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quinta-feira, 5 de julho de 2018

Primeiras impressões do blog do General Paulo Chagas

1) Foi-me enviado, para uma análise geral, o blog do General Paulo Chagas.

2) Pelo que pude perceber, trata-se de um blog que cobre muito bem a realidade política nacional e a realidade política local, do Distrito Federal.

3) Para se governar muito bem uma localidade, é preciso que se analise muito bem a realidade política das Câmaras Municipais e das Assembléias Legislativas. Muito do que sai nos jornais decorre de alguma medida vinda do Executivo ou do Legislativo Local.

4) O Prefeito César Maia, aqui no Rio de Janeiro, notabilizou-se por ter um blog que cobria e analisava a política local e os efeitos da política nacional sobre a cidade do Rio de Janeiro. Aqui no Rio, o fato de ser blogueiro não lhe pegou bem, visto que muitos aspectos da administração municipal foram negligenciados, fora que lançava muito factóides, muita desinformação com o intuito de assassinar a reputação dos adversários e desafetos, o que é fora da ética. No caso do General Paulo Chagas, ele faz uma análise séria acerca da situação política de sua localidade, o que denota que é um homem público sério e íntegro. E na mão de um homem público e íntegro, a dignidade da profissão de blogueiro será restaurada.

5) Em tempos em que não existem historiadores que escrevam sobre a História Política dos entes federativos como São Paulo, Rio de Janeiro ou mesmo o Distrito Federal, vermos iniciativas como essa acabam servindo de base para a restauração da publicação de livros de História Política dessa natureza tal como havia no passado, uma vez que isso favorece o processo de se tomar uma determinada localidade como um lar em Cristo, o que faz com que o país como um todo seja tomado como um lar da mesma maneira e numa escala maior, macroscópica - e isso observa o princípio da subsidiaridade, o que aponta para a conformidade com o Todo que vem de Deus.

6) Eis a cosneqüência de haver blogs como o dele sobre atualidades políticas. Isso precisa se tornar paradigma, quando o assunto é avaliar a ação de um determinado político, seja no Congresso Nacional, seja numa Assembléia Legislativa ou mesmo numa Câmara Municipal.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 5 de julho de 2018.

A multidões e o Julgamento de Lula - comentários a uma postagem do blog do General Paulo Chagas

1) O General Paulo Chagas comenta em sua postagem "As multidões e o julgamento de Lula" exatamente o que o Lula é: um falsário, um engambelador, um sujeito que desdenhou das instituições democráticas e todas as virtudes republicanas, no sentido romano do termo. Neste ponto, a análise dele está corretíssima. Ele é a personificação daquilo que Hambloch fala no livro Sua Majestade, O Presidente do Brasil: um autocrata, um tirano.

2.1) O único parêntese que pode ser feito aqui é que esta República, fundada pelos maçons, não tem virtude nenhuma, em relação àquela que foi fundada em Roma, com o ideal de que nenhum homem deve ter poder sobre outro homem.

2.2) A filosofia da República aqui é tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele, indo de forma contrária àquilo que se fundou em Ourique, que é servir a Cristo em terras distantes.

2.3) Obviamente, esse serviço deve ser livre a ponto de os indivíduos buscarem a aperfeiçoar a sua vocação de tal maneira que uns sirvam aos outros a ponto de verem constantemente a figura de Cristo necessitado, a ponto de amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. O fundamento do serviço livre é a verdade e não conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 5 de julho de 2018.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

O exemplo do filho pródigo se aplica bem ao Brasil secedido de Portugal

1) Quando americano me pede um favor, é sinal de que vou morrer numa grana. Eles acham que tenho cara de rico. Posso ser um bogaty, um agraciado por Deus, mas isso não se deu na forma de ouro e prata.

2) Melhor é quando um católico me pede um favor: que eu reze por ele, seja para conseguir um emprego de modo que a poder colaborar comigo ou por uma outra razão qualquer. Esse tipo de favor não é difícil de ser conseguido de mim e é até mais simpático do que ficar me pedindo para comprar alguma coisa para aquela pessoa que nunca me prestou serviço algum.

3.1) Como diz o Seu Madruga, dar estimula as pessoas a vadiar. Se tiver que dar, que seja por merecimento.

