Uma outra americana me pergunta:
_ What do you do for a living? (Ou em bom português: o que você faz na vida?)
Eu respondo:
_ I am a writer. I am using to write about politics, philosophy, laws as well about Brazilian and Portuguese History. (Eu sou escritor. Escrevo sobre política, filosofia, direito, bem como sobre a História do Brasil e a de Portugal).
Ela me pergunta:
_ You seem like a more responsible me! Do you think we can meet in person? Too bad you live very far from me. (Você espelha muito bem uma versão mais responsável da minha pessoa, algo que preciso buscar seriamente. Acha que podemos nos encontrar pessoalmente? Pena que você mora muito longe de mim).
Eu respondo, com toda a sinceridade, já que sou uma pessoa realista, algo que é bem raro em minha terra:
_ Right now, I am unable to visit you in US. Traveling abroad is very expensive in Brazil. I can't guarantee you that I will visit you soon. If I could, I would move into your country. I would consider to move into somewhere safe in US. I know there are some places that are safe, especially if they are not under a liberal gonvernment like Chicago, for instance. (No momento, não estou podendo te visitar nos EUA. Viajar pra fora do Brasil é muito caro. Não posso te garantir que vou te visitar logo. Se pudesse, eu me mudava para o seu país - eu me mudaria para um lugar que fosse seguro, pois sei que há alguns lugares nos EUA que são assim, principalmente se eles não estão sendo governados pelos democratas, os esquerdistas americanos. E esse lugares não são como Chicago, a terra do Obama).
Comentários a este diálogo:
1) Algumas pessoas preferem ter um encontro real. A pessoa com que converso neste diálogo gostou de mim e achou que fosse uma pessoa responsável (como de fato sou - quem me conhece sabe que sou assim).
2.1) Infelizmente, as coisas no Brasil não se pautam pela racionalidade. O país é dominado pela mentalidade revolucionária desde que se separou de Portugal. O Brasil trocou aquilo que se fundou em Ourique (que é servir a Cristo em terras distantes) por uma utopia, pela mania de grandeza, a ponto de querer ser o Império dos Impérios do mundo. E tal como a Espanha, ir em busca de si mesmo é prelúdio de fracasso.
2.2) Não tenho culpa de haver nascido aqui. Desde que a democracia foi restaurada, em 1985, o país foi sendo sistematicamente sucateado. Foram mais de 30 anos de domínio comunista - desde 1994 a eleição está polarizada entre os fabianos e os revolucionários radicais.
2.3) A coisa só foi mudar de figura mesmo a partir do momento em que a internet passou a moldar a política nesta terra, de 2004 pra cá E só em 2014 é que veio de fato uma revolução. Pela primeira vez na História, o povo está acordado e não vai tolerar mais essa palhaçada que há muito tempo nos domina. Há muito a ser feito ainda. Pelo menos, eu tenho um consolo, já que não posso garantir a estas pessoas que encontro no caminho a certeza de que irei visitá-las em seus países.
2.4.1) Se os brasileiros tivessem a cultura de doação, tal como há nos EUA, eu seria muito bem pago para fazer o que faço aqui, fora que seria muito bem protegido de alguma eventual agressão vinda de um comunista.
2.4.2) Por enquanto, eu não tenho isso - e sei que com isso eu não posso contar, pois a mentalidade de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade é muito forte por aqui.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 16 de maio de 2018.
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