Haroldo Monteiro:
1) A monarquia já é o inicio da queda e não um marco de conquista civilizacional.
2) O fim do governo dos santos, dos virtuosos e dos nobres sempre coincide com inicio de uma monarquia e essa culmina desastrosamente em uma democracia quando inevitavelmente a oligarquia triunfante manda cortar a cabeça real assumindo o domínio de um corpo sem cabeça que agora, desde o oculto será, até a emersão de um Cesarocrata, governado por farsantes e mandaretes de um poder real que se esconde atrás da falsa afirmativa de que o poder emana do povo.
José Octavio Dettmann:
1) Não seria a tirania, a forma pervertida da monarquia, o início da queda civilizacional de uma nação inteira? É sempre quando há tirania que os regimes descambam nessas loucuras que decorrem da Revolução Francesa.
2) Se a monarquia não se fundar no altíssimo, ela tende a ter a um fim em si mesma, a ponto de fazer do homem a medida de todas as coisas. E aí ela já descamba na sua forma pervertida, a tirania
Haroldo Monteiro:
1) A monarquia é, na verdade, o crepúsculo e não a aurora de um civilização. É só observarmos a história de Israel e a história cristã para verificarmos isso.
2) O fato de todas as monarquias declinarem e dar início a um processo de ascensão de uma oligarquia triunfante depõe a respeito do fato de que a monarquia é a conseqüência da perda de substância espiritual, como se fosse aquele momento o ponto final de um movimento que se fazia por pura inércia, sem uma vitalidade movente interna. É diferente dos tipos de governo em que o poder político gravitava em torno de uma autoridade espiritual bem consolidada, como a dos governantes santos, virtuosos e nobres.
3.1) Se entendermos um processo histórico civilizacional como se fossem fases formando um ciclo de ascendência e descendência no que concerne a formação do poder social em sua unidade, então verificamos, nas mais diversas civilizações, fases bem distintas da formação do poder político no qual a monarquia se apresentará como uma forma conseqüente desse desenvolvimento. Ela em si não é a forma que dá unidade espiritual ao ciclo, mas uma forma que sempre se apresenta no inicio do processo de descendência do ciclo.
3.2) As fases mais conectadas a Deus são as que correspondem as fases teocráticas. Ela se inicia com a figura mística de um iluminado, tal como se deu em Israel com Moisés, no islã com Maomé, no Cristianismo com o próprio Cristo, em Rama entre os árias etc.
1) A monarquia já é o inicio da queda e não um marco de conquista civilizacional.
2) O fim do governo dos santos, dos virtuosos e dos nobres sempre coincide com inicio de uma monarquia e essa culmina desastrosamente em uma democracia quando inevitavelmente a oligarquia triunfante manda cortar a cabeça real assumindo o domínio de um corpo sem cabeça que agora, desde o oculto será, até a emersão de um Cesarocrata, governado por farsantes e mandaretes de um poder real que se esconde atrás da falsa afirmativa de que o poder emana do povo.
José Octavio Dettmann:
1) Não seria a tirania, a forma pervertida da monarquia, o início da queda civilizacional de uma nação inteira? É sempre quando há tirania que os regimes descambam nessas loucuras que decorrem da Revolução Francesa.
2) Se a monarquia não se fundar no altíssimo, ela tende a ter a um fim em si mesma, a ponto de fazer do homem a medida de todas as coisas. E aí ela já descamba na sua forma pervertida, a tirania
Haroldo Monteiro:
1) A monarquia é, na verdade, o crepúsculo e não a aurora de um civilização. É só observarmos a história de Israel e a história cristã para verificarmos isso.
2) O fato de todas as monarquias declinarem e dar início a um processo de ascensão de uma oligarquia triunfante depõe a respeito do fato de que a monarquia é a conseqüência da perda de substância espiritual, como se fosse aquele momento o ponto final de um movimento que se fazia por pura inércia, sem uma vitalidade movente interna. É diferente dos tipos de governo em que o poder político gravitava em torno de uma autoridade espiritual bem consolidada, como a dos governantes santos, virtuosos e nobres.
