1) Tive vários namoros virtuais. Um deles se tornou namoro real, mas a criatura era o oposto do que sou. Gostava de opinar sobre coisas sem estudo e era simpatizante do Freixo, razão pela qual terminei com a excomungada.
2.1) Conheci excelentes mulheres online, mas todas fora de meu estado - até mesmo uma da Polônia cheguei a conhecer. Mas a verdade que é que não quero saber mais de namoros virtuais - preciso de algo real.
2.2.1) Como diz o professor Olavo, a base de poder está diante de pessoas que se conhecem de verdade e que se encontram realmente.
2.2.2) A razão pela qual migrei para a rede é porque as pessoas que conheci no mundo real, na minha geografia imediata, não tinham nada a me oferecer a não ser aborrecimento. Por isso que não fiz a amizades de colégio, de faculdade e no estágio - quanto mais diverso um lugar, mais relativista será o ambiente a ponto de ser insuportável.
2.2.3) Se viajar não fosse muito caro e o Rio de Janeiro não fosse esse lugar violento, eu teria convertido relacionamentos virtuais em relacionamentos reais. E essa tem sido minha maior dificuldade - não disponho dos meios de fato para poder operar tal conversão.
3.1) Não sou nenhum "obelisco da virgindade" coisa nenhuma. Estou fugindo da miséria que assola o meu estado - a miséria espiritual.
3.2) A rede se tornou minha tábua de salvação. O maior desafio é este mesmo que eu disse: converter relações virtuais em relações reais - e isso implica sair do meu estado, coisa que não posso fazer no momento.
4.1) Enfim, este é o mais novo mar português que eu conheço: tenho o Rio de Janeiro como meu berço, mas esse imenso mundo chamado Brasil como lugar para morrrer.
4.2) Não só este vasto mundo, mas também a Lusitânia Dispersa e a Polônia, em razão da minha conversão ao catolicismo.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 17 de junho de 2019.
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