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domingo, 7 de setembro de 2014

A aliança do altar e do trono deve estar na mente e no coração

Há certos monarquistas que alegam o seguinte:

"Os EUA é o terceiro país mais populoso do mundo. O Brasil é o quinto. Se retirarmos o Alasca, o Brasil é maior que os EUA.

A mentalidade de independência e descentralização americana faz esse país ser forte e por esta razão que ele é conhecido como o país da oportunidade. Sabemos dos problemas que existem na república e na liberal constituição americana; entretanto, é impossível negar que a PROPRIEDADE PRIVADA é ainda muito respeitada nos EUA e não há outro país que compare aos EUA neste quesito. 

O Brasil monárquico provavelmente faria o Brasil ser mais forte e descentralizado, sem depender do Sudeste para existir.

Amo meu país, mas, como ele não existe mais (depois de ter sido prostituído pela república e assassinado pelo comunismo), farei de tudo para que meus futuros filhos sejam americanos. Ponto final."

Minha resposta para criaturas desta natureza:

1) Você é monarquista e acha que a pátria morreu, quando os republicanos tomaram o poder? Se o seu caso for afirmativo, então eu posso afirmar peremptoriamente que você é um católico que não crê realmente na ressurreição dos mortos, coisa que não existe. Enfim, você não é católico, nem monarquista.

2) Se você acha que a pátria morreu e acabou, é porque você não tomou a pátria imperial como sendo o seu lar; na verdade, você toma como religião as políticas convenientes de Estado, a ponto de se ter uma postura indiferente quanto à mudança de regime, se os seus privilégios forem assim mantidos - se isso for o seu caso, você está se qualificando como um infame conservantista, pois não quer lutar para fazer a pátria, fundada na aliança entre o altar e o trono, ser revivida dos mortos - este milagre necessita de mãos humanas para ser executado; quero dizer, de mãos humanas em conformidade com o todo divino.

3) Você é tão covarde que prefere deixar o cadáver do país morto, convenientemente morto, matando a esperança de quem virá depois querer lutar por ele. Você, pela sua sabedoria humana, acha que há países melhores - e se há países melhores, você certamente pulará fora, como todos os outros. Que belo exemplo de soldado você é! Você é tão nocivo quanto um abortista.

4) Se a aliança entre o altar e o trono estivesse em seu coração, você faria da sua alma uma espada afiadíssima, a ponto de dilacerar toda a sorte de revolucionários que pudesse encontrar. Mas isso não ocorreu, pois a preguiça lhe foi mais forte que a coragem necessária para o necessário exercício do dever, que é em Deus fundado. Se isso aconteceu, é porque você é uma vergonha. 

5) Acredito que a boa vida nos EUA deve ter comprado a sua consciência. Será que você se esqueceu que foi esse republicu maldito que matou o nosso Império? Será que você se esqueceu que foram certos idólatras americanistas metidos a sebo que mataram a pátria, dando a ela o nome de Estados Unidos do Brasil? Foi da maldita mania de se imitar uma pátria fundada na sabedoria humana protestante que se matou uma pátria fundada por Cristo, em Ourique, e confirmada numa missa, em 1500. Isso que se faz é sintoma de má consciência, sabia?

6) Que pena que você não tem a fibra do povo judeu - eles mantiveram a pátria viva em seus corações a tal ponto que a refundaram, no mesmo lugar, em 1949, quase dois mil anos depois que os romanos destruíram o Segundo Templo de Jerusalém, causa da longa diáspora. Se certos monarquistas tivessem essa fibra tal qual eu tenho, a monarquia já teria sido restaurada.

7) A covardia não pega bem para o católico - o mesmo se aplica a quem se declara monarquista.

8) Que os covardões saiam do meu mural e da minha vida para todo o sempre.

(nota importante: não brigo com pessoas, mas com o diabo que se apossa das pessoas. Se alguém se sentir ofendido, então eu peço perdão. Meu dever é servir à verdade - e não posso permitir que irmãos de fé e de pátria fraquejem, sobretudo numa hora importante como esta).

Cristo foi a base da nossa secessão


01) Quem confia demais na sabedoria humana tende a acreditar no fato de que cada um tem a sua verdade.

02) E se cada um tem a sua verdade, então não haverá mistérios, dado que não existe algo que nos remeta ao céu.

03) Se não existe algo que remeta o céu, o conhecimento será direcionado a todo e qualquer fim, seja para o bem, seja para o bizarro.

04) O ocultismo é a sabedoria humana aplicada ao bizarro. E se você confia demais na sabedoria humana, você vai ter fé no bizarro. O que é isso senão uma gnose?

05) Sete de setembro, oito de outubro, nove de novembro e dez de dezembro soam cabalísticos demais para uma mente ocultista. Se o bizarro é fruto de uma sabedoria humana dissociada da sabedoria divina, não é à toa que tradições serão inventadas de modo a se criar uma falsa realidade, se houver um grupo de gnósticos no poder dominando uma nação.

