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terça-feira, 24 de abril de 2018

Notas sobre sobre a diferença entre o Império Romano e a modernidade com relação à questão da padronização urbanística e a outras coisas a ela relacionadas

Ao ler sobre o Império Romano, eu costumo fazer uma interpretação mais pessoal e tentar ligar os pontos do que foi feito no passado com o presente. Tem coisas que me chamam bastante a atenção: a questão da padronização urbanística, o pragmatismo, o aproveitamento e inclusão de várias culturas, a extensão de um modelo civilizacional e a idéia de grandeza, tudo isso parece estar totalmente ligado com a modernidade e, em especial, ao projeto do governo mundial.

Se formos observar a estrutura totalmente uniforme dos prédios modernos, perceberemos que ela (1) traz a noção de pobreza e miséria existencial cultuando uma espécie de homem-máquina, apoiada num modelo voltado para a utilidade e praticidade, sem apelo algum à beleza estética, e (2) também traz a noção de infinito. A ideia de que somos seres pequenos, comuns, que fazemos todos parte dessa estrutura gigantesca, que estamos aprisionados e sendo controlados por um centro de poder inalcançável e indestrutível, e que nosso único dever é cultuá-lo. E nada mais.

Eu peguei como exemplo o Império Romano, porém é óbvio que existem diferenças e os fins eram outros.As diferenças eram que (1) a religião oficial do Império Romano era o cristianismo e não uma religião panteística baseada na ideia de um "paraíso" terrestre controlado pelos homens e (2) se eles se utilizaram dessa padronização, principalmente nas "insulas" – edifícios altos onde habitavam os mais pobres –, foi em prol da extensão e fortalecimento do império, somente. A inclusão da culturas grega e etrusca também, para dar unidade e fortalecer o império. Não é necessário criar um novo modelo civilizacional, esse não é o ponto. Basta unir todas as culturas em volta de uma única religião e introduzir inovações para ajustamento a uma cultura funcional e útil.

Outra coisa muito perceptível é a questão da repetição. Se pensarmos que o condicionamento psicológico se dá a partir da repetição, do reforço positivo e negativo, também chegaremos à conclusão de que toda a modernidade foi estruturada em volta disso. A mídia repete sobre a "ditadura militar", associando qualquer figura militar a assassinos e isso afeta o psicológico do brasileiro. A música repete os mesmos padrões sonoros vazios até o desgaste. E assim se confirma na arquitetura, na arte, nos diálogos, na educação, nos novos costumes adotados e no comportamento.

Andréia Moraes

https://web.facebook.com/andreia.moraes.39142072/posts/389245434877905

Facebook, 24 de abril de 2018.

Da importância das famílias e dos municípios

1) A Família Cristã e o Município romano continuarão a existir enquanto caem a cada geração monarquias, repúblicas, impérios e senhorios: a sua supremacia está na sua radical e única autenticidade.

2) O Município e a Família provêm de uma só realidade humana: a condição iniludível do homem ser um ser concreto, de viver a sua existência dentro de um quadro de valores construídos ao longo dos tempos e que assimilou pelos simples facto de ter nascido no meio deles. O sangue, o solo, a família e o município, quer gostemos quer não, fazem-nos ser o que somos.

3) A força dos fatores sociológicos é mais eficaz do que o oportunismo das decisões arbitrárias. Jamais o homem foi "coisa" abstrata como procuraram fazer crer as repetidas Declarações dos Direitos Humanos que apareceram no pós-revolução. Daí a primazia destas entidades menores sobre o Estado, encarnação e sujeito do poder político supremo que não é mais do que o coordenador do funcionamento total do organismo comunitário fundindo as vontades essenciais e harmonizando os diversos setores do conjunto coletivo com os quais nos identificamos, pelo simples facto de termos nascido.

4.1) As pretensões modernas de lhes pôr fim são o reflexo da vontade de destruição que anima as revoluções. Mas a Família e o Município são mais fortes do que todas as revoluções, pois sem eles o homem nunca seria aquilo que é.

4.2) A ordem harmônica das sociedades consiste em que a sociedade total, regida pelo poder supremo do Estado, é composta por muitas sociedades políticas menores e que a sociedade geral não é uma congregação de indivíduos, mas uma soma de famílias.

- Da página "Causa Tradicionalista".

