1.1) Durante muito tempo, eu tive que compreender o verdadeiro sentido da civilização brasileira, o verdadeiro sentido desta comunidade que se revelou por força daquilo que Cristo mandou que os portugueses fizessem a partir do milagre de Ourique e que foi rompido com o ato de apatria de 1822, impropriamente chamado de independência.
1.2.1) A apatria, fundada na mentira de que o Brasil foi colônia de Portugal, foi este arranjo de coisas que a maçonaria criou que nos levou à primeira independência, segundo a historiografia oficial, diga-se de passagem, pois a segunda, que é a reversão deste processo, está em curso e está sendo capitaneada pelo presidente Bolsonaro - e desta vez contra os comunistas, os continuadores desta obra satânica.
1.2.2) E até onde sei, a luta, que é espiritual, deve se estender contra a maçonaria e contra o liberalismo - o que implica restaurar a fé fundadora do Brasil, a fé católica, como sendo sua religião oficial, bem como restaurar a monarquia.
1.2.3) Todo este arranjo de coisas nos levará ao pináculo deste projeto político, cultural e civilizatório, que é a reunificação política com Portugal, a ponto de voltarmos a sermos uma só nação como Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, como era antigamente. E neste ponto, estou à esquerda de todo o conservantismo, de toda esquerda que se diz falsamente de direita e que usa as cores verde e amarela em lugar da vermelha, a ponto de fazer da apatria seu partido e idolatrar uma farda verde-oliva, que se vendeu ao partidão, já que ambos compartilham da utopia revolucionária a ponto de fazer do Brasil laboratório de experiências revolucionárias de modo a serem exportadas para o mundo todo, o que é uma grande estupidez.
2.) Em paralelo a esta busca por um sentido que me fizesse realmente compreender o Brasil tal como ele é, São João Paulo II revelou a real natureza da Polônia, tão logo a cortina de ferro caiu. Com o passar dos anos, eu vi uma grande nação católica, que vai ser luz do mundo em meio a estes tempos de trevas. E é pra lá que eu vou fixar a minha morada.
3.1) Infelizmente não há vôo direto que conecte o Brasil até a Polônia - eu precisaria fazer uma escala ou em Madrid ou em Frankfurt.
3.2.1) Madrid fica na Espanha - e o Reino da Espanha está passando por uma crise civilizacional por conta do avanço do comunismo e do liberalismo. Ela está passando por um violento processo de homeostase civilizacional, por uma crise de sentido civilizacional, crise de natureza ontológica.
3.2.2) Por ter sido uma civilização que se notabilizou por optar por Cristo em detrimento a Maomé, este é o ponto de partida perfeito para que este lugar me seja o entreposto necessário para que eu possa tomar este lugar como um lar em Cristo, antes de partir para a Polônia.
4.1) Chamo este processo de comunidade de intermédio, pois a Espanha fica no meio do caminho de duas comunidades reveladas que conheço muito bem. É dali que farei a escala para a Polônia. Posso dizer que um Segundo Caminho de Santiago pode ser criado a partir daí - e este caminho pode ser percorrido de avião.
4.2) Essa comunidade de intermédio pode ter sido uma comunidade revelada no passado, como foi a própria Espanha, ou uma comunidade imaginada, que está esperando um processo de cristianização, como é a Alemanha, marcada pela ruptura com a Igreja feita por Lutero e por todo o processo político se deu por força disso que criou a Alemanha moderna, a partir de 1871, encabeçado pela Prússia.
4.3.1) Nessa comunidade de intermédio, devo lidar com os locais, e tomar o lugar que me acolhe provisoriamente como se fosse meu lar em Cristo de modo que todo o meu caminho seja bem preparado de modo que eu tenha liberdade de me instalar na Polônia, que é onde eu quero ficar.
4.3.2) Esse processo provisório pode levar até mesmo gerações, pois o processo civilizatório de pavimentação espiritual é complexo. E isto não pode ser feito com viagens turísticas, próprio de quem tem alma desordenada para a verdade.
5.1) Em todo o caso, esse caminho deve ser preparado de modo que outras pessoas possam seguir o meu exemplo, que é servir a Cristo em terras distantes.
5.2.1) Talvez eu não venha a ter vida suficiente para fazer a travessia desejada, mas é uma missão que deve ser feita nos méritos de Cristo, já que o Brasil da apatria de 1822 já ruiu e ele já não faz mais sentido pra mim.
5.2.2) O que levo dele é a verdadeira compreensão de que o país poderia ter sido e não foi por conta dos pecados do príncipe-regente, que traiu seu pai, todos os monarcas que lhe antecederam no Reino e ao Próprio Rei dos Reis, a fonte do verdadeiro poder, o verdadeiro substrato para esta comunidade existir e fazer sentido perante o mundo cada vez mais cheio de si e cada vez mais sem Deus.
5.3.3) Como católico que sou, eu abomino o pecado - e celebrar a ruptura do país com o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem (e com o sentido civilizacional estabelecido em Ourique, a ponto de chamar isso de independêcia), é pecado contra a bondade de Deus, contra o Espírito Santo. E Deus não perdoa este tipo de pecado. E não tenho compromisso com este erro - por isto que estou à esquerda desta falsa direita, que abraça causas maçônicas e protestantes, heréticas e cismáticas por natureza.
5.3.4) E por conta de estar à esquerda, devo organizar a contra-revolução a partir do exterior, em países que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, pois a amizade é a base da sociedade política e ela deve ser buscada do alto. E o país que melhor acolhe este projeto contra-revolucionário é a Polônia.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 25 de maio de 2023 (data da postagem original).