Pesquisar este blog

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Relato do meu primeiro jejum


01) Meu primeiro jejum começou antes mesmo da minha conversão à fé católica. Começou na faculdade, quando as dificuldades começaram a ficar maiores, com o passar dos períodos.

02) Para fazer frente a isso, tive de parar de jogar. No começo, senti crise de abstinência, pois costumava jogar todos os dias, dos 16 aos 23 anos. Mas era um sacrifício em prol de um bem maior: ver-me livre da UFF.

03) Depois que me vi livre da UFF, resolvi voltar a jogar, mas via que isso não me dava o mesmo prazer que me dava no passado. Vi que pôr-me a serviço da nação era mais interessante.

04) Desde 2007 estou a serviço da pátria, desde que passei a ter tempo para poder estar na rede social. Entre 2004 e 2007, quando o orkut era febre aqui, todo mundo na faculdade usava - eu não tinha tempo para isso, em razão da distância e da necessidade de me formar. Naquelas circunstâncias, a rede social seria uma distração para mim - por isso que nunca a usei do modo como o mundo sempre usou.

05) Hoje, a rede social me é necessária para o trabalho que faço. Só assumirei um novo compromisso se isso não me impedir a missão de servir a Cristo em terras distantes, tal como faço aqui. 

06) Qualquer compromisso que me leve ao nada será recusado. A UFF foi um compromisso para o nada - saí de lá com um diploma, em razão de haver entre nós uma cultura de diploma que leva a uma marcha para o nada, e é essa vida universitária se mostrou sem sentido que ainda estou tomando risperidona e venlift por conta da depressão e da ansiedade que desenvolvi, em razão da vida infernal que vivi lá e que há em toda e qualquer universidade pública brasileira. 

07) Estar lá dentro é pra quem é capaz de segurar uma cruz cujo madeiro é de chumbo - e não estou brincando, pois é isso mesmo que acontece. Se você não é capaz de suportar o martírio do tempo moderno, então não busque o jejum santificador.

A vida é feita de jejuns


1) A vida é feita de jejuns, é verdade.

2) Quando era adolescente, eu jogava bastante. Hoje eu quase não jogo, apesar de gostar de jogar videogame e jogos de computador. Só paro pra jogar quando estou cansado, depois de tanto trabalhar, mas isso só acontece quando tenho necessidade.

3) Desde que assumi meu compromisso de servir a Cristo em terras distantes, abrir mão do que gosto, de modo a servir para o bem do Brasil e de todos aqueles que bem me ouvem, tem sido um ofício permanente. Se não fosse esse jejum permanente e necessário, jamais fortaleceria meu caráter de modo a enfrentar meus inimigos.

4) De nada adianta um sincero jejum quaresmal se você não é capaz de abrir mão do que você gosta, de modo permanente e de modo eterno, por algo maior do que você mesmo, como é servir à pátria em que você nasceu usando o seu maior dom: escrever coisas edificantes a quem interessar possa. Se eu parei de jogar para servir a Cristo de forma permanente, então ficar 40 dias sem jogar é a coisa mais fácil do mundo pra mim. Eu já passei bem mais do que 40 dias sem jogar e não senti falta do videogame. Já passei anos inteiros sem jogar videogame e não morri por isso.

5) Não posso fazer jejum de face porque meu ofício é necessário ao país. O que faço no face é trabalho e é causa de santidade. Se eu usasse o face para fins vazios ou meramente recreativos, como a maioria, o jejum me seria necessário, pois a conformidade com o todo me levaria a ser um ser mais humilde e centrado.

6) Quem puder fazer jejum de face, faça - eu não posso, pois minha missão pede isso.

Fundamentos de uma boa literatura realista


1) Se a literatura deve ser usada para se estabelecer o imaginário, então a melhor literatura realista que se pode escrever é a literatura de diário. Nela posso descrever e argumentar com base no suporte concreto da realidade. 

2) Estando na rede social, e tendo conversas com todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas que você, tendo por Cristo fundamento, você tem material perfeito para compor bons diálogos e bons personagens a partir da impressão que você tem dos seus contatos. Isso, em particular, sempre foi meu ponto fraco, pois não encontrava pessoas que fossem capazes de me melhorar como pessoa, mas só lixo nas cercanias. Mesmo que eu não conheça a pessoa pessoalmente, muitas são mais complexas do que o repertório literário conhecido, na literatura nacional.

3) Um bom control c + control v, além de muita paciência e muito senso de organização, tal qual o Felipe Moura Brasil teve, e teremos diálogos tão bons quanto aqueles que só os grandes mestres da literatura universal foram capazes de fazer, além de um bom suporte na argumentação e descrição, o que tornaria o texto perfeito nas duas partes.

4) Para dar um upgrade na cultura nacional, basta ser bom no que você faz - basta ser sincero, honesto, falar a verdade de maneira caridosa e não tentar ser o que não é. Pois há muita obra conhecida, lida em massa, que é uma verdadeira merda.

