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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Da fungibilidade tomada como se fosse religião

1) Economia de massa pede uma ordem fundada na fungibilidade, em que as coisas possam ser substituídas por outras do mesmo gênero, quantidade e qualidade.

2) Uma economia de massa pede a fungibilidade dos homens da mesma forma como se fabricam as coisas. E isso é coisifcar o homem. E a educação acaba virando fabricação de homens qualificados - e isso entra em conflito com a ordem fundada na família, que forma indivíduos.

3) Um indivíduo é uno e indivisível - portanto, infungível. Enfim, personalíssimo, algo que foi criado e amado por Deus.

Comentários de Róger Badalum:

Eis aí um ponto interessante - a economia de massa acaba sendo aquela alimentada pelo Estado (Capitalismo de Estado), coisa que alimenta não só a indústria, mas o próprio Estado. A grande questão é como lidarmos com um mundo onde todos os países ricos praticam o capitalismo de Estado, com ênfase nos produtos de maior valor agregado e subsidiando o setor agrário. Esses são muros da vergonha que precisam ser destruídos!

Bretton Woods ainda é algo que precisa ser melhor explicado, se é que existe alguma explicação.

Como o pragmatismo econômico leva uma nação ser tomada como se fosse religião

1) É muito fácil ser pragmático e pensar em termos de custos - se você quer que alguém qualificado faça algum trabalho específico nos EUA, geralmente você seleciona uma pessoa qualquer que esteja preparada na língua inglesa e que já tenha experiência de vida na realidade daquele lugar. Isso pode ser prático e vantajoso para a praxe empresarial, enquanto economia organizada, tal como ocorre no dia-a-dia das fábricas, mas não é nada humano, pois a relação foi coisificada, por se fundar meramente no dinheiro tomado como se fosse um deus - e isso não é conforme o Todo que vem do Deus verdadeiro, que criou o Céu e a Terra.

2) Se seleção e otimização são sinônimos, isso significa pegar um cara já pronto - o homem qualificado, perfeito e acabado, se torna objeto e valendo tanto quanto ouro. A fabricação desse homem, desse ouro feito de carne e osso, implica que haja no país um governo que se compromete a investir na população de modo a que todos saibam inglês, de modo a que possam exercer trabalhos qualificados no exterior. E isso é o cúmulo da impessoalidade - pois uma pessoa será vista como se fosse uma peça nessa engrenagem, que pode ser trocada por outra, quando o empresário achar isso conveniente. E isso é negar a humanidade dela.

3) Se eu contrato alguém, eu contrato aquela pessoa porque acredito que ela tenha um bom caráter e que viva em conformidade com o Todo que vem de Deus - e confiança é algo personalíssimo, e isso é infungível. E não existe contratação sem confiança - se eu confio naquela pessoa, então eu devo prepará-la, de modo a que a ela possa desempenhar bem as suas funções nos Estados Unidos ou onde quer que seja necessário. E como são questões permanentes, isso implica morar lá de maneira permanente - e isso implica tomar aquele país como se fosse o meu lar também até o momento em que haja outro serviço para mim, uma outra missão a ser feita. E construir uma carreira implica servir de modo a inspirar a confiança do meu chefe - e isso se chama vocação administrativa, vocação própria de se viver a vida servindo a meus semelhantes, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

4) A economia de livre contrato pressupõe uma economia de confiança - e confiança pede investimento. A economia de massa, fundada no pragmatismo, pede currículos - pede robozinhos prontos para atender ordens e que produzam o máximo possível, pelo menor custo possível. É uma economia fundada na aliança de burocratas com a oligarquia empresarial.

5) Eu não confio em governos que regem seu povo de modo a atender as grandes corporações que estejam dispostas a edificar uma nova ordem mundial, fundada numa liberdade fora da conformidade como Todo que se dá no Cristo Crucificado. Essas ordens tendem a interferir na vida das famílias a ponto de aboli-las - basta só uma penada que tudo acontece. É o cúmulo da tragédia.

Sobre a questão dos hangouts

1) Quando uma pessoa me faz uma ligação por skype ou faz um hangout, é como se visitasse a minha casa, ainda que de maneira virtual. E para essa pessoa, eu preciso estar vestido a caráter, com a barba feita e com cabelo cortado e penteado, pois meu rosto aparece numa câmera. 

2) E para falar com essa pessoa, eu preciso estar pronto para recebê-la. E para isso, é preciso combinar e estar pronto para a ocasião. 

3) Quando uma pessoa me liga via skype, sem ter combinado comigo, é como se me aparecesse aqui em casa de supetão - isso é constrangedor. Em casa, eu geralmente fico mais à vontade - e não pegaria nada bem se me vissem de cuecas.

4) É por essas e outras razões que não gosto de usar skype ou fazer hangouts. Como estou permanentemente em casa, então não faz sentido eu aparecer de cuecas para os meus contatos. Eu prezo e muito a minha privacidade - em casa, eu me visto como achar melhor - nela está a minha intimidade, meu mundo interior. E a pessoa só pode entrar nesse mundo se convidada.

