzi antes -, então eu promoverei o file-sharing das postagens anteriores, todas elas revistas e sistematizadas. Com isso, eu acabo promovendo aquilo que é bom e necessário, algo que é conforme o Todo que vem de Deus - e dessa forma, eu tendo a ganhar a mais por acesso, por conta do serviço prestado. 

5) Pelo que percebi ao longo da minha experiência, impessoalizar o acesso do meu blog não atrai muitos visitantes, pois muitos não estão realmente interessados em aprender e em meditar.

6) Eis aí algo de bom que pode ser feito. 

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Não se pode ser condescendente com o conservantista


1) Se uma pessoa conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, por mais pequeno que seja o pecado, isso já revela uma falta de consideração com Deus enorme, pois preservar a ignorância é ser contra a amizade com Deus como sendo base de todo o verdadeiro conhecimento. 

2) Por isso que não podemos ser condescendentes com os conservantistas - eles serão os hereges de amanhã.

Como detectar o conservantismo nas pequenas atitudes


1) Da mesma forma como cito alguém de uma maneira positiva, eu vou citar alguém também como um exemplo de algo que não deve ser feito.

2) O fato, por exemplo, de eu marcar alguém só porque escreve um nome polonês errado e apontar que o erro tem a mesma natureza que escrever lingüiça sem trema ou cedilha não é nenhum tipo de humilhação, mas um jeito de chamá-lo à correção fraterna. Se você foge da marcação, isso revela que você conserva o que é conveniente e dissociado da verdade: a ignorância - e isso não é conforme o Todo que vem de Deus. 

3) O conservantismo se funda no pecado capital da soberba, base para outros pecados - um processo de capitalização imoral, marcadamente revolucionário, feito de tal modo a abolir o que é bom, correto e elegante, conforme o Todo que vem de Deus. E ser conservantista não é necessariamente ser conservador.

4) Estou sempre atento às pequenas atitudes - elas revelam o caráter da pessoa.  Fugir da marcação, ainda que isso cause constrangimento, é conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. E eu tenho uma política bem simples: ao pequeno sinal de conservantismo, defenestrar a pessoa.

Ver também:

1) Dando uma de Fábio Salgado de Carvalho: http://adf.ly/1QgHgg

Um subsídio para o estudo da sociologia da apatria


1) Eu nunca vi ninguém me perguntar como é que se escreve o meu nome - até porque nunca observaram que há "Otávio" e "Octavio" - e até mesmo a forma bárbara, que é "Octávio".

2) Essa indiferença revela que há na sociedade uma falta de empatia pelos outros sistemática. E uma pessoa assim será incapaz de separar a verdade da mentira, a enxergar aquilo que está por trás da retórica. Como vou tomar esta pessoa como amiga, se ela não é capaz de amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento? Eis aí um subsídio para a sociologia da apatria.

Mais sobre a indiferença dos apátridas


1) Da mesma forma, quando um aluno prefere fotografar o que está escrito na lousa a copiar o que está escrito para o caderno, o apátrida está se contentando com o conhecimento que está disponível, que pode ser falso.

2) Se a pessoa não copia, ela cai na mesma atitude que a das pessoas quando escrevem o nome de outra pessoa sem perguntar qual é a forma correta, caso não saiba. Isso revela uma personalidade arrogante e pouco afeita à verdade, visto que não vai se dar ao trabalho de separar a verdade da mentira.  E isso é um sintoma claro de conservantismo, pois ela tratará ao próximo com indiferença. E o papo dessas pessoas é o mais vazio possível - digo isso por experiência pessoal

3) Uma sociedade de pessoas egoístas, preguiçosas e com pouca empatia pelo outros é a base da apatria. Não será uma nação, mas um espectro de nação - pois o país será tomado como se fosse religião de Estado. O ateísmo será norma e tudo desabará tal qual uma árvore podre, carcomida pelos cupins.

