Pesquisar este blog

sábado, 16 de agosto de 2014

Para se pregar bem na rede social, é preciso aprender a se falar de modo gentil e caridoso

Certa ocasião, eu digitalizei um caderno, com minha caligrafia usual, de modo a mostrar a importância da caligrafia, hábito nobre esse que está se perdendo. Mostrei para um amigo e este me disse:

_ Você está digitalizando algo que é "ultrapassado" (sic)?

Quase bloqueei o autor da desgraça proferida. Só não o bloqueei porque ele faz coisas muito importantes, que favorecem a minha atividade aqui online.

1) As pessoas precisam aprender que na rede social é muito importante falar as coisas de modo caridoso. Não estamos em meio presencial - por isso, certas construções frasais podem soar como verdadeiros insultos, ainda que você não tenha a intenção de insultar a seu semelhante.

2) Este é um dos graves problemas dos que se dizem conservadores no Brasil: a enorme dificuldade de dizer as coisas, de maneira gentil e caridosa, em conformidade com o todo - em outras palavras, falta um certo "feeling". No meio escrito não se admitem certas construções frasais que são admitidas no meio falado, uma vez que não temos o contato face-a-face com o sujeito. A marca forte da cultura da oralidade é um sintoma de um país de analfabetos.

3) Na verdade o nome facebook é uma ilusão, pois a maior parte dos verdadeiros amigos qualificados você não irá encontrar na mesma cercania geográfica.

4) Pela minha experiência, os melhores estão dispersos pelo país ou mundo afora. E a melhor forma de comunicação sempre será a escrita ou a fala reservada para um grupo de pessoas em particular. O uso dessas ferramentas exige um modo de se portar próprio de um cavaleiro que usa a espada, de modo a proteger os inocentes e defender a lei natural em face dos criminosos revolucionários que assolam este País.

5) Por isso, se você estiver interessado em conservar a dor de Cristo e a viver a vida em conformidade com o todo que vem de Deus, aprenda a se portar na rede social escrevendo de modo caridoso e sem usar os cacoetes verbais da linguagem falada. Guarde-as para o contato face-a-face ou para uma conversa reservada onde a fala será usada.

Rio de Janeiro, 16 de agosto de 2014 (data da postagem original).

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Estar à direita do pai é algo muito profundo que minha linguagem é capaz de descrever


1) Estar à direita do pai é algo muito mais profundo do que minha linguagem é capaz de descrever. Pois Deus fala com palavras, fatos e coisas. A linguagem humana é essencialmente descritiva para fatos e coisas - e descrever é fazer um retrato estático de algo em movimento, usando-se palavras ou imagens.


2) Se o verbo é movimento, ele vem de Deus. Pois a criação é algo que decorre de algo em movimento, que só Deus conhece. E a perfeição está na dinâmica desse verbo divino, que conhece o passado, o presente e o futuro.



3) Nossa criação sempre será imperfeita, pois é estática. Toda criação humana sempre será uma fotografia para o passado, um monumento que nos lembra algo que já foi feito antes e que norteia o nosso presente para o futuro que está por vir.

O renascimento comercial é filho do planejamento tributário

1) Durante a Idade Média e a Idade Moderna, as sociedades estavam na transição da economia fundada na terra para a da economia decorrente da atividade mercantil.

2) Uma das possíveis causas da revolução comercial se deu justamente por elisão fiscal (criação de formas jurídicas de  modo a se poder pagar menos imposto, desde que não contrariem a lei ou o costume do principado que rege a praça). E uma dessas formas é o fundo de comércio.

3) Embora não haja um conceito uniforme de fundo de comércio, há um consenso geral de que é ele composto de um conjunto de bens corpóreos ou incorpóreos que facilitam o exercício da atividade mercantil. 

4) Os bens corpóreos podem ser compostos do maquinário e do capital necessário para o desenvolvimento da atividade comercial, enquanto os bens incorpóreos são os direitos, as patentes, as marcas, as tecnologias. E eles ficam vinculados à atividade econômica que ali se desenvolve. Esse complexo de bens não se confunde com o lugar onde se situa. Tanto é que posso mudar o domicílio da minha atividade empresarial e ela continuar funcionando normalmente em outro lugar.

