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sexta-feira, 17 de julho de 2015

Da pesca magnética como meio arqueológico de se resgatar o cristianismo entre nós

1) Mises mencionou que troca autística ocorre quando se interage com o meio ambiente, tal como ocorre com a pesca, em que se troca a isca pelo alimento. 

2) Na verdade, o que Mises chama de troca autística é um tipo de heteronomia, pois a pesca do ponto de vista da troca, é um tipo de espelho, onde a oferta da isca revela a demanda pelo peixe e o peixe aceita o alimento, servindo-se de cordeiro de sacrifício, de modo a atender às necessidades fisiológicas. Se o próprio Cristo se fez pão e vinho para nos alimentar, então ele cumpriu o seu propósito que foi pescar homens para Deus. Essa troca é heterônoma porque Jesus proclamou em alto e bom som que Ele é o caminho, a verdade e a vida e é reflexiva porque é através de Cristo que podemos ver nos nossos semelhantes o espelho de nosso próprio eu. Por isso a confissão é troca do pecado pela virtude - é a pesca por excelência.

3) Na pescaria magnética, nós simplesmente combatemos o hábito de se dar dinheiro para um Deus pagão, para um falso Deus, para o nada, e nós resgatamos a imagem daquilo que próprio Jesus pregou: dê ao seu irmão aquilo que ele te pede, pois isso é dar a Deus o que é de Deus. E quando se faz pesca magnética, o meio ambiente serviu-se de meio para uma troca heterônoma, já que nos tempos modernos vivemos num mundo de impessoais e numa ordem onde o paganismo reina a todo o vigor. 

4) Como a pesca é uma atividade que possui certo caráter arqueológico, nela se faz o resgate da imagem do que é o cristianismo. E o meio em que se faz esse resgate é através dos metais com propriedades magnéticas, em que o meio ambiente serve de meio para aproximar um homem do outro, por conta do hábito pagão de se jogar moedas num poço de modo a realizar desejos. Toda moeda que é jogada para o nada deve ser resgatada e usada para fins em conformidade com o Todo que vem de Deus. 

5) Se o paganismo fosse combatido, haveria generosidade e uma cultura maior de integração entre as pessoas, de tal modo que a pesca magnética não seja mais necessária.

6) A pesca magnética, a adoção de metais com propriedades magnéticas nas moedas, tudo isso é uma espécie de resposta que nos aponta que o paganismo do mundo moderno deve ser combatido.

As descobertas ocorrem das formas mais improváveis

Vejam como só são as coisas:

1) Enquanto estive de folga, vi um vídeo sobre pesca magnética nas Cataratas do Iguaçu.

2) Indo mais a fundo, comecei a estudar o potencial desse hobby.

3) Indo mais a fundo, encontrei o potencial arqueológico da pesca magnética.

4) E indo mais a fundo, percebi que se o hábito de se dar dinheiro para os "deuses da sorte", que há nas fontes, pontes e praias de se dar dinheiro para o nada, fosse convertido em se dar dinheiro a quem tanto precisa, isso é dar a Deus o que é de Deus. Um tipo de distributivismo.

5) A fonte, a praia, a ponte dos rios, o meio-ambiente, tudo isso acaba sendo um meio indireto de troca heterônoma - e na pesca magnética ocorre uma troca autística que na verdade reconstitui uma troca heterônoma perdida por conta do paganismo, da liberdade voltada para o nada. E essa heteronomia se dá em Cristo, pois Ele é o caminho, a verdade e a vida - e é reflexiva porque nos leva a enxergarmos o irmão como um espelho de nosso próprio eu. 

6) Por conta da cultura de paganismo, o meio-ambiente e o uso de metais magnéticos nas moedas acabam reconstituindo aquilo que se perdeu: a fraternidade universal. Enfim, as coisas por si só pedem a recristianização de nosso mundo. E a pesca magnética, nesse sentido, é um indicativo arqueológico da necessidade disso.

terça-feira, 14 de julho de 2015

14 de julho de 1789: um dia para se esquecer?

14 de julho de 1789 bate à porta e, por conta da rotina, nem sempre me dou conta. Eis uma situação que me aconteceu agora.

Flavio Wagner: Hoje é a data da revolução.

José Octavio Dettmann (quando não está em seus melhores dias): Sei. Da Revolução Francesa. Um dia para se esquecer.

Flavio Wagner (lembrando-me das lições de Heródoto): Muito pelo contrário, quem se esquece dos erros do passado está condenado a errar novamente.

José Octavio Dettmann (lembrando de seus deveres, mesmo quando não está bem): Tem razão.

Enfim, mesmo quando não estou nos meus melhores dias, a coisa não me deixa esquecer aquilo que não pode ser esquecido. Dou graças a Deus por isso!

Enfim, abaixo a República - viva a Monarquia! Viva o Imperador!