Refutando os liberais mais uma vez

1) É preciso se conhecer a diferença entre morada e domicílio, além da noção de posse e propriedade. Uma coisa tem relação com a outra.

2.1) Se fomos criados à imagem e semelhança de Deus, então nosso corpo é morada - e se é morada, nós temos posse de nosso corpo até o dia de nossa morte. É algo transitório. 

2.2) Domicílio implica residir num lugar em caráter definitivo. Isso implica estar na pátria do céu e ocupar as coisas com fins bons - e o fato gerador da boa finalidade das coisas se dá na maneira permanente e atemporal com a qual as ocupamos. 

2.3) Como nosso corpo é morada, então as coisas que ocupamos de modo a que possamos ter uma vida digna na Terra precisam ser ocupadas por outras pessoas que decorram da gente, sejam elas filhos ou filhas - ou pessoas que não são da nossa família, mas que adquiram nossos bens, uma vez que o fundamento da troca se dá na reciprocidade e confiança. 

2.4) A propriedade, o assenhoramento das coisas ocupadas, implica sucessão - como pode um outro espírito habitar o meu corpo morto, ou o meu espírito ocupar um outro corpo a ser criado, já que o meu corpo é a morada da minha alma, algo que me é vinculado por força da lei eterna? Não existe reencarnação, pois corpo não é propriedade - o que existe é ressurreição, reerguimento do templo que Deus consagrou a minha alma, pois o próprio Cristo prometeu que ressuscitaria os bons, cujas almas foram viver na pátria definitiva. E o maior exemplo disso está na morte e ressurreição do próprio Cristo - e este é o fundamento mais caro do cristianismo.

2.5) No momento, o Inferno está colonizando a Terra. E cedo ou tarde vai chegar um dia em que os exércitos do Senhor invadirão o território colonizado pelo mal de modo a que este possa ser tomado como se fosse um lar com base na pátria do céu, de maneira definitiva.

O nacionismo é crucial para o estudo do Direito Internacional Privado

1) Quando se estuda a legislação de dois países que são tomados como se fossem religião, a tendência é vermos que isso vai gerar apátridas, pois as legislações tendem a identificar o amigo do inimigo. Onde pode haver direito internacional privado ou mesmo direito privado no meio de uma cultura totalitária, onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele? Isso não faz sentido.

2) O melhor caminho para se estudar direito internacional privado é estudando as normas de cada país, de modo a que possamos tomá-los como um lar conjuntamente. E tomar mais de um país como se fosse um lar pede o conhecimento da legislação aplicável a cada país, de modo a que possamos viver em paz e harmonia, na conformidade com o Todo que vem de Deus. E a melhor forma de ter esse conhecimento é vivendo nesses dois países. Eis aí a grande vantagem de se ter uma pluralidade de domicílios - pois é na vivência que você adquire esse conhecimento.

3) É só sentindo as coisas lá de fora que você começa a perceber quais são as melhores normas que poderiam ser aplicadas a esta terra, de modo a que esta possa ser tomada como se fosse um lar da melhor maneira possível. A engenharia legal que edifica a ordem nesta terra necessita que se conheça o Brasil em teoria - e para se conhecer o Brasil em teoria, é preciso se universalizar primeiro. E isso implica ir à Europa, mais precisamente a Portugal - e como Portugal é uma nação européia, você precisa conhecer a civilização européia, cujo berço se dá no cristianismo, no feliz casamento que se deu entre o direito romano, a filosofia grega e a moral judaico-cristã.

4) Nenhum jurista pode se declarar especialista em Direito Internacional Privado sem antes ter tomado como um lar ao menos dois países.

Comentários de Róger Badalum:

E a Zona do Euro querendo fazer unificação pela moeda, desconsiderando tudo isso...

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Depoimento sobre as circunstâncias que marcaram a minha vida intelectual


1) O PT matou toda a minha geração. Quase nenhum colega de faculdade ou de colégio eu tenho no facebook.

2) Toda a minha base é virtual e está dispersa pelo país afora, quiçá pelo mundo. Só lido com quem ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. E isso só pude construir online - localmente, isso seria impossível, pois não dá pra ser diamante bruto no meio do lixão de Gramacho.

3) A internet, a rede social, foi a minha salvação. Onde poderia encontrar tanta gente boa num só lugar? O que encontro aqui Isso não encontraria no colégio, na faculdade ou nos cursinhos, principalmente nestes tempos de aparelhamento ideológico e de hegemonia cultural nazi-petista.

4) Pra nossa sorte, o PT não contava com o advento da rede social e perdeu porque não soube jogar a guerra virtual.

5) Quando eu passei a atuar na rede social, eu já estava praticamente formado. Neste tempo, eu poderia me dedicar à rede social. Eu deletei todos os meus conhecidos esquerdistas, pois amigo é quem ama e rejeita as mesmas coisas. Se não houver um comunhão de interesses fundada na verdade em Cristo, o que haverá é só dor de cabeça, pois não faltará gente para te patrulhar ideologicamente.

