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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Nacionismo e a formação das regiões metropolitanas

1) Uma cidade recém-fundada tona-se núcleo povoador e civilizador das regiões mais próximas.

2) À medida que a cidade vai se desenvolvendo, colônias ligadas ao núcleo central vão povoando a periferia da cidade e vão mantendo vínculos com o núcleo original, seja pelos laços de parentesco, seja pelos laços de emprego. A maior prova desse vínculo é que terras pertencentes ao núcleo povoador central são arrendadas aos colonos das regiões periféricas, de modo a que essa região possa se desenvolver - e isso caracteriza tanto uma relação de empréstimo quanto de investimento, que se perdura no tempo.

3) À medida que essas colônias vão se desenvolvendo e se tornando cidades, elas passam a ter problemas em comum, por conta de morarem em uma região em comum. O compartilhamento dos problemas e soluções que as cidades enfrentam, ao ocuparem uma mesma região, são a base de uma região metropolitana e isso pede um parlamento local.

4) A necessidade de uma região metropolitana surge a partir do momento em que as várias comunidades dispersas estão sob a supervisão de uma mesma autoridade, de modo a permanecerem em conformidade com o todo que vem de Deus. Onde o bispo for comum, a autoridade política, de modo a resolver os problemas comuns - e a promover a caridade e a boa vizinhança entre os cidadãos de maneira organizada -, deve ser comum e compartilhada.

5) A maior prova de que a aliança do altar com o trono é mesmo a base da nacionidade está justamente na necessidade de os leigos resolverem os problemas da vida em comum sob a orientação de um bispo, quando esse problema em comum afeta comunidades inteiras, dispersas ao longo da região - e para isso é preciso haver um líder que coordene esse trabalho central, escolhido pela comunidade dos leigos e sob a bênção do bispo. Eis o prefeito como o primeiro cidadão da cidade ou da região metropolitana. Ele é o rei do lugar, o príncipe.

5) Eis aí a região metropolitana como base para uma autêntica federação, de modo a que um mesmo território seja tomado como se fosse um lar. 

6) Só haverá fato gerador para uma autonomia legítima se os problemas enfrentados forem diferentes, por conta da ocupação de lugares diferentes .

7) Por conta da ocupação de lugares diferentes, surgem diferentes circunstâncias ou situações-problema fundadas nisso - e tudo isso pede solução própria, diferente daquela relacionada àquilo que se encontra no lugar de origem, como vemos no caso da relação entre Brasil e Portugal.

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