3.1) Se entendermos um processo histórico civilizacional como se fossem fases formando um ciclo de ascendência e descendência no que concerne a formação do poder social em sua unidade, então verificamos, nas mais diversas civilizações, fases bem distintas da formação do poder político no qual a monarquia se apresentará como uma forma conseqüente desse desenvolvimento. Ela em si não é a forma que dá unidade espiritual ao ciclo, mas uma forma que sempre se apresenta no inicio do processo de descendência do ciclo.
3.2) As fases mais conectadas a Deus são as que correspondem as fases teocráticas. Ela se inicia com a figura mística de um iluminado, tal como se deu em Israel com Moisés, no islã com Maomé, no Cristianismo com o próprio Cristo, em Rama entre os árias etc.
3.3) A segunda fase do período teocrático começa com a morte dos primeiros homens iluminados. E é neste ponto que entramos na fase do governo dos homens virtuosos, onde um grupo de discípulos mais próximos receberam daqueles a essência mesma do poder que seus fundadores iniciaram. Em Israel temos Josué e os juízes; no cristianismo, com os apóstolos etc. É a chamada fase aretocrática, pois vem de de areté (virtude)
José Octavio Dettmann: Eu discordo. E digo o porquê:
1) A Idade Média foi a época em que os homens mais cooperaram com Deus. A monarquia era o regime da maioria dos povos da Cristandade. Se houve crepúsculo, então isso se deu a partir da Renascença e com a retomada do neopaganismo.
2) Esse neopaganismo certamente retirou todo o transcendente do regime, a ponto de decair numa monarquia imanente, como podemos ver nas monarquias liberais. No caso do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, o germe revolucionário veio de fora para dentro, pois Portugal conservou o dogma da fé, como bem disse Nossa Senhora, em Fátima. Digo isso por conta da invasão da França a Portugal, bem como por conta da penetração das idéias da maçonaria no seio da sociedade, nos mesmos moldes do gramscismo.
3) Há uma tese do Joathas Bello, que tive a liberdade de reproduzir em meu blog, que aponta que a ciência moderna nasceu do casamento do pensamento cristão com o islâmico, a tal ponto que a fé começou a ser substituída pela razão, que passou a ser tomada como se fosse uma espécie de religião. Essa ciência moderna tornou-se o sistema de crença dessa nova religião, a ponto de haver uma tecnocracia, pois a administração do Estado tomado como se fosse religião tornou-se uma ciência, a ponto de estar sempre a serviço das ideologias dominantes.
4) Acredito que deva ser por conta dessa penetração da filosofia islâmica que ela começou a perverter tudo, desde o regime até a alta cultura. Esta é a fumaça de Satanás. á há quem fale nesse negócio de Crislã, de Cristo submetido a Maomé.
5.1) Enfim, Haroldo, o problema dessa sua explicação é que ela se resume a uma só causa, pois faz da degeneração da monarquia método geométrico, a ponto de desaguar num determinismo ou fatalismo histórico (isto está na Teoria Geral dos Descobrimentos Portugueses).
5.2) Jaime Cortesão, citando John Stuart Mill, nos alerta acerca dessas explicações que reduzem tudo a uma única causa. Deve haver muitas outras causas concorrentes, como a questão da ciência moderna ou mesmo a retomada do neopaganismo - e isso não pode ser desprezado.
5.3) Só aí é que você explica a perversão da monarquia em tirania - e da tirania vem a democracia moderna, que prepara o caminho para o cesarismo. Em si, sem essas forças concorrentes, a monarquia continua sendo virtuosa, pois Aristóteles falou que ela é uma forma virtuosa de governo, pois serve a Deus.
José Octavio Dettmann: que livros você andou lendo sobre isso?
Haroldo Monteiro:
1) Trata-se de uma composição tendo por parte algumas fontes, porém todas elas articuladas em torno da teoria do ciclo cultural do Mário Ferreira dos Santos. O texto matriz dessa idéia está nos seus "Aspectos dos ciclos culturais".
