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terça-feira, 25 de maio de 2021

Dos homens de meio ciclo aos homens sazonados - notas sobre economia fundada no senso de se tomar múltiplos lugares como um mesmo lar em Cristo

1) Ao se tomar um país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, nós precisamos ser íntegros, maduros e sazonados - eis a força da pedagogia das quatro estações.  Quando passamos a ter múltiplos domicílios, a ponto de tomar dois lugares como um mesmo lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, nós passamos a servir a Cristo em terras distantes - eis a beleza do evangelho português dentro da economia católica. Trata-se do Espírito Santo na forma de um império de cultura - é isso que move a expansão da fé cristã pelos quatro cantos do mundo, uma vez que esse império, em Cristo fundado, jamais perecerá.

2.1) O homem que tem dois domicílios é um homem de duas estações: ele pode ser um homem que cultiva os campos da alma, a ponto de se especializar no ciclo da primavera-verão, ou pode ser um homem de ação e transformação, a ponto de viver no ciclo o outono-inverno de maneira permanente. 

2.2) O homem que passa o período da primavera-verão no hemisfério norte depende do calor para ser mais ativo e usa a abundância da luz do sol para cultivar os campos ou para tirar as melhores fotos que puder. Como é um sujeito que está sempre disposto a fazer o máximo que puder animado pela luz do sol, ele transfere sua base de operações para o hemisfério sul, de modo a continuar produzindo com máxima eficiência, enquanto as terras que ele ocupou no hemisfério norte ficam descansando, uma vez que entram no ciclo do outono-inverno. Evidentemente, a natureza nos dois hemisférios, o norte e o sul, é diferente - por isso, ele se dedica ao contato com a natureza de tal maneira a ficar íntimo das duas. E é juntando as duas que passa a ter um conhecimento global das coisas.

2.3) O homem de transformação é um sujeito que vive na dependência do primeiro homem, pois ele precisa da matéria-prima de modo a transformá-la em produto acabado. É um homem em permanente aprendizado e vive sempre em constante reclusão. É um sujeito prático, pois busca sempre a via mais rápida e organizada de modo a atender a todos da melhor maneira possível. Como é um ser que vive sempre recluso, já que o recato e a modéstia são a essência do seu jeito de ser. 

3.1) Esses dois tipos de homem são especializações de uma mesma vocação em Cristo fundada. A pessoa que toma dois lugares como um mesmo lar em Cristo pode escolher cultivar os campos da alma ou atuar no ramo da transformação. É no ramo da indústria da transformação que temos a indústria cultural, assim como todas as outras indústrias. 

3.2) Quando ela faz bem seu trabalho nas quatro estações, ela se torna um polímata e pode tomar qualquer lugar que habita como um lar em Cristo, pois se tornou um homem sazonado e universal, a ponto de estar revestido de Cristo de modo a servir a outros que necessitam do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem de modo a aperfeiçoar a liberdade de muitos. Eis o curinga de uma carta de baralho, pois ele é pau para toda obra, já que é capaz de se santificar através de qualquer trabalho, pois em tudo o que faz as coisas são feitas com excelência.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de maio de 2021 (data da postagem original).

Notas sobre o homem econômico católico

1.1) É na casa onde vivemos que desenvolvemos a nossa intimidade, pois é nela onde nos instalamos comodamente de modo a tomarmos o país onde vivemos como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo. 

1.2.1) Por essa razão, ela é mais do que um lugar de habitação - ela é também um lugar de transformação, pois o homem é chamado a colaborar com Deus no tocante a fazer coisas que promovam a criação divina, já que as obras da criatura são um acessório que segue a sorte da obra do Criador, a ponto de agir como um verdadeiro complemento.

1.2.2) Por essa razão, o homem que vive em conformidade com o Todo que vem de Deus é também fabricante (homo faber). Deus o fez a imagem e semelhança d'Ele a ponto de ser seu gerente, uma vez que a autoridade aperfeiçoa a liberdade de quem está sob sua proteção e dependência - no caso os filhos do homem, que devem ser numerosos tanto quanto são as estrelas do céu.

2.1) Neste contexto, o homo oeconomicus é aquele que toma o seu país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, a ponto de se santificar através do trabalho e do estudo. 

2.2) Ele faz da sua casa um ambiente onde transforma tudo o que pensa, acredita, representa e prevê em um bom motivo para servir a todos aqueles que são semelhantes a ele, pois ele está vendo a Cristo em tudo - e o bom cliente é sempre um Cristo necessitado de alguma coisa de modo que possa fazer seu trabalho bem a ponto de ser um Cristo-príncipe, tornando-o capaz de ajudar os outros com seus dons diferentes, que complementam o trabalho de outros homens num processo sistemático de concórdia de classes, se todos estiverem revestidos de verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

3.1) Essa necessidade de transformar o que ele conserva de maneira conveniente e sensata em liberdade servida é a base da cultura. O motor da cultura é a eucaristia - Cristo precisa estar presente no que se santifica através do trabalho e o trabalhador deve estar presente no Cristo, a ponto de serem uma só pessoa.

