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segunda-feira, 3 de junho de 2019

Dos quatro graus do negócio do livro

1) Para se ter uma livraria de sucesso, o segredo é colecionar livros desde cedo, sobretudo quando se é jovem. Eu comprei meu primeiro livro em sebo quando tinha 23 anos. Na época, não havia Estante Virtual - ela só apareceu no ano seguinte.

2) Quando terminei os estudos e virei escritor profissional, eu fui comprando os livros de que necessitava via Estante Virtual. No começo, fui digitalizando os livros e lendo para meu próprio aperfeiçoamento profissional.

3.1) Quando estava no consultório dentário, para fazer uma limpeza nos dentes, eu li um livro onde um personagem dizia a um outro: "livro não se empresta, pois as pessoas não devolvem os livros".

3.2) Foi aí que percebi que é mais sensato você vender uma cópia digitalizada do livro que você tem na sua biblioteca. A pessoa terá o livro que ela deseja ler, pois a demanda foi atendida, e você terá ganho sobre a incerteza, ao mesmo tempo em que você preserva o original em sua estante. Além disso, o ebook pode ser impresso sob demanda, caso a pessoa queira manipular um livro físico. Coincidentemente, isso se deu a partir do momento em que meu pai trocou a cortina do meu quarto a ponto de meus ebooks ficarem ainda melhores. 

3.3.1) Foi a partir desse dia que fui percebendo que a bibliofilia pode ser um negócio lucrativo. Eu comecei a vender os livros que digitalizei aos meus contatos e comecei a ganhar ainda mais dinheiro com isso. Com isso, os livros que comprei no passado começaram a se autopagar, assim como minha câmera, o tripé e o suporte em v.

3.3.2) A essa clientela que vou construindo na livraria, eu vou introduzindo a ela o meu trabalho de escritor e tradutor. E aí a editora começa a ganhar força, uma vez que eu tenho uma livraria à minha disposição, já que tenho um modo de fazer vendas diretas do meu trabalho. Não penso em publicar livros de outros autores, já que estou a construir este sistema pra mim e pra minha família.

4.1) Se todos os escritores tivessem sua própria livraria e editora, eles poderiam ganhar muito mais do que ganhariam com direitos autorais. Eles precisariam preencher quatro círculos concêntricos, antes de chegarem ao sucesso: colecionar livros para os estudos; escrever profissionalmente; digitalizar os livros colecionados de modo a atender a demanda dos que lhe são próximos e que estão necessitados por conhecimento e editar os próprios livros escritos, caso a livraria esteja atendendo bem a demanda de todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

4.2) Infelizmente, eles tendem a ser esquerdistas porque não querem arregaçar as mangas e empreender. Não querem ser sócios de um empreendimento editorial - se fossem, eles ganhariam bem mais do que ganhariam com o direito autoral. Eles preferem viver às custas do governo, que pagam fortunas por livros didáticos. E os livros comprados só fomentam mentalidade revolucionária, criando assim a ilusão de educação pública de qualidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de junho de 2019.

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