Um velho desejo que tenho


1) Queria passar esses tempos horrorosos de carnaval longe da muvuca, falando com gente inteligente sem esse calor de 40 na moleira. No deserto do Arizona, posso ligar o ar condicionado sem problema; lá, a energia não é cara. O Rio não é deserto, mas não tenho liberdade nem pra ligar o ar.

2) Se o país inteiro está pirando no Carnaval, então só me sobrou a Virgínia, onde o Olavo de Carvalho​ está. Lá na casa dos Carvalho posso falar coisas na minha própria língua, ouvir coisas inteligentes do Olavo e ver ele me matar de rir, como só ele é capaz de fazer comigo. Lá não verei nenhum imbecil coletivo perdendo tempo na vida a procurar uma casa pro caralho, como fazem aqui em fevereiro - e o fruto dessa "relação" com toda mulher que pira só vai parir em novembro, quando todos os homens irresponsáveis que comem somem, quando a casa estiver desabando e a responsabilidade de ser pai chamando.

3) Os netinhos um dia aprenderão a língua do avô e um dia (quem sabe?) eu tenha a honra de conversar com eles. Inglês não é a minha praia - o português já me basta. Só me faço do inglês para compreender o que os outros escreveram e que não foi convertido para o português. 

4) Qualquer conversa noutra língua que não na língua nativa tenderá a ser macarrônica. Eu compreendo razoavelmente o inglês falado, mas não posso responder ao americano no inglês, mas na minha língua nativa, o português - até porque não consigo raciocinar em inglês com a mesma liberdade com a qual estou acostumado no português. Se ele pudesse entender o português, ele me responderia em inglês e a conversa seria muito boa e mais fluida.

5) Enfim, ser um monoglota é uma desgraça.

Sobre a idéia da falange


1) Eu estava vendo um documentário no History sobre a Batalha de Maratona e houve comentários sobre a falange. Para haver uma técnica de tesouras, PT, PSDB e PMDB devem ser pensados em unidade, nesta guerra política que se dá dentro do Congresso.

2) O que nos salva é a estrutura peculiar do PMDB, que é uma colcha de retalhos. Só um setor do PMDB é leal ao PT. Se o PMDB fosse todo leal, teríamos um centro forte para o choque, uma ponta faria a dissimulação, o PSDB, e a outra daria o golpe final, o PT. Haveria o cerco à nossa ordem judaico-cristã ocidental e o pânico - e a esquerdireita salvacionista nada faria, pois é conivente com esse mal. E a única panacéia conhecida não surtiria efeito.

3) Seria uma vitória perfeita. Haveria gente comparando Lula a César, Alexandre ou Haníbal, os grandes generais da Antgüidade Clássica. Isso poderia ser dito sem exagero algum.

Comentários a uma falange mal estruturada


1) Esse triunvirato (PT - PMDB - PSDB) lembra uma falange, aquela famosa formação militar grega da Antigüidade Clássica que conseguia avançar muito bem para frente e para trás, mas que era incapaz de andar para os lados, pois o ponto fraco da falange são os seus flancos, que ficavam desprotegidos.

2) Uma boa falange depende da coesão da unidade. Para técnica das tesouras bem funcionar, o centro conservantista deve ser forte, totalmente subordinado ao PT, mas não é o que acontence. A lealdade do PT só se opera em um setor do PMDB, dada a natureza do partido, que é uma colcha de retalhos, pois um centro fisiológico que conserva o que convém dissociado da verdade facilita o ataque o ataque pelo centro. É como se pusessem mercenários para guarnecer o centro, a parte mais importante da unidade militar. E mercenários são pouco confiáveis numa guerra, pois mudam de lado facilmente.

3) Se os três fossem de massa, a falange seria difícil de quebrar, mesmo pelos flancos. E a técnica das tesouras seria a evolução da falange, no plano político-partidário, que mais lembra uma guerra das antigas, pois a disciplina militar e partidária para mantê-la coesa seria fora do comum. Lula seria comparado a César, Alexandre ou Haníbal, sem exagero.

Comentários sobre o cenário político brasileiro


1) No cenário político brasileiro temos uma esquerdireita (turma bolsonariana), a esquerda fabiana (PSDB), a esquerda revolucionária nazi-petista, e a que garante a técnica das tesouras (os conservantistas do PMDB).

2) Estamos num triunvirato partidário (PT - PMDB - PSDB). O centro é mantido de propósito desideologizado, de modo a conservar a técnica das tesouras.

3) O centro é mais fraco que os flancos, por ser fisiológico. Para se vencer a guerra, o centro do truste deve ser atacado, pois os flancos vão ter de se reagrupar na periferia.

4) Isso vai forçar a uma política de círculos concêntricos. Para o conservantista se tornar conservador, ele deve se arrepender de todos os pecados primeiro.

5) Se há um partido que deve ser tomado na guerra cultural é o PMDB. Quando se saneia uma instituição de seus pecados, ela vai crescendo até se tornar um círculo secante, eliminando toda a chaga revolucionária.

6) A esquerdireita nada pode, pois é estúpida. Deve ser jogada no lixo, como devemos fazer com a fabiana e com a comunista.