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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Notas sobre a necessidade uma nova geopolítica como requisito para se pensar uma teoria do Estado dentro daquilo que foi estabelecido em Ourique

1) Tomar o Brasil como se fosse um lar, tendo por fundamento a missão que herdamos do Cristo Crucificado de Ourique, pede que o Brasil seja pensado como se fosse um problema permanente.

2) Todo pensamento político aplicado a um mesmo território que deve ser tomado como se fosse um lar em Cristo, e não como se fosse religião de Estado de uma República Utópica, passa necessária por estágios espirituais - e esses estágios espirituais pede uma solução política prática, fundada no fato de que o Estado deve ser organizado de modo a que a fraternidade universal seja uma realidade entre nós, já que nossa terra, tal como edificada em Ourique, é um microscosmos que serve a algo maior, coisa que decorre de Deus.

3) Os problemas de nossa pátria são problemas essencialmente espirituais - e esses problemas são sistemáticos, corriqueiros, a ponto de romper com a unidade do país.

4) Se há uma teoria do Estado fundada em Ourique, então ela deve começar resolvendo os problemas de ordem local (pois Portugal Brasil devem ser pensados como problemas inicialmente separados) e só depois é que pensaremos os problemas de ordem global, coisas que são próprias do mundo português, quando está em seu verdadeiro papel, que é o de servir a Cristo em terras distantes.

5) As teorias geopolíticas dos militares, fundadas no positivismo e no realismo maquiavélico, não resolverão os problemas da pátria, pois servem mais à divisão e à apatria do que a unidade, no sentido ontológico do termo. Uma nova geopolítica deve ser pensada - e essa geopolítica levará ao estudo de toda uma teoria do Estado que comporte a solução desses problemas. E essa geopolítica pede que os problemas espirituais da nação sejam resolvidos de modo a que os problemas materiais sejam igualmente resolvidos - mais ou menos um microcosmos daquilo que se estabeleceu durante o pontificado de São João Paulo II.

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