Matérias relacionadas:

Smartphones estão fomentando uma sociedade de pessoas burras e egoístas, incapazes de ter empatia pelos outros: http://adf.ly/1QemHN

Estudantes trocam o processo de se copiar o que está escrito no caderno pela fotografia na lousa: http://adf.ly/1Qemd3

Ver também:

1) Dando uma de Fábio Salgado de Carvalho: http://adf.ly/1QgHgg

Dando uma de Fábio Salgado de Carvalho

1) O apátrida nascido nesta terra não respeita a ortografia dos nomes das pessoas - até porque é um bárbaro que toma o país como se fosse religião de Estado e não se incomoda muito com a questão de o  Estado legislar a seu bel-prazer sobre a língua, já que se contenta com o conhecimento disponível, com aquilo que é permitido por esse mesmo Estado para se ensinar a toda população, coisa que é nas conveniências deste Estado, que por sua vez são fundadas em sabedoria humana dissociada da divina. Eu já cansei de ver gente escrever "Octávio" ou Otávio, em vez de escrever Octavio, que é a verdadeira forma, na ortografia antiga.

2) Se ele escreve Wojtyla, em vez de Wojtyła, imagine agora o nome da nova primeira-ministra da Polônia, que é Beata Szydło?

3) Certa vez, um certo alguém escreveu Dabrowski, em vez de Dąbrowski, como deve ser. É como escrever "lingüiça" sem o trema e a cedilha. Quando chamei a atenção dele, ele preferiu conservar o que é conveniente e dissociado da verdade: a ignorância. E aí tive de bloqueá-lo.

4) Se o Fábio Salgado de Carvalho ralha zé-povinho por um erro de vírgula, agora eu vou ralhar vocês quando errarem nomes poloneses (estou brincando, não vou fazer isso com vocês - afinal, não sou arrogante como ele).

5) Eu tenho boas razões para chamar a atenção de vocês, pois vocês estão tratando a forma certa de escrever com indiferença, o que faz com que os revolucionários destruam a língua portuguesa a seu bel-prazer. Não seria melhor vocês me perguntarem como se escreve a forma correta do meu nome ou a de um nome polonês? Eu estudei polonês e estou aqui para ajudar. Perguntar como se escreve o nome certo de uma pessoa é uma forma de demonstrar empatia pelos outros, pois isso é tomá-la como um espelho de seu próprio eu, coisa que é conforme o Todo que vem de Deus.

6) Uma mera pesquisa no Google já mostra como se deve acentuar corretamente. E preocupar-se em escrever o nome corretamente de uma pessoa é tentar ver nela um espelho de seu próprio eu  - por isso que sempre me preocupei em escrever corretamente o nome das pessoas.

7) Enfim, essa indiferença com a qual se trata a ortografia é o que faz com que eu chame a maioria dos nascidos nesta terra de apátridas - e é por conta disso que este país não vai pra frente, pois muitos agem fora da missão que o Crucificado nos deu por força de Ourique. Os apátridas são muitos - e os brasileiros somos poucos. E depois ficam ofendidinhos, quando chamo as coisas pelo seu verdadeiro nome - no fundo, eu tenho razão para dizer isso, pois eu busquei a verdade e ela me libertou.

Ver também:

1) Mais sobre a cultura da indiferença praticada pelos apátridas: http://adf.ly/1QgHsX

2) Um subsídio para a sociologia da apatria: http://adf.ly/1QgI6p

3) Como detectar o conservantismo nas menores atitudes? http://adf.ly/1QgIIX

4) Não se pode ser condescendentes com os conservantistas: http://adf.ly/1QgIjG

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2015.

Eis um debate importante que me aconteceu

Tiago Barreira:

01) Creio que exista uma diferença entre a remuneração dos serviços prestados aos amigos, fundada no mercado pessoal, e aquela prestada no mercado impessoal - neste segundo mercado não se pode esperar um retorno certo da ajuda dada a alguém, posto que você não conhece a pessoa, a ponto de incorporá-la ao seu mundo interior - e há momentos e circunstâncias em que esta integração se torna inviável. Eis ai o momento em que a impessoalidade se torna um fator de risco e fonte do conflito de interesses qualificado pela pretensão resistida.

