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segunda-feira, 12 de junho de 2023

Das compras à vista às compras feitas com cartão de crédito - um estudo comparado sobre o processo de transformação das dívidas consigo próprio em crédito

1) Numa compra à vista, paga com recursos da poupança, você arremata a coisa para si e a dívida que você tem junto à poupança vai sendo paga tendo por base os juros pagos pelo banco por conta do serviço de liqüidação e custódia que este presta tomando por base o montante que você tem num referido aniversário, observada a política monetária e fiscal de momento do governo. Este é o mecanismo mais simples de economia de consumo produtiva.

2.1) Muitos torcem o nariz para o cartão de crédito porque não percebem que o processo de transformar dívida em crédito é mais complexo - o que exige mecanismos mais complexos de fortalecimento da cultura do pacto consigo próprio. 

2.2) Este tipo de satanização se dá conta da falta de imaginação da pessoas, da falta de ver o que não se vê, pois elas não percebem que as dívidas quitadas e vencidas no cartão de crédito podem ser usadas como mecanismo de construção de capital, através de um sistema de precatórios, o que pode ser feito um sólido exercício de disciplina financeira.

3.1) Vamos supor que eu compre um jogo na Epic Games a ponto de pagá-lo a doze vezes sem juros. O jogo custou R$ 62,00. 

3.2) Depois que esta dívida for paga, eu passo os R$ 62,00 para o precatório da minha poupança - dentre os vinte e oito aniversários da poupança, eu posso escolher o melhor aniversário para executar esta dívida. Os aniversários que pagam melhor são os que pagam mais rapidamente esta dívida - o que me permite que eu retome a integralidade do capital em pouco tempo, tal como eu fazia com a compra à vista, fora que ainda ganhos alguns cômodos financeiros por força disso. O processo que era antes simples e direto passou a ser complexo e indireto e não tem grandes mistérios. 

4) Quem sataniza cartão de crédito ou o instituto do cashback certamente é o mesmo tipo de pessoa que não tem a imaginação moral necessária para ver o que não se vê. Esta pessoa é certamente um pária para a sociedade, pois ela não se compromete nem um pouco em desenvolver uma cultura onde as pessoas sejam livres e responsáveis nos méritos de Cristo, a ponto de serem verdadeiros exemplos para o mundo de que há caminhos melhores a serem seguidos do que aquilo que os conservantistas usualmente fazem.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de junho de 2023 (data da postagem original).

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