1.1) Quando uma nação como a Espanha vai aos mares em busca de si mesma, a conseqüência mais funesta é haver um risco maior de naufrágio.
1.2) Se fosse como Portugal, que foi aos mares servindo a Cristo em terras distantes, a vítima de naufrágio terminaria derramando seu sangue ou se afogando por Cristo, a tal ponto que se tornaria um mártir, por morrer por uma causa santa, que faz o país ser tomado n'Ele, por Ele e para Ele.
2.2) A vã cobiça - fundada numa pretensa vã glória que faz o país ser tomado como se fosse religião, em que o rei tende a se tornar corpo temporal e espiritual da nação, rompendo com a idéia da vassalagem que deve ser dada a Cristo, o autor da soberania, por ser o Rei dos Reis - se converte numa luta pela sobrevivência, dado que o mar e a terra que eventualmente abriga o náufrago se tornam um vale de lágrimas, um lugar de sobrevivência, onde os eleitos tendem a valer mais que os condenados. E na sobrevivência o homem se torna lobo de seu próprio próprio semelhante.
3.1) Por essa razão as idéias dos náufragos devem ser pautadas na missão de servir a Cristo em terras distantes e não amor de si até o desprezo de Deus.
3.2) Quando o náufrago sobrevive, Deus deve ser louvado. E a terra que eventualmente abriga os náufragos deve ser tomada como um lar e depois comunicada à terra-mãe de modo a ser tomada como província.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 2017 (data da postagem original).