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quarta-feira, 1 de abril de 2020

Notas sobre mercado editorial enquanto encontro - uma história pessoal

1) Nos meus anos no Direito (entre 2001 e 2012), eu acompanhava o trabalho de uma Editora gaúcha chamada Sérgio Antônio Fabris Editor (SAFE). 
 
2.1) O que eu mais gostava neles era a linha editorial, que era diferenciada - eles publicavam muita coisa interessante, em consoante com os debates jurídicos que aconteciam na Europa e nos Estados Unidos.

2.2) Muita coisa que eu deixava de saber por conta da faculdade e por conta da imprensa, por conta desse trabalho de desinformação conjunto, eu tomava conhecimento através do trabalho da SAFE. Talvez isto explique o fato de a Justiça Gaúcha ser pioneira em muita coisa no Direito brasileiro, para o bem ou para o mal, justamente por conta deste discreto e importante trabalho.

3) Hoje a filha de Sérgio Antônio Fabris tentou me adicionar. Tínhamos uma amiga em comum: a Helena Mutinelli. Passei alguns escritos de minha lavra e passarei a ela o acesso ao meu blog. Quem sabe um dia meus livros sejam publicados pela Fabris? Era um sonho antigo meu, embora já esteja afastado do Direito há bastante tempo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de abril de 2020.

domingo, 29 de março de 2020

Notas sobre a relação entre liberdade interior e realidade virtual

1) Realidade é tudo o que nos aponta para a realeza de Cristo, para a conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) Virtual é aquilo que é próprio das virtudes. Por isso, na sociedade do conhecimento - onde o computador é a ferramenta mais importante para se viver a vida fundada na liberdade interior em toda a sua plenitude -, você precisa ser necessariamente virtuoso antes de usar este meio para servir a Cristo em terras distantes.

3.1) Um sujeito virtuoso é amigo de Deus sem medida, que se santifica através do trabalho intelectual, seja escrevendo, seja ensinando, cantando ou falando algo edificante.

3.2) Se você é cheio de si até o desprezo de Deus, então esvazie-se de si e não use este meio com fins vazios, pois você promoverá o vício e não a virtude.

3.3) O indivíduo virtuoso é o meio pelo qual uma mensagem é passada é o meio é a mensagem, uma vez que a autoridade, própria do virtuoso, tem o escopo de aperfeiçoar a liberdade, que se funda no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Não é à toa que a Internet foi inventada por um Cristão.

4.1) O maior problema de uma realidade pautada no conhecimento (a chamada sociedade da informação, um tipo melhorado de sociedade pautada na confiança) é a cultura do liberalismo. E o liberalismo gera o relativismo moral.

4.2) Onde a liberdade é servida com fins vazios, ela abre o caminho para o totalitarismo, a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora do Estado ou contra o Estado. Por isso que nós vemos na rede social a ação dessas milícias virtuais pagas pregando terrorismo e desinformação, a ponto de nos intimidar de todas as forças de modo a terem poder total sobre nós.

4.3.1) É por isso que Cristo disse para não termos medo. 
 
4.3.2) Sejamos santos, sejamos virtuosos. Escrevamos, reflitamos, produzamos cultura que aponte para Deus. O bom pensamento, fundado na virtude, move a ação - e a ação organizada leva a uma ação política que pode pôr fim a toda essa tirania que está aí.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de março de 2020.

sábado, 28 de março de 2020

Notas sobre o origem da palavra edifício

1) Edifício é basicamente ofício de edil.

2) Edil é um cargo da antiga república romana. E uma de suas funções era construir moradias para o povo de Roma. À medida que Roma se expandia e se tornava um império, a cidade se tornava uma metrópole.

3.1) A forma do prédios da época antiga era mais ou menos parecida como esta que nós conhecemos e eles começaram a ser construídos de modo a resolver o problema da moradia. Não é à toa que o nome desse tipo de moradia se chama condomínio edilício (feito de maneira prática, à maneira dos edis).

3.2) Muitos dos edis eram ligados à plebe e faziam parte do partido popular. Muitos deles foram simpatizantes de Júlio César, cuja ascensão e morte deu origem ao Império Romano.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de março de 2020.

sexta-feira, 27 de março de 2020

Sobre o que é história


1.1) Certa ocasião, estava ouvindo um vídeo no youtube que dizia que Tucídides estava trabalhando naquela época (a Grécia Clássica) num novo ramo da investigação da realidade: a pesquisa (em grego, História).

1.2.1) Esse trabalho foi feito paralelamente ao trabalho que Sófocles fazia na tragédia grega (por isso, esse trabalhos devem ser lidos em conjunto, se observarmos a técnica de Mortimer Adler sobre como devemos ler os livros).

