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terça-feira, 1 de setembro de 2015

Da relação entre nacionidade e governabilidade

Definição de governabilidade: qualidade própria de tudo aquilo que pode ser bem governado. E para que o Estado seja bem governado, isso implica política organizada e a promoção de tudo aquilo que nos leva à conformidade com o Todo que vem de Deus.

1) Isso implica Estado capaz de honrar com suas obrigações, população moralmente consciente dos seus direitos e deveres, conduzidas por pessoas íntegras e de caráter, bem como um ambiente em que o país seja tomado como se fosse um lar e não como se fosse religião totalitária de Estado.

2) Já de cara eu posso afirmar que nacionalismo e governabilidade são conceitos autoexcludentes.

2.1) Digo isso porque o nacionalista não crê na fraternidade universal. Para ele, tudo tem que estar no Estado e nada pode estar fora dele. Isso mata a universalidade.

2.2) Se ele não crê na fraternidade universal, ele, por sabedoria humana dissociada da divina, vai querer separar Igreja do Estado. E aí vai criar um constitucionalismo divorciado do constitucionalismo fundado na lei natural - e esse neoconstitucionalismo é fragmentário e caótico; nele, a verdade é voltada para o nada e tudo perde o seu real sentido.

2.3) Eis aí o começo do fim de uma nação: de maneira desordenada, o que é e o que não é de interesse público será definido de maneira arbitrária. E uma sabedoria desordenada afasta o senso de Deus de toda a coletividade, pois o pecado sistemático vai entrar por este homem mau  - e basta um só que o inferno na Terra já está instaurado. Maus governantes distribuem sua consciência ruim ao povo, matando a nação por inteiro ao longo das gerações.

3) Onde existir uma cultura totalitária entre nós, mais ingovernável será o país. E quanto mais ingovernável for o país, mais constituições serão escritas e reescritas, de modo a se salvar aquilo que é conveniente e dissociado da verdade. O maior exemplo são as repúblicas presidenciais, onde o salvacionismo é a regra do jogo.

4) Por essas razões que não se deve tomar o país como se fosse religião. Se ele for tomado como se fosse uma segunda religião[1], essa segunda religião vai querer se expandir a todo custo, a ponto de esmagar a primeira e a verdadeira, que nos leva à conformidade com o Todo que vem de Deus. E isso é uma heresia política muito séria.  

5) E a causa dessa heresia política se dá no culto à eficiência do Estado a qualquer custo e a qualquer preço. O Welfare State está justamente relacionado ao culto a essa eficiência, em que o Estado se organiza de tal modo a ponto de arrogar para si toda a sorte de competências, justamente porque existe uma cultura de não se acreditar na fraternidade universal. E onde se espera que o Estado faça tudo, ninguém fará nada, o que gera impessoalidade, indiferença sistemática pelo próximo, algo que vai contra o que Cristo nos ensinou.

6) Todo nacionalista, enfim, é necessariamente um libertário - por não acreditar em Deus, em fraternidade universal, ele adota uma concepção de liberdade distorcida, fundada em sabedoria humana dissociada da divinda - e como essa definição de liberdade é subjetiva, já que todo têm a sua verdade, então tenderá a regular cada aspecto da vida social, pois tudo se mede por dinheiro e por contrato. E a sociedade se tornará mais materialista e a livre iniciativa será esmagada pelo desejo de monopólio, próprio das máfias.

7) Se tudo se mede por dinheiro e se tudo é regulado por contrato, com base no fato de que todos têm a sua própria verdade, então tudo será organizado para o caos planejado. E tudo isso dá causa à noção de que o bom Estado é o que menos governa, justamente porque não se crê na fraternidade universal - e isso gera uma cultura de impessoalidade, coisa essa que leva à padronização dos gostos e dos comportamentos, base para uma economia de massas.

8) Se tudo é racionalizado e positivado, então tudo começa a se sucumbir a partir das contradições e das circunstâncias que afetam a vida particular das pessoas, pois a vida individual, se bem vivida, é essencialmente espiritual. E os anseios da alma e do coração são de resolução complicada - e só algo que se funda na carne é que consegue disciplinar os desejos e ambições que saem do coração, marcado pelo pecado original. É por essa razão que o positivismo, o subproduto do liberalismo, serve ao totalitarismo e ao comunismo - e por essa lógica, o liberalismo é o primeiro apóstolo do comunismo. E as contradições próprias da vida, quando entram em colisão com essa camisa de força, geram a loucura.
                                                                                
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9) Embora seja desejável e bom em si mesmo um Estado menos oneroso à população, o argumento da eficiência deve se pautar em tudo aquilo que é bom e conforme o Todo que vem de Deus, pois toda organização política leva a conseqüências que só podem ser medidas através dos sentidos, naquilo que está na alma das pessoas, de modo a que possam tomar o país como se um lar, em Cristo.

