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quarta-feira, 23 de maio de 2018

Devemos cristianizar a ciência e a economia

1) Muitos católicos (geralmente "neoconservadores") têm defendido, com orgulho, que a "civilização ocidental", surgida no Renascimento, capitalista e tecnológica, é "fruto" do Catolicismo. Isto é um equívoco, uma "meia verdade".

2.1) É certo que a ciência e a economia modernas só poderiam ter nascido em solo cristão.

2.2) Ao superar a gnose dualista e o panteísmo dos antigos, proclamando simultaneamente a bondade da criação e sua distinção em relação a Deus, a Igreja superou o terror e o temor reverencial que impediam o conhecimento da matéria. Porém, o surgimento efetivo da nuova scienza está espiritualmente atrelado, mais ou menos conscientemente, à falta de confiança na Providência, ao desejo de controle, e à confiança orgulhosa no poder da razão empirico-matemática, com a rejeição da metafísica e da teologia (que o homem moderno já não entende ou não ama).

2.3)Ao valorizar o trabalho como meio de penitência/santificação, ou a liberdade criativa da pessoa humana ao ser ela imagem de Deus, a Igreja abriu caminho para uma economia de liberdade e de empresa, que superasse a exclusividade de uma economia servil. Porém, a origem concreta do capitalismo está atrelada ao espírito de cobiça e à mesma falta de confiança na Providência acima.

3) Devem ser rejeitadas tais ciência e economia? Não - elas devem ser evangelizadas, trazidas para os eixos.

Joathas Bello

Facebook, 23 de maio de 2018.

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