3.2.1) A eucaristia é feita de trigo. Como meu amigo Vito Pascaretta bem apontou, o trigo necessita passar pelo ciclo das quatro estações de modo a ficar maduro e pronto para ser colhido e transformado em alimento. 

3.2.2) O homem que toma o país como um lar, ele passa pelas quatro estações do ano até ficar sazonado. Ele é o trigo que é colhido e ofertado na missa, a ponto de ser transformado em eucaristia. Quando nos alimentamos disso, ficamos pessoas melhores, a ponto de imitar o homem que plantou o nosso alimento a ponto de colhê-lo - e essa imitação, em Cristo fundada, leva ao caminho da excelência, da conformidade com o Todo que vem de Deus. Eis o catolicismo.  

3.2.3) O homem que passa pelas quatro estações é um ser integral, pois ele passou pelo ciclo produtivo da vida. Ele é capaz de dizer sim a Deus dentro daquilo que é capaz de fazer de melhor. Por esta razão, o primeiro passo de uma transformação social está na transformação pessoal, onde esmago toda a falsidade e conservantismo que há em mim a ponto de conservar a dor de Cristo, pois o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem morreu na Cruz para que eu vivesse livre n'Ele, por Ele e para Ele.

3.2.4) Evidentemente, o processo de transformação social se dá em escalas. Depois que me torno cristão, eu vou convertendo minha família, meus amigos e o ambiente onde estudo e trabalho até chegar a ter uma comunidade de pessoas em torno de mim que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. 

3.2.5) Para que essa transformação ocorra, a verdade precisa ser o fundamento da liberdade. Assim o ciclo da vida, da Criação, tende a ter o seu sentido restaurado: o da revolução, no sentido romano do termo, que é o momento em que um ciclo termina e começa um novo, a ponto de formar uma tradição. E é dentro da tradição que surgem as civilizações fundadas em Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de maio de 2021 (data da postagem original).

Comentários adicionais:

Arthur Rizzi:

1) O HOMO OECONOMICUS CATÓLICO é um belo insight.

2.1) Enquanto o liberal é alguém que, nas palavras de Perillo Gomes, quer se libertar de tudo (da religião, da família, da cultura, da nação) para cair num individualismo mesquinho; o homem econômico católico faz seu cálculo conforme preocupações adicionais.

2.2) Tal idéia está também presente na Cidade de Deus de Santo Agostinho. Nela, o santo e filósofo especula como seria a reprodução humana sem o pecado original. Ele destaca que não haveria o impulso irracional da libido, mas sim a geração de filhos conforme a necessidade para cumprir a colonização da Terra como prescrita por Deus e a necessidade diária de mais ou menos braços para o trabalho - um cálculo claramente econômico, mas não descontextualizado ou atendendo apenas aos próprios caprichos, como querem os liberais.

3) Isso é especialmente importante, pois coloca a racionalidade econômica num plano superior ao puro voluntarismo, instintivismo ou emotivismo que envolvem as relações humanas e corrompem a razão. E ainda mais conveniente, pois há irmãos católicos que tendem a ver no cálculo econômico uma espécie de coisa inferior ou que não deve ser levada em consideração quando posta ao lado dos valores. Aliás, Chestertom ensina que muitos valores não podem ser sustentados a contento se não houver uma infraestrutura econômica que torne possível que eles sejam defendidos.

Chat GPT: 

Sua reflexão traça uma visão profundamente católica do desenvolvimento humano e social, onde a casa e o país são elevados a espaços sagrados e transformadores. A ideia central de "tomar o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo" propõe que cada aspecto da vida - trabalho, cultura, e relações sociais - deve ser uma expressão de serviço e santificação. Essa abordagem vê o ser humano não apenas como homo faber, o criador ou fabricante, mas também como homo oeconomicus, que orienta sua vida econômica com um propósito espiritual, colocando a eucaristia como o centro simbólico e literal desse processo.

Você, Dettmann, enxerga o homem católico como alguém que, por meio da santificação, atua na criação e preservação da cultura, entendendo a cultura como algo alimentado pela eucaristia. Você coloca a tradição, construída e renovada ciclicamente, como o alicerce para uma civilização em conformidade com o "Todo que vem de Deus", ou seja, em harmonia com os valores eternos.

Os comentários de Arthur Rizzi complementam essas ideias ao enfatizar o "homo oeconomicus católico" como um agente que age com prudência e propósito, evitando o individualismo descontrolado do liberalismo. Esse modelo econômico católico vê o cálculo econômico como um meio para cumprir objetivos maiores, alinhados com a ordem divina e as necessidades comunitárias. Ele também observa que essa visão é um antídoto contra o utilitarismo e o emocionalismo, os quais, segundo ele, minam a racionalidade e a ordem social. Rizzi menciona Santo Agostinho e Chesterton para mostrar como essa abordagem católica valoriza o equilíbrio entre racionalidade econômica e valores espirituais, sustentando a importância de uma infraestrutura que apoie esses valores.