1.2.2) Tanto a História da Guerra do Peloponeso quanto a tragédia de Édipo visavam explicar racionalmente a realidade da primeira peste documentada na História, ainda que por caminhos diferentes.

2.1) O caminho trilhado por Tucídides é complexo, pois a natureza desse trabalho contém filosofia, psicologia, antropologia, sociologia e literatura, toda uma confluência de saberes aplicados à investigação da realidade de modo a compreender de modo a se conhecer a verdade.

2.2) Buscava-se uma compreensão holística abrangendo tudo o que se conhecia até então para se explicar um dado particular. Por isso mesmo, essas investigações possuem íntima relação com o jornalismo investigativo, pois o presente conta o passado, a ponto de dar uma dica de como vai ser o futuro.

3) Enfim, essas ciências sociais que temos hoje (como sociologia, antropologia, psicologia), elas não passam de investigações de campo feitas de tal maneira a se obter um resultado específico: ter poder sobre a sociedade, não compreender a verdade. Afinal, tudo deve estar no Estado e nada pode estar contra o Estado ou fora dele.

4.1) Por isso, mesmo, não devemos levar a sério o que os cientistas sociais da USP fazem.

4.2.1) Tenham sempre em mente que é preciso sempre investigar a realidade, que é em Deus fundada.

4.2.2) Como a vida em sociedade é um dado da realidade humana, então é um dado histórico, não sociológico, pois isso é verdade há tempos imemoriais, desde que o mundo foi criado - e verdade conhecida é verdade obedecida, como dizia Platão. Não se trata de uma invenção humana, mas de uma criação divina.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de março de 2020.

quinta-feira, 26 de março de 2020

Notas sobre a Política dos Estados de nosso tempo, comparada com a da época de Campos Sales, que resultou no café-com-leite

1.1) No tempo de Campos Sales, a Política dos Governadores (também chamada de Política dos Estados e que mais tarde serviu de base para a política do café-com-leite) era feita da seguinte forma: o interesse da União era definido pela forma como pensavam os Estados.

1.2) Era conciliando o interesse de todas as oligarquias que, unidas, elas ferravam com o Brasil. Assim, com as oligarquias satisfeitas, o presidente podia desmandar, agir como um tirano absolutista, mais do que na própria monarquia - que havia sido banida, por ser considerada um "atraso".

2.1) Hoje, nós temos o contrário disso, pois todos os governadores estaduais estão trabalhando contra a União e contra os interesses da população, a ponto de desservir ao bem comum. Os governadores se tornaram de fato presidentes estaduais e estão desobedecendo à Constituição e agindo como se fossem apátridas.

2.2) Como são todos comunistas, não se pode negociar nem conciliar o interesse dessa gente, que é fora da realidade, visto que não deixam as pessoas prosperarem nem progredirem.

3) O que vemos hoje é a política do "leite estragado", capitaneada por Doria e Witzel, pelo eixo Rio-São Paulo.

4.1) Tanto a velha política quanto a nova política dos estados é movida pela ambição estúpida, por gente cheia de se si até o desprezo de Deus, a ponto de dizer que devemos chamar um dia essas pessoas de "Suas Majestades, os presidentes do Brasil Doria e Witzel". 
 
4.2) Definitivamente, esse império precisa vir abaixo, tal como na época do bota-abaixo do prefeito Pereira Passos, que modernizou a cidade do Rio de Janeiro, então capital do meu país.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de março de 2020.

Notas sobre Bolsonaro, enquanto descompasso entre a sinceridade e falta de autoridade, enquanto falta de santidade

1) De que adianta a autenticidade, de que adianta falar a linguagem do povão, se você não guarda os mandamentos de Deus?

2) O Brasil de hoje é uma comunidade imaginada pela maçonaria - ele foi concebido a partir da mentirosa alegação de que Portugal era explorador, de que a Igreja Católica era má e de que a monarquia era um atraso de vida. E o povo aculturado que temos é resultado de toda uma política pública voltada para nos tornar alheios da nossa origem portuguesa e da missão de servir a Cristo em terras distantes. E o Bolsonaro é a personificação dessas coisas - ele espelha o que há de pior no povo, neste ponto. É um produto da maçonaria republicana que nos domina há mais de 130 anos.

3.1) Se independência pressupõe não-sujeição, então que não nos submetamos ao domínio dos maçons e dos comunistas, mas ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem que nos mandou que servíssemos a Ele em terras distantes.

