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segunda-feira, 17 de junho de 2019

Fuja do conservadorismo de boutique

1) Teve uma paulista que me adicionou, já há algum tempo, que se dizia conservadora - mas, no fundo, defendia idéias liberais. Se conservasse a dor de Cristo de maneira verdadeira, ela deveria ser católica, não protestante, como se declarou certa ocasião.

2) Mostrei a ela que essas idéias são furadas. Ela me disse que eu era livre para não seguir essas idéias. Meti um block nela, já que discutir com essa gente é inútil.

3.1) Quando vejo mulher muito bonita interessada em filosofia e em cristianismo como idéias de boutique, aí eu penso: "lá vem problema!"

3.2.1) De nada adianta postar vídeos com concertos de música clássica ou apreciar vinhos franceses se você não tem nobreza.

3.2.2) Efeito demonstração é próprio de consumo conspícuo - isso denota que é próprio da classe ociosa esse conservadorismo de boutique, que é um conservantismo.

3.2.3) Se você quer ser conservador de verdade, abrace a sua realidade e tente fugir da miséria espiritual que assola o Brasil.

3.2.4) A realidade da Zona Sul do Rio não é a minha realidade - minha vida sempre se deu na Zona Oeste do Rio. Por isso, o ambiente de encontros entre meus contatos deve se dar nas paróquias do Vicariato de Jacarepaguá ou da Região Suburbuna, da qual Bangu faz parte - eu morei nesse bairro muitos anos de minha vida. Se esse encontro não puder ser feito no âmbito paroquial, ele pode ser feito em almoços de família ou em churrascos, acompanhados de muito futebol jogado entre casados e solteiros, ou entre os que têm camisa e os sem-camisa.

3.2.5) O PT nasceu dessa "sociabilidade morena" de subúrbio - o conservadorismo deve nascer da mesma forma, já que a Zona Sul da época da Bossa Nova, dos anos 50 e 60, está morta.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de junho de 2019.

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