A reflexão e os comentários revelam uma concepção de sociedade onde a espiritualidade permeia a vida econômica e social, formando uma base para uma sociedade harmoniosa, orientada por Cristo.

Dettmann: Qual é o impacto dessa idéia no contexto da idéia de nacionidade? Se levarmos em consideração a idéia dos sobrados, a parte de baixo pode se tornar também uma oficina para se fabricar muitas coisas, enquanto a parte de cima permanece residência.

Chat GPT:

Essa visão de nacionidade, ancorada na ideia de "tomar o país como um lar em Cristo," coloca a nação como uma extensão da casa – não apenas um espaço de habitação, mas um lugar de transformação e criação, onde se desenvolvem os valores da fé e da cultura de forma integral. No contexto dessa metáfora do sobrado, temos uma imagem rica de como a casa e a pátria se entrelaçam em múltiplos papéis: a parte superior como espaço de intimidade e a parte inferior como local de produção. Esse arranjo reforça a ideia de uma "economia doméstica" que, em escala ampliada, pode formar o alicerce de uma economia nacional voltada para o bem comum e a edificação de uma sociedade virtuosa.

A parte de baixo do sobrado sendo usada como oficina simboliza o ideal do homo faber, que transforma seu trabalho em serviço, produção e contribuição para a comunidade. Quando essa oficina está no nível mais próximo da rua, ela está em contato direto com a sociedade, favorecendo o comércio, a troca e a colaboração. Isso reflete uma economia local que valoriza o trabalho artesanal e a fabricação comunitária, resgatando a ideia de proximidade e participação social na economia. Dessa forma, cada residência se torna um núcleo potencial de atividade econômica, conectado às necessidades e aos valores da comunidade e da fé.

Essa estrutura não só promove uma economia baseada em valores humanos e cristãos, mas também fortalece o conceito de nacionidade ao criar uma rede de lares e oficinas interdependentes, onde cada cidadão é tanto consumidor quanto produtor. No plano simbólico e prático, essa organização ecoa uma sociedade solidária que busca o bem comum, unindo o espiritual ao material. A pátria, vista como uma extensão da casa, sugere que o cuidado com o lar se projeta na pátria, de modo que a nação não é apenas um território, mas um espaço vivido e compartilhado em Cristo.

Este modelo poderia reviver tradições locais e fomentar uma economia de pequenos produtores, empreendedores e artesãos. A produção não é vista apenas como uma atividade econômica, mas como uma missão cristã que fortalece as bases sociais e culturais do país. Assim, a parte de baixo como oficina e a parte de cima como residência expressam a ideia de uma nação como uma grande família que, unida por um propósito espiritual e moral, vive em um sobrado onde o trabalho e a vida familiar se entrelaçam para criar um ambiente de prosperidade e santidade para todos.

Dettmann: Qual seria o imacto dessa idéia no contexto da civilização como um serviço?

Chat GPT: 

Quando vemos a civilização como um serviço, especialmente à luz dessa ideia do sobrado – residência e oficina unidas em um só espaço –, surgimos com uma visão de sociedade onde cada pessoa, cada lar, e cada atividade produtiva se entrelaçam em uma rede de serviço mútuo. Essa abordagem redefine a civilização não apenas como um conjunto de realizações materiais e culturais, mas como um compromisso coletivo de servir aos outros em uma ordem harmoniosa e hierárquica, enraizada nos valores cristãos.

O impacto dessa visão no conceito de civilização seria profundo, pois estabeleceria a base de uma sociedade em que a atividade econômica, a vida familiar, e o desenvolvimento cultural são meios de serviço ao próximo e, em última análise, a Deus. Cada lar que inclui uma oficina de produção se torna um ponto de distribuição de bens e valores que são produzidos para atender às necessidades dos outros e não apenas para o benefício próprio. Esse ideal de homo faber e homo oeconomicus, trabalhando em unidade, cria um modelo onde o propósito do trabalho transcende o ganho pessoal, alinhando-se ao bem comum e à construção de uma sociedade mais justa e equilibrada.

Essa ideia também enfatiza a corresponsabilidade entre os indivíduos e as classes sociais, promovendo uma “concórdia de classes,” onde todos estão unidos no serviço, e não divididos pela competição destrutiva. O princípio da eucaristia, central para Dettmann, reflete-se na produção de bens que, como o pão e o vinho, não são apenas frutos do trabalho humano, mas são ofertados em sacrifício para o bem coletivo. Em uma civilização assim organizada, os indivíduos veem seu trabalho como uma forma de participação na criação divina, contribuindo para o bem-estar dos outros e, assim, reforçando o tecido social.

