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quarta-feira, 2 de março de 2016

Notas sobre a constituição de um verdadeiro partido Cristão

1) Para haver um partido Cristão, a unidade e a fidelidade à sã doutrina devem e precisam ser elementos constitutivos do partido.

2) Se colocassem no mesmo balaio pessoas que são fiéis à sã doutrina e pessoas que não crêem na fraternidade universal, então esse partido deixaria de ser cristão e não passaria de um partido libertário-conservantista que usa o nome cristão de maneira nominal e insincera.

3) Ainda que se diga o inimigo do meu inimigo seja, em teoria, meu "amigo", ele não o é porque não ama e não rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, pois, para ser conforme o Todo que vem de Deus, ele não pode escolher o que deseja conservar, fundado naquilo que é conveniente e dissociado da verdade. E o cerne do conservantismo do protestante é a questão da autoridade da Igreja - se ele acreditasse mesmo em Cristo, ele saberia que a Igreja que Cristo fundou é sua esposa e que Nossa Senhora, mãe de Nosso Salvador, é mãe mesmo de todos os cristãos, de todos os que conservam a dor de Cristo.

4) Um partido não pode abrigar o ser e o não-ser ao mesmo tempo, o falso e o verdadeiro ao mesmo tempo. Enquanto essa realidade permanecer, será uma espécie de comunismo, onde terei que analisar as coisas dialeticamente e ficar com o que é conveniente e dissociado da verdade. 

5) O partido Cristão ama a verdade e não tolera o relativismo em seu seio - por isso os protestantes devem ser expurgados, pois são apátridas na pátria do Céu. Eles só poderão voltar se eles se reconciliarem com a Santa Madre Igreja.

Notas sobre o Partido Social Cristão

1) Houve quem me perguntasse se o programa do PSC, o partido do Bolsonaro, adota o distributivismo cristão.

2) Se o distributivismo cristão fosse mesmo um programa do partido, ele estaria praticando o mais puro liberalismo, na forma como muito bem apontei em meus artigos - se Cristo é a verdade, então Cristo é a liberdade. Como Ele se fez de cordeiro de sacrifício para nos salvar do pecado, então por conta desse gesto nobre e magnânimo, porque é heróico, nós conservamos a dor em Cristo por que esta edifica a liberdade por excelência - e não há verdadeira liberdade sem sacrifício, pois, para que isso se dê de uma vez por todas no plano da realidade, a figura de um Deus que assumiu a carne humana por amor a nós precisa ser concebida num ventre santo e incapaz de pecar. Por isso, nós temos liberalismo, pois a verdade, a verdadeira liberdade que se dá na carne, edifica ordem em nós e entre nós, o que leva à fraternidade universal, a uma grande família de batizados.

3) Se o PSC fosse mesmo um partido conservador, ele deveria ser necessariamente católico - e só poderia ter como membros políticos fiéis à sã doutrina da Igreja. Ele não poderia ter políticos conservantistas em seus meios, como são os "pastores" protestantes. Como eles conservam o que é conveniente e dissociado da verdade, pregam valores libertários, fundados na ética protestante e no espírito do amor ao dinheiro, enquanto salvação dos escolhidos. Eis aí porque o PSC não é um partido cristão, ao ter tido como candidato o Pastor Everaldo.

4) Mesmo que tenha o Bolsonaro como candidato, o Bolsonaro é conservantista quanto àquela regra do Código Penal - em casos de estupro, a lei permite o aborto de criança. E nesse ponto ele é um legalista - além disso, ele sabe que essa lei é contra a Lei Natural, mas ele conserva o que é conveniente e dissociado da verdade. Portanto, Bolsonaro não é cristão - não passa de um libertário-conservantista, como o Macri. Eis porque o Papa Francisco o tratou com frieza - e não foi à toa.

5) Esse é um partido de esquerda que se diz de direita. O pior dos partidos, pois é o moderado que prepara o caminho para os radicais, para os totalitários. Muitos acharão isso um absurdo - mas, se estudassem o meu pensamento em toda a sua profundidade, perceberiam que eu tenho razão. 

6) Em nome de um pragmatismo, pensado apenas na vitória das eleições, eles são incapazes de pensar que política se dá todos os dias voltando-se os olhos para o mais alto dos céus de modo a se tomar um partido para que ele sirva ao Cristo Crucificado de Ourique, o que daria verdadeiro caráter nacional, coisa que a Constituição exige. Se esse partido pudesse ser tomado, ele precisaria ser feito por filiados que são fieis àquilo que se funda na Lei Eterna e estes expulsariam todos os protestantes e falsos católicos do partido. Pois o joio não pode ser misturado ao trigo - e o que vemos é um pecado grave, pois no partido eles não fazem aquilo que o ensinamento da Igreja manda fazer.

O dilema do concurseiro é o mesmo do prisioneiro

1) A questão do concurseiro lembra muito o dilema do prisioneiro, na teoria dos jogos - ele sabe que as questões estão ideologizadas e que atentam contra a ordem de seu ser no mundo, a sinceridade. Ao invés de denunciar isso, ele vende sua alma ao diabo, finge saber o que não sabe, passa e acaba servindo ao diabo, esses demônios que aparelham a máquina pública de modo a atentar contra nós, que somos livres e vivemos a vida em conformidade com  o Todo que vem de Deus.

2) Se sou integro, ainda que eu passe dificuldades, é preferível para mim trabalhar na livre iniciativa, em que sou empreendedor e sirvo ao meu próximo, a atuar no serviço público, recebendo ordem de alguém que não tem preparo nem para chefiar o governo e nem para chefiar as coisas de Estado. Pois a posição de chefia é só uma questão de vaidade, ao invés de ser fundada no mérito técnico. E isso acaba gerando uma verdadeira esculhambação dos infernos.

