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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Internet é como dirigir - usá-la é uma honra que deve ser dada aos maduros e capazes de bem manejá-la

1) Certas pessoas, quando estão atrás de um volante, se revelam verdadeiros psicopatas.

2) A mesma coisa pode ser dita com relação a quem está escrevendo atrás de um teclado e diante de uma tela de monitor. Ou quando esta mesma pessoa está diante das câmeras, falando para Deus e o mundo no youtube.

3) Usar a internet deveria ser como dirigir. Na mão de gente responsável, é ferramenta; na mão de psicopata, ela vira arma de assassinato de reputação. Só aqueles que têm maturidade para entender o que é certo ou errado poderiam ter o direito de usá-la.

4) Alguns alegam que ela é a base para o direito de expressão. Mas de nada adianta a liberdade de expressão se ela é servida com fins vazios. De nada adianta a liberdade sem a responsabilidade, sem a capacidade de usar este bem a serviço da verdade, da conformidade com o Todo que vem de Deus. Num mundo permeado pelo liberalismo e pelo relativismo moral, fica muito complicado confiar em alguém, realmente. Admito que tenho muita vontade de aprender latim, mas os únicos dois latinistas que conheço vivem brigando. Onde o ego fala mais alto, ali não me faço presente.

5.1) É por isso que prefiro aprender alguma coisa diferente com professores presenciais, naquelas áreas onde sou um neófito. É por isso que rezo tanto para que as federais sejam liberadas desses comunistas - nelas poderei ser aluno ouvinte e ir classificando os professores pelo que sabem e pela sua capacidade de transmitir o saber. Não me incomodo de fazer essa avaliação por mim mesmo, nessa qualidade.

5.2) Se houvesse uma cultura de gente fazendo esse papel, a ponto de ser uma profissão, não precisaríamos de governo substituindo aquilo que as pessoas que amam o saber seriam capazes de fazer por si mesmas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de outubro de 2019.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Da grande unidade como base para se escrever da forma como escrevo - relatos da minha experiência

1) Quando se toma vários países como um mesmo lar em Cristo, por conta da missão de servir a Cristo em terras distantes, você incorpora três estruturas ao seu arsenal: língua, religião e alta cultura.

2) Da Polônia eu incorporei palavras da língua polonesa, passei a conhecer ainda mais profundamente a fé católica e elementos culturais ligados a essa fé, além de uma certa noção da cultura eslava pré-cristã.

3) Do tupi, incorporei palavras dessa língua, elementos de sua cultura que se fortalecem com o cristianismo e noções de sua cultura antes do cristianismo e após a cristianização.

4) Mesmo que você não domine todo o tripé de cada língua, com o tempo você dominará, a ponto de usá-lo como arsenal expressivo e imaginativo de tal maneira a mostrar novos caminhos que levem à Roma dos apóstolos, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. Eis a grande unidade católica.

5.1) Minha língua nativa, o português, é a base sob a qual se assenta toda a minha argumentação. Quando uso palavras de língua polonesa ou o tupi guarani, eu as uso para criar associações e enriquecer o imaginário do meu leitor-ouvinte. Com isso, nós temos uma espécie de interlíngua de base portuguesa e ouriqueana, já que a literatura é usada como instrumento de evangelização.

5.2) Isso não destrói a língua - o uso catacrético de vocabulário de outro idioma amplia os recursos que o português mesmo não seria capaz de exprimir. É como ter uma mira melhorada: você tem mais precisão e consegue mais resultado gastando menos bala, de modo a progredir no objetivo. E isso, em termos de guerra cultural, é primordial.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de outubro de 2019.

Notas sobre o amor intransitivo, um dos produtos da ordem social liberal

1) Em espanhol, a palavra para leilão é subasta.

2) O homem rico no amor de si até o desprezo de Deus é como um verbo intransitivo; ele acha que não necessita de algum complemento para ter seu verdadeiro sentido, posto que é rico no amor de si até o desprezo de Deus.

3.1) Na ordem onde os homens se bastam por si mesmos, amar será sempre um verbo intransitivo. E nisso começa a cultura dos leilões de virgindade, já que isto se tornou uma verdadeira prisão.

3.2) Afinal, para que se guardar para um homem virtuoso, que espelhe a virtudes do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que é Jesus? Numa ordem liberal, todos os homens são como animais que mentem - e nesse ponto a virgindade vira um ativo, uma mercadoria já que a modéstia virou bem escasso, tão valioso quanto o ouro.

3.3) E a mulher, tal como uma prostituta, se vende a quem pagar mais, a ponto de ser republicana e viver a vida em conformidade com o esse todo que vem de Mariane, um verdadeiro nada. Eis a ordem social liberal de nossos tempos

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de outubro de 2019.