10) Esse senso de nacionidade não pode ser medido por meio de econometria, muito menos por estatísticas, mas olhando-se o que está ao redor, a sua volta. Quando se trata de nacionidade, eis algumas coisas que devem ser observadas, pois elas nos apontam que o país está sendo tomado como se fosse um lar em Cristo.

10.1) Num país tomado como se fosse um lar, existe a cultura da fraternidade universal, que é fundada na política da boa vizinhança. se as pessoas podem confiar umas nas outras - não faz sentido o Estado se intrometer nas relações privadas.

10.2) Se as pessoas tomam o país como se fossem um lar, elas confiarão no governo - por vias práticas, isso se dá mais precisamente na pessoa que rege o governo e na pessoa que rege os assuntos de Estado.

10.3) E para se confiar na pessoa que rege o governo, aquele gerirá o bem comum, elas precisam conhecer a pessoa de seu governante - o seu caráter, a sua inteligência, seu senso de compromisso de país. Nele, veremos o seu projeto de nação.

10.4) Por trás desse homem, há outros homens que colaboram com ele e que partilham dos mesmos ideais. Se não houver em torno dessa pessoa uma associação que comungue dos mesmos ideais, um partido, então é impossível promover o bem comum, pois tudo fica ingovernável.

10.5) E para se apurar sobre como é a pessoa de seu governante. é preciso que se tenha acesso a ele - e se isso não for possível diretamente, que se faça isso através daquele representa seus interesses no parlamento. E esse representante precisa ser necessariamente confiável - e eu preciso conhecê-lo. E a melhor forma de conhecê-lo, é dentro do partido.

10.6) Para que um bom representante seja bem escolhido, ele precisa ter boas relações com a comunidade que representa - e tomar essa comunidade como sendo o lugar onde sua vida se aperfeiçoa e se faz virtuosa. 

11) Em verdade, se tomarmos todos estes elementos que citei acima, muitos estão a confundir eficiência com eficácia.

11.1) Eficiência pressupõe organização - e organização pressupõe estruturar as coisas, de modo a que todos saibam o seu papel e que esses papéis sejam respeitados. E a organização pede liderança, uma pessoa que se especialize nas questões de Estado e que prepare, corrija e oriente todas as pessoas, de modo a que possam a bem servir a toda população, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar. As questões de Estado são questões permanentes - e é natural que uma família se especialize nisso, de modo a que os futuros governantes sejam educados desde o berço, de modo a lidar com as questões permanentes que decorrem da política organizada, já que tudo isso nos leva á conformidade com o Todo que vem de Deus. Por essas e outras questões, a questão da eficiência do Estado sempre vai descambar numa monarquia Cristã e Católica. Pois um Estado livre e organizado sempre levará em conta aquilo que é lícito e que dá na carne. E esse exemplo se distribuirá a toda a nação inteira, gerando o senso de se tomar o país como se fosse um lar (nacionidade), coisa que nos leva à fraternidade universal, coisa essa que nos leva a Cristo.

11.2) A eficácia, a obediência de uma medida do governo, depende que esta lei esteja em conformidade com o Todo que vem de Deus, lei essa que constitui todas as coisas, da autoridade moral de quem a emitiu e de um povo que compreenda que a medida tomada é para o próprio bem daquele povo.

11.3) O Estado organizado pode intervir mais ou menos, dependendo da necessidade dessa intervenção, mas o fará com justiça e com base na lei natural.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Defenestrando muitos conservantistas

1) Eu jamais tomo por irmão ou por compatriota quem toma por religião o vermelho dos comunistas. Quem chamar essa gente de brasileira está sendo apátrida, pois colabora de modo a que o mal prospere. 

3) Do mesmo modo, quem defende a República ou promove ofensas à Santa Madre Igreja Católica está a incorrer na apatria, dado o caráter revolucionário dessas heresias e dessas apostasias. Por isso mesmo, jamais chamarei essa gente de "brasileira", pois negam a missão que herdamos de Ourique e tudo aquilo que nos leva à conformidade com o Todo que vem de Deus.

4) O grande erro que esses pseudoconservadores cometem é chamar essa gente de "brasileira". Está mais do que provado - quer pelo comportamento, quer pelo que defendem - que isso não é tomar o país como se fosse um lar - o que eles fazem é tomar o país como se fosse religião, onde tudo está no Estado e nada poderá estar fora dele. 