6.1) Entre 2004 e 2007, os primeiros anos da rede social, eu estava na faculdade e não tinha tempo pra essas coisas. E as coisas aconteciam na rede social num ritmo tão rápido e eu sempre era o último a saber daquilo que era essencial para a minha sobrevivência na faculdade. E ninguém me ajudava.

6.2) Naqueles tempos, eu morava longe da faculdade - mais precisamente em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Além da faculdade, eu também estagiava na PGE. Eu saía meio-dia e voltava meia-noite - mal tinha tempo de estudar - e só viria a ter um lugarzinho apropriado para estudar quando me mudei pro Pechincha, quando a faculdade estava no fim.

6.3) Ao longo daqueles anos, a faculdade estava se tornando um tormento para mim. E pra suportar o tormento, eu fazia psicoterapia e tomava medicação contra a ansiedade e depressão, pois já sofria os efeitos dessa vida miserável que eu tive na UFF. Ninguém me ensinou a como sobreviver a este ambiente tão hostil, do ponto de vista cultural e intelectual. Precisei e muito do apoio da família para suportar tudo isso.

6.4) Eu estou bem melhor agora. Ainda tomo os remédios, mas ainda não tive alta dos mesmos.

7.1) Se eu tivesse um filho, eu o educaria em casa - e só recomendaria a vida universitária apenas para se conseguir o diploma - infelizmente, esta é a nossa realidade e preciso preparar os meus filhos para a realidade em que estamos insertos. A vida intelectual, que é uma das delícias que temos nesta vida, isso a gente constrói aqui online com gente séria.

7.2) Rede social para quem não está preparado para servir a Cristo em terras distantes é um meio altamente corruptor. Só é lícito entrar para a vida online quando se atingir, pelo menos, a maioridade e se mostrar capaz de responder pelos seus próprios atos, civil e criminalmente.

7.3) Pelo menos, eu conheço muito bem a enorme responsabilidade que tenho ao usar a rede social - se a liberdade é prerrogativa, então o escrever é o exercício disso. E preciso fazê-lo de uma maneira edificante e não destrutiva. Embora não tenha inventado esta profissão, ser agente intelectual, dentro do ambiente da rede social, acabou se adequando muito bem às circunstâncias que marcaram a minha vida. Foi a vocação perfeita pra mim - foi aqui que comecei a prosperar. E espero continuar muito tempo assim.

Para se ter amigos, é preciso jogar a galera no lixo

1) Por que quase não tenho meus ex-colegas de colégio e faculdade adicionados no facebook? É muito simples: Eu não tenho galera e nem quero saber disso - ser eu próprio é algo muito difícil de ser e ter consciência do dom de si é a maior coisa que se pode fazer, de modo a se estar em conformidade com o Todo que vem de Deus. Se a maior das delícias é ter personalidade, então a melhor maneira de moldá-la é na solidão, estudando e trabalhando. E esta solidão só pode ser compartilhada com todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento.

2) Como o povo do colégio vivia me enchendo o saco e vivia me zombando por conta do meu jeito de ser, e como o povo da faculdade era todo metido com comunismo, com a mudança para um mundo pior, sem Deus, então só me restou o facebook, por exclusão. Aprendi, pela experiência, que meu próximo é aquele que comunga daquilo que é crucial - apesar de estar geograficamente distante, a ponto de não poder me encontrar com ele em sua casa ou convidá-lo para visitar a minha casa. Tirando esse contratempo, tudo de que preciso para se ter uma vida tranqüila eu já tenho aqui no facebook.

3) Desde que encontrei pessoas com mentalidade parecida na rede social, eu vi que não precisava mais ter esse lixo na minha vida, a maioria absoluta dos meus ex-colegas. Eis aí o caráter da grande reforma que fiz na minha vida: disse adeus a quem não presta, bloqueando todo mundo, e dei boas vindas aos meus contatos na rede social, ainda que não os conheça pessoalmente. A vida ficou bem melhor pra mim, desde então.

4) Hoje eu bloqueei um ex-colega de faculdade. Como ele era esquerdista, nem perdi meu tempo em aceitá-lo como amigo. Rejeitei sua solicitação de amizade e o bloqueei, logo em seguida.

5) Como ninguém me procurou desde que me formei, é porque nunca precisaram de mim ou nunca se importaram com o que penso ou se eu mesmo ainda existo. Então, por quê razão querem me adicionar? Querem ficar patrulhando meu mural tal como o Loures fez? Se é pra isso, então vão embora.

6) Aprendi a crescer sem precisar de patotas. Tudo o que tenho eu consegui com o meu próprio esforço, como escritor - e eu escrevo as coisas que escrevo sempre invocando o Espírito Santo, de modo a que eu possa apreciar retamente todas as coisas e assim permanecer em conformidade com o Todo que vem de Deus. O que me é difícil de conseguir sozinho, a ajuda dos meus amigos supre, sem contar a da família, meu porto seguro - e é para essas coisas que faço vaquinhas freqüentemente. As duas coisas andam juntas - e me sinto feliz por isso.