Notas sobre o paradoxo do desenvolvimento, fundado na cultura de se fazer da riqueza como um sinal de salvação, a ponto de fazer de pequenos municípios grandes metrópoles

1) O município e o conjunto de famílias que toma o lugar onde se vive como um lar em Cristo tendem a se tornar um só ente, pois há a junção de dois corpos numa entidade só - eis o casamento da iniciativa pública com a iniciativa privada no tocante à construção do bem comum, se as coisas tiverem fundamento em Cristo. Enquanto o município for pequeno, as pessoas tendem a conhecer bem umas às outras, tornando mais fácil para a população cobrar soluções do prefeito, pois ele faz parte das famílias locais, a ponto de este ser acessível.

2.1) Se o município abraça a riqueza como um sinal de salvação, então a localidade vai buscar o desenvolvimento a qualquer preço - e quanto maior for o desenvolvimento, maior a necessidade de uma intervenção do Estado de modo a garantir o pleno desenvolvimento local, pois a cidade se tornou mais complexa, mais problemática. E quanto maior a necessidade de intervenção, maior a capacidade de concentrar poderes em poucas mãos, a ponto de haver risco de tirania.

2.2) Quanto mais desenvolvido for o município, mais gente morará no lugar a ponto de ninguém mais conhecer uns aos outros - e por conta de ninguém mais conhecer bem uns aos outros, surgem os conflitos de interesse qualificados pela pretensão resistida, fazendo com que o Estado tenha de aplicar a lei e dizer o direito. E como vemos no Brasil, muitos advogados preferirão a jurisdição à transação ou à mediação, a ponto de se tornar uma espécie de fetiche, pois o culto à jurisdição faz o Estado ser tomado como se fosse religião.

3.1) A administração pública impessoal é inerente de um lugar densamente povoado e desenvolvido - e quanto maior a impessoalidade dessa administração, maior a possibilidade de reduzir os atos da pessoa jurídica que administra o município a seus atos e funções, fazendo com que a solidariedade orgânica fundada na junção de dois corpos num só, o município e as famílias que tomam o lugar como um lar em Cristo, se torne uma solidariedade mecânica, fazendo com que a administração pública fique de costas para as necessidades dos munícipes, das famílias. E neste ponto a burocracia tende a se expandir, pois suas necessidades estão sempre em constante expansão, a ponto de ter um fim em si mesmo.

3.2) É por força da solidariedade mecânica, onde tudo é regido pelo Estado tomado como se fosse religião, que as pessoas humanas se tornam insolidaristas e traiçoeiras.

3.3) Num ambiente de solidariedade mecânica, onde a pessoa jurídica do Estado se reduz a seus atos e funções, esses atos e funções passam a ser desempenhados por aquela ínfima parcela da humanidade que trabalha na burocracia, o que comprova a sua natureza impessoal e formal, a ponto de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de dizer o direito com fins vazios.

3.4) A maior prova dessa redução está no fato de que pessoa jurídica do município se divide em diversos órgãos dotados de uma função específica prevista em lei e não no bom senso administrativo.

3.5) Cada órgão tem sua razão de ser, sua especialização e os agentes públicos lotados não podem ser demitidos, pois o governo da cidade tornou-se mais instável, por conta do desenvolvimento a qualquer preço - e por não poderem ser demitidos, tendem a não se comprometer com a coisa pública, por força do carreirismo.

3.6.1) É por força do carreirismo que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de estarem à esquerda do Pai sistematicamente.

3.6.2) Essa situação tende a se agravar no momento em que a cultura local adota a ética protestante e o espírito do capitalismo, já que a riqueza se torna o sinal de salvação, aumentando ainda mais a influência do grupo de burocratas sobre a população, fazendo com que o casamento entre o município e o conjunto de famílias que toma aquele lugar como um lar em Cristo termine em divórcio.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de abril de 2018.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Não confunda as modificações que faço de suas reflexões com distorção, pois isso é me acusar de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade - e isso é injustiça

1.1) Se você faz reflexões e não domina a linguagem, então não venha debater comigo, pois você vai confundir a modificação que faço para melhorar a sua reflexão em distorção.

1.2) Afinal, é por vaidade que você confundirá tal trabalho, fundado na caridade intelectual, com distorção, com conservar o que é conveniente dissociado da verdade - e isso é injustiça. É por não saber enxergar o princípio das coisas fundadas na verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus, que uma pessoa que não tem o devido preparo deve se abster de entrar para a vida política.

1.3) Se você não domina a linguagem, então você não tem senso de proporções. Como você pode agir na política, servindo ao bem comum, se não tem domínio da linguagem, a ponto de debater minimamente bem sobre assuntos relevantes?

3) Se você confunde essas categorias, essas nuances, então você praticará conservantismo insensato - e estará à esquerda do por força disso, ainda que se diga nominalmente de direita.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de abril de 2018.

