1) Ontem, escrevi reflexões sobre o livro Sua Majestade, o Presidente do Brasil, de Ernest Hambloch no tocante a Lula e Bolsonaro.
2) Lula, assim como todos os demais presidentes que lhe antecederam, é a razão das críticas do livro de Hambloch, embora o alvo da crítica fosse Getúlio. Pessoas como ele não passam de usurpadores, pois gostam de arrogar para si um poder que não têm.
3.1) Bolsonaro é o ponto fora da curva, pois ele sempre foi democrata. Ele sempre se pautou pelas quatro linhas da Constituição, durante seu governo.
3.2) Este ponto fora da curva não pôde ser contemplado por Hambloch, pois ele não teve vida suficiente para ver isto acontecer. Ele morreu em 1970 - Bolsonaro, enquanto oficial formado pela AMAN em 1977, estava começando a sua trajetória. Ele tinha dentro de si o germe de algo que viria a eclodir só em 2018, graças à revolução tecnológica e cultural que deu voz a este Brasil profundo que antes não tinha voz, que era a internet.
3.3) Foi a partir de 2013 que este Brasil profundo começou a se mobilizar politicamente, mudando para sempre o cenário político brasileiro. A esquerda perdeu o monopólio dos protestos de rua e uma verdadeira avalanche conservadora foi levando a todos de roldão, como se fosse uma grande onda que varreu a todos.
4.1) Em virtude das informações estratégicas que produzi, que foram pautadas em livros sérios de História do Brasil, passei a ter como leitores, como consumidores do meu trabalho, pessoas da área de investimentos estratégicos, sobretudo dos Estados Unidos.
4.2) Isto dá ao trabalho de historiador o status de jornalista e analista de fatos pretéritos, que se dedica não só a ensinar mas também a informar a quem interessar possa. E isto é de extrema responsabilidade.
4.3) Foi graças a leitores dessa natureza que compreendi qual é o real peso do meu trabalho na sociedade. Os historiadores esquerdistas aviltaram tanto a dignidade da profissão de historiador que eu não sabia qual era o real valor de um historiador na sociedade. Precisei aprender na prática a real dimensão disso.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 10 de junho de 2023 (data da postagem original).
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