06) Fatos históricos verdadeiros que dão causa para que o seu país seja tomado como se fosse um lar têm o seu verdadeiro poder na forma como se responde às circunstâncias. A forma como se responde à circunstância é que dá causa à liderança, pois isso é uma forma que nos leva a verdade em Cristo.

07) Ao dizer "independência ou morte" no Ipiranga, D. Pedro deu uma resposta à altura aos liberais revolucionários vintistas que estavam querendo desfazer a unidade do Império português, reduzindo Estados históricos associados ao reino português, como o do Brasil, a meras colônias onde só se praticaria o mais puro monopólio comercial, coisa que vai beneficiar e muito a quem toma como Deus o dinheiro, coisa que dá causa a que se tome o país como se fosse religião.

08) Um grito não é prova cabal de independência. Era preciso organizar o exército e toda a estrutura jurídica e política, de modo a que o país rompesse com essa associação, que estava sendo usada para fins macabros.

09) Como a causa era justa, D. Pedro mandou consagrar Nossa Senhora de Aparecida como padroeira de nossa terra. O dia da aparição dela é o marco em que nosso país deve ser tomado como se fosse nosso lar. Obviamente, quando se toma o país como sendo o nosso lar, um líder precisa ser aclamado como decorrência disto. E isto se fez em 12 de outubro de 1822, dia da aparição dela. Esta é a data em que nasceu de fato o Brasil.

10) Quando se busca preservar o que se fundou em Ourique, o que se busca não é independência, mas uma verdadeira secessão, fundada naquilo que é conforme o todo, quando a terra-mãe passa a ser governada por forças revolucionárias, que pervertem as coisas e dão causa para que Portugal traia aquele compromisso que decorreu daquela visão do crucificado. Com a secessão do Brasil o Reino Unido foi desfeito, pois esta era a reposta à altura que precisava ser feita. E a partir daí começou-se a nossa história propriamente dita.

Não tome por compatriota quem é apátrida


Há quem diga, nestas circunstâncias atuais: "Tenho vergonha dos meus patrícios. A situação que se encontra por agora no Brasil já passou do limite do aceitável"

Eu digo:

1) Quem conserva este mal por conveniência não pode ser chamado de compatriota. Ele deve ser chamado pelo seu verdadeiro nome: apátrida.

2) Se você chama esses elementos perniciosos de "compatriotas", você na verdade está legitimando a atitude deles de conservar esse mal, pois indiretamente este mal também lhe é conveniente.

3) O foro de São Paulo é conseqüência terminal e extrema de outro mal: os 125 anos de república no Brasil.

4) Se você vota em Aécio por malminorismo, você está sendo conservantista. Logo, você está sendo apátrida.

5) O correto seria que nem fôssemos votar, dado que a eleição virou teatro, engodo: o correto seria praticar desobediência civil e combater o PT pela via cultural. Pois pessoas sensatas e honestas não podem e não devem se meter com coisas republicanas, que são imundas.

6) Se for pra votar, que seja em deputados federais e estaduais que estejam em conformidade com o todo de Deus. Este voto é útil por excelência, por ser bom e necessário.

7) Votar em Aécio não é voto útil - é desutilidade do voto, pois o PSDB colabora com o PT na técnica das tesouras, pois o moderado serve para o bem do radical, que não vai largar o osso, quando chegar o poder.

8) Se tivéssemos uma bancada forte e conforme o todo, o presidente não poderia governar sem o apoio do Congresso. 

9) O grande erro desta eleição é que se deu atenção demais aos candidatos da presidência da República. 

10)) Isso é um indício subliminar de que nós confiamos demais em homens fortes, em salvadores da pátria, que tomamos o nosso país como se fosse religião, posto que achamos que a nação se confunde na figura do Estado e que tudo está e nada fora dele. E neste ponto, nós convertemos em dado cultural um elemento do pensamento de Castilhos, coisa da qual a esquerda se aproveitou, pois tomou como coisa um fato da nossa realidade que é dissociado da verdade, que se dá em Cristo.

sábado, 6 de setembro de 2014

A falsa trindade leva à instabilidade e à crise

1) Na trindade cristã, os papéis estão definidos em função da lei natural, e nele as pessoas agem de boa vontade e e conformidade com o todo porque a essência divina assim o quer, posto que agrada a Deus. E isso não muda, por se fundar no amor verdadeiro à verdade de Deus. Os motivos pelos quais isso existe se fundam na bondade de Deus - e cabe a nós aceitá-los, não entendê-los, posto que nossa sabedoria humana é imperfeita e estamos marcados pela sombra do pecado original.

2) Na trindade moderna, que dá causa ao coletivismo, os papéis não estão definidos. Cabe a sabedoria humana dissociada da divina criá-los. 

