1) Max Weber dizia que o século XX seria o tempo onde as pessoas perderiam o encanto por tudo aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, a ponto de abraçarem as coisas que decorrem do mundo materialista e imanente promovido pela ética protestante e o espírito do capitalismo. Seria o tempo do "desencantamento do mundo", no dizer dele.
3.2) Isso que ele falou é o triste retrato de uma época em que a sociologia precisou estudar um corpo social da mesma maneira que um médico precisa estudar a anatomia do corpo humano de modo a diagnosticar os problemas inerentes de uma coletividade humana que toma o país como um lar em Cristo, não obstante os dramas desse vale de lágrimas que é o mundo em que vivemos, que é um lugar de passagem. Ao contrário da Medicina, a sociologia se faz a partir de um corpo vivo, não de um corpo morto.
2.1) Na verdade, não houve tal desencantamento, pois os mais sensatos - que tiveram a coragem de não serem atuais como os seus semelhantes mais insensatos - não trocaram o encantamento decorrente da verdade que liberta pela ilusão, pelo feitiço do mundo materialista e traiçoeiro, que se funda num mundo dividido entre eleitos e condenados, onde nele a riqueza é um sinal de salvação, própria de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade - o que explica a natureza corrupta dessas coisas.
2.2) Afinal, nenhuma pessoa troca o encantamento que é próprio da verdade e do belo pela ilusão e feitiço, pois essas coisas são temporárias, efêmeras, já que são mais sintomas de uma crise de fé, a não ser que ela seja mal-intencionada ou insensata - quem faz isso nunca foi de Cristo, como bem apontou o Papa Emérito Bento XVI.
3.1) Diante dessas coisas, uma coisa é certa: Max Weber estava errado no que concluiu.
3.2) Isso que ele falou é o triste retrato de uma época em que a sociologia precisou estudar um corpo social da mesma maneira que um médico precisa estudar a anatomia do corpo humano de modo a diagnosticar os problemas inerentes de uma coletividade humana que toma o país como um lar em Cristo, não obstante os dramas desse vale de lágrimas que é o mundo em que vivemos, que é um lugar de passagem. Ao contrário da Medicina, a sociologia se faz a partir de um corpo vivo, não de um corpo morto.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 2 de junho de 2018.
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