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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Notas sobre a portugalidade

1) O senso de portugalidade se baseia num tripé: 

A) Senso de tomar o país como um lar em Cristo por força da missão de se servir a Ele através do trabalho em terras distantes (nacionidade);

B) Senso de lealdade ao vassalo de Cristo, uma vez que devemos ver nele a figura de Cristo (nacionalidade);

C) Santificação através do trabalho, uma vez que o senso de servir a Cristo em terras distantes pede que descubramos os outros o tempo inteiro, de tal maneira que ganhemos a confiança dos mesmos - o que faz do mercado um ambiente de encontro e não de sujeição, a ponto de a ordem decorrente do casamento da liberdade com a verdade não ser servida com fins vazios, fins esses fundados no amor de si até o desprezo de Deus, uma vez que é servindo aos outros que poderemos ter algum ganho neste vale de lágrimas, fundado na incerteza (o lucro).

2.1) Se a política é a continuação da trindade, então o senso de portugalidade se assenta muito bem nesse tripé, a ponto de fomentar um império de cultura. E ao contrário do que Durosselle falou, este império não perecerá porque não é império de domínio, geralmente fundado em homens que governam os países ricos no amor de si até o desprezo de Deus. Os operários desse império de cultura morrem para si mesmos de modo que o Santo Nome do Senhor seja publicado em terras muitos distantes, entre os povos cada vez mais estranhos.

2.2) Os operários de última hora, as últimas gerações, receberão as mesmas recompensas que a geração de D. Afonso Henriques recebeu por conta de colaborar com Cristo nesse projeto salvífico que resistiu ao teste do tempo, a ponto de estabelecer uma verdadeira civilização no sentido católico do termo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de fevereiro de 2019 (data da postagem original).

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Notas sobre a questão de se dizer o direito de alguém que pleiteia ser protegido por um vassalo de Cristo digno desse Santo Nome

1.1) Coceder nacionalidade a alguém é dizer que uma determinada pessoa tem o direito natural de ser protegida por alguém que é vassalo de Cristo pela graça de Deus.

1.2) O critério para estar sob a proteção e autoridade desse soberano é amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus. Se essa pessoa vê no soberano a pessoa de Cristo, então essa pessoa é leal, a ponto de ser tomada como parte da família ampliada do soberano, que é a nação.

2.1) O vínculo de nacionalidade tem profunda relação com a nacionidade, com o senso de se tomar o país como um lar em Cristo - esse vínculo não pode ser servido com fins vazios, pois está intimamente relacionado com o verbo que se fez carne.

2.2) O Brasil foi fundado na missão de servir a Cristo em terras distantes - por isso, ser parte de um falso país como o Brasil, que foi em busca de si mesmo e que se separou de Portugal a ponto de negar o Crucificado de Ourique, é ver esse vínculo ser servido com fins vazios a ponto de fomentar a apatria, a má consciência de muitos.

2.3.1) Não se pode falar em independência com fins vazios, até porque o país está sujeito aos interesses da maçonaria, que é revolucionária por si mesma.

2.3.2) Por isso, tal independência nega o conceito polonês de niepodległość, que é o direito de não sujeitar-se a um homem ou a um grupo de homens que governam o país ricos no amor de si até o desprezo de Deus, a ponto de caracterizar uma tirania e contra a qual se cabe devidamente a desobediência civil.

3.1) O fundamento para o direito de resistência é sujeitar-se ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, sobretudo Aquele que nos deu uma razão de ser, que é servir a Ele em terras distantes.

3.2.1) Por força dessa missão, servir a Ele é tomar meu país como um lar n'Ele, por Ele e para Ele, a ponto de ir para a pátria definitiva, que se dá no Céu, por conta de ter sido leal para com Ele, Jesus Cristo, o Rei dos Reis.

3.2.2) Por isso que luto para reverter os males decorrentes da secessão e para restaurar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 2019.

Comentários sobre um caso que foi matéria de jornal

1) Tenho ouvido falar na história de uma moça de origem indiana que possuía nacionalidade inglesa e que se envolveu com um sujeito que tinha nacionalidade holandesa, mas que era muçulmano. Os dois se associaram ao Estado Islâmico, a ponto de ela se converter ao islã.

2) Tempos depois, ela volta para a Inglaterra de modo a ter um filho, uma vez que as duas primeiras gestações não vingaram. A entrada dela foi recusada - quem se associa ao islamismo é considerado apátrida - e neste ponto o Reino Unido está correto.

3.1.1) O problema é o Estado declarar a apatria de alguém rejeitando sujeitar-se à Igreja, a mestra na verdade.

3.1.2) O Rei da Inglaterra rompeu com Roma, fez da riqueza sinal de salvação, foi mau povoador e este país é o berço do liberalismo e do ateísmo no mundo. Autoridade eles não têm, posto que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade.

3.2.1) De nada adianta buscar salvar a civilização ocidental rejeitando a Igreja Católica. A ideologia neocon não passa de um grito da última moda do conservantismo anglo-saxão.