Rezem por mim, de modo a que o cansaço não me vença, e lembrem a mim aquilo que não pode ser esquecido - por conta do cansaço, nem sempre lembro as coisas.

Do 15 de março como o primeiro fruto da JMJ

1) Desde que me tornei católico, passei a olhar para a cidade como arquidiocese - passei a olhar a cidade em sua dimensão espiritual. A dimensão espiritual da cidade está claramente separada da sua dimensão política, representada, na sua forma mais superficial, pelo prefeito.

2) Após 2 anos da JMJ, sinto que espiritualmente a cidade ficou bem melhor. Ficamos mais fortes para enfrentar as forças do mal que nos dominam. 

3) O maior desafio é articular essas forças, de modo a restaurarmos a aliança do altar com o trono, tanto no ambiente de nossa cidade, o Rio de Janeiro, como também no país inteiro. Este é, pois, um dos primeiros frutos que se pode colher da JMJ. O 15 de março mesmo é o maior exemplo disso.

Reflexões sobre a JMJ, após 2 anos do evento

1) A grande verdade é que, quando o povo é tributado demais e vê o baixo aproveitamento do que é arrecadado em impostos, este se torna bem mesquinho, receoso em investir naquilo que realmente conta. 

2) Um governo perdulário estimula a crença em não se acreditar na fraternidade universal - ele reforça a crença no amor ao dinheiro, base para a salvação individual, e menos em Deus - e isso favorece o avanço do protestantismo. Como a república é historicamente perdulária, a tendência é a maioria do povo ser protestante. Aliás. há uma tendência de que a população evangélica ultrapasse a católica daqui a uns 20 ou 30 anos - eu li isso em algum artigo que vi no facebook, só não lembro onde.

3) O maior exemplo desse comportamento mesquinho que a república nos estimula historicamente  foi a questão do gasto com a segurança do Papa na JMJ, em 2012: muitos, aqui no face, ficaram bem anticatólicos por conta das despesas com segurança, já que o Papa é chefe de Estado - e como o encontro se deu no Rio, cabia ao governo brasileiro a segurança dele.

4) Eu, pessoalmente, não me importo de gastar esse dinheiro, de modo a colher o máximo de benefício que a cidade teve por conta da JMJ. Os frutos desse evento evangelizador são visíveis na cidade, passados 2 anos da circunstância - como o Rio é a caixa de ressonância do país inteiro, toda a nação ganhou com isso. Estou certo disso.

5) Se o evento se desse na monarquia, a JMJ teria tido um alcance bem maior do que teve, por conta da cultura de aliança do altar com o trono que tínhamos, por força de Ourique. Ainda assim, a semente foi plantada - e estou certo de que gerará muito fruto.

Da falácia do custo médio por aluno

1) Quando eu entrei pra UFF, em 2001, ouvi do então diretor Carlos Vaz a seguinte declaração: "o custo médio por aluno, da nossa faculdade, é de dez mil reais". Muito dinheiro e pouco aproveitamento.

2) O gasto por aluno não pode ser medido por média ou por estimativa calculada nas mais frias vias estatísticas. Se eles quisessem realmente saber quanto eu realmente custo para o contribuinte e quanto posso dar de bom ao país, tudo que bastava, para saber as coisas, era me dar essa grana que eles declaram na minha mão - afinal, não há uma real apuração do gasto por aluno se você não conhecer o caráter do mesmo e o que ele pode fazer com esse dinheiro, para o seu próprio benefício, sua própria formação. Eu sou honesto - por muito menos, eu me dava a melhor educação disponível que havia na época, pois sou capaz de aprender sem precisar de professor - e ainda sobrava uma boa grana. O povo brasileiro não teria o que reclamar de mim.

3) Hoje, passados quase dez anos de minha formatura, eu já escrevi mais de 1300 artigos, já gravei alguns áudios e tenho o reconhecimento de algumas pessoas por conta do trabalho que faço, que me mandam doações regulares, além de ter alguns alunos voluntários. Se este país não estivesse sob dominação comunista, meu público seria bem maior. 

4) O que o comunismo faz é só atrasar o natural avanço das coisas. Apenas isso e nada mais.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

É em Ourique que se sepulta o quinhentismo e a miséria cultural do Brasil

1) Já tem gente me pedindo conselhos sobre o que ler e por onde começar. Já estão se interessando por essa questão de Ourique. É nesse fato que o Brasil começou.

2) Se o Olavo deu causa à formação de muitos escritores, ao menos a alguns desses que conheci apontei por onde se deve começar: por Ourique. A maior prova disso é a excelente poesia que a amiga Gilmara Farias-Pio​ dedicou a Ourique e a el-rei D. Afonso Henriques.

3) Enfim, é por Ourique que ocorrerá o renascimento cultural do Brasil e o sepultamento  definitivo do quinhentismo.