3.2) Quando peço sua colaboração, eu não peço por pedir - eu dou duro aqui no face e no meu blog todo dia. Faço o melhor que posso para escrever bons textos. Num país sério, eu seria muito bem pago. Só aqui, por conta de desprezarem o verdadeiro saber, que não tenho o devido valor. Triste é a civilização que trata seus grandes nomes como verdadeiros mendigos!

4.1) Eis a desgraça do 7 de setembro: o amor de si até o desprezo de Deus, a ponto de buscar a grandeza por si. E isso tem que acabar - o Brasil precisa voltar para a casa do Pai e para aquilo que se fundou em Ourique!

4.2) Nunca a história do filho pródigo foi tão atual, tal como tem sido desde o 7 de setembro de 1822. As pedras falam e tem sido assim desde então.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 4 de julho de 2018.

Nunca me digam feliz dia 7 de setembro

_ Hi José! Happy July, 4th!

_ Many thanks for the compliment, but I am not american! I am brazilian!

1) Espero que não me digam "feliz 7 de setembro". Foi neste dia que aquele infame príncipe-regente secedeu o Brasil de Portugal, a ponto de nos desligar daquilo que se edificou em Ourique.

2) Se tiverem que me cumprimentar, que me cumprimentem da seguinte forma: "Bendito seja o Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos mandou servir a Ele nestas terras distantes! Feliz dia em que Ele nos deu esta missão, em Ourique". E eu respondo: "Glória a Deus, a Nosso Senhor Jesus Cristo e ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves! Que isso dure pelos séculos dos séculos! Que assim seja!"

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 4 de julho de 2018.

sábado, 30 de junho de 2018

Comentários ao prefácio do Livro Sua Majestade, O Presidente do Brasil

Existe um traço comum no Direito Constitucional das repúblicas do continente da América, a saber: a autocracia do Chefe de Estado. Na verdade, a característica essencial de todas as cartas de liberdade republicanas é que elas concedem licença de corso (letters of marque) ao Presidente da República.

É verdade que os efeitos imediatamente aparentes desse princípio não são os mesmos em todos os casos, enquanto as condições resultantes são muitas vezes profundamente modificadas por uma variedade de circunstâncias peculiares a cada povo - por tradição, influências éticas e acidentes geográficos e geológicos. Mas, no seu último e constante efeito, este princípio produz reações sociais e políticas que são fundamentalmente as mesmas em todas as nações sob tal sistema de governo. Quaisquer diferenças na reação, não importa quão ostensivas, são diferenças de grau, não de espécie.

As páginas que se seguem constituem uma tentativa de examinar alguns aspectos da operação do regime presidencial na sua influência direta sobre a vida social e econômica, com referência especial ao Brasil.

As comunidades latino-americana são sofredoras crônicas das chamadas revoltas, movimentos revolucionários, movimentos armados, assim como de instabilidade financeira. Mas estes são apenas sintomas. Minha finalidade foi diagnosticar, descobrir sua causa fundamental e relatar seus desastrosos efeitos.

Ernest Hambloch

Rio de Janeiro, 1934.

1) Certa ocasião, eu havia falado que o conservantismo se assemelha à lógica paraconsistente, que tolera o erro a ponto de relativizar a verdade, a ponto de não se punir mais a mentira, já que não se opor ao erro é aprová-lo. Quanto maior o grau de tolerância com a mentira, com o que é conservado conveniente e dissociado da verdade, mais à esquerda do Pai fica um determinado povo, a ponto de sofrer a danação eterna, tal como está a ocorrer com a Argentina e a Irlanda, que aprovaram o assassinato de bebês que ainda se encontram no ventre materno como um direito.

2) Se o regime é revolucionário e a constituição é uma carta de marca, então é preciso que se elimine esse regime pernicioso, a República Presidencialista e Parlamentarista, do seio de nosso continente, já que escrever uma nova constituição é renovar o caráter revolucionário desse conservantismo odioso, dado que ele interrompe a reação imediata ao mal, a ponto de se limparem na própria sujeira. Se somarmos todas as seis constituições republicanas que já tivemos aqui no Brasil, foram mais de 130 anos de estrago contínuo, já que conseguiram interromper a reação contra o mal por 6 vezes, a ponto de contorná-lo.