3.2.2) Por rejeitarem o verbo que se fez carne, eles promoveram uma ordem cuja liberdade é servida com fins vazios, relativizando a palavra de Cristo, a ponto de o verbo divino não ter peso algum nas decisões de governo e de Estado. Por conta disso, eles não têm autoridade alguma para determinar quem é e quem não é nacional.

3.2.3) O conservantismo faz do cristianismo - da conformidade com o Todo que vem de Deus - uma caricatura, a ponto de as pessoas serem insinceras, quando dizem que são seguidoras do verbo que se fez carne, uma vez que, para elas, Jesus é como o Lula: uma idéia e não o Messias. E isso é preferir Barrabás ao Filho de Davi. Trata-se de um movimento de massa, tal como o nacionalismo.

4.1) O verdadeiro conservadorismo é como falei a respeito da nacionidade - para conservar a dor de Cristo, a resposta deve ser pessoal, uma vez que sinceridade implica estar presente a um ouvinte onisciente que não pode ser enganado.

4.2) Se você diz "aqui estou", então você se compromete a servir ordem fundada naquilo que decorre do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

4.3) As ovelhas escutam o chamado do Mestre - e se você serve ordem, os que estão sujeitos à sua proteção e autoridade vão lhe recompensar pelo trabalho prestado, pois isso em Cristo se funda.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 2019.

Notas sobre a relação entre complexidade econômica e nacionidade

1) Estava pensando na questão da complexidade econômica, tendo por base o que Paulo Gala falou.

2) Isso pede um conceito de economia onde o lar é organizado de tal maneira que produza riquezas que façam com que os que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento acabem se integrando e indo para a pátria definitiva, que se dá no Céu. É importante não confundir economia com crematística, a ponto de fazer da riqueza sinal de salvação, como fazem os protestantes.

3.1) Farei mais meditações sobre isso depois.

3.2) Em todo o caso, isso confirma o argumento da complexidade, a ponto de confirmar o que Platão disse em sua obra A República: sobre a necessidade de se criar uma verdadeira riqueza das nações na virtude e não na reunião pura e simples de ouro, esse vil metal que não se reproduz, uma vez que é por ele que você compra toda uma classe política inteira, posto que ela está fazendo disso uma profissão e não ocupando um espaço por força de honra ou tradição, a ponto de honrar quem lhe antecedeu em vida e santificar este ofício servindo ao povo que o elegeu, ao edificar um bem comum.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 2019 (data da postagem original).

A busca pela verdade é a minha cachaça

1) Me perguntaram qual é a marca de cachaça que eu bebo, para escrever o que escrevo.

2.1) Trata-se de uma cachaça artesanal, que não é qualquer um que bebe: ela se chama sabedoria. E o segredo é comer do corpo e beber do sangue de Cristo, a ponto de estar inspirado o tempo todo de modo a escrever o que escrevo.

2.2) É preciso provar do fruto de modo a distinguir o verdadeiro do falso. E isso pede que você viva uma vida reta, que tenha uma fé reta e uma consciência reta - os três pilares que promovem a santificação através do trabalho, a ponto de se tornarem uma verdadeira trindade.

3.1) Se todo mundo comesse do pão com gula e se todos bebessem do vinho como se bebe da água, então o sacrifício de Jesus teria se dado em vão, pois a nova ordem seria servida com fins vazios, a tal que ponto que diriam que Jesus não foi Deus, mas um profeta - o que justifica a invasão islâmica.

3.2) Todo mundo seria uma idéia fundada no amor de si até o desprezo de Deus, tal como ocorre com aquele bárbaro de Garanhuns que está preso lá em Curitiba. Todos se achariam eleitos para serem faraós do Antigo Egito, a ponto de governarem o país segundo seus critérios vazios e fundados na ideologia, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, o que fomenta a má consciência de muitos.

4.1) Espiritualizado pelo vinho que me dá coragem para escrever o que escrevo e alimentado pelo pão vivo que desceu do Céu, eu posso falar coisas sensatas, após muito refletir sobre elas - faço essas coisas por caridade, pois eu me importo com quem me lê. Quem não acompanha minha jornada desde o começo certamente me medirá pela sua régua, que é a estupidez; quem lê o que escrevo desde o começo, que foi em 2014, certamente perceberá que os artigos que escrevo têm por base coisas sobre as quais escrevi em outras ocasiões, a ponto de ampliar e atualizar o que já escrevi. Por isso mesmo, não é qualquer um que se acha no direito de me bater à porta - é preciso ser honrado antes de me bater à porta.

4.2) Se eu sentir que a pessoa é digna, eu a atendo com o maior prazer, a ponto de dialogar com ela da melhor forma possível.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 2019.

Por que o nacionismo não é um movimento de massa?

1) Enquanto o nacionalismo é um movimento de massa, a ponto de fazer o país ser tomado como se fosse uma religião - onde tudo estará no Estado e nada deverá estar fora dele ou contra ele -, o nacionismo é, essencialmente, uma cultura.

