Pesquisar este blog

sexta-feira, 24 de julho de 2015

O nacionismo é direito da personalidade e é inalienável

1) Historicamente, todos aqueles que tinham pais de nacionalidades diferentes eram obrigados a ter de escolher a que governo ficar vinculado, ao atingir a maioridade. Países que são tomados como se fossem religião tomam como apátridas todos aqueles que por natureza tomam dois ou mais países como um lar, em Cristo, pois são uma aberração ao direito deles - pois esses Estados não acreditavam, como ainda não acreditam, na fraternidade universal, coisa que vem do Cristo.

2) Tomar dois ou mais países como um lar, em Cristo, é uma circunstância própria do ser - é um direito da personalidade que não pode ser afastado, pois a fraternidade universal vem de Deus e é natural. Nenhum Estado tem o direito de exigir isso, pois é inconstitucional e arbitrário.

3) Países tomados como se fossem religião não respeitam esses direitos comuns particulares. Se não respeitam esses direitos comuns particulares, como vão respeitar os direitos comuns universais, que decorrem do fato de todos sermos nascidos no Brasil e no fato de tomarmos o Brasil como um lar, ainda que não tenhamos nascido no Brasil?

4) Por isso que o verdadeiro constitucionalismo implica não trair aquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus, de modo a tomarmos o país como um lar em Cristo. É a integração de direito internacional, direito pátrio e direito natural, de modo as coisas sejam bem articuladas.

Sobre a questão da soberania compartilhada

1) Pelo que venho observando, o nacionismo leva à restauração da Republica Christiana.

2) Pois há direitos comuns particulares que não são observados, por conta do fato de as repúblicas serem verdadeiras utopias.

3) Se o Reino da Itália e o Império do Brasil forem restaurados, eles precisam se estruturar em consulado, de tal modo a atender as necessidades de todos os italianos nascidos no Brasil, pois eles tomam os dois países como se fossem um só lar. 

4) Essa soberania compartilhada existe por conta das circunstâncias. A sanção e a ratificação da lei que rege essa comunhão é uma constituição particular para o caso concreto.

5)  E isso não está acima dos países, mas decorre da conjugação dos dois num só por conta de haver indivíduos assim. É casamento diplomático, feito de baixo para cima.

6) Isso ocorre porque o Brasil é um país novo e a Itália um país antigo.

Notas sobre a República das monarquias

1) Além do direito comum que rege a todos os brasileiros, há um direito comum particular que rege a todos os italianos nascidos no Brasil. Esse direito comum pede uma estrutura de consulado, tal como havia na República Romana. A sanção da lei feita por um cônsul implica a revisão e a confirmação de outro cônsul, de modo a que possa valer, pois há uma comunhão de direitos e deveres que regem esses indivíduos - e isso precisa ser observado.

2) Vários foram os povos que mandaram imigrantes pra cá - portanto, vários são os consulados.

3) A sanção de uma lei, neste caso, pede o exercício do Poder Moderador. Então a reunião da sanção e ratificação da lei pede uma sessão extraordinária e conjunta dos conselhos de Estado, de modo a que os direitos e deveres sejam assegurados e garantidos, de modo a que os dois países sejam tomados como se fossem um lar. 

4) A república das monarquias é por excelência cosmopolita e conforme o Todo que vem de Deus.

Introdução ao Estudo do Direito

1) O verdadeiro estudo do Direito pede primeiro que a pessoa tenha uma sólida formação moral e espiritual. Se a pessoa não souber um mínimo de História, de Economia, não tiver uma sólida formação naquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, de aprender a amar e a rejeitar as mesmas coisas que Cristo ama e rejeita, e a tomar o seu país como se fosse um lar e não como se fosse religião totalitária de Estado, ela será apenas um mero idiota útil.

2) A verdadeira introdução ao Estudo do Direito pede anos e muitos anos de estudo em outras disciplinas e que você seja bem versado nelas. Se você não souber o trivial, gramática, lógica e leitura e produção de textos, você estará inapto a estudar qualquer disciplina ou ramo do saber.