2) É incrível como pelo menos a fase da hierocracia, aretocratica e aristocracia oriunda de aristo (dos melhores) existem em todas as civilizações, até onde eu pude verificar. Na monocracia, que é a ascensão de um monarca, começa o afastamento de todos aqueles que compunham o núcleo dos poderes anteriores. Na monarquia, por um vicio inexorável dessa mesma, ocorre a revolução oligárquica da qual o soberano monarca era um dos melhores.
Facebook, 27 de julho de 2018 (data da reprodução do diálogo neste blog).
https://web.facebook.com/harolalm/posts/2280896701935600
Postagens relacionadas:
http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2018/07/notas-sobre-o-perigo-de-se-estudar-o.html
http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2018/07/notas-sobre-o-perigo-de-se-estudar-o.html
http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2018/07/a-ciencia-moderna-nasceu-do-casamento.html
José Octavio Dettmann: Eu discordo. E digo o porquê:
1) A Idade Média foi a época em que os homens mais cooperaram com Deus. A monarquia era o regime da maioria dos povos da Cristandade. Se houve crepúsculo, então isso se deu a partir da Renascença e com a retomada do neopaganismo.
2) Esse neopaganismo certamente retirou todo o transcendente do regime, a ponto de decair numa monarquia imanente, como podemos ver nas monarquias liberais. No caso do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, o germe revolucionário veio de fora para dentro, pois Portugal conservou o dogma da fé, como bem disse Nossa Senhora, em Fátima. Digo isso por conta da invasão da França a Portugal, bem como por conta da penetração das idéias da maçonaria no seio da sociedade, nos mesmos moldes do gramscismo.
3) Há uma tese do Joathas Bello, que tive a liberdade de reproduzir em meu blog, que aponta que a ciência moderna nasceu do casamento do pensamento cristão com o islâmico, a tal ponto que a fé começou a ser substituída pela razão, que passou a ser tomada como se fosse uma espécie de religião. Essa ciência moderna tornou-se o sistema de crença dessa nova religião, a ponto de haver uma tecnocracia, pois a administração do Estado tomado como se fosse religião tornou-se uma ciência, a ponto de estar sempre a serviço das ideologias dominantes.
4) Acredito que deva ser por conta dessa penetração da filosofia islâmica que ela começou a perverter tudo, desde o regime até a alta cultura. Esta é a fumaça de Satanás. á há quem fale nesse negócio de Crislã, de Cristo submetido a Maomé.
5.1) Enfim, Haroldo, o problema dessa sua explicação é que ela se resume a uma só causa, pois faz da degeneração da monarquia método geométrico, a ponto de desaguar num determinismo ou fatalismo histórico (isto está na Teoria Geral dos Descobrimentos Portugueses).
5.2) Jaime Cortesão, citando John Stuart Mill, nos alerta acerca dessas explicações que reduzem tudo a uma única causa. Deve haver muitas outras causas concorrentes, como a questão da ciência moderna ou mesmo a retomada do neopaganismo - e isso não pode ser desprezado.
5.3) Só aí é que você explica a perversão da monarquia em tirania - e da tirania vem a democracia moderna, que prepara o caminho para o cesarismo. Em si, sem essas forças concorrentes, a monarquia continua sendo virtuosa, pois Aristóteles falou que ela é uma forma virtuosa de governo, pois serve a Deus.
José Octavio Dettmann: que livros você andou lendo sobre isso?
Haroldo Monteiro:
1) Trata-se de uma composição tendo por parte algumas fontes, porém todas elas articuladas em torno da teoria do ciclo cultural do Mário Ferreira dos Santos. O texto matriz dessa idéia está nos seus "Aspectos dos ciclos culturais".
2) É incrível como pelo menos a fase da hierocracia, aretocratica e aristocracia oriunda de aristo (dos melhores) existem em todas as civilizações, até onde eu pude verificar. Na monocracia, que é a ascensão de um monarca, começa o afastamento de todos aqueles que compunham o núcleo dos poderes anteriores. Na monarquia, por um vicio inexorável dessa mesma, ocorre a revolução oligárquica da qual o soberano monarca era um dos melhores.
Facebook, 27 de julho de 2018 (data da reprodução do diálogo neste blog).
https://web.facebook.com/harolalm/posts/2280896701935600
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