Como a ideologização das provas de concurso público fomenta a má consciência coletiva

1) Em uma prova de português, houve uma questão em que tomava a palavra "cerva", derivação regressiva de cerveja, como uma palavra culta e digna de uso. Uma candidata ficou indignada, pois dizia que cerva é uma gíria - e perdeu pontos junto ao examinador.

2) Esta questão está voltada àquela velha briga entre lingüistas e gramáticos - e isso leva à ideologização da linguagem. No caso da língua portuguesa, eu aceito tomar a mente do examinador como se fosse coisa porque a língua é uma ferramenta. Agora, quando o negócio é prova de Direito, a coisa muda de figura: qualquer questão ideológica numa prova de Direito é feita de maneira deliberada, de modo a escolher os mais medíocres, os mais cordeirinhos, de modo a que façam a vontade do demônio. Quando faço uma prova de Direito ideologizada, é como se estivesse fazendo parte de uma farsa - e isso atenta contra a minha consciência, pois sou tão preso à verdade, àquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, que não admito responder a perguntas que não sei ou que vão contra os princípios dos quais sou um arvorado defensor, por crer realmente neles. Esse tipo de coisa me forçaria a fingir ou a mentir - e isso é muito ruim. 

3) Quanto mais se formaliza o ensino, quanto mais se avança na cultura do formalismo, coisa que descamba na economia de concurso público, maior é o fingimento e maior o auto-engano. É preciso se ter uma alma muito íntegra de modo a não ser varrido pela pressão de ser mais um na multidão de apátridas que não sabem o que fazem.

Notas sobre algumas falácias que aprendi no tempo de faculdade

1) Quando cursei faculdade, os meus professores diziam que a defesa técnica é indispensável.

2) De nada adianta a defesa técnica se a pretensão do réu é destituída de fundamento. Ela só terá fundamento se a pretensão do autor for abusiva ou fundada em má-fé, pois o excesso é um atentado à verdade, àquilo que é conforme o Todo que vem de Deus.

3) Em uma jurisdição descristianizada, a obrigação do advogado não é a de servir com dignidade e justiça as causas que patrocina - o objetivo é vencer. Se ele vencer, o vencido terá que arcar com as custas e os honorários. O negócio se tornou mais econômico do que justo - e isso é um atestado de que os meus colegas de profissão amam mais o dinheiro do que a verdade. Afinal, o socialismo ama o dinheiro - e ele é tão canalha que não deixa as pessoas serem honestas e livres, de modo a agirem com base naquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, fonte da justiça e do bom direito.

4) Enfim, o advogado se tornou um mero ativista judicial, um agente revolucionário, um tergiversador - um criminoso da pior espécie.

Nota sobre a falsidade das provas orais

1) Esse negócio de saber as coisas na ponta da língua é a pior coisa que pode acontecer. A pessoa decora as coisas de modo a agradar examinador, principalmente em prova oral, coisa comum no direito.

2) Isso é uma perversão do uso da fala, pois o conhecimento é usado como adorno, como peça de exibição, ao invés de ser usado como ele deve: como uma prerrogativa, fundada na verdadeira imitação em Cristo, pois Ele é o caminho, a verdade e a vida - logo, a justiça. Assim que eu passo pela prova oral, tudo é esquecido - e nada é mais falso do que isso, pois esse tipo de coisa favorece o fingimento, o auto-engano, coisa que é muito comum na cultura brasileira.

3) Se a pessoa vai falar para um público ou vai fazer uma sustentação oral, ela vai se preparar, de modo a convencer os ouvintes ou os julgadores da causa de que a pretensão do autor ou do réu é conforme o bom direito. Isso só é válido se esta pretensão estiver em conformidade com o Todo que vem de Deus - e eu, como advogado, preciso estar convencido de que meu cliente tem razão, pois preciso analisar o caso e perguntar constantemente ao meu cliente se ele tem certeza quanto a isso - se ele tiver um proceder leal e um dizer sincero, aí vale à pena defendê-lo, pois esse negócio de que até o mais sacana tem o direito de se defender em juízo é inconstitucional e vai contra a lei natural. Se ele não tiver razão, o que ele prega é indefensável, além de ser má-fé defender algo fundado na malícia, pois isso só incentiva o retardamento dos efeitos práticos da justiça.

terça-feira, 1 de março de 2016

Como o credo federal aprofunda mais a crise provocada pelo senso de se tomar o país como se fosse uma religião?

1) Esse processo de converter naturalidade em nacionalidade nasce do credo federal - é um desdobramento do senso de se tomar a nação como se fosse uma religião - como a parte tem a sua verdade, que se dissocia do todo federal, ela acaba se tornando todo por direito próprio, por força de sabedoria humana dissociada da divina. Basta que os interesses dessa região não sejam atendidos que ela vai querer buscar o seu próprio caminho, pois, segundo Eurípedes, o homem rico em sabedoria humana e pobre em sabedoria divina segue sua própria direção, o que leva ao abismo. 

2) Esse processo de conversão não é bem uma distinção, tal como me comentaram - é um desdobramento que nasce sem fundamento no Cristo. Segue mais ou menos como a lógica que há nos EUA, marcada pela formação protestante.

3) Se isso que apontei é uma aprofundamento do desastre republicano, então esse processo se opõe radicalmente à noção de nacionidade. Pois nacionidade nasce do fato de que há um patriarca entre nós; o  pai da nação é um pai de família - como o Rei é a evolução do patriarca, então seus sucessores devem honrar a tradição edificada desde o primeiro Rei, uma vez que ele é escolhido por Deus, tal como se deu com D. Afonso, escolhido pelo próprio Cristo.