Por que o cristianismo será sempre ibirarama, nunca ibirapuera?

1) Na língua tupi, o tempo está no substantivo. Uma árvore nova, a ibirarama, revela uma ordem promissora e virtuosa, amparada na verdade; a árvore velha, a ibirapuera, é como uma árvore oca: velha, superada, sem viço, pronta para ser abatida.

2.1) O cristianismo sempre será uma ibirarama, posto que que ela se funda no verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

2.2) Essa ibirarama se funda nas ranas (feridas ou chagas) do senhor e devemos conhecer essa verdade o mais rano (cedo) possível.

3.1) Os que enxergam a ordem edificada nesse verdadeiro Deus e verdadeiro Homem como uma ordem velha e superada (ibirapuera) são como os judaizantes, já que buscam conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

3.2.1) O espírito moderno se funda todo na ação humana e no tempo que rege essa ação, onde o passar do tempo só revela as ruínas daquilo que já está velho e superado, criando florestas de árvores ocas por onde passam, esperando o seu desmate sistemático.

3.2.2) Esse espírito moderno está intimamente ligado ao futurismo. Esse futuro não mais a Deus pertence - com o império da técnica, o homem pode se tornar Deus e ser o senhor de seu próprio destino. Como o homem que enxerga a Cristo como uma árvore velha só conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, essa bússola não aponta para norte algum e todo barco que navega nessa mar nada misericordioso terminará à deriva ou naufragando.

3.2.3) Eis no que dá uma ordem sem sentido - ela não será como uma arca de Noé, capaz de sobreviver ao dilúvio espiritual que virá quando tudo o que decorrer do modernismo começar a ser exterminado, ao negar Cristo sistematicamente.

4.1) O Cristianismo jamais será uma ibirapuera. Ele torna nova todas as coisas velhas. Se você botar um renovo de planta numa floresta de ibirapueras, toda a floresta se renovará.

4.2) Ela não será renovada por magia, mas por milagre, sobretudo fundado na missão de servir a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique. E esse império não perecerá, pois se funda naquilo que é capaz de renovar as coisas velhas, visto que é um império de cultura, não de domínio, onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de outubro de 2019.

Notas sobre as quatro camadas da mente humana: a mente pagã, a mente cristã, a mente liberal e a mente totalitária

1) A mente do pagão, que nunca conheceu a Cristo, é própria do homem enquanto animal que erra. Uma vez que ele conheceu o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, ele passa a viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, posto que se revestiu de Cristo, o segundo Adão.
 
2) O homem que enxerga a ordem fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro homem como uma prisão é um homem que busca liberdade conservando o que é conveniente e dissociado da verdade. Ele é um louco - ele perdeu tudo exceto a razão de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, cujo fundamento se dá na vaidade, uma vez que ele é rico no amor de si até o desprezo de Deus e da missão que recebemos em Ourique. Eis a mente libertária e conservantista, indevidamente chamada de "liberal-conservadora".

3.1) O herdeiro dessa ordem tende a ver progresso nessa loucura - ele enxerga a sociedade liberal como uma prisão e busca criar uma ordem que espelha o homem como animal que mente em toda a sua plenitude. 
 
3.2) O homem como animal que mente é feio como o diabo - se o diabo gosta do que é feio e disforme, então isso vai se refletir na arquitetura de seus prédios públicos, uma vez que o belo passou a ser uma questão de foro privado, cujo gosto não se discute.

4.1) Marx dizia que o sólido se desmancha no ar. O sólido é o Cristo, o líqüido é o liberal e o gasoso, o que se desmancha no ar por meio da evaporação, é o comunismo, onde a anarquia impera. 

4.2) Se você enxergar as camadas pelas quais se molda a mente revolucionária, que imagina comunidades fundadas na riqueza de seu amor próprio até o desprezo de Deus, então você será capaz de desmontá-las em etapas, restaurando o curso da missão de servir a Cristo em terras distantes.

4.3.1) Através do estudo metódico do passado e da ortografia dos escritos das épocas pretéritas por meio da paleografia, seremos capazes de restaurar o que se perdeu para a mentalidade revolucionária. Evidentemente, nem tudo dá para ser recuperado, dado que certos registros fundamentais para se compreender uma determinada época foram perdidos.

4.3.2) O conservadorismo necessita de um certo trabalho arqueológico no campo histórico e de muita catequese no sentido de se eliminar o espírito moderno, neopagão, que norteia a produção de cultura e tecnologia do nosso tempo.