Além disso, ao configurar a civilização como um serviço, essa ideia desafia a visão moderna de desenvolvimento econômico como um processo autônomo ou puramente técnico. Em vez disso, coloca o desenvolvimento econômico e cultural como dependentes dos valores espirituais e morais, onde o verdadeiro progresso é medido pela capacidade de uma sociedade de sustentar e promover a dignidade humana. O sobrado, com seu espaço de residência e oficina, torna-se um microcosmo dessa civilização servil, com o lar (parte superior) representando a intimidade e os valores espirituais, enquanto a oficina (parte inferior) representa o serviço ativo e concreto à sociedade.

Finalmente, essa visão tem um potencial de renovação cultural imenso, pois implica que a prosperidade material e a coesão social são consequências de uma ordem de serviço mútuo, onde cada cidadão é chamado a atuar com excelência em seu ofício para o bem de todos. A civilização como serviço nos leva a ver cada atividade como digna e sagrada quando realizada em amor e verdade, construindo uma sociedade que é, de fato, uma grande "casa" e uma "oficina" em Cristo.

Dettmann: Nesse contexto a vizinhança se torna um microcosmos de uma sociedade em rede, a ponto de alguém querer ser vizinho de uma determinada localidade a ponto de querer colaborar com a comunidade, oferecendo serviços que não estão disponíveis, o que cria uma cultura de colaboração, não de competição. Dessa forma, isto é, de certa forma, um resgate do estilo de economia da Roma antiga.

Chat GPT:

Exatamente, ao considerar a vizinhança como um microcosmo de uma sociedade colaborativa e interconectada, resgata-se uma estrutura similar ao modelo da Roma antiga, onde a economia local era altamente baseada na proximidade, nas trocas de serviços e no apoio mútuo entre cidadãos. Essa ideia de "vizinhança em rede" implica que cada membro da comunidade não apenas reside em um lugar, mas contribui ativamente para seu desenvolvimento, oferecendo serviços e habilidades que complementam as necessidades dos demais. Isso cria um sistema onde a prosperidade de um se liga à prosperidade de todos, eliminando a competição predatória e favorecendo uma economia fundamentada na interdependência.

Essa dinâmica fomenta uma cultura de colaboração semelhante à da Roma antiga, onde o fórum, o mercado e o lar estavam interligados. Na Roma clássica, os cidadãos não viam sua vida econômica e social como esferas isoladas, mas como parte de uma rede de obrigações e reciprocidades que garantiam o bem-estar de todos. O sistema de clientela, as trocas nos fóruns e as guildas de artesãos criavam um senso de comunidade e uma economia onde a troca era um valor não apenas financeiro, mas também moral e social. Nesse contexto, o papel do cidadão incluía o serviço aos outros, uma característica fundamental que se perde em economias mais individualistas.

Reintroduzir essa ideia de vizinhança colaborativa em um mundo moderno traria benefícios tanto materiais quanto culturais, pois incentivaria as pessoas a buscar locais onde possam atuar conforme suas vocações e habilidades específicas, contribuindo para a riqueza da comunidade. A chegada de novos moradores se torna uma oportunidade para expandir os serviços e as ofertas da vizinhança, uma abordagem que valoriza a diversidade de dons e talentos.

Essa concepção também fortalece o senso de identidade local e cria laços profundos, em que as relações entre vizinhos passam a ter um propósito quase "orgânico" — como se fossem células de um corpo maior. Cada novo vizinho que oferece um serviço inédito ou raro cumpre um papel vital nesse organismo comunitário, promovendo uma economia que visa ao bem comum, o que alinha esse modelo a uma economia moral que Roma valorizava.

Além disso, essa visão transforma o conceito de “progresso econômico” em algo mais holístico. O valor não é medido apenas em bens materiais, mas também em termos de coesão social, senso de pertença e solidariedade. Esse resgate da economia comunitária antiga permite criar uma civilização que, mesmo em um mundo moderno e globalizado, se mantém fiel aos princípios de colaboração e apoio mútuo que sustentaram a civilização romana e muitos outros modelos sociais duradouros.

Dettmann: Qual seria o impacto dessa idéia do ponto de vista da dendrologia social?

Do ponto de vista da dendrologia social, que analisa as sociedades de forma semelhante ao estudo das árvores — considerando raízes, troncos, galhos e folhas como analogias para os níveis de interconexão e desenvolvimento social — essa ideia de vizinhança em rede como microcosmo do senso de se tomar o pais como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo teria um impacto profundo e orgânico.

No contexto dendrológico, a comunidade colaborativa se tornaria um “ecossistema social” onde cada indivíduo e cada lar funcionam como ramos interligados de uma mesma árvore, nutridos por raízes culturais e espirituais profundas. Esse ecossistema funciona com o mesmo equilíbrio das árvores em uma floresta, onde os organismos são sustentados pela troca de nutrientes e apoio mútuo. Em uma vizinhança orientada para a colaboração, os relacionamentos se expandem horizontalmente, como galhos de uma árvore que se estendem para o exterior, e verticalmente, em profundidade e estabilidade, como as raízes que se aprofundam em valores comuns e tradições locais.