3) Como os critérios humanos dissociados de Deus são falhos, tudo muda e a constante mudança leva a traumas e a instabilidade. Isso leva à impessoalidade - e a impessoalidade é a causa da indiferença sistemática a Deus.

A idéia de coletivismo nasce da indiferença à idéia de sistema

1) Se na trindade verdadeira cada elemento tem um papel específico, bem definido, e as coisas são feitas de modo a que isso nos leve a admirar Deus, que é o autor de todas as maravilhas que nos levam à conformidade com o todo, na falsa trindade, porém, tudo é feito de modo a que se nutra indiferença por cada elemento que compõe o sistema, assim como indiferença pela importância que cada elemento exerce no sistema, em função do papel exercido.

2) Quando se nutre indiferença sistemática tanto às pessoas da trindade quanto pelo papel que estas pessoas desempenham, de modo a se ter a exata noção de Deus entre nós e em nós, eis que surge a idéia de coleção. O sistema é pensado como uma forma, sem se pensar no papel que cada pessoa exerce.

3) Se tudo é forma, então tudo é modo. E a forma admite qualquer verdade, desde a edificadora, conforme o todo, à forma desedificadora, revolucionária, que nos faz fugir à conformidade com o todo.

4) Um sistema político em que a idéia de nação é abstrata - sem se pensar nas pessoas que a compõem, de modo a se tomar o país como um lar - certamente leva à idéia de país tomado como se fosse religião de Estado. E é no Estado tomado como religião que o formalismo jurídico se torna a ordem do dia. E isso leva a um coletivismo progressivo, que leva ao totalitarismo, pois isso estrangula a idéia de nação como um lar, a ponto de matá-la de vez da nossa imaginação, a ponto de isso ficar inconcebível, impossível, pois a noção de fraternidade universal, fundada em Cristo, foi perdida.

A modernidade líqüida nasce de uma falsa trindade

1) A modernidade líqüida se funda nesta trindade: positivismo, constitucionalismo e nacionalismo.

2) Esta trindade atua de modo oposto à trindade cristã: enquanto a trindade cristã é um sistema que edifica tudo, de modo a admirarmos a grandeza do Pai, por estarmos em conformidade com o todo que Ele edificou, a trindade moderna é um sistema que é construído de forma a derrubar a trindade anterior, fazendo com que nutramos uma falsa admiração, que nos bloqueia a idéia de Deus. Essa trindade, enfim, é um ente dispersivo.

3) Esta segunda, e falsa, trindade permite a cultura do formalismo tomado como religião: isso gera uma cultura onde tudo é reduzido a uma forma estanque e vazia, de modo a que toda e qualquer verdade que seja nela posta. 

4) É essa falsa trindade, esse falso sistema, que dá causa à abstração trapaceira, que dá causa a que tudo seja visto como mera coleção. É, enfim, um sistema projetado com fins diabólicos.

5) Não é à toa que o liberalismo, por força desse monarquianismo formal e cultural, assume um contexto tão radical a ponto de se tornar revolucionário, anárquico. Pois é do liberalismo que nasce o flagelo do comunismo.

Eis o destaque:

Impedir a atualização da linguagem é semear gnose

"É claro que, se você se recusa a traduzir as filosofias na linguagem corrente da espécie humana, mas, a pretexto de "rigor" ou vaidade acadêmica similar, só aceita falar delas no próprio vocabulário de cada uma, e este por sua vez só pode ser explicado nos seus próprios termos, cada filosofia se torna um universo fechado, indestrutível e eternamente auto-referente. Na minha modesta opinião, até mesmo o esforço de entender uma filosofia nos seus próprios termos depende de que o filósofo e seu intérprete existam num mesmo universo objetivo que os contém e os interconecta. Portanto, esse mesmo esforço impõe que a filosofia em questão não seja uma estrutura fechada, mas porosa, aberta ao mundo". (Olavo de Carvalho)

1) Se a gente, na academia, estuda as coisas de maneira forçada, nos termos da linguagem de um autor cujo tempo não é o nosso, então isso é gnose, pois se mutilou a verdade, dado que não se permitiu a busca de uma hermenêutica à serviço da verdade e da caridade, no sentido de atualizar a linguagem para nós, de modo a que pudéssemos compreender melhor seu raciocínio. Essa camisa-de-força acadêmica, presente no mestrado e no doutorado, é um desserviço a Deus e aos homens, matando o sentido pelo qual as universidades foram instuídas historicamente.

2) É por essa razão que a atualização da linguagem para o nosso tempo é essencial para o progresso científico e para a conformidade com o todo de Deus.

3) Do jeito com se faz na academia, o que estamos vendo não é ciência, mas pseudociência, pois a sabedoria humana é buscada de modo a nos afastar da conformidade com o todo de Deus. Enfim, trata-se de um culto à gnose, do diabo tomado como se fosse Deus. E é isso que vemos nos marxismo.