1.1) As grandes heresias constituem a forma operativa da ação do demônio.
1.2) Elas se fundam numa escolha - o animal que erra, quando está diante da verdade que corrige, prefere conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de se tornar o animal que mente.
2.1) Por essa razão, o conservantismo é uma forma qualificada de erro, pois a pessoa agirá na política, na economia e na esfera social de tal maneira a justificar seus erros teológicos.
2.2.1) Exemplo disso é o surgimento de uma cultura de se valorizar riqueza a ponto de se tornar o sinal de salvação da humanidade, uma vez que a heresia protestante desenvolveu uma cosmovisão de mundo dividindo os homens entre eleitos e condenados, criando uma legião desamparados e desesperados.
2.2.2) Quando surge uma ação governamental fundada na ação revolucionária, o empresário que é servo dessa visão de mundo herética se adapta à prisão mental que o comunista impõe a nós, ao invés de se organizar e lutar contra isso.
2.2.3) Para ele, o lucro não é ganho sobre a incerteza, onde Deus premia aquele que se santifica através do trabalho e quem persevera nessa vocação, mas uma certeza, uma meta que deve ser conquistada a qualquer custo, uma vez que os fins justificam os meios, ainda que isso leve à uma sujeição ridícula da sua atividade à ação governamental, onde o Estado é tomado como se fosse religião, a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele.
2.2.4) Essa mentalidade servil faz com que a atividade de estabelecer uma atividade econômica organizada seja servida com fins vazios, a ponto de perverter tudo o que há de mais sagrado. E isso transforma o empresariado numa classe de pessoas incapazes para a vida civil, visto que são verdadeiros pródigos, sobre os quais alguma medida de interdição precisa ser tomada. É o que ocorre com o empresariado de Brasília, com relação ao que virá após a pandemia do vírus chinês.
3.1) Quando a riqueza é tomada como sinal de salvação - a ponto de o propósito de um país é ser rico e poderoso, a ponto de fazer da soberania um fim em si mesmo, de tal maneira que a voz do povo seja a voz de Deus -, nós vemos as grandes heresias serem transmutadas num projeto político, a ponto de comunidades serem imaginadas de tal maneira a serem uma imagem distorcida dos grandes países que serviram à cristandade, quando estes países se olham no grande espelho da eternidade.
3.2.1) Eis aí a razão pela qual a maçonaria serve ao demônio - ela fomenta a luta de classes entre países colonizadores e países colonizados, fazendo com que estes neguem sua origem e se rebelem contra sua origem cristã.
3.2.2) Toda uma narrativa é construída a partir de tradições inventadas, fazendo com que caiamos numa armadilha epistemológica, quando estudamos o caminho para melhor compreender o Brasil tal como ele é, apesar de toda essa ação revolucionária. E isso tudo nega a concórdia entre as classes, tal como foi estabelecida pela Igreja na Encíclica Rerum Novarum.
3.2.3) A maçonaria é o oposto de uma ordem religiosa. Enquanto uma grande ordem religiosa opera estudos de modo a melhor executar os planos de Deus no mundo, tal como vemos na abadia de Cluny ou mesmo entre os cistercienses, assumindo, portanto, uma natureza especulativa em Deus fundada, a maçonaria se funda no homem, este animal que mente e que foi tomado como Deus, fazendo com que a liberdade seja servida com fins vazios e que a verdade seja relativizada.
3.2.4) A ação especulativa da maçonaria precisa de um longo trabalho acumulado de pessoas conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, o que fomenta um maior compromisso nas pessoas para progredirem nessa mentalidade a ponto de implementar o caos na sociedade, a ponto de uma nova ordem mundial surgir a partir desse caos. Eis o capital morto que precisa ser eliminado.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 03 de junho de 2020.