2.1) Uma cultura nasce a partir das virtudes combinadas de um homem e de uma mulher, que respondem ao chamado de Deus de modo a constituírem uma família. 
 
2.2) Os filhos, que são uma bênção, são a junção do melhor dos dois mundos, a ponto de dois corpos se fundirem num só. E este é, portanto, o dado irredutível desse senso, a menor unidade possível a ponto de isto ser uma verdadeira ciência, quando não uma arte, posto que aponta para o belo, para a conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.3.1) A comunidade é, pois, a reunião de várias famílias amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento juntas, a ponto de formarem uma verdadeira unidade, uma verdadeira aliança fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, a ponto de chamar o primeiro cidadão desta nobre república, o melhor dentre eles, para ser seu vassalo e servir de exemplo a todo o reino tal como aconteceu com D. Afonso Henriques. Isso estimula os protegidos desse vassalo a servirem ao Rei dos Reis em terras distantes, seja no próprio reino ou no mundo inteiro, a ponto de formar um verdadeiro império, movido pela ação do Santo Espírito de Deus.

2.3.2) Quando os melhores de terras estrangeiras se casam com os melhores formados a partir dessa missão, o senso de servir a Cristo em terras distantes se espalha para o mundo inteiro, a ponto de haver um verdadeiro Reinado Social de Cristo-Rei em todos os lugares. E tomar o país como um lar por força dessa missão é um verdadeiro salário, pois isso satisfaz nossas necessidades físicas e espirituais a ponto de nos preparar para a pátria definitiva, que se dá no Céu.

3.1) Enquanto o nacionalismo é uma espécie de revolução perpetrada desde cima, o nacionismo faz o movimento de baixo para cima, preenchendo círculos concêntricos.

3.2) Ele se expande conforme as pessoas vão amando e rejeitando as mesmas coisas tendo a Cristo por fundamento, uma vez que sem legitimidade não há direito para se servir de maneira organizada em múltiplos lugares, a ponto de criar laços em lugares diferentes e fazer com que o mundo seja o nosso bem comum.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 2019.

Como se combate o internacionalismo da esquerda?

1.1) O internacionalismo da esquerda é apatria sistemática e compartilhada, a ponto de não se tomar nenhum país como um lar em Cristo, até porque eles não acreditam em Deus como a medida de todas as coisas.

1.2.1) Eles tomam o Estado - a maior instituição criada pelo homem - como a medida de todas as coisas, a ponto de ter poder total sobre todo o universo.

1.2.2) O Estado é acessório que segue a sorte do principal: o homem, que é a medida de todas coisas - eis um efeito da retomada do paganismo a partir da Renascença. No entanto, isto é particularmente agravado por Kant, quando este define que o homem é o animal que mente.

1.2.3) Neste ponto, o Estado passa a servir ao diabo, o pai da mentira, a ponto de servir liberdade com fins vazios e tudo se reduzir a conveniências ou razões de Estado - e neste ponto elas se tornam razões nenhumas, ilegítimas. Eis a causa da tirania totalitária.

2.1) A negação de não se tomar nenhum país como um lar em Cristo é tomar todos os países como um lar em Cristo. O grau mais básico desse senso se dá tomando pelo menos um país como um lar em Cristo.

2.2.1) Mas, para se tomar um país como um lar em Cristo, você precisa se universalizar primeiro.

2.2.2) Para tomar o Brasil como um lar em Cristo, você precisa ir a Portugal - como Portugal é parte da Cristandade, então você precisa tomar todas as nações que são filhas da Igreja - sobretudo a França, a filha favorita da Igreja Católica - como um mesmo lar em Cristo, a ponto de se servir a Ele em terras distantes. Os portugueses costumam dizer que têm Portugal por berço e o mundo como o lugar para se morrer - e neste ponto, a Lusitânia dispersa deve ser tomada como um lar em Cristo, a ponto de ser mais um país de língua portuguesa junto com os outros países onde o português não é a primeira língua.

3.1) A junção da língua portuguesa com a cultura local produz um tipo especial helenismo, uma vez que nós casamos os nossos melhores com os melhores locais, a ponto de formar um novo tipo de nobreza que combina o melhor dos dois mundos.

3.2.1) Por conta de haver diferentes nobrezas mistas, as nacionidades serão compartilhadas, a ponto de haver internacionidades.

3.2.2) Se duas famílias tomam dois países como um mesmo lar em Cristo, então da união delas nós poderemos ter três ou quatro - e com o passar do tempo, o mundo inteiro.

3.2.3) Isso só pode ser feito a partir de famílias virtuosas, unidas pelo fato de amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.2.4) A formação dessas famílias leva tempo - e como diz o professor Olavo, é urgente termos paciência, pois o nosso tempo é a eternidade, pois esta é a medida de Deus. Que ela seja a nossa medida, então.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 2019.