3.1) E as reações tendem a ser desconexas umas com as outras, uma vez que as pessoas não têm a dimensão histórica do mal contínuo, já que pensam que cada constituição é uma nova república, embora os vícios sejam antigos e permanentes.

3.2) Eis a razão pela qual o positivismo acaba sendo útil ao comunismo: ele castra a imaginação do povo, a ponto de não verem conexão entre um fato acontecido num passado remoto e um fato recente. E isso faz com que a reação seja sintomática, específica, já que não conseguem ver uma reação geral contra toda essa ordem de coisas. E isso se torna particularmente mais grave porque modificam as regras da língua a cada geração, a ponto de inviabilizar o diálogo entre as gerações e a própria preservação da memória.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de junho de 2018 (data da postagem original). 

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sexta-feira, 29 de junho de 2018

O empreendimento começou com o pé direito

1) Em menos de 24 horas, veio-me o primeiro interessado: meu bom amigo Felipe Marcellino. Ele me perguntou se eu tenho o livro das Categorias de interpretação de Aristóteles disponível em formato digital. Disse-lhe que não, mas que certamente eu veria esse livro depois.

2) O Felipe havia me mandado as fotos do livro: trata-se de uma tradução feita por Silvestre Pinheiro Ferreira em 1814, quando ele estava no Brasil. Ele era ministro do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - e ele era ministro dos negócios estrangeiros.

3) Fui pesquisar na Wikipedia e vi que o homem era mesmo fora de série - e muito católico. Assim que o livro chegar, vou iniciar a digitalização, tão logo eu possa.

4) Tão logo eu possa, verei outros livros desse autor. Vi muita coisa que é do meu interesse mesmo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de junho de 2018.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Silvestre_Pinheiro_Ferreira

Postagem relacionada:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2018/06/do-colecionismo-de-livros-notas-sobre.html

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Notas sobre o problema dos termopólios na sociedade greco-romana

1) É preciso ter um pouco de imaginação moral de modo a se compreender a questão do distributivismo. E isso só se faz estudando o mundo Greco-Romano, antes do advento da Cristandade.

2) Nessas sociedades, havia o termopólio. Os pobres não tinham cozinha em suas casas. E não ter cozinha em casa gera luta de classes, conflito sistemático de interesses qualificado pela pretensão resistida (secessio plebis). Matéria de ordem pública.

3.1) Historicamente, os romanos sempre foram pragmáticos. A solução adotada foi criar termopólios, os predecessores dos restaurantes.

3.2) Os pobres recebiam sua ração diária de grãos vinda do Egito e faziam a comida nos termopólios. Esses restaurantes tinham ofertório para o deus do comércio (Mercúrio) e para Baco (o deus do vinho). Havia quartos também, onde os viajantes podiam dormir.

3.3) Em muitos casos, esses termopólios eram lugares de prostituição. Como eram lugares de encontro da classe marginalizada, a atividade mercantil corria solta. Isso era interessante para a manutenção do poder, já que dinheiro não tinha cheiro, mas não era uma solução justa, que agradava a Deus.

4) A solução justa veio da conversão dos romanos ao cristianismo. Como justiça implica concórdia entre as classes, a solução foi criar uma cultura onde todas as casas, sejam de ricos e pobres, tenham cozinha, pois é na cozinha que costumamos encontrar a família reunida.

5.1) Engana-se quem pensa que o problema seja a desigualdade. O problema está na concentração dos poderes de usar, gozar e dispor dos bens da vida em poucas mãos.

5.2.1) A desigualdade de dons é algo que está nos planos de Deus - há gente que sabe escrever, gente que sabe pintar, gente que sabe construir casas - as pessoas precisam confiar umas nas outras de modo que possam progredir juntas.

5.2.2) Essa desigualdade nunca vai acabar - o que precisa ser coibido é a concentração dos poderes de usar, gozar e dispor em poucas mãos, a ponto de inviabilizar a liberdade do mais pobre, para que ele não seja sujeito de arbítrio do mais rico.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de junho de 2018 (data da postagem original).