Ao ler sobre o Império Romano, eu costumo fazer uma interpretação mais
pessoal e tentar ligar os pontos do que foi feito no passado com o
presente. Tem coisas que me chamam bastante a atenção: a questão da
padronização urbanística, o pragmatismo, o aproveitamento e inclusão de
várias culturas, a extensão de um modelo civilizacional e a idéia de
grandeza, tudo isso parece estar totalmente ligado com a modernidade e,
em especial, ao projeto do governo mundial.
Se formos observar a estrutura totalmente uniforme dos prédios modernos, perceberemos que ela (1) traz a noção de pobreza e miséria existencial cultuando uma espécie de homem-máquina, apoiada num modelo voltado para a utilidade e praticidade, sem apelo algum à beleza estética, e (2) também traz a noção de infinito. A ideia de que somos seres pequenos, comuns, que fazemos todos parte dessa estrutura gigantesca, que estamos aprisionados e sendo controlados por um centro de poder inalcançável e indestrutível, e que nosso único dever é cultuá-lo. E nada mais.
Eu peguei como exemplo o Império Romano, porém é óbvio que existem diferenças e os fins eram outros.As diferenças eram que (1) a religião oficial do Império Romano era o cristianismo e não uma religião panteística baseada na ideia de um "paraíso" terrestre controlado pelos homens e (2) se eles se utilizaram dessa padronização, principalmente nas "insulas" – edifícios altos onde habitavam os mais pobres –, foi em prol da extensão e fortalecimento do império, somente. A inclusão da culturas grega e etrusca também, para dar unidade e fortalecer o império. Não é necessário criar um novo modelo civilizacional, esse não é o ponto. Basta unir todas as culturas em volta de uma única religião e introduzir inovações para ajustamento a uma cultura funcional e útil.
Outra coisa muito perceptível é a questão da repetição. Se pensarmos que o condicionamento psicológico se dá a partir da repetição, do reforço positivo e negativo, também chegaremos à conclusão de que toda a modernidade foi estruturada em volta disso. A mídia repete sobre a "ditadura militar", associando qualquer figura militar a assassinos e isso afeta o psicológico do brasileiro. A música repete os mesmos padrões sonoros vazios até o desgaste. E assim se confirma na arquitetura, na arte, nos diálogos, na educação, nos novos costumes adotados e no comportamento.
Andréia Moraes
https://web.facebook.com/andreia.moraes.39142072/posts/389245434877905
Facebook, 24 de abril de 2018.
Se formos observar a estrutura totalmente uniforme dos prédios modernos, perceberemos que ela (1) traz a noção de pobreza e miséria existencial cultuando uma espécie de homem-máquina, apoiada num modelo voltado para a utilidade e praticidade, sem apelo algum à beleza estética, e (2) também traz a noção de infinito. A ideia de que somos seres pequenos, comuns, que fazemos todos parte dessa estrutura gigantesca, que estamos aprisionados e sendo controlados por um centro de poder inalcançável e indestrutível, e que nosso único dever é cultuá-lo. E nada mais.
Eu peguei como exemplo o Império Romano, porém é óbvio que existem diferenças e os fins eram outros.As diferenças eram que (1) a religião oficial do Império Romano era o cristianismo e não uma religião panteística baseada na ideia de um "paraíso" terrestre controlado pelos homens e (2) se eles se utilizaram dessa padronização, principalmente nas "insulas" – edifícios altos onde habitavam os mais pobres –, foi em prol da extensão e fortalecimento do império, somente. A inclusão da culturas grega e etrusca também, para dar unidade e fortalecer o império. Não é necessário criar um novo modelo civilizacional, esse não é o ponto. Basta unir todas as culturas em volta de uma única religião e introduzir inovações para ajustamento a uma cultura funcional e útil.
Outra coisa muito perceptível é a questão da repetição. Se pensarmos que o condicionamento psicológico se dá a partir da repetição, do reforço positivo e negativo, também chegaremos à conclusão de que toda a modernidade foi estruturada em volta disso. A mídia repete sobre a "ditadura militar", associando qualquer figura militar a assassinos e isso afeta o psicológico do brasileiro. A música repete os mesmos padrões sonoros vazios até o desgaste. E assim se confirma na arquitetura, na arte, nos diálogos, na educação, nos novos costumes adotados e no comportamento.
Andréia Moraes
https://web.facebook.com/andreia.moraes.39142072/posts/389245434877905
Facebook, 24 de abril de 2018.