1) Se na trindade verdadeira cada elemento tem um papel específico, bem definido, e as coisas são feitas de modo a que isso nos leve a admirar Deus, que é o autor de todas as maravilhas que nos levam à conformidade com o todo, na falsa trindade, porém, tudo é feito de modo a que se nutra indiferença por cada elemento que compõe o sistema, assim como indiferença pela importância que cada elemento exerce no sistema, em função do papel exercido.
2) Quando se nutre indiferença sistemática tanto às pessoas da trindade quanto pelo papel que estas pessoas desempenham, de modo a se ter a exata noção de Deus entre nós e em nós, eis que surge a idéia de coleção. O sistema é pensado como uma forma, sem se pensar no papel que cada pessoa exerce.
3) Se tudo é forma, então tudo é modo. E a forma admite qualquer verdade, desde a edificadora, conforme o todo, à forma desedificadora, revolucionária, que nos faz fugir à conformidade com o todo.
4) Um sistema político em que a idéia de nação é abstrata - sem se pensar nas pessoas que a compõem, de modo a se tomar o país como um lar - certamente leva à idéia de país tomado como se fosse religião de Estado. E é no Estado tomado como religião que o formalismo jurídico se torna a ordem do dia. E isso leva a um coletivismo progressivo, que leva ao totalitarismo, pois isso estrangula a idéia de nação como um lar, a ponto de matá-la de vez da nossa imaginação, a ponto de isso ficar inconcebível, impossível, pois a noção de fraternidade universal, fundada em Cristo, foi perdida.