Por que o cristianista é, na verdade, um pelagiano?

1) Dizer que o cristianista desenvolve e aprimora a doutrina cristã sem ser necessariamente ligado ao corpo de Cristo é viver em conformidade com o ensinamento de Pelágio, que afirma categoricamente que não é necessário freqüentar a Igreja de modo a ser parte do Corpo de Cristo, que vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.1) Isso é heresia, pois faz da vida cristã uma hipocrisia, um fingimento. A razão da vida cristã é a Igreja que Cristo fundou, pois ela é a arca de Noe é que nos protege do dilúvio de pecados em que o mundo está metido.

2.2) É próprio do movimento gnóstico libertar a alma de seus corpos.

2.3) Se freqüentar a Igreja é uma prisão, então liberar as pessoas de feqüentarem do compromisso de ir à Santa missa é libertar a alma do cristão do corpo de Cristo, da Igreja militante que age no mundo de modo a edificar o bem comum, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus. E isso é, pois, conservantismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de abril de 2018.

Notas sobre a diferença entre ser cristão e ser cristianista

Meu colega Arthur de Alencar bate à minha porta com esta reflexão:

_ Estive meditando sobre a diferença entre cristão e cristianista:

1) O cristão é aquele que pratica as virtudes cristãs e participa da obra salvífica de Cristo, pois a vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus leva à edificação de um bem comum de tal maneira que o país, se tomado como um lar em Cristo, se torna uma verdadeira escola de vida que nos prepara para a pátria definitiva, que se dá no Céu.

2.1) O cristianista é aquele que desenvolve e/ou dissemina uma falsa doutrina cristã de tal maneira a escolher aquilo que deseja acreditar, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de edificar heresias e relativizar todo o ensinamento decorrente do verbo que se fez carne, quando esteve aqui na Terra pela primeira vez. 

2.2) Por conta do conservantismo, o cristianista faz do cristianismo uma ideologia, o que leva a dividir o rebanho do bom pastor, que é Nosso Senhor Jesus Cristo. 

2.3) É próprio dos cristianistas a fundação um sem-número de denominações religiosas, tendo por base uma doutrina fundada em escritos particulares que distorcem todo o ensinamento do Evangelho.

Isso procede?

Eu respondo:

_ É exatamente isso, Arthur. Alguns podem pensar que o cristão é louco, mas frente à loucura dos homens há a loucura dos que vivem em conformidade com o Todo que vem de Deus, pois Deus criou as coisas por amor. Afinal, a loucura pressupõe ter perdido tudo exceto a razão de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade; se você conserva a memória de dor de Cristo, então as demais coisas são dadas por acréscimo, pois o acessório segue a sorte do principal: o verbo que se fez carne e que fez Santa Habitação em nós por meio da eucaristia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de abril de 2018.

Notas sobre o governo de representação, tendo por base o princípio da subsidiaridade

1) O governo de representação se funda no fato de se tomar o lugar onde se nasce e cresce como um lar em Cristo.

2.1) Afinal, o município é composto de famílias que tomam o mesmo lugar como um lar em Cristo juntas, a ponto de se tornarem um só ente, uma só pessoa que não pode ser reduzida a seus simples atos e funções  como vemos na máquina pública, na figura da burocracia e de seu câncer metastático, o carreirismo que lhe é inerente.

2.2) Quanto mais o lugar vive a conformidade com o Todo que vem de Deus, mais será capaz de criar sua própria história, seja como uma Cidade-Estado independente ou associada a uma confederação de outras Cidades-Estado a ponto de em Cristo se tornarem uma só nação a partir de uma verdadeira federação.

3.1) Um bom vereador é aquele que conhece a todos da localidade em que vive e se importa de ouvir os problemas de todos, a ponto de buscar uma solução prática para os problemas locais.

3.2) O vereador é uma pessoa por natureza empreendedora; se o ele não tiver um passado servindo às necessidades de seus semelhantes - a ponto de eles tomarem o lugar onde se vive como um lar em Cristo por força de haver boa comida, diversão e lugares onde se possa crescer culturalmente e espiritualmente -, então este homem será imprestável, já que não se contribuirá em nada para a comunidade política. O máximo que fará é ensinar os filhos a usarem a sociedade para conseguir o que aquilo de que necessita e descartá-la, tal como fazem na república maçônica em que vivemos. Eis a política enquanto fisiologia.