5) De hoje em diante, vou bloquear todos aqueles que insistirem em pronunciar  o termo "conservador" da mesma forma como ousam pronunciar o nome de Deus em vão. Quanto menos gente falando asneira, melhor pra mim.

O termo conservador não pode ser pronunciado em vão

1) Se a palavra de Deus não deve ser servida vazia, referir-se por conservador aquilo que é, na verdade, conservantista é como se fosse servir a Palavra de Deus com fins vãos, inúteis, de modo a edificar liberdade para o nada. É pecado contra os mandamentos de Deus.

2) Na internet ainda há muito cabeça-dura que pronuncia em vão o termo "conservador", confundindo-o com a famigerada figura do "conservantista". Se conservador é quem conserva a dor de Cristo, chamar o conservantista de conservador é chamar o Diabo de "Deus do mal" - e isso é usar o termo "Deus" - Aquilo que é o que é - para aquilo que é vão, vazio.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Nacionismo e a formação das regiões metropolitanas

1) Uma cidade recém-fundada tona-se núcleo povoador e civilizador das regiões mais próximas.

2) À medida que a cidade vai se desenvolvendo, colônias ligadas ao núcleo central vão povoando a periferia da cidade e vão mantendo vínculos com o núcleo original, seja pelos laços de parentesco, seja pelos laços de emprego. A maior prova desse vínculo é que terras pertencentes ao núcleo povoador central são arrendadas aos colonos das regiões periféricas, de modo a que essa região possa se desenvolver - e isso caracteriza tanto uma relação de empréstimo quanto de investimento, que se perdura no tempo.

3) À medida que essas colônias vão se desenvolvendo e se tornando cidades, elas passam a ter problemas em comum, por conta de morarem em uma região em comum. O compartilhamento dos problemas e soluções que as cidades enfrentam, ao ocuparem uma mesma região, são a base de uma região metropolitana e isso pede um parlamento local.

4) A necessidade de uma região metropolitana surge a partir do momento em que as várias comunidades dispersas estão sob a supervisão de uma mesma autoridade, de modo a permanecerem em conformidade com o todo que vem de Deus. Onde o bispo for comum, a autoridade política, de modo a resolver os problemas comuns - e a promover a caridade e a boa vizinhança entre os cidadãos de maneira organizada -, deve ser comum e compartilhada.

5) A maior prova de que a aliança do altar com o trono é mesmo a base da nacionidade está justamente na necessidade de os leigos resolverem os problemas da vida em comum sob a orientação de um bispo, quando esse problema em comum afeta comunidades inteiras, dispersas ao longo da região - e para isso é preciso haver um líder que coordene esse trabalho central, escolhido pela comunidade dos leigos e sob a bênção do bispo. Eis o prefeito como o primeiro cidadão da cidade ou da região metropolitana. Ele é o rei do lugar, o príncipe.

5) Eis aí a região metropolitana como base para uma autêntica federação, de modo a que um mesmo território seja tomado como se fosse um lar. 

6) Só haverá fato gerador para uma autonomia legítima se os problemas enfrentados forem diferentes, por conta da ocupação de lugares diferentes .

7) Por conta da ocupação de lugares diferentes, surgem diferentes circunstâncias ou situações-problema fundadas nisso - e tudo isso pede solução própria, diferente daquela relacionada àquilo que se encontra no lugar de origem, como vemos no caso da relação entre Brasil e Portugal.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Convém não confundir erudição com falta de clareza

1) Confesso que já estou ficando cada vez mais intolerante a textos de linguajar sofisticado e rebuscado. Quanto mais sofisticado e rebuscado for um texto, maior o risco de ser mal escrito.

2) Além disso, texto escrito num estilo sofisticado ou rebuscado tende a ser desinteressante de se ler, pois ele não é direto ao ponto. E o texto deixa de ser bom porque não cumpre a sua real finalidade, que é informar o leitor para aquilo que é realmente relevante, bom e necessário.

3) Muitos estão a confundir erudição com falta de clareza. Se atentassem bem para isso, eles perceberiam que erudição implica dizer as coisas de um jeito claro e simples ao maior número de pessoas possível - e isso é fazer da língua portuguesa uma obra de arte. Isso implica dominar o caminho das belas letras e dos bons modos - e isso é o fundamento de ser culto.

4) Dominar a arte de bem dizer as coisas implica dizer as coisas do modo mais simples e claro e possível e para o maior número de pessoas possível. Pois o ofício do escritor é o mesmo do catequista - promover a verdade a quem interessar possa. O catequista o faz falando; o escritor o faz pela via da pena ou do teclado. A diferença é o meio empregado.