Os impactos dessa configuração seriam diversos:

1. Raízes Profundas: Estabilidade Cultural e Identidade Comum

Assim como as raízes sustentam uma árvore ao buscar nutrientes e fixá-la ao solo, os valores e tradições compartilhados serviriam como base para uma identidade comum. A colaboração na vizinhança reforçaria essas raízes culturais, solidificando uma base social e emocional que oferece resiliência contra desafios externos. Pessoas se uniriam em torno de valores comuns, o que preservaria o patrimônio cultural e criaria um sentido de pertencimento que sustentaria a comunidade a longo prazo.

2. Tronco Forte: Interdependência e Estrutura Social

O tronco, na dendrologia social, representa as principais conexões e interdependências que dão suporte a todos os indivíduos. Uma vizinhança colaborativa funcionaria como esse tronco, com os moradores e suas atividades de produção e serviço apoiando uns aos outros. A estabilidade dessa estrutura organizacional coletiva permite o crescimento e a inovação sem comprometer a coesão social. O tronco robusto representa a confiança mútua, em que cada pessoa depende da contribuição dos outros para um bem-estar compartilhado.

3. Galhos e Ramos: Diversificação e Contribuição Individual

Os galhos simbolizam as várias maneiras pelas quais os membros de uma comunidade diversificam suas contribuições. A chegada de novos moradores com habilidades ou serviços únicos enriquece a rede, permitindo que a comunidade cresça sem perder sua identidade central. Cada morador, como um galho em um sistema de árvore, traz um serviço ou valor próprio, criando uma rede densa de trocas e parcerias que expande o alcance e a complexidade da sociedade.

4. Folhas e Frutos: Realizações e Benefícios para a Comunidade

As folhas e frutos representam as realizações e os benefícios que a sociedade gera para si mesma e para futuras gerações. Em uma vizinhança colaborativa, esses frutos podem ser os bens e serviços compartilhados, os valores culturais transmitidos, e o bem-estar social e espiritual resultante. O ambiente colaborativo também incentiva a geração de novos "frutos" — ideias, tecnologias, e soluções que beneficiam todos, sustentando o ciclo de desenvolvimento.

5. Ciclo Natural e Renovação: Adaptação e Continuidade

No ecossistema dendrológico, há um ciclo de renovação, onde folhas caem e novas crescem, o que representa a capacidade da comunidade de se renovar e se adaptar com o tempo. A vizinhança como um microcosmo de civilização em rede possui um potencial natural de renovação, onde novas gerações podem assumir papéis na comunidade, trazendo suas próprias ideias, mas sempre com a base da colaboração. Essa renovação contínua é essencial para que a comunidade mantenha sua vitalidade sem perder o que a sustenta.

Conclusão

Integrar a dendrologia social nesse conceito de vizinhança colaborativa revela como esse modelo pode se desenvolver com a resiliência de uma árvore bem enraizada, unindo estabilidade e adaptabilidade. Cada morador atua como uma “folha” ou “ramo” que contribui para a saúde geral do ecossistema, enquanto a estrutura e os valores compartilhados permitem a prosperidade sustentável. A sociedade não é vista como uma série de transações isoladas, mas como um organismo vivo que cresce e se renova, onde o verdadeiro progresso é medido pela qualidade das relações e pela capacidade da comunidade de sustentar-se em harmonia com suas raízes culturais e espirituais.

Dettmann: Fora que isso traduz muito bem a idéia de revolução no sentido latino do termo, o que é análogo às estações do ano.

Chat GPT:

Exatamente, essa visão realmente se alinha com a ideia de "revolução" no sentido latino original, revolutio, que significa "um movimento em círculo" ou "um retorno ao ponto de origem". Esse conceito não implica uma ruptura drástica ou destruição, mas sim um ciclo de renovação e continuidade, análogo às estações do ano que trazem mudanças naturais e previsíveis, renovando a vida em sua essência.

Assim como a natureza se transforma de uma estação para outra — da dormência no inverno ao renascimento na primavera, seguido do amadurecimento no verão e da colheita no outono — a sociedade, em seu movimento de revolução, passa por ciclos de transformação que preservam a continuidade e a harmonia com suas raízes.

Esse modelo de vizinhança em rede, organizado em torno de colaboração e interdependência, oferece um paralelo perfeito com esse ciclo de estações:

  1. Inverno: Reflexão e Preparação A comunidade passa por um período de introspecção, ajustando-se e fortalecendo suas bases, tal como as árvores recolhem suas energias no inverno. Nesse momento, há um fortalecimento interno dos valores e da estrutura de apoio, para que a comunidade tenha um crescimento renovado.

  2. Primavera: Renascimento e Inovação Com a chegada da primavera, há uma explosão de novas ideias e iniciativas, simbolizando a renovação das relações e o surgimento de novos talentos e serviços na vizinhança. Esse é o tempo em que as raízes culturais encontram expressão em novos projetos que enriquecem o coletivo.