02) Tenho dúvidas, por exemplo, quanto ao atendimento das necessidades humanas em um mercado pessoal, pois no mercado impessoal é possível se fazer promessas claras e objetivas e a violação da promessa leva a uma punição legal.

03) Tendo a ver o mercado pessoal como se fosse um casamento - é muito difícil manter o atendimento de expectativas mútuas entre um casal, ainda mais onde os papéis de cada um estão cada vez mais confusos e obscuros. 

04) Afinal, não há cristalização mais clara das trocas pessoais como há na instituição do casamento, que é uma das mais antigas da sociedade. Por isso que a economia fundada nas relações familiares tende a ser a base do cristianismo - por isso que a regra basilar do distributivismo é a amar a sua família - e isso implica amar o próximo como a si próprio sistematicamente. 

José Octavio Dettmann:

01) Esta dúvida que você tem aponta para a existência de dois mercados: o mercado pessoal descristianizado, em que todos têm a sua própria verdade, e o mercado pessoal cristianizado, cujas leis de lealdade e reciprocidade se dão na carne, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

02) No mercado pessoal descristianizado, nós temos toda uma economia voltada para o ativismo revolucionário. É o capitalismo a serviço da mentalidade revolucionária, voltado para tornar qualquer utopia fundada em sabedoria humana dissociada da divina possível. Essa edifica ordem herética.

03) Toda economia personalista fundada numa liberdade fora da liberdade de Cristo é a economia da mentalidade revolucionária - é a economia fundada no ativismo. E essa economia não merece ser estudada, a não ser como um meio para se obter informações estratégicas sobre de que modo devemos combater a mentalidade revolucionária. Basta ver a "caridade" do terceiro setor e das ONGS, que é uma caridade interessada, pois tem mero caráter publicitário. A descristianização da caridade leva ao assistencialismo e ao populismo. No fundo, ONGS não passam de extensões do Estado, subsidiadas por impostos.

04) Agora, quando eu trato a economia personalista, eu olho para dentro de uma tradição cristã, pois Cristo é o caminho, a verdade e a vida. Nela, nós vemos uma economia personalíssima se tornar pessoal - a economia do mundo interior, do quarto, começa primeiro a envolver as pessoas da casa e depois vai para as ruas e para as paróquias. E ela cresce até um certo ponto - e a partir deste ponto a pessoa perde o controle de tudo isso. Enfim, a extensão máxima da economia pessoal é o espaço da família e da vizinhança. O cerne do problema está na limitação do ser humano - o mercado pessoal abrange o ambiente próximo e local, mas não abrange regiões distantes. E neste ponto, o comércio supre aquilo que falta. 

05) Da mesma forma como promovo a minha livre iniciativa, existem muitas outras em concurso e elas se encontram, de modo a formar um sistema de mercado que extrapola o campo da ação individual - eis a economia da cataláxia. Eis aí que temos um mercado impessoal formado pelo encontro das mais diferentes iniciativas e circunstâncias em torno de um ponto em comum. Isso não nega a teoria dos cículos concêntricas - o que ocorre é a comunhão de vários cículos concêntricos que se tornam um cículo público, comunitário, formado por conta do compartilhamento desses círculos e que transcende a soma de suas partes - e esse círculo espera ser colonizado por quem queira empreender e servir bem. Eis aí o ponto em que a ação pessoal é renovada, de modo preencher esse novo espaço vazio no corpo social, por conta da mudança de cenário, de circunstância.

06) Em todo o caso, o mercado impessoal é complementar ao mercado pessoal - eis aí o ponto de contato entre o micro e o macro. A economia impessoal abrange o comércio entre regiões, assim como o comércio nacional e internacional - e ela preenche os espaços que os indivíduos, sozinhos, não conseguem preencher. Ela leva à noção de país tomado como se fosse um lar e pede a colaboração do Estado de Direito, na construção deste projeto civilizatório, que é de muitos. Eis aí que a nação, por conta da nacionidade, acaba se tornando um Estado-mercado, cuja influência pode extravasar as suas fronteiras naturais, por conta da virtude cultural e civilizacional que essa nação exerce. E a economia, tal como conhecemos, cuida deste segundo mercado.