A verdade sobre o Estado mínimo

1) A fobia contra o Estado, coisa essa que liberais e conservantistas compartilham, é uma das maiores tolices de nosso tempo.

2) O ''Estado mínimo'' dos liberais e dos conservantistas é o Estado máximo da heresia, do secularismo, do indiferentismo religioso, do capitalismo liberal, do ateísmo social, dos estrondosos sucessos revolucionários, das ideologias insanas, do socialismo, do feminismo, do aborto, do ''casamento'' homossexual, do divórcio, da desordem social, da pedofilia, da corrupção generalizada dos costumes, do globalismo, da destruição da família, enfim, da ruína do próprio Estado e da religião, e, por conseguinte, da própria civilização.

3) O "Estado mínimo" dos liberais e dos conservantistas é uma quimera. Os pretensos católicos metidos a liberais não conseguem compreender esta questão com clareza - e isso basicamente se dá por três razões:

3.1) A primeira razão é que eles ainda não entenderam que a liberdade não é um fim; trata-se de meio, e meio para fazer o bem, para se promover o bem comum. E sendo meio para se fazer o bem, essa liberdade é limitada pela autoridade pública, de modo a atender a um fim bom, de modo a que tudo fique em conformidade com o Todo que vem de Deus - e essas finalidades têm tanto cunho moral quanto espiritual.

3.2) A segunda razão é que eles ainda não compreenderam que o Estado fundado na democracia liberal pode ser despótico, pois ele pode edificar liberdade para o nada, quando dissociado da Santa Religião. Nele, vemos a constituição conceder uma autêntica "carta de marca" de modo a se praticar o mal em nome de um suposto bem, fundado em sabedoria humana dissociada da divina - licença essa que é feita de modo a se relativar a moral e os bons costumes e para promover o vício como se fosse virtude, assim como a mentira em nome da verdade. Além disso, por meio dessa carta, dessa folha de papel, temos a promoção do bizarro e do grotesco em nome do belo e a promoção da tirania em nome da liberdade - isso sem falar em outras tantas coisas. Tudo isso escraviza os homens e fomenta a noção de que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele.

3.3) A terceira razão é que eles ainda não entenderam que o Estado não pode assegurar ordem, justiça e os legítimos direitos individuais e coletivos se ele não estiver em conformidade com o Todo que vem de Deus, se não estiver submetido a uma autoridade que é eterna e maior do que a dele, que é temporal.

4) Quando esses pseudocatólicos começarem a compreender essas verdades, eis aí o dia em que começarão também a aprender a pensar como católicos de verdade.

5) Enfim, a razão pela qual digo tudo isso é que um Estado não deve ser reprovado apenas pelo fato de intervir na sociedade onde isso for necessário, seja em maior ou menor intensidade - o que deve ser reprovado é o Estado que não é conforme o Todo que vem de Deus, por não seguir os ensinamentos da Santa Madre Igreja e por não favorecer a verdadeira e santa religião.    
  
(Filipe Lustosa) - texto adaptado por José Octavio Dettmann

domingo, 23 de agosto de 2015

Uma proposta decente

1) Em vez de darem dinheiro para a Globo ou a Folha, ou para a autora do Cinqüenta Tons de Cinza, por quê não investir em mim?

2) Eu escrevo coisas de qualidade - e aceito de bom grado qualquer valor que vocês me derem, desde que dado com generosidade. Tenho mais de 1400 textos de qualidade escritos em pouco mais de 1,5 anos de trabalho. Para cada linha que aprendo do Curso Online de Filosofia do Professor Olavo de Carvalho, vários artigos são criados em torno disso.

3) Muitos dos meus doadores aprenderam muito comigo e aprenderam a tomar o país como se fosse um lar.

4) Garanto que vocês não vão se decepcionar. Faço um trabalho de primeira e tenho certeza de vocês logo serão como todos os que me são ou foram doadores: vocês entenderão porque valho cada centavo, pois sei semear boa consciência nas pessoas, de modo a que possam ter esperanças num Brasil melhor, através do trabalho que faço. E custo menos do que essas marcas de grife que vocês consomem e que nada edificam.

5) Não seria melhor fazer um troca mais inteligente? Que tal trocar a ignorância que essas marcas fomentam por conhecimento, produzido por este escriba que vos fala? Eis aí algo made in Brazil que vale tanto quanto algo produzido nos EUA ou no Japão. 

6) Pensem nisso.

7) Ao longo do mural, vocês podem ver uma enorme quantidade de artigos que já produzi. Vocês podem me pedir inbox, que vos mando as coisas.

8) Que tal a proposta? É só falarem comigo e podemos fazer um bom negócio juntos.