5) Havia uma época em que um imóvel para uso em atividade agropastoril pagava um X em imposto, e esse imposto era considerado elevado; se esse imóvel fosse destinado à atividade comercial, ele ficava livre de impostos ou tinha um imposto muito baixo, dado que não havia previsão legal e o Estado na época não se metia na vida privada do cidadão. 

6) Os fundos de comércio eram uma forma inteligente de se pagar menos imposto e isso fomentou o renascimento comercial. Se você fosse mercador registrado na sua guilda, bastava você comprar um imóvel, declarar os seus bens e a destinação na qual eles seriam usados e você começava a ter a mais ampla liberdade possível, pois ela não era ofensiva à liberdade em Cristo, base pela qual se regiam as leis.
 
José Octavio Dettmann
 
Rio de Janeiro, 15 de agosto de 2014 (data da postagem original).

A ordem fundada no amor ao dinheiro precisou de formas ocultas para se desenvolver

1) Nos séculos XVI e XVII, era muito comum nos países onde a classe mercantil era forte a figura da sociedade em comandita por ações. Aliás, as primeiras companhias de comércio e de navegação nasceram dessa forma.

2) Havia a figura dos comanditários, que eram pessoas muito ricas e que só contribuíam fornecendo o capital necessário, de modo a  que empresa viesse a funcionar. Eles entravam com o capital de subscrição, mas não participavam do dia-a-dia da companhia. Eles eram sócios ocultos, que em geralmente recebiam seus dividendos através de ações ao portador.

3) Esses comanditários eram geralmente banqueiros e príncipes e quase todos eles eram protestantes. Se atuassem em um país católico, onde a prática da agiotagem era ilegal, eles atuavam de modo escondido, como comanditários, pois era uma forma de burlar a lei.

4) Sob a batuta de poderosos comanditários, havia os sócios comanditados que eram os navegadores, exploradores, soldados, pescadores, carpinteiros e toda uma classe de profissionais que entrava com seu trabalho, com armas e com navios de modo a fazer com que a empresa funcionasse. Eles atuavam também no ramo da pirataria, através de cartas de marca.

5) Essas sociedades em comandita foram cruciais para o desenvolvimento da economia colbertista e na construção do império comercial holandês.

6) Não é à toa que, cedo ou tarde, esses impérios entraram em ruína, sobretudo por crises econômicas, como a mania das tulipas na Holanda, ou agravada ainda mais por guerras como a Guerra dos 7 Anos ou decorrentes de uma grave carestia, que deu causa à Revolução Francesa.

7) Esses impérios, fundados no amor ao dinheiro, nasceram para perecer. E toda prosperidade dá causa a uma crise em que os valores morais, já relativizados, são cada vez mais relativizados por uma classe de insatisfeitos, disposta a destruir de vez a civilização do país.

8) O problema desses Impérios é tratarem o dinheiro com um fim em si mesmo.

9) O capital por si só não garante nada - ele é meio pelo qual, a longo prazo, ocorre a construção de uma infra estrutura que garante o desenvolvimento do país, de modo a que este seja tomado como se fosse uma lar. O capital adquirido deve ter como fim isto.

10) Quando só se busca acumular, sem se investir em coisas concretas, a inflação terá corroído todas riquezas e não terá valor nenhum - e o país não tem alternativa para a crise, pois não investiu em coisas produtivas.

11) Dinheiro sozinho não tem serventia alguma - a ganância, a busca do lucro pelo lucro a qualquer custo, pode levar a crises rapidamente, como a das tulipas - e a indústria do luxo tenderá a migrar para outro lugar.

12) Até hoje esses países que tiveram impérios comerciais no passado são os mais liberais dentre os costumes - e os mais suscetíveis à mentalidade esquerdista.
 