3) Essencialmente, o Estudo do Direito começa pelo exame dos fatos, dos valores e da experiência real que uma determinada sociedade vive, de modo a que as pessoas possam tomar o país como se fosse um lar em Cristo. É em Cristo que as pessoas se sentirão seguras para viverem bem, em paz, pois há justiça e segurança distribuída a toda a sociedade, pois todos são iguais perante a lei eterna e isso se dá na carne. Se isso não for a norma na sociedade, o que haverá é legalística, uma falsa ciência jurídica.

4) Nos mesmos moldes do Seminário de Filosofia, um seminário jurídico precisa ser montado.

5) Para quem é versado nos estudos, da forma como o Olavo faz, não existe dificuldade alguma estudar da forma como venho apontando, pois também sou aluno do Olavo e de tempos em tempos ouço suas aulas.  Mas, para quem é cru, o primeiro passo é a pessoa se centrar - e isso o seminário do Olavo vai ajudar. Só depois de adquirir uma sólida formação humana e espiritual, você começa estudar o direito da forma como deve ser, em conformidade com o Todo que vem de Deus e de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo.

6) Depois que você aprende a experiência da sociedade na qual você está inserto, você começa a estudar os vínculos pelos quais uma pessoa se obriga para com uma outra, de modo a se produzir e consumir riqueza na sociedade, base para se tomar o país como se fosse um lar. Você estuda não só aquilo que é universal, mas também aquilo que acontece na sua realidade particular, além das dificuldades de se aplicar a lei ao caso concreto, de modo a que haja justiça entre nós e também de que modo esses conflitos de interesse possam ser resolvidos, do modo menos traumático possível.

7) O primeiro momento pede que você estude o seu país. Se você tiver a oportunidade de aprender a tomar o país do seu pai ou da sua mãe como um lar, estude o direito desses países com os quais você tem vínculo de família e de que forma essa comunhão de direitos e deveres deve ser administrada, de modo a que ambos os países sejam tomados como se fossem um só lar em Cristo. Se somos diplomatas perfeitos, o casamento diplomático perfeito deve se dar de baixo pra cima, jamais de cima pra baixo, posto que isso pede subsidiariedade. Pois o casamento é a junção de dois de modo a se tornar um, pois é a síntese da fraternidade universal, coisa que se dá em Cristo e na sua Esposa, a Santa Madre Igreja Católica.

8) Direito Pátrio + Direito Internacional + Direito Natural, tudo isso de maneira articulada, é a base sob a qual se estuda o direito, enquanto ciência. Esse estudo pede homens centrados e cultivados - e nunca homens massificados ou proletários. Adquiram formação primeiro e estudem isso com seriedade, sem a preocupação de um diploma ou do prestígio. Esse estudo é parte do próprio sentido da ciência, enquanto fundamento para se buscar o sentido da vida - é preciso conhecer a verdade das coisas, de modo a que estejamos em conformidade com o Todo que vem de Deus. Sem isso, tudo será voltado para o nada. E isso não é liberdade, mas escravidão.

Dos fundamentos da metanacionalidade

1) Como todos nós nascemos de uma família, composta de pai e mãe, ainda que as nacionalidades sejam diversas, é sensato dizer que devemos aprender dos nossos pais todas as experiências possíveis, de modo a que tomemos o país de nosso pai e o país de nossa mãe como coisas que integram o nosso ser, o nosso caráter, coisa que se dá na carne. E é assim que se toma um país como se fosse um lar - e isso deve começar desde o berço.

2) Tomar o país como se fosse um lar é parte da formação do indivíduo. Ela pede compromisso, de tal modo a que você sirva a esses dois países como um lar em Cristo, de modo a restaurar a fraternidade universal. Isso é parte do ser do indivíduo. E como há vários indivíduos assim, um povo inteiro é formado nessa circunstância, pois já uma comunhão de direitos e deveres que recaem sobre eles por conta desse compromisso. 