07.1) Se formos ver a ferro e fogo, existem dois tipos de economia: uma que examina a questão pessoal e a outra que examina a questão impessoal. E como falei, uma completa a outra. São duas ciências que levam a um sistema geral de conhecimento, a uma ciência geral da economia, que é a ciência da ação humana em geral. O estudo da ação humana abrange três áreas: a economia a sociologia e história

07.2.1) A sociologia trata das ações sociais que não envolvem o uso da moeda - os pactos e as trocas fundados na lei da reciprocidade e da cooperação, cuja lei se dá na carne. Enfim, ela estuda a ação da pessoal. O problema da sociologia, tal como a conhecemos, está no fato de que ela não leva em conta os critérios morais, posto que ela foi fundada em olhares outsiders, tomando os fatos como se fossem coisas que tivessem a sua própria verdade. 

07.2.2) Se a sociologia se contrapõe à economia ao observar o papel de ações não-monetárias que promovem a ordem social, por outro ela erra ao ignorar a importância que se deve dar ao caráter moral dessa ação. O verdadeiro conhecimento sociológico pede um olhar insider. Se Cristo é a verdade, então devemos estudar a ação social de modo a que ela fique em conformidade com o Todo que vem de Deus e não buscar justificativas, de modo a nos libertarmos da liberdade em Cristo, pois a negação da cruz no leva à prisão. 

07.3) A História estuda a ação social no tempo - de que forma ação humana mudou o comportamento da sociedade, a ponto de gerar uma renovação do senso de tomar o país como se fosse um lar, a partir de novas perspectivas conhecidas, a partir do melhor conhecimento da conformidade com o Todo que vem de Deus. Essa renovação, no sentido romano do termo, é chamado de revolução - e o tempo dela se dá na eternidade. Nada tem a ver com o sentido germânico do termo, que é materialista, violento e destrutivo.

07.4) A economia estuda o aspecto monetizado da ação social. E isso implica o estudo dos aspectos práticos, de modo a que a troca saia de modo mais rápido, em maior quantidade e volume e de uma maneira mais eficiente. E isso pede administração. É a economia que pede necessariamente a constante presença e interação de agentes e corpos intermediários - e são esses corpos intermediários que fazem com que a troca continue ocorrendo, mesmo com o passar das sucessões. E isso é que gera a estabilidade dos preços.

08) Neste sentido, a economia impessoal é conforme o Todo que vem de Deus. Basta ver o caso da Igreja como um banco, pois ela é a caridade organizada. Isso pede uma política organizada voltada para se promover a caridade, o que nos leva à noção de país tomado como se fosse um lar. E isso pede a aliança do altar com o trono - mais do que conveniente, essa ação é necessário, de modo a que Cristo seja a verdadeira ordem de todo o mundo civilizado. Tanto as relações econômicas garantem a ordem no que diz respeito ao plano interregional, nacional e internacional quanto vemos as relações sociais garantirem aquilo que se vê no plano local. Eis aí o cerne da integração da economia com a sociologia e história.

09) É possível, sim, estudar praxeologia, sem se contaminar com a ideologia que prega uma liberdade fora da liberdade em Cristo: o libertarismo. Pois liberalismo implica magnificência, conformidade com o Todo que vem de Deus.

10) De certo modo, estamos cristianizando Mises e Weber, de modo a desfazer esta barafunda. Sinto que é possível, sim, separar a impessoalidade que é conforme o Todo que vem de Deus com a aquilo que o protestante fomentou: a negação da crença da fraternidade universal. A heresia protestante contaminou a impessoalidade, de modo a contaminar a ordem fundada na pessoalidade, de modo a gerar uma economia personalista marcada na mentalidade revolucionária. Afinal, a heresia se deu em praça pública.