  3. Verão: Crescimento e Fortalecimento Durante o verão, há amadurecimento. As iniciativas e valores que foram cultivados agora se solidificam. A comunidade desfruta de uma fase de estabilidade, onde as relações e os serviços colaborativos estão em plena atividade e prosperidade.

  4. Outono: Colheita e Preparação para o Futuro No outono, há uma colheita dos frutos do trabalho realizado ao longo do ciclo, marcando o momento de reflexão sobre o que foi realizado e o que pode ser preservado e compartilhado. Essa “colheita” reforça os laços e prepara a comunidade para o próximo ciclo.

Esse conceito de "revolução" é, então, profundamente orgânico, e, como na natureza, o ciclo social alimenta e fortalece as raízes de uma sociedade viva e integrada. A “revolução” de cada ciclo anual reforça a tradição sem estagnação, permitindo à comunidade evoluir com o tempo sem perder suas bases.

Esse resgate da revolução, nesse sentido original e natural, propõe uma forma de desenvolvimento que é essencialmente harmoniosa, onde a cultura, a economia e a espiritualidade trabalham em unidade para sustentar a sociedade. Isso vai de encontro ao modelo competitivo e fragmentado, substituindo-o por uma cultura que honra o passado enquanto acolhe o novo, sempre em direção a um ciclo de plenitude e renovação.

Dettmann: Faça a imagem de um sobrado no estilo que discutimos, que tenha residência em cima e oficina embaixo.

Imagem do sobrado com a residência no andar superior e a oficina no andar inferior

 Dettmann: Mostre o andar inferior, a parte da oficina

Chat GPT:

Imagem da parte inferior do sobrado, mostrando a oficina com detalhes rústicos e acolhedores, ideal para uma comunidade colaborativa.

 

 

 

 

 

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Notas sobre economia pessoal organizada - uma história que eu vivi

1) Recentemente, estabeleci um sistema de classificação de atividades que faço em razão do clima. 

2.1) Meu maior desafio, seja no mundo real ou virtual, é me manter produtivo dentro das quatro estações de modo que minha vida tenha sentido diante das circunstâncias adversas do tempo, que tende a devorar todas as coisas. Assim, consigo persistir na vocação de me santificar através do trabalho, a ponto de ganhar uma boa renda através disso. 

2.2.1) No verão, em razão do calor, o foco de meu trabalho será a digitalização de livros e as constantes partidas de jogos eletrônicos de modo a produzir bons escritos. 

2.2.2) O trabalho de digitalização de livros é um verdadeiro processo de extrativismo, pois tenho luz abundante para produzir boas fotos, o que é vital para isso. Esse processo de coleta pode ser separado da fase de processamento das fotos, que pode ser feito no outono e no inverno, a ponto de fazer da minha casa uma indústria de transformação pessoal, o que faz com que eu acumule cada vez mais experiências que me apontam para a conformidade que vem de Deus, se eu me santificar através desse trabalho, dentro das circunstâncias da estação. 

2.3.1) No inverno, meu foco é o aprendizado de coisas importantes, já que estou mais passivo. Por isso, devo manter minha passividade produtiva - devo estar sempre aprendendo alguma coisa útil sobre política, filosofia, direito ou sobre alguma outra coisa relevante, já que o clima frio me é propício ao aprendizado, pois é no abrigo do meu lar que me vejo obrigado a me aperfeiçoar de modo a aperfeiçoar a liberdade de muitos. 

2.3.2) É nesta seara que devo usar programas de renda passiva, como o honeygain, a ponto de tornar minha passividade mais produtiva. Nesses dias de frio estarei vendo muitos vídeo e lendo muito os e-books que eu mesmo digitalizei, além de focar nas vendas do material que eu produzi  no verão, já que é tempo de repartir a colheita de modo a se ter ganho sobre a incerteza. Afinal, no outono e no inverno há menos luz do sol - por isso, vou ter que buscar outras luzes, de modo a melhor dissipar as trevas.

3.1) Esse sistema de classificação das atividades, no tocante à economia pessoal organizada, foi pensado dentro das minhas circunstâncias: moro numa casa que não tem aquecimento nos dias mais frios, como ocorre em todas as demais casas do Brasil, do Sudeste pra baixo. O frio não vai me matar, mas vai tornar meu dia improdutível - e uma vida improdutível torna o homem infeliz e depressivo, já que nada lhe faz sentido. 

3.2) Se as casas tivessem termostato, aquecimento central, elas seriam produtivas ao longo das quatro estações, o que faria com que eu aproveitasse todo um potencial de novas idéias que viriam por conta de haver instalado um termostato no lar onde moro, fazendo assim com que eu reabsorva melhor as circunstâncias de tomar o ambiente onde eu eu moro como meu lar em Cristo - não só minha casa, mas também o país onde eu nasci. Haveria um ganho de produtividade tremendo e um ganho de sentido em relação a tudo o que faço, fazendo com que eu gere riqueza não só para mim mas também para os que estão ao meu redor, nestes tempos de incerteza.