3) Quando se há uma população que toma esses dois países como se fossem um lar, então pode se dizer que vai existir um direito comum que regerá esses cidadãos. E o governo brasileiro e o governo da Itália, por conta disso, acabam se tornando uma espécie de consulado de fato - e o presidente da Itália e o presidente do Brasil precisam trabalhar em conjunto de tal modo a que esses cidadãos sejam protegidos e amparados nesse direito.

4) Como já falei certa ocasião, as repúblicas são utopias. Então, as únicas repúblicas de fato são as monarquias. E certamente comissões e diretórios representando esses cidadãos que são beneficiados pela comunhão desses direitos precisam ser criadas e representadas. 

5) Eis a estrutura da meta-nacionalidade. Ela não elimina a nacionidade.

Iluminismo e marxismo explicados passo-a-passo

1) Para John Locke, o homem é uma folha de papel. E uma folha de papel aceita qualquer coisa.

2) Uma sociedade é composta de homens. Se o homem é uma folha de papel, uma ordem social é um livro a ser preenchido.

3) A constituição escrita é um livro. E um livro é composto de folhas de papel.

4) Como o país é tomado como se fosse religião e como nacionalismo é algo divorciado da universalidade, acaba-se, então, crendo que o homem é a medida de todas as coisas e que a fraternidade universal não existe. E o logos divino acaba se reduzindo às limitações da língua nacional, o que acaba gerando entropia. E a constituição acaba se tornando uma espécie de Bíblia do Estado, onde nela se faz a Sola Scriptura.

5) Se a constituição é uma folha de papel, como diz Ferdinand Lassalle, então ela pode ser rasgada - e no lugar dela, se faz uma nova constituição.

6) Se o homem é uma folha de papel, então ele pode ser rasgado. Eis o homicídio.

7) Se a sociedade é um livro, então ele pode ser rasgado, temos genocídio e apatria.

8) Eis a lógica iluminista e marxista explicada passo-a-passo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de julho de 2015 (data da postagem original)

Dos critérios para se estabelecer o vínculo entre os que tomam o país como um lar e o governo que regerá essa terra ocupada, de modo a que isso não seja perdido ou pervertido

1) O sistema de vínculo perfeito entre os que tomam o país como um lar e o governo que rege a terra, de modo a que esse senso não seja perdido ou pervertido, atende a dois critérios: o direito decorrente de nascimento em solo e o direito de sangue. Os dois devem ser intimamente ligados e jamais devem ser separados.

2) O direito de nascimento em solo, divorciado do direito de sangue, parte do pressuposto de que o homem é uma folha de papel, tal como aponta John Locke. E caberá ao Estado, e não à família, a formação desse indivíduo. A premissa do chamado direito à educação, que na verdade é pura doutrinação feita pelo MEC, parte da premissa de que o direito de nascimento em solo é divorciado do direito de sangue. Pois se tomou como se fosse religião, como tábula rasa, o fato de que brasileiro é quem nasce no Brasil - e só.

3) O direito de sangue, divorciado do direito de solo, cria a cultura de país fechado: muitos dos filhos dos que imigram para a Europa, de modo a crescer e prosperar, são tomados como se fossem apátridas. E essa gente não possui direito algum. Isso é sintoma de país que não crê na fraternidade universal - e isso é contrário aos valores de Cristo.

4) Se houvesse o direito de sangue aqui no Brasil, os brasileiros nascidos em outras terras poderiam tomar o país como se fosse um lar, ainda que não tenham nascido no Brasil. E como as famílias conhecem, pela experiência, as circunstâncias da pátria, uma vez que a viveram, estas ensinarão aos seus filhos o que deve ser feito e o que não deve ser feito, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar e não como se fosse religião - e de que modo a circunstância de morarem nos EUA ou no Japão, por exemplo, pode ajudá-los, de modo a fazer com que os erros e os vícios inerentes do Brasil sejam convertidos em virtudes, em algo que seja conforme o Todo que vem de Deus.

5) Essa consciência, por enquanto, só pode ser feita de família para a família. Se a Família Imperial estivesse presente no trono, essa consciência se distribuiria pelo país e pelo mundo afora, onde houver brasileiros.