José Octavio Dettmann
 
Rio de Janeiro, 15 de agosto de 2014 (data da postagem original).

Toda mentalidade revolucionária começa no relativismo

1) Onde a revolução começa anticatólica, ela cedo ou tarde deságua no comunismo - quando se relativiza a verdade sagrada, a mentira, contada sistematicamente, torna-se verdade.

2) A Revolução Francesa semeou a ordem relativista.

3) Marx era mau e mentiroso, pois falsificou dados. Quem é marxista se beneficiou dessa ordem relativista para semear a mentira e o mal, amparado na mais ampla liberdade de pensamento, com ou sem a possibilidade de se publicar no anonimato.

4) Não creio que a Revolução Francesa tenha sido usada como uma desculpa. Na verdade, ela é cultura perfeita para essa bactéria se proliferar. Marx sabia das conseqüências funestas dessa revolução e usou isso para seu próprio beneficio: para destilar sua própria maldade.

Da dicotomia direita e esquerda natural e provocada


"Há quem me diga: caro José Octavio Dettmann, essa dicotomia esquerda versus direita só surgiu a partir da Revolução Francesa. Ela é muito mais complexa do que se aparenta. Na minha opinião, não se pode ficar muito adstrito ao dualismo, porque esquerda e direita têm várias ramificações".
Eu digo:

1) A dicotomia esquerda x direita é na verdade anterior à própria Revolução Francesa.

2) Na bíblia há um ensinamento de que quem está à direita do paí está em conformidade com o Todo.

3) Não é à toa que o primeiro estado (a nobreza) e o segundo estado (o clero) ficavam à direita na Assembléia dos Estados Gerais. Isso era um indício claro de aliança entre o altar e o trono - se Cristo é à verdade e é postulado natural, essa divisão entre esquerda e direita é natural, pois se funda na verdade.

4) Quem estava contra o status quo é quem realmente queria romper com a ordem natural das coisas - por isso, ficou à esquerda, de fato - e estes todos eram anticatólicos, antimonárquicos, que amavam o dinheiro como um ídolo e que fomentavam um progresso social relativizando os valores morais mais básicos. Esses homens que ficavam situados à esquerda conheciam bem as conseqüências nefastas e diabólicas da revolução silenciosa que corria em segredo lentamente e que decorria desse demônio que é o amor ao dinheiro entre nós.

5) Essa circunstância surgiu porque a França era o país mais próspero da Europa, ao tempo da Revolução. As elevadas taxas de juro decorriam de uma economia toda voltada para a manufatura de luxo, seguida de monopólio comercial (Colbertismo), de práticas de agiotagem e de muita especulação em Companhias de Comércio e Navegação (algumas dessas foram até escandalosas, como a do famoso esquema do Vale do Tennessee, um esquema de pirâmide financeira que resultou na prisão do famoso mercador e banqueiro Richard Cantillon)

6) Em meio a essa prosperidade, a cultura do amor ao dinheiro proliferava tal como bactéria que encontra ambiente propício para se reproduzir, coisa que se incutiu na sociedade francesa desde o Edito de Nantes.

7) Este Edito deu liberdade de culto aos protestantes (huguenotes ou calvinistas franceses) e que pôs fim às Guerras Religiosas na França, em 1598. Foi ela quem criou o espaço necessário para a revolução silenciosa que deu origem às guerras de facção que jogariam o terceiro estado (onde estavam os adeptos dessa cultura revolucionária) de vez contra os membros do primeiro e segundo, dando origem à República, coisa que se viria, algum tempo depois de feita a Revolução Francesa, quando o Rei se recusou a romper a histórica e sagrada aliança entre o altar e o trono.

8) Onde não se havia a cultura do amor ao dinheiro consolidada, havia-se a cultura do diálogo e da cooperação entre as classes, própria do parlamentarismo monárquico, de tal modo que a última convocação dos Estados Gerais se deu antes em 1614, antes da Paz de Westfália, que se deu por volta de 1648 e que pôs fim à Guerra dos Trinta Anos, uma guerra entre os Estados Católicos e os Estados que aderiram a fé protestante, propagada por gente do naipe de Lutero, Calvino e outros tantos. Da última convocação àquela que desencadeou a crise que desaguou na Revolução Francesa, a mudança foi catastrófica.