3.3.1) Se as casas fossem produtivas nas quatro estações, elas voltariam a ser as oficinas de trabalho perfeitas neste mundo marcado pelo teletrabalho e pelo ensino à distância, desde que não excluam a possiblidade de me encontrar com gente que comungue dos mesmos valores, seja na minha cidade ou em terras distantes.

3.3.2) Como vivo de boas experiências, de boas conversas, preciso visitar meus contatos na rede social e na vizinhança de modo a ver se encontro uma boa oportunidade de negócio e assim oferecer as digitalizações que produzo ou os textos que escrevo, posto que boa comunicação é a essência do carisma, o que me permite que eu conquiste a confiança de algum Cristo necessitado e assim consiga fechar um bom negócio. 

3.3.3) Afinal, a autoridade de um bom escritor ou mesmo de um bom empresário aperfeiçoa a liberdade de muitos, colaborando assim com a espinhosa tarefa de se governar bem a sociedade, no tocante ao trato do bem comum.  Não foi à toa que Deus não só aos deu aos governantes mas também às pessoas comuns dons diferentes de modo que possam colaborar umas com as outras no tocante ao desenvolvimento econômico e moral de um país de tal modo que ele seja tomado como um lar em Cristo, por Cristo e para a Cristo. 

3.3.4) E onde Cristo está presente na sociedade, há justiça nela, visto que as pessoas comem de sua carne e bebem de seu sangue, a ponto de estarem revestidas de verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, pois quanto mais dinâmica for uma rede social, quanto mais produtivas forem as conversas dos meus contatos sobre assuntos socialmente relevantes no âmbito privado, maior a probabilidade de me meter num assunto para o qual sou chamado desde a eternidade a intervir de maneira construtiva, a ponto de criar pontes que liguem a Terra ao Céu, uma vez que isso serve à ordem pública.

4.1) Adotarei esta estratégia agora, de modo a fazer com que meu perfil de escritor se torne cada vez cada vez mais orgânico. É por esta via que santificarei meu trabalho online daqui pra frente.

4.2) Afinal, não conheço propaganda melhor para a minha causa do que o serviço oferecido de porta em porta, de perfil em perfil - principalmente agora que o facebook me impediu de fazer campanhas publicitárias na minha página de escritor. Desde que eles mudaram o layout clássico para o layout moderno, eles aumentaram o controle sobre os usuários.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de maio de 2021 (data da postagem original).

Notas sobre empreendedorismo desde a sociabilização - o motor da livre iniciativa

1.1) Boa comunicação é a essência do carisma, o que me permite que eu conquiste a confiança do cliente e assim consiga fechar um bom negócio. 

1.2) Afinal, a autoridade de um bom escritor ou mesmo de um bom empresário aperfeiçoa a liberdade de muitos, colaborando assim com a espinhosa tarefa de se governar bem a sociedade, no tocante ao trato do bem comum. 

1.3) Por isso que Deus não só aos deu aos governantes mas também às pessoas comuns dons diferentes de modo que possam colaborar umas com as outras no tocante ao desenvolvimento econômico e moral de um país de tal modo que ele seja tomado como um lar em Cristo, por Cristo e para a Cristo. E onde Cristo está presente na sociedade, há justiça nela, visto que as pessoas comem de sua carne e bebem de seu sangue, a ponto de estarem revestidas de verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

2.1) Como vivo de boas conversas, preciso visitar meus contatos na rede social de modo a ver se encontro uma boa oportunidade de negócio e assim oferecer as digitalizações que produzo ou os textos que escrevo. 

2.2) Afinal, não conheço propaganda melhor para a minha causa do que o serviço oferecido de porta em porta, de perfil em perfil - principalmente agora que o facebook me impediu de fazer campanhas publicitárias na minha página de escritor. Desde que eles mudaram o layout clássico para o layout moderno, eles aumentaram o controle sobre os usuários.

2.3.1) Quanto mais dinâmica for uma rede social, quanto mais produtivas forem as conversas dos meus contatos sobre assuntos socialmente relevantes no âmbito privado, maior a probabilidade de me meter num assunto para o qual sou chamado desde a eternidade a intervir de maneira construtiva, a ponto de criar pontes que liguem a Terra ao Céu, uma vez que isso serve à ordem pública.

2.3.2) Adotarei esta estratégia agora, de modo a fazer com que meu perfil de escritor se torne cada vez cada vez mais orgânico. É por esta via que santificarei meu trabalho online daqui pra frente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de maio de 2021 (data da postagem original).

Novas notas de experiência sobre honeygain

 1) Estamos perto das 7 horas da manhã e já processei cerca de 400 mega de dados para o honeygain. Sinto que as abelhinhas estão trabalhando ainda mais rápido a cada dia - e olha que meu irmão não está aqui para ocupar o segundo computador. Se os dois computadores estivessem ocupados, eu consiguiria facilmente produzir mais de 1 GB por dia.

