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sábado, 10 de outubro de 2015

Tomar o país como se fosse um lar leva a coalizão dos batizados


1) Se uma amizade é uma aliança, fundada naquilo que é permanente e conforme o Todo que vem de Deus, então uma coalizão é uma aliança sistemática.

2) Quando as facções todas as se unem numa grande família de batizados, é natural que haja um Estado, de modo a exercer o Poder Moderador dentro dos debates públicos que norteiam a questão de como se tomar o país como se fosse um lar em Cristo. 

3) Como esse Poder Moderador deve e precisa ser exercido de maneira permanente, nada mais natural que haja um Rei entre nós, pois ele regerá a nação como se fosse uma grande família, pois as facções são compostas por pessoas que foram criadas e amadas por Deus - e é preciso que se enxergue o outro como um espelho de si próprio; se você, tal como Adão, foi criado e amado por Deus, então o outro também é. Isso aí é a base da fraternidade universal.

4) No presidencialismo de coalizão, tal como se dá nesta república, o sentido da amizade não se dá dentro daquilo que nos ensina a Santa Madre Igreja - como a aliança entre o altar e o trono foi quebrada, então as alianças são de momento, fundadas na fisiologia. E isso lembra a base protestante que fundou a república americana - o protestantismo, na sua visão de mundo que divide as pessoas entre eleitos e condenados, nega a noção de fraternidade universal - e isso é herético.

5) Só por esses fundamentos todos, a organização política do país é inconstitucional, pois é fora da lei natural, a verdadeira constituição que deve pautar a nossa pátria, no sentido de tomá-la como se fosse um lar, naquilo que é conforme o Todo que vem de Deus.

Ver também:

01) O debate político se dá no alto dos céus e não debaixo da terra: http://adf.ly/1P00Ti

02) O debate entre direita x esquerda não faz sentido nesta terra: http://adf.ly/bY7di

03) O que é direita? http://adf.ly/1Owchj

04) Comentários de André Tavares sobre a realidade política do Brasil: http://adf.ly/1PsBRV

05) Da Amizade como a base para a sociedade política: http://adf.ly/c8q6A

06) A ordem se edifica a partir dos poucos que podem te ouvir: http://adf.ly/c8q9b

07) Comentários sobre a política em Aristóteles: http://adf.ly/bmJVe

08) Sobre os quatro significados do mito da caverna de Platão: http://adf.ly/cBUUu

09) Notas sobre o processo de formação de facções, no contexto desta verdadeira ordem: http://adf.ly/1ProKB

10) Para se tomar o país como se fosse um lar, é preciso que se tome o local de trabalho como se fosse a extensão de seu lar, de seu mundo interior: http://adf.ly/jN1PA

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Condições para uma economia de única empresa

Para se ter uma única empresa é porque das três uma:

1- Ela criou o mercado dela com algum produto que não existia e exerceu ou exercerá o monopólio por um período. 

2-Ela não criou o mercado, mas o conquistou tendo a preferência do público. 

3-Ela tem o monopólio porque é beneficiada por forças maiores que não permitem a existência de concorrentes ou não permita que o povo vá até novas fontes.

A verdade sobre o modelo de concorrência perfeita

1) O modelo de concorrência perfeita é só um modelo - um esquema abstrato feito ao se tomar um determinado fato como se fosse coisa. Tal descrição se funda num reducionismo a termos mais simples, sem imaginar a guerra cultural que ocorre lá fora.

2) A realidade é que a concorrência é imperfeita, pois os homens são imperfeitos - há empresários criminosos e empresários honestos. Uns buscarão o monopólio através de práticas criminosas - os honestos, eventualmente, terão o monopólio, seja porque no momento não há concorrente, ou seja porque ele é tão confiável, tão prestativo e tão honesto que, para se entrar nesse mercado, o concorrente terá que fazer um serviço melhor do que ele ou aproveitar as eventuais falhas dele.

3) O modelo de concorrência perfeito atende a uma realidade fundada numa economia massificada, onde os homens são substituíveis uns pelos outros. Ele parte do pressuposto que o homem é uma folha de papel, tal como pensado por Locke - e os acordos feitos por homens desse naipe são presumidamente justos, conforme o bom direito - supondo que tudo isso esteja dentro da lei da boa razão.

4) Os liberais estão fora da realidade. E nós devemos estudar a realidade, antes de estudarmos as coisas.

Da associação dos trabalhadores no âmbito da economia monopsônica


1) Uma associação é criada a partir da união de pessoas que possuem interesses em comum. Os verdadeiros interesses em comum fazem pessoas a amar e a rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - além disso, elas colocam na sua atividade todos os verdadeiros fundamentos cristãos por trás daquilo que fazem.