4.3.3) Se nossa razão de ser se funda na missão de servir a Cristo em terras distantes, então o verdadeiro senso de ser livre em Cristo, por Cristo e para a Cristo é conservar a dor do cordeiro imolado que deu sua vida para nos salvar do pecado. Se Cristo estiver em nós, deixaremos de ser animais que erram e não viraremos animais que mentem sistematicamente. Eis aí verdadeira tradição primordial (o mitologema) que norteia o nosso senso de tomar o país como um lar em Cristo, a ponto de irmos todos para a pátria definitiva, que se dá no Céu (nacionidade).
 
José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de outubro de 2019.

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Notas sobre esta ordem gnóstica, fundada no conhecimento oculto e mágico que aprisiona o Brasil nessa ordem imaginada por Bonifácio, indevidamente chamada de livre e independente

1) Estou começando a achar que esses caras da Nova República devem recorrer a algum saber mágico e oculto, pois o messianismo político vem sendo reavivado a cada nova eleição.

2.1) Eles estão querendo controlar algo que é sobrenatural, de modo que tudo esteja no Estado e nada possa estar fora dele ou contra ele. E creio que este deve ser o conhecimento que nos aprisiona nesta falsa comunidade, imaginada por Bonifácio, de modo a negar o propósito para o qual fomos criados, em Ourique.

2.2.1) Se o sebastianismo é um fenômeno sobrenatural, então eles estão tentando buscar uma forma de controlá-lo a seu favor.

2.2.2) A mera psicologia das massas não é o bastante - por isso, devem recorrer à magia. O uso da magia pede o conhecimento dos símbolos e dos contextos. Como a maçonaria promove a migração de símbolos, então isso cria liberdade com fins vazios, pois esses símbolos serão pervertidos. E a isso misturam com o marketing político e a propaganda - o que fomenta má consciência, desinformação e relativismo moral.

3.1) Como magia é uma tentativa humana de manipular fenômenos divinos e sobrenaturais, então ela se funda numa consciência fundada no homem enquanto animal que mente em nome da verdade, rico no amor de si até o desprezo de Deus e da missão que recebemos em Ourique.

3.2) Trata-se de um estado de consciência revolucionário, a ponto de fomentar uma cultura revolucionária. Por isso, é perfeitamente cabível guerra cultural no sentido de se acabar com essa cultura a serviço da política, já que magia é um fenômeno cultural.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de outubro de 2019.

Notas sobre o sebastianismo na República Brasileira - o carisma do presidente é construído através de muita propaganda e magia

1.1) Servir a Cristo em terras distantes, de modo que o Santo Nome do Senhor seja publicado entre as nações mais estranhas, implica ser dependente de maneira permanente da Divina Providência, a ponto de se santificar através do trabalho, nem que seja extraindo pau-brasil.

1.2) Se você for humilde, você pode correr o risco de ser elevado a primeiro cidadão do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, a ser soberano desse império criado para Cristo e ser vassalo do Rei dos Reis.

1.3) Se você é vassalo de Cristo, se você é senhor dos senhores sendo o servo dos servos de Cristo, então esse carisma não é construído, mas revelado, pois você se torna a pessoa desejada para colocar o mundo português numa era de ouro que durará até o fim dos tempos, até a segunda vinda de Cristo, quando Ele reclamará de vez o trono para reinar para sempre entre nós. Eis a essência do sebastianismo.

2.1) Weber dizia que o carisma pode ser construído.

2.2) Se o messianismo que gravita em torno da mítica figura de D. Sebastião é um fenômeno de todo lugar que foi povoado para servir a Cristo em terras distantes - fenômeno sobrenatural e que não foi inventado -, então os promotores da cultura de que tudo deve estar no Estado, a ponto de nada estar fora dele ou contra ele, surfam nessa onda de tal maneira a manipular essa força a seu favor. E nesse ponto a propaganda política assume um aspecto mágico, já que estão tentando manipular uma fenomenologia sobrenatural para poder controlar a sociedade de maneira totalitária.

3.1) Os comunistas, os totalitários, não descartam as forças simbólicas que explicam toda essa fenomenologia sobrenatural que nos rege, uma vez que fomos marcados pelo sinal da Santa Cruz.

3.2) Eles se valerão dela para nos controlar - e nesse ponto uma figura qualquer, como um Lula da vida, pode encarnar um D. Sebastião, com a propaganda adequada.

3.3) Vargas, Lula, Aécio, Collor, Dilma, Bolsonaro e Tancredo - todos eles foram revestidos dessa (aparente) aura mítica.

3.4) Se o conhecimento liberta, então devemos achar uma forma de impedir que manipulem esse fenômeno através da propaganda e da magia. E não conheço outra forma que não eliminar da cultura política o senso de que o poder estar acima da sociedade, concepção essa que remonta a Maquiavel e que nos levou ao centralismo, esse mal que nos domina desde 1822.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de outubro de 2019.