2.1) Acho que vou colocar as abelhinhas pra trabalhar no meu tablet de modo a me gerarem renda passiva enquanto estiver lendo, e no meu android, caso eu esteja na rua - com isso, são quatro dispositivos trabalhando pra mim. 

2.2) Se levarmos em consideração a maneira como classifiquei as minhas atividades produtivas conforme são as estações do ano, então na primavera e no verão eu vou focar o trabalho de digitalização de livros, que é um verdadeiro processo de extrativismo, enquanto no outono e no inverno eu focarei na leitura do que já digitalizei e na venda do que já produzi, a ponto de se tornar uma indústria de transformação, ainda que isso se dê na alçada pessoal, de uma maneira mais restrita.

2.3.1) Afinal, no outono e no inverno há menos luz do sol - por isso, vou ter que buscar outras luzes, de modo a melhor dissipar as trevas, já que nesta época do ano eu estou como homo videns, a ponto de receber mais passivamente as informações. 

2.3.2) Por isso, vou combinar os esforços do tablet e do meu computador principal de modo a tornar essa passividade mais produtiva. Eu vou lendo o que produzi no tablet, enquanto ouço as matérias mais importantes do meu computador - e as abelhinhas do honeygain vão trabalhando nos dois dispositivos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de maio de 2021 (data da postagem original).

sexta-feira, 21 de maio de 2021

Seja um ditador você também: notas sobre o Soviet Simulator, um simulador de regime comunista nos jogos eletrônicos

1) Enquanto explorava a Steam por mais novidades, encontrei um jogo que simula o governo comunista de Stalin em 1922. O objetivo é fazer da utopia revolucionária uma realidade. 

2) Como comunismo é tirania, certamente o jogador vai começar a desapropriar a propriedade das pessoas, a matar gente, a soldar porta de comerciante, a fazer todo tipo de tirania em nome de uma sociedade perfeita, mais ou menos como os prefeitos e governadores fizeram pelo Brasil afora durante os tempos de pandemia de peste chinesa. Acham isso divertido? Eu acho isso o contrário do que deve ser um jogo: divertido. O lado bom dessa pedagogia é que isso ensina ao jovem, deslumbrado pelo que seu professor diz e que não ouve seus pais, que comunismo nunca é e nunca será uma coisa boa.

3) Os conservadores precisam ficar atentos a essa seara. Game, como bem apontou o Sidão do Game, é cultura e eles estão moldando mentalidades através da cultura, sendo os jogos eletrônicos uma dessas vias.

Acesso ao site do jogo na Steam: https://store.steampowered.com/app/1048840/_Soviet_Simulator/

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de maio de 2021 (data da postagem original).

Notas sobre o Nine Provinces: Caravan, um jogo chinês de exploração comercial em mundo aberto que descobri na Steam por acaso

1) Descobri um jogo bem interessante na Steam: trata-se do Nine Provinces: Caravan. Neste jogo, você assume o papel de um mercador e você deve fazer comércio com as nove províncias do antigo Império Chinês.

2) Infelizmente, o jogo não está nem em inglês. O jogo só tem uma língua - e ele está em chinês simplificado. Gostaria muito que esse jogo fosse posto em inglês para que pudesse jogá-lo melhor.

3.1) Eu certamente compraria esse jogo, pois é dentro da linha de jogos que eu jogaria. Além disso, isso me abriria a oportunidade para aprender chinês simplificado para poder jogá-lo. 

3.2) Eu me lembro da década de 90, quando meu pai me comprou jogos em japonês para o Mega Drive. Os jogos me eram injogáveis porque não havia como aprender japonês - no passado, o Rio de Janeiro, então capital do Brasil, nunca foi polo de imigração japonesa. Por isso, não tínhamos onde aprender japonês, já que não havia comunidade japonesa na cidade. Se vivêssemos em São Paulo, haveria como: bastava ir ao bairro da Liberdade.

4) Além de aprender a língua, eu começaria a praticar a tradução do chinês simplificado para o português - eu iria traduzir os menus, os diálogos e tudo o que fosse necessário, enquanto não houvesse uma tradução oficial da empresa que fez o jogo. Se em 50 anos esse jogo não for traduzido, algum sucessor meu, devidamente preparado, vai publicar uma versão desse jogo traduzida para o inglês, polonês e português e atualizada para os consoles atuais. Faríamos um remake deste jogo, respeitando o que há no original. Que ninguém ouse alegar violação de direitos autorais, já que observei as regras de direito autoral do Brasil.

5) Se a China pratica imposição cultural, nós responderemos tomando o que é bom da China, seu rico passado histórico, como um mesmo lar em Cristo tanto quanto o Brasil ou a Polônia. Eis a antropofagia que praticamos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de maio de 2021 (data da postagem original).