O Imperialismo Brasileiro não é apenas uma alternativa política para o futuro da Nação, ele é vitalmente necessário para a conservação de sua existência e também é a visão integral da superação da nossa condição periférica e submissa perante às grandes potências do século XXI.
Toda a Nação que se faz potência é por esta mesma condição uma Nação Imperialista. Projeta sua força, sua cultura, sua economia, seu modo de ser e existir no mundo. Relaciona-se com os demais povos em termos desiguais, beneficia-se desta desigualdade imperativa, consolida seu poder e dispõe então da capacidade de manejar os mais diversos interesses em seu favor.
E o Brasil não tem outra vocação senão a de ser uma potência católica, continuação tradicional da civilização greco-romana.
No mundo atual, as duas maiores potências são impérios malignos onde o mais perverso materialismo desgraça as culturas dos povos. Seja em vista o decadente império norte-americano, força simbólica do globalismo liberal, seja o totalitarismo neomaoísta chinês, estamos entre dois monstros modernos, duas manifestações da Grande Besta.
Eis que nesta situação que mais parece uma antevisão do Apocalipse, nós, reles hobbits do condado perguntamos: que é justo procedermos? E a resposta que encontramos é uma perfeita lembrança: buscar o Reino de Deus antes de tudo.
O mais justo, o mais perfeito e mais verdadeiro é buscar o caminho da Tradição, o caminho ancestral que os heróis da Cristandade trilharam para a formação do Ocidente até que ele foi perdido para as forças de Lúcifer com as sucessivas dissensões revolucionárias. O caminho da Ordem Natural imposta por Deus que formou o Império Luso, a disposição humana da grei portuguesa que procurou levar o Reinado Social de Cristo aos confins da Terra, às partes selvagens e desconhecidas do mundo dentre as quais a mais bela vocação chamou Terra de Santa Cruz.
Este é o sentido do Imperialismo Brasileiro. É aquele retorno ao arché de que fala Guillaume Faye. Retorno que combina restauração com a corrida iminente dos homens sobreviventes ao castelo da tradição eterna quando a hecatombe civilizacional da uniformização materialista global chegar ao seu tempo final, tal como a corrida dos católicos para as Astúrias, até o Rei para com ele lutar a nova Covadonga. Esta hecatombe não será enfrentada se corrermos dispersos em caos para trás das coxilhas verdejantes dos Pampas ou para dentro das grutas entre as serras do interior brasileiro. Persiste entre nós uma corrente de pensamento deveras provinciana que insiste em denominar o atlantismo liberal como 'o Imperialismo', enfim, toda e qualquer formação nacional opressiva e desgastada como uma entidade fantasmagórica chamada 'o Imperialismo'.
Tal corrente ignora que a Nação não é um ente abstrato artificial criado pelo capricho humano, mas um organismo vivo adoecido pelas chagas da modernidade que necessita uma restauração integral. Ignora mais precisamente que o único caminho dos homens deste século é a restauração de um Imperialismo em particular, o Imperialismo Latino. Aquele que chama os homens a marchar em falange sob o sol do Império carregando o brasão armorial da Pátria que é a Santa Cruz de Cristo, estendendo suas fortalezas e restaurando a independência dos domínios temporais da Nação. Assim é que há de redescobrir-se a Tradição que como bem sabemos é a inesgotável chama espiritual da civilização latina.
ROMA - HISPANIA - BRASIL
De César ao Rex Visigothorum, d'El-Rey ao Imperador dos Trópicos.
Eis o Caminho, o roteiro da Restauração Imperial.
Fonte: http://fumacrom.com/27Wew
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2021 (data da postagem original)