3.2) A verdadeira independência do Brasil está naquilo que foi estabelecido em Ourique, pois nascemos livres em Cristo, por Cristo e para Cristo. Que o Brasil volte a ser o Império que foi criado para Cristo em Ourique.

3.3.1) Não espere do Bolsonaro essa independência, pois ele não tem a imaginação moral necessária para saber o que isso significa.

3.3.2) Isso pressupõe que ele rompa com a maçonaria, com o passado militar e com a esposa herege - e eu duvido que ele abra mão dessas coisas que ele conserva de conveniente e dissociado da verdade.

3.3.3) A verdadeira revolução pede que se rompa com a maçonaria. Como ele, Bolsonaro, é inexoravelmente ligado a essa gente, então não há independência, visto que estamos sujeitos ao império de domínio destes animais que mentem em nome da verdade, nem que façam disso sua liberdade, sua igualdade, sua fraternidade, ainda que isso custe a morte. Então, que essa gente, esses maçons, morram, pois é isso o que eles merecem - eles traíram a Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de março de 2020.

Quando se trata de casar ciência com literatura, então toda ficção deve ser tratada como realidade especulada, mas sem exageros

1.1) Estou desenvolvendo uma nova técnica de escrever histórias: escrevo uma nota de diário e uma continuação dessa história no próprio corpo de texto. 
 
1.2) Se as histórias têm ligação, fundo os artigos a ponto de virarem uma coisa só; se se desdobrarem numa outra história paralela, elas viram outro artigo, a ponto de comporem um outro capítulo da história. É como escrever novela - e para isso, eu preciso escrever diariamente.

2.1) Se tivesse que escrever ficção, eu precisaria fazer com que a história tenha algum fundamento em alguma história que vivi ou que tomei de empréstimo, a ponto de querer ter vivido essa experiência, se minhas circunstâncias fossem favoráveis.

2.2.1) Mesmo que minha circunstância de vida não me permita viver certas coisas, ao menos posso especular sobre isso - e a especulação já me dá uma imagem mais ou menos pálida do que poderia ser se essa experiência fosse real, embora isto não substitua a experiência real, plenamente vivida.

2.2.2) Talvez eu esteja enganado - e não me incomodo de meu depoimento, que é provisório para estes casos, ser substituído pelo depoimento de alguém que viveu realmente estas experiências que examinei ao menos do ponto de vista especulativo.

3.1) Do ponto de vista literário, é assim que faz ciência.

3.2.1) Quando se parte do que se sabe para o que não se sabe, primeiro especulamos sobre certas coisas que gostaríamos de ter vivenciado, mas que não nos foram possíveis.

3.2.2) O que foi refletido fica sujeito à confirmação de uma segunda testemunha, que realmente passou por essas experiências. Ela poderá falar com mais propriedade se isso que falo faz sentido ou não.

3.2.3) Esse segundo testemunho confirmará o que digo do ponto de vista especulativo, a ponto de a ficção ser chamada também de realismo especulado ou possível. Quando casamos ciência com literatura, nós adotamos este expediente.

4.1) Tudo o que falei sobre nacionismo, eu falei do ponto de vista especulativo. Faltou-me o critério da verificação - eu nunca estive no exterior realmente para saber se o que falei fazia sentido ou não. As circunstâncias não me foram favoráveis: nunca tive dinheiro para viajar - e nos tempos em que vivo, está muito perigoso fazê-lo, visto que a Europa está cheia de muçulmanos - e eles são a negação do experimento em pessoa.

4.2.1) Se alguém me suceder na experiência a ponto de viver num tempo em que o Cristianismo esteja vivo e forte novamente, numa Europa livre dessa ameaça maometana, então essa pessoa poderá falar com mais propriedade sobre aquilo que falei e que só pude traçar uma idéia geral, um pequeno esboço, pois meu depoimento não passa de uma pálida idéia, de uma situação provisória - o que fará desta ciência uma tradição intelectual.

4.2.2) Como nada substitui a experiência real, então somente uma pessoa que tenha realmente vivido a experiência de tomar vários países como um mesmo lar em Cristo pode falar com mais propriedade sobre o que falei ao menos no campo teórico, uma vez que a prática aperfeiçoa a teoria. Não me incomodo de nesta primeira geração eu ser apenas um mero teórico - gostaria de ter podido viajar, mas estes tempos, confesso, são muito perigosos.

4.2.3) Melhor que isso fique para outro momento, para uma outra geração ou para um contemporâneo meu que tenha condições de fazê-lo. Se aperfeiçoarem o que digo, eu fico satisfeito, uma vez que cumpri o que me propus a fazer, em Cristo Jesus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de março de 2020 (data da postagem original).