2) Se uma associação de trabalhadores de uma determinada cidade se une sob esses fundamentos, então essa entidade representará esses trabalhadores - e no âmbito da associação, eles debaterão qual é o preço mínimo a ser pago por trabalhador dessa classe laboral. E se essa associação de trabalhadores for virtuosa e justa, fundada na tradição de servir, ela terá tanta força moral que seu preço terá força de lei, por se dar na carne. Como a lei que se dá na carne reage bem a estrutura da realidade, então esse mínimo pode ser reajustado conforme as circunstâncias, mas sempre tendo por fundamento os valores cristãos.

3) Uma economia monopsônica só pode funcionar bem se tiver fundada em valores cristãos. Numa economia onde os homens são substituíveis uns pelos outros, o salário mínimo será inflacionário, pois pouco importa se o trabalhador é honrado ou desonrado, todos receberão o mesmo salário, o que é injusto, pois cada homem é um ser - e por único, ele é infungível. E o salário deve proporcional à produtividade desse profissional.

Exame de um caso

1) Quando se tem apenas uma única empresa no mercado, de modo a atender a demanda, temos monopólio. E quando se tem um vendedor e vários compradores, a tendência é ocorrer um leilão de demanda, o leilão inglês

2) O monopólio, se for acidental, ele leva a uma economia monopsônica - esse prestador único será necessariamente o único tomador dos serviços de mão-de-obra qualificada. Neste caso, ocorrerá o leilão de oferta, o leilão holandês.

3) Aquele que está disposto a pagar mais o faz porque sabe que o produto ofertado é de qualidade e que o empresário está disposto a servir a todos aqueles que pedirem o seu produto. Trata-se de uma economia pessoal, disposta a oferecer produtos em grandes quantidades. 

4) A força da demanda cria a emergência para se tomar o primeiro serviço ofertado pela mão de obra qualificada. Trata-se, pois, de economia de larga escala com forte cunho personalista.

Notas sobre o uso do leilão holandês

O leilão holandês é usado nas seguintes situações:

1) Quando o produto é perecível. Isso pode acontecer com flores e com alimentos - mas há casos onde o produto é perecível, por conta das constantes atualizações da legislação: como o caso dos manuais jurídicos ou dos vade mecums da vida.

2) Quando o comprador é único e vários são os vendedores. É o que vemos nas licitações.

3) Quando há economia monopsônica - no âmbito das relações trabalhistas, o salário vai sendo diminuído até chegar ao mínimo, o preço da praça - e se ele não está disposto a pagar por esse mínimo, é porque não houve acordo, por achar que os preços não são justos ou porque ele não tem necessidade de adquirir mais mão-de-obra. 

4) Dentro da lógica do leilão holandês, o comprador monopsônico  bate o botão geralmente no primeiro preço, na hora em que mais precisar, pois a demanda de trabalho é muito grande, na proporção em que seus serviços são muito necessários para outros mercados. Quando ele precisa, ele paga o primeiro preço que parecer mais justo, pois a necessidade é a mãe da justiça, da conformidade com o Todo que vem de Deus. Se o comprador monopsônico for maldoso, a ponto de esperar deliberadamente até que preço caia no preço mínimo da praça, ele tenderá a falir, pois a marca estará associada a práticas imorais, fora da conformidade com o Todo que vem de Deus. Além disso, se dentro de um determinado tempo ele não tomou uma decisão, é porque ele não chegou a um acordo com o preço que está disposto a pagar pelos serviços desses trabalhadores. E a demora em se chegar a um acordo levará ao prejuízo econômico do comprador monopsônico.

Notas sobre a aplicação do leilão holandês na venda de alimentos

1) No Canal Rural, mostrou-se como funciona o leilão holandês, praticado no mercado de flores de Holambra.

2) Quando uma flor é ofertada, o primeiro que bater o botão compra. Com o passar do tempo o preço tende a descer até haver um comprador. Se não houver um comprador, quando o tempo esgotar, o produto é descartado - não importa se o lote está em condições perfeitas, a flor vai para o lixo.

3) Se levarmos isso para o caso de alimentos, isso chega a ser temerário. Se alguém não comprar um determinado lote de alimentos que está em condições perfeitas, esse alimento vai ser desperdiçado.

4) Como o leilão é voltado para quem ama o dinheiro, para que o toma como se fosse um deus, então isso vai contra o ensinamento dos dois últimos papas: de que não se deve especular com comida. Seja no leilão inglês ou no holandês, o que ocorre é especulação.