1) Inspirado na minha experiência no setor de dívida ativa da Procuradoria-Geral do Estado Rio de Janeiro - onde atuei por poucos dias, quando exercia estágio por lá -, organizei uma fila de dívidas a serem convertidas em crédito na poupança, de modo que as coisas se autopaguem por conta do uso que eu e minha família fazemos das coisas.
2) A dívida 1 é o livro que chegou da França - no caso, os Diálogos sobre História e o Imaginário Social, cuja dívida está orçada em R$ 40,30. Se tomarmos por base o rendimento atual da poupança no dia primeiro de junho, que foi de R$ 39,14, acredito que a dívida já deva ser quitada em julho mesmo, quando começar o programa, ou em agosto.
3) A dívida 2 é o cinto tático militar do meu pai, que custou R$ 45,80. Esta dívida começará a ser quitada no mês subseqüente ao pagamento da primeira dívida. Se a dívida 1 for quitada em agosto, a execução da dívida 2 começa em setembro. É provável que em outubro ela termine de ser quitada.
4) A dívida 3 é a do livro que está para chegar da Inglaterra. Esta dívida está orçada em R$ 41,31. Se a dívida 2 começar a ser quitada em setembro e for quitada em outubro, em novembro a dívida 3 começará a ser quitada - e sua quitação acontecerá em dezembro.
5.) A dívida 4 - que é a de R$ 419,19 -, esta começará a ser executada em janeiro. Como ela é de longo prazo, ela tomará muitos meses até a sua conseqüente quitação.
6.1) Ao contrário da República brasileira - este estado de coisas que é tomado como se fosse religião por todos aqueles que só sabem conservar o que é conveniente e dissociado da verdade - eu não sou caloteiro. Eu sempre fui bom pagador, a exemplo dos meus pais.
6.2) Depois que pago as dívidas que faço no cartão de crédito, as dívidas vencidas vão para a fila de precatórios de modo a serem convertidas em crédito, pois elas são um atestado de compromisso para comigo mesmo de modo de que vou reintegrar o capital logo, pois a lógica do tempo em que isto será operado é o kairológico, não o cronológico, uma vez que neste caso nunca me ocorrerá a prescrição, já que sou credor e devedor ao mesmo tempo da dívida (fenômeno da confusão, no direito), fora que posso usar este instrumento para construir poupança, o que me dá sólida disciplina fiscal.
6.3.1) Foi por esta razão que que criei este sistema de precatórios para meu próprio benefício - foi para tornar produtivas as coisas em razão do uso justo que faço das coisas.
6.3.2) Este, aliás, é o princípio da boa economia, pois as necessidades humanas devem ser ordenadas de modo a atender a uma finalidade justa e produtiva, nos méritos de Cristo. É por este sentido que se justifica a santificação através do trabalho e do estudo, pois toda pessoa deve imitar as autoridades virtuosas que trabalham diuturnamente para o bem comum de modo a aperfeiçoar a liberdade de muitos, a ponto de copiar não só as atitudes dessas pessoas mas também os institutos que elas criaram. E o mecanismo de dívida ativa, cujo pagamento é feito através de regime de precatórios, é um deles.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 11 de junho de 2023 (data da postagem original).
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