4.1) Quanto mais o município se desenvolve, mais gente precisará dos serviços de um bom empreendedor, sobretudo daquele que vive a vida servindo a todos, a ponto de promover o bem comum. Quanto mais importante for um município para a província, maior a necessidade de nomear um embaixador junto ao senado provincial de modo a fiscalizar o governo da província.

4.2.1) Em termos de política provincial, os melhores nomes para o senado provincial são de pessoas com passado de haver percorrido todo o caminho das honras militares, eclesiásticas e da administração pública local. Bons nomes podem surgir dentre os comandantes de polícia e dentre os comandantes do corpo de bombeiros, já que ambos são essencialmente militares. Ou mesmo de sacerdotes e bispos eméritos, que construirão a ponte entre a província e sua diocese, a ponto de o governo provincial se sujeitar ao que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus.

4.2.2) Outros nomes podem ser recrutados dentre os grandes escritores, procuradores municipais, advogados ou juízes de comarca, aposentados de suas funções e com tempo livre para a atividade política. A experiência deles no trato com a coisa pública é essencial e precisa ser aproveitada.

5.1) Além do senado, há a câmara baixa da província, composta de gente comum do povo, que colabora naquilo que tem de melhor com o poder público a ponto de ter notório reconhecimento por isso.

5.2) Para a câmara baixa, os melhores nomes vêm dos que são autônomos - eles têm dinheiro, se afastaram da vida empresarial para se dedicar ao bem comum e não precisam fazer da política uma profissão. Essa gente costuma ser recrutada dentre os melhores vereadores, a ponto de se tornarem deputados provinciais.

5.3.1) Como uma província serve de modelo para outras províncias, a ponto de serem tomadas juntas como um mesmo lar em Cristo, então um deputado federal só pode ser eleito a partir de alguém com histórico de ter sido deputado estadual e vereador. Ele é escolhido pelo conjunto da população da província.

5.3.2) O senador é escolhido dentre os senadores provinciais, com histórico de bons serviços à província - e por extensão, à pátria.

5.3.3) No caso dos que percorreram todo o caminho das honras militares das Forças Armadas ou da administração pública federal, esses nomes são excelentes para fazerem a diplomacia parlamentar entre a União e as provincias das quais são oriundos, pois conhecem os mecanismos que fazem o federalismo ser uma realidade, a ponto de o senso de nacionidade ser distribuído a todos.

5.3.4) No caso de autoridades religiosas, somente os cardeais eméritos é que podem ser escolhidos para o Senado, pois eles farão a ponte de entre o país e a Santa Sé, a ponto de o Estado Federal ser fiel à Igreja de Cristo. Afinal, o Senado tem um importante papel no tocante à assinatura e ratificação de tratados internacionais - e os que tiveram passado de membros da Cúria Romana podem ser chamados a colaborar com o país, de modo que ele seja tomado como um lar em Cristo mais facilmente.

6.1) A chefia de governo deve ser feita a partir do Parlamento, que nomeia um agente que administra o interesse comum das províncias e dá execução às leis passadas no Parlamento.

6.2.1) A chefia de Estado, esta é destinada a um soberano que imite o exemplo de D. Afonso Henriques, a ponto de ir servir a Cristo em terras distantes.

6.2.2) Se esse Chefe de Estado não for um imitador de Cristo digno, ele não poderá ser senhor dos senhores, ao ser servo dos servos em Cristo. Esse chefe de Estado precisa ser aclamado a todo o povo, que precisa ver nele a figura de Cristo. Era assim desde que o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves foi fundado.

7.1) Enfim, a política deve e precisa ser pensada visando ao bem comum, à conformidade com o Todo que vem de Deus.

7.2) O povo precisa ser tomado como parte da família do soberano - e onde o povo é tomado como parte da família, não há governo de facção e muito menos governo pautado em agendas e ideologias pelo homem, pensadas com base no amor de si até o desprezo de Deus.

7.3) Não será preciso partido político - as pessoas poderão se candidatar tendo por base seu passado e a sua vida corrida em termos de serviços públicos relevantes.

8.1) O Parlamento não precisa funcionar o ano inteiro, de maneira permanente - no entanto, reuniões de prestação de contas entre o Parlamento e o Executivo precisam ser feitas de tempos em tempos. 

8.2) O parlamento precisa ser convocado sempre que houver necessidade de se reparar algum problema por conta de falhas na legislação, o que leva a falhas de governo sistemáticas. O mandato termina quando os problemas forem sanados. 

8.3) O governo das províncias terá autonomia para resolver seus problemas locais e seguirá a mesma lógica que se dá no macro. Da mesma forma, os municípios.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de abril de 2018.