9) Depois de feita a Revolução Francesa, quem ficou à direita da assembléia, na verdade, queria conservar as coisas porque lhe convinha, pois a ordem social estava agora de fato edificada no amor ao dinheiro e na separação da Igreja do Estado. Esses eram os revolucionários moderados (libertários moderados ou liberais). E quem ficava à esquerda queria era ir mais a fundo na atividade revolucionária e esses estavam dispostos a praticar o terror, se fosse preciso (tal como vemos nos jacobinos, nos anarquistas, nos comunistas).

10) O que falo no ponto 9 é o retrato das circunstâncias atuais, que marcaram decisivamente os séculos XIX, XX e o começo do século XXI.

11) A dicotomia atual, que foi provocada, se baseia numa guerra de facções entre as esquerdas - e o regime republicano sempre será uma guerra de facções, onde cada facção tem a sua própria verdade, já que Deus, para eles, está morto (como vemos no presidencialismo) ou em vias de ser eliminado, em que as duas facções colaboram de modo a matar Deus de vez, tal como há no parlamentarismo republicado, através da técnica das tesouras, pois há uma força contra-revolucionária que ainda se recusou a morrer. As eleições nestas circunstâncias são um retrato de uma guerra civil fria que, de tempos em tempos, se torna quente, aberta, tal como vemos nas guerras internas e externas. E é exatamente o que vemos no Manifesto Comunista, de Karl Marx.

12) Tal como o Olavo falou, a esquerda, quando toma o poder, é quem define quem é a direita. E quando faz isso, ela se funda em sabedoria humana dissociada da divina. E isso se chama gnose (e nela qualquer coisa pode ser objeto conhecimento, mesmo se ele estiver fora da verdade, que é Cristo Nosso Senhor)

13) Se a esquerda define a direita, então a direita fundada nessa definição, que é arbitrária, é falsa. Então, devemos fugir do postulado da pseudociência revolucionária, pois isso nos aprofunda na mentira. Por isso, não podemos tomar os fatos sociais decorrentes de tal definição arbitrária como coisa, sob pena de se fazer falsa análise acerca da realidade humana, quando se vive em sociedade. Quando se faz isso, caímos num falso positivo, num falso saber.

14) Eis o ambiente sendo criado para a segunda fase da etapa revolucionária, que pode resultar numa terceira guerra mundial.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O banditismo decorre do presidencialismo


1) Se o termo "presidência" viesse do termo "presídio", então a república, a "liberdade" dos loucos revolucionários, é a nossa prisão. Pois todo presidente, por ser ladrão, tem vocação para ser presidiário.


2) Se no alto vemos isso, imagina aqui em embaixo, em que os marginais são soltos, com direito objetivo à progressão de regime e liberdade condicional, sem se avaliar o grau de periculosidade do detento?

3) Não existem os exames de sanidade porque existe entre nós um movimento antimanicomial. 

4) E os juristas que promovem o ativismo judicial querem não só a eliminação dos manicômios judiciais, como também inviabilizar o exame dos requisitos subjetivos de criminosos do naipe dos serial killers e estupradores, como se estes tivessem a mesma dignidade humana quanto a de um ser humano normal. Eles são tão positivistas e objetivistas que dizem que qualquer exame subjetivo dos requisitos de um benefício jurídico de que faz jus em tese um detento não passa, para eles, de odioso arbítrio - e o argumento é a dignidade da pessoa humana, que consta no rol dos incisos do artigo 5º da CRFB.

5) Enfim, o objetivismo nada mais é do que uma marca registrada de um libertário. E essa ideologia que nos aprisiona pretende ser libertária com os loucos e cativeiro dos bons e justos. Enfim, isso é o inverso de Deus - e isso se chama Diabo.