Pesquisar este blog

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Implicações éticas e morais de uma viagem no tempo


01) Se pudesse viajar no tempo, para frente e para trás, dentro do meu limite conhecido, poderia conseguir muita coisa interessante.

02) Se eu aplicasse nas minhas idas ao passado os mesmos hábitos que aplico hoje no presente, que é servir às pessoas de modo a que sejam bem atendidas, de modo a que possam tomar o meu lugar e o meu tempo como se fossem também delas em Cristo, certamente eu poderia adquirir um bom número de moedas, em razão dos bons serviços prestados aos amigos, esses que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, não importando o tempo, o lugar ou a circunstância.

03) Diante de todo o meu bom trabalho, poderia abrir uma maleta, que nem aquela do Dr. Brown, para fazer frente a pequenas emergências - tal como se deu no Filme de Volta para o Futuro - e retirar dela o que necessito para comprar algo específico em alguma época ou lugar específico e que poderia ser útil no meu tempo, quando regressar ao meu tempo, meu lugar de origem, o que seria um tremendo tapa na cara dos modistas e dos progressistas, que ignoram o fato de que coisas antigas também têm o seu valor no presente, quando se conhece bem a utilidade das coisas.

04) A maleta do Dr. Brown seria como a minha carteira: uma verdadeira dádiva. Se eu acumulasse mais um pouco, poderia abrir um banco e ir financiando todos os que necessitassem, de modo a fazerem coisas de modo a edificar um futuro concreto para o país.

05) Seria ótimo atuar nas duas pontas, no presente e no passado, em todos os tempos e lugares. Eis aí uma experiência na história que poderia ser feita, se isso fosse possível para mim. Poderia supervisionar o progresso do trabalho com base no conhecimento que tenho das duas pontas, só para ver como o dinheiro está sendo empregado. E é pela amizade que sempre ajudarei a edificar algo produtivo para a nação, e em troca recebo ações e juros sobre o capital emprestado, pois mereço uma recompensa por isso, já que o ajudei.

06) Só não atuaria no futuro que não me é conhecido, que não me foi vivido, porque esse futuro a Deus pertence - e seria insensato se quisesse agir como se fosse um Deus. E não poderia antecipar esse futuro desconhecido, a não ser agindo hoje, no meu tempo, e de maneira organizada, de modo a trazer o futuro para o presente, através da ação dos juros.

07) Se tivesse filhos, eles poderiam viajar para a minha época, para a época dos meus pais, dos meus avós e assim sucessivamente. O tempo máximo no futuro até onde eles poderiam ir é até onde é conhecido: o dia de hoje onde eles se encontram, que foi o ponto de partida da viagem. Os amigos do passado, se forem convidados, podem ir àquela época, tal como se visita à casa de alguém.

08) Antevendo melhor o futuro conhecido, a partir da prática, estes se tornarão mais sábios e voltarão para o passado sem cometer as mesmas injustiças, o que levará as coisas no presente a serem mudadas para melhor, a partir do passado

09) O limite da viagem no tempo deve ser feito naquilo que já alertava Platão: verdade conhecida é verdade obedecida. Como o amanhã não me é conhecido, até porque não me foi vivido, então eu não posso viajar para ele, pois este pertence a Deus. Se meus filhos conhecem o meu erro, eles devem vir e me alertar - e esse tipo de evangelização seria algo muito bom para mim, pois me sentiria mais sábio e mais humilde, de modo a servir a quem interessar possa.

10) Como posso conhecer o passado através da experiência pregressa e através da experiência no presente, então a viagem no tempo seria um ótimo intercâmbio. Se eu pudesse dialogar com os meus ancestrais, aprenderia muita coisa que se perdeu nestes tempos modernos, que renegam a tradição. Da mesma forma que aprendo com eles, eles aprenderiam comigo e se tornariam pessoas melhores.

11) Dentro desse limite ético, a viagem no tempo pode ser nobre e edificante e em Deus fundada, pois não estou invadindo a prerrogativa d'Ele, mas estaria fazendo coisas fundadas naquilo que conheço e que posso conhecer, que é prerrogativa humana. E é por conhecer o presente que empresto meu saber aos amigos e parentes que estão no passado, que se tornam mais preparados e mais prudentes, corrigindo erros cujos efeitos não serão mais vistos no futuro, que é o meu presente. Isso não é interferência - isso é correção fraterna, pois Deus aceita isso.

12) Diria sempre a esses amigos e ancestrais do passado: "Não é porque venho do futuro que posso tudo: é Jesus quem pode, pois ele têm onipotência, onipresença e onisciência. Existe uma parte do futuro de onde eu vim que pertence a Deus: o dia de amanhã, dia esse que não posso conhecer, a não ser os meus filhos, no tempo presente deles. Eu vim para o passado, partindo do 18/02/2015 - desse dia para trás eu posso conhecer e posso trazer comigo gente do passado, de modo a que possa sentir o que de fato vai acontecer, desde que eu a leve de volta à época em que ela se encontra. O dia 19/02/2015, esse eu não conheço - só Deus conhece. E nesta prerrogativa eu não posso interferir". São esses os limites a que me refiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário