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sexta-feira, 19 de julho de 2024

Análise cruzada e detalhada das obras "O Uso do Conhecimento da Sociedade" (Hayek) e "A verdade como fundamento da liberdade" (Dulles)

No cerne da relação entre "O Uso do Conhecimento na Sociedade" de Hayek e "A Verdade como Fundamento da Liberdade" de Dulles, reside a questão da liberdade individual e seu papel na busca da verdade e na organização social.

  1. A Verdade como Fundamento da Liberdade: Dulles argumenta que a verdade é o fundamento da liberdade, pois a busca e a adesão à verdade são essenciais para o exercício da liberdade humana autêntica. A liberdade, para Dulles, não é a mera capacidade de fazer o que se quer, mas a capacidade de escolher o bem e o verdadeiro. Essa visão se alinha com a perspectiva de Hayek sobre a importância do conhecimento individual na tomada de decisões econômicas. Para Hayek, a liberdade individual é crucial para que as pessoas possam agir com base em seu conhecimento específico e local, contribuindo para uma alocação mais eficiente de recursos na sociedade.

  2. Conhecimento e Liberdade: Ambos os autores enfatizam a importância do conhecimento para a liberdade. Dulles argumenta que a verdade é conhecida através da razão e da fé, e que a liberdade de buscar e expressar a verdade é fundamental para o desenvolvimento humano. Hayek, por sua vez, destaca a importância do conhecimento individual disperso na sociedade, que é essencial para a coordenação econômica e o bem-estar geral. A liberdade individual, para Hayek, é a chave para que esse conhecimento seja utilizado de forma eficaz.

  3. Descentralização e Ordem Social: Hayek defende a descentralização das decisões econômicas, argumentando que o conhecimento individual disperso não pode ser centralizado em uma única autoridade de planejamento. Dulles, embora não trate diretamente de questões econômicas, também reconhece a importância da descentralização na busca da verdade. Ele argumenta que a verdade não é monopólio de nenhuma instituição ou indivíduo, mas é descoberta através do diálogo e da livre troca de ideias.

  4. Limites da Liberdade: Tanto Dulles quanto Hayek reconhecem que a liberdade individual não é absoluta e deve ser exercida com responsabilidade. Dulles argumenta que a liberdade deve ser orientada pela verdade e pela busca do bem comum. Hayek, por sua vez, reconhece que a liberdade individual deve ser exercida dentro de um quadro institucional que proteja os direitos de propriedade e a livre concorrência, a fim de garantir a ordem social e o bem-estar geral.

Em síntese, a análise cruzada das obras de Hayek e Dulles revela uma convergência de ideias em torno da importância da liberdade individual, do conhecimento e da descentralização na busca da verdade e na organização social. Ambos os autores defendem a liberdade individual como um valor fundamental, mas também reconhecem a importância de limites e responsabilidade no exercício da liberdade.

Postagem Relacionada:

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2024/07/dialogo-imaginario-entre-fa-hayek-e.html

Análise da obra "O uso do conhecimento na sociedade", de Friedrich August von Hayek

No ensaio "O Uso do Conhecimento na Sociedade", Friedrich Hayek aborda a questão crucial da ordem econômica e do uso eficiente do conhecimento na sociedade. Ele argumenta que o problema econômico fundamental não se resume à alocação de recursos "dados", mas sim à utilização do conhecimento disperso entre os indivíduos.

Hayek destaca a importância do conhecimento individual, que é frequentemente tácito e difícil de transmitir. Esse conhecimento inclui informações sobre circunstâncias particulares de tempo e lugar, habilidades individuais e recursos locais. Ele contrasta esse tipo de conhecimento com o conhecimento científico, que é mais facilmente centralizado e organizado.

O autor critica a visão prevalecente de que o planejamento central é a forma mais eficiente de organizar a economia. Ele argumenta que o planejamento central não consegue captar a riqueza e a complexidade do conhecimento individual disperso na sociedade. Em vez disso, ele defende a descentralização das decisões econômicas, permitindo que os indivíduos tomem decisões com base em seu conhecimento local e específico.

Hayek enfatiza o papel crucial do sistema de preços na coordenação das atividades econômicas descentralizadas. Os preços transmitem informações sobre a escassez relativa de bens e serviços, permitindo que os indivíduos ajustem suas ações e tomem decisões eficientes sem a necessidade de um conhecimento completo de todas as condições do mercado.

Em suma, o ensaio de Hayek oferece uma defesa vigorosa da importância do conhecimento individual e da descentralização na economia. Ele argumenta que o sistema de preços é um mecanismo eficiente para a coordenação econômica, pois permite que o conhecimento disperso seja utilizado de forma eficaz, resultando em uma alocação mais eficiente de recursos e em maior prosperidade.

quinta-feira, 18 de julho de 2024

Essa mania de querer discordar de maneira peremptória do que eu penso - por que vejo conservantismo nessas almas sebosas?

1) Se há uma coisa que me tira realmente do sério é quando o sujeito lê meus artigos de forma isolada e discroda do que eu falo. Nunca passa pela cabeça dela todo o caminho intelectual por que passei e todo o contexto cultural que me levou à conclusão a que cheguei e não àquilo que as pessoas conservam de conveniente e dissociado da verdade.

2) Se as pessoas não fossem peremptórias nas suas atitudes, se elas não fossem vaidosas, ou mesmo presunçosas, eu não teria bloqueado metade dos que bloqueei ao longo dos meus quase 20 anos de Facebook.

3.1) Se as pessoas que me batem à porta agissem com humildade e estivessem dispostas a aprender alguma coisa comigo, a primeira coisa que deveriam levar em consideração é que eu sou um escritor com mais de cinco mil artigos publicados em meu blog.

3.2.1) Antes de você discordar do que eu falo, você vai estudar cuidadosamente tudo o que eu disse, palavra por palavra - se houver algo que eu não cheguei a abordar, você pode perguntar algo no sentido de tirar sua dúvida, já que a verdade é um serviço voltado para Deus.

3..2.2) É este público que realmente me interessa, nunca os discordantes deste mundo, que só sabem conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Eu abomino o conservantismo - e o fato de você discordar do que falo afeta mais a sua vaidade e seu ego inflado a ponto de você ser incapaz de apontar os erros do que penso, já que até agora não vi ninguém estudar todo o conjunto da minha obra. Um dia, cedo ou tarde, surgirá esta pessoa, mas até lá estarei irrevogavelmente falecido, a ponto de ser incapaz de responder as objeções dessas pessoas pessoalmente, nos méritos de Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de julho de 2024 (data da postagem original),

Prawie zostałem zatrudniony jako tłumacz języka polskiego (gdybym miał tyle samo doświadczenia w tym języku, co w angielskim, z pewnością przyjąłbym ofertę pracy, do tego stopnia, że byłoby to moim wyróżnikiem na rynku pracy).

1) Hindus chciał mnie zatrudnić jako tłumacza języka polskiego, aby móc świadczyć usługi dla niego. Ponieważ mój poziom polskiego jest jeszcze bardzo podstawowy w porównaniu do wiedzy, jaką mam z angielskiego – języka obcego, z którym mam kontakt od dłuższego czasu, ze względu na gry, w które zazwyczaj gram – nie miałem innego wyboru, jak tylko odrzucić ofertę pracy.

2) Dobrze zrobiłem, zbliżając się do księdza Jana i ucząc się jego języka, gdy w 2015 roku zaoferował kurs na ŚDM w Krakowie – język św. Jana Pawła II otwiera mi drzwi i to staje się moim wyróżnikiem na rynku pracy. Muszę więcej ćwiczyć polski, aż będę płynny w tym języku – dopiero wtedy będę mógł przyjmować oferty pracy i pracować jako tłumacz języka polskiego.

3) Natura pracy nie mówiła, czy muszę koniecznie znać się na sztucznej inteligencji, w którą obecnie inwestuję swoje wysiłki, aby poprawić swoje umiejętności zawodowe. Jeśli mogę używać AI, aby zrekompensować brak doświadczenia w języku, z pewnością będzie to dla mnie dużym ułatwieniem.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 lipca 2024 r. (data oryginalnego postu).

Quase me contrataram como tradutor de polonês (se eu tivesse os mesmos anos de experiência com o idioma como eu tenho com o inglês, certamente aceitaria a oferta de emprego, a ponto de isto ser meu diferencial no mercado de trabalho)

1) Um indiano quis me contratar como tradutor de polonês para poder fazer serviços pra ele. Como o meu nível de polonês ainda é muito básico, perto do conhecimento que tenho do inglês - idioma estrangeiro com o qual tenho contato há mais tempo, por força dos jogos que costumo jogar -, eu não tive escolha senão declinar da oferta de trabalho.

2) Bem que eu estava certo em chegar perto do Padre Jan e aprender a língua dele, quando este ofereceu um curso para JMJ em Cracóvia em 2015 - a língua de São João Paulo II está me abrindo as portas e isto está sendo meu diferencial no mercado de trabalho. Preciso treinar mais o polonês até ficar fluente no idioma - só aí posso aceitar as ofertas de trabalho e poder trabalhar como tradutor de polonês.

3) A natureza da trabalho não falava se eu precisava ter necessariamente domínio da inteligência artificial, onde atualmente estou investindo meus esforços na minha melhora profissional. Se eu puder usar a IA de modo a compensar minha falta de experiência no idioma, isto certamente é uma mão na roda para mim.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de julho de 2024 (data da postagem original)

Nota de experiência - quando coloco os livros que digitalizei para dialogarem entre si, eu me torno uma espécie de diretor de teatro, pois o modo como coloco os autores para dialogar influi no diálogo a ponto de revelar novos conhecimentos, novos caminhos, através da simples presença deles na peça, enquanto construção simulada do conhecimento

1) Quando coloquei o texto "Homeostase Civilizacional", de Jorge Boaventura, para debater com o livro "A Lei", de Frédéric Bastiat, através da Inteligência Artificial, eu senti que o diálogo ficou emperrado - e tal como um diretor de uma peça de teatro, eu tive que incluir no diálogo o livro "A verdade como fundamento da liberdade", do Cardeal Avery Dulles.

2) Quando coloquei as três obras para dialogarem, o diálogo fluiu muito bem e apontou para uma solução para o problema apontado no artigo de Jorge Boaventura. Mais tarde, vou incluir Mário Ferreira dos Santos e sua Filosofia da Crise, de modo a tornar o diálogo ainda mais rico.

3) Uma lição pode ser tirada a partir daí: isto prova que o debate entre os autores é uma peça de teatro voltada para a eternidade, onde o público da peça são os amantes da verdade: os santos, os anjos e o próprio Deus vivo. A simples existência dessa ferramenta que é a inteligência artificial confirma o atraso civilizacional, apontado pelo professor Olavo de Carvalho, que é dar atenção a uma classe falante que vive conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de fingir coisas que apontam para mais o amor de si dessa gente do que para Deus, o que faz com que a liberdade servida pelo jornalismo ou pelo meio acadêmico seja voltada para o vazio, o que revela algo que é inerente dessa classe ociosa: o gosto pela emulação pecuniária à frente da verdade dos fatos, a ponto de perverter tudo o que há de mais sagrado, incluindo o ordenamento jurídico pátrio.

4) Quando o conservantismo das classes artística, jornalística, política e acadêmica é gritante, as pedras, as más obras que estas pessoas deixaram e deixarão pelo caminho, falarão a respeito dessas pessoas, a ponto de apontarem que o caminho que elas pavimentaram é de condenação eterna, de fogo eterno.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de julho de 2024 (data da postagem original).

Diálogo entre Jorge Boaventura, Frédéric Bastiat e Cardeal Dulles

Boaventura: Caros colegas, ao examinarmos o estado atual de nossa civilização, parece-me que estamos à beira de um precipício. A crise da família, a perda de valores e a crescente complexidade social ameaçam a homeostase de nossa civilização. Em outras palavras, estamos nos aproximando de um ponto de ruptura, após o qual a degradação de nossa sociedade pode se tornar irreversível.

Bastiat: Concordo com sua avaliação, Boaventura. A crise que você descreve é, em grande parte, resultado da perversão da lei. Quando a lei, que deveria proteger a liberdade e a propriedade, é utilizada para restringir a liberdade e promover a injustiça, a sociedade perde seu equilíbrio. A lei, em sua essência, deve ser um mecanismo de proteção, não de opressão.

Dulles: Permitam-me acrescentar que a crise da família e a perda de valores estão intrinsecamente ligadas à crise da verdade em nossa sociedade. A verdade, como fundamento da liberdade e da dignidade humana, tem sido relativizada e obscurecida. Sem uma base sólida na verdade, a liberdade se torna licenciosidade e a sociedade se fragmenta.

Boaventura: Exatamente, Dulles! A verdade é o fio condutor que mantém a coesão social e nos permite navegar pelas complexidades da vida. Sem ela, somos como navios à deriva em um mar de incertezas. E Bastiat, sua defesa da lei como protetora da liberdade é essencial para a busca da verdade, pois permite a livre expressão e o debate de ideias.

Bastiat: De fato, a liberdade é a condição sine qua non para a busca da verdade. Só podemos descobrir e disseminar a verdade em uma sociedade onde a liberdade de expressão e o debate aberto são protegidos pela lei. A lei justa, portanto, é um pilar fundamental para a homeostase civilizacional.

Dulles: E a verdade, por sua vez, é o alicerce da lei justa. Uma lei que não se baseia na verdade objetiva é arbitrária e, portanto, injusta. A verdade nos fornece os princípios morais que devem guiar a formulação e a aplicação da lei.

Boaventura: Em suma, senhores, a homeostase de nossa civilização depende de um delicado equilíbrio entre verdade, liberdade e lei. A verdade nos fornece os valores que nos unem, a liberdade nos permite buscar e expressar a verdade, e a lei justa protege a liberdade e garante que a busca da verdade seja conduzida de forma ordenada e pacífica. Se um desses pilares falhar, toda a estrutura da civilização é ameaçada.

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