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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

A verdade sobre os desfiles de independência, nas nossas atuais circunstâncias

1) Há quem diga que o desfile de independência é para despertar o civismo.

2) Ora, o verdadeiro civismo está na Aliança do Altar com o Trono, edificada em Ourique. Fora disso, o 7 de setembro não passa de um "carnaval em versão fardada". Afinal, esse bundalelê chamado República não foi obra dos milicos?

3) Isso sem contar que há historiadores que estão comprovando que o 7 de setembro foi data fabricada - alguns estão mostrando que a verdadeira independência se deu no ato de aclamação do então Príncipe-Regente D. Pedro a Imperador do Brasil, coisa que se deu a 12 de outubro de 1822, que é também o dia de Nossa Senhora de Aparecida. E isso tem muito mais fundamento para se tomar o país como se fosse um lar em Cristo, na conformidade com o Todo que vem de Deus, do que a presente data.

4) Certa ocasião eu falei que secessões, juridicamente falando, não se fazem com gritos do Ipiranga. A maior prova de secessão está na aclamação de uma autoridade legítima a Rei ou Imperador - e é isso o que realmente conta.

5) Enquanto comemorarem ufanismos, feriados fakes que são verdadeiros bezerros de ouro, este país será tomado como se fosse religião - e quem é conforme o Todo disso não será nada na vida, a não ser um apátrida, já que estamos desligados do Céu, por força de observarmos aquilo que decorreu de Ourique - e por conta disso, nada de bom florescerá, enquanto isto não for restaurado. E o Inferno está reservado a quem se mantém neutro em tempos de crise - no caso da República, em tempos de crise permanente, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade.

6) É por isso que trabalho feito louco para conscientizar as pessoas a respeito do que está em jogo - se eu não o fizer, as pedras falarão.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de setembro de 2016.

Análise comparada de The Guild 2 x Patrician 2: Quest for Power

The Guild 2 x Patrician 2: Quest for Power

1) Embora tratem do mesmo tema, o renascimento comercial das cidades ao longo dos anos de 1400 a 1600, há também diferenças entre estes dois jogos: o The Guild 2 foca mais as relações sociais - e neste ponto, lembra o The Sims; já o Patrician 2: Quest for Power lembra mais o Sim City e o Capitalism Plus.

2) Os dois jogos são bons. Para quem queira fazer uma análise comparada das coisas, este é um bom exercício a se fazer.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de setembro de 2016.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Outros efeitos da indústria acadêmica: o retorno à barbárie dos antigos

1) Dano permanente, indenização permanente. Se há a indenização permanente, é porque há uma dívida permanente. E o homicídio entra neste drama.

2) Uma dívida permanente é algo impagável - nenhum dinheiro do mundo restituirá o que é devido por conta de se subtrair uma vida humana do convívio de seus semelhantes. Mais grave ainda é quando esta pessoa é jovem, ainda em vias de formar uma família: todos os que poderiam decorrer dessa pessoa terão seu direito de nascer negado, o que agrava ainda mais o problema.

3) Na Roma Antiga, a dívida era um direito real - a relação social por conta dessa obrigação era permanente. Quando ficava impagável, o devedor virava escravo e podia ser tratado como se fosse coisa. Como o corpo na época era visto como propriedade, então o proprietário do corpo alheio podia destruir esse corpo - e ele cortava o devedor em tantos pedaços quantos fossem os credores.

4.1) Enfim, para aqueles que buscam a solução construída no patrimonialismo, no amor ao dinheiro, isso aí é retornar à barbárie.

3.2) Melhor mesmo que o criminoso vivesse o resto da vida em penitência, pagando pelo seu pecado e viesse a ajudar a família da vítima com o seu trabalho. Não só a família, mas a comunidade onde terá seu domicílio necessário. Mas como moramos numa sociedade descristianizada, essa questão da humanização das penas e da reparação dos danos, coisa que pede uma penitenciária, perdeu completamente seu sentido, a tal ponto que cadeias viraram depósito de lixo, de lixo humano.

4) Enfim, esse argumento de cadeia não resolve é furada. O que faz com que as coisas percam seu sentido é buscar viver a vida tendo a verdade que quiser: isso leva a conflitos - como isso é antijurídico, isso leva ao crime. Não é à toa que buscar a liberdade fora da liberdade em Cristo é um verdadeiro crime.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de setembro de 2016.

Efeitos da indústria acadêmica no Brasil: a indústria das indenizações e o estímulo à cultura do conflito, do dissídio

1) 50 mil advogados são formados todos os anos no Brasil, num contexto em que morrem 70 mil pessoas por ano. Ou seja, todo advogado recém-formado vai pegar um homicídio. Como é mal formado, não será um bom assistente de modo a fazer o criminoso restituir em dinheiro indenizado aquilo que destruiu: a vida de alguém.

2) Se já não bastasse a indústria das indenizações, há ainda a indústria das indenizações que decorrem de danos permanentes, decorrentes de crimes permanentes, estigmatizantes. Crimes de homicídio pedem advogados com sensibilidade humanística, de modo a defender os interesses da família da vítima - e esses recém-formados, esses jumentos fabricados numa indústria acadêmica da vida, não têm.

3) Se isso é realidade no micro, imagine no macro: somos 200 milhões de habitantes e há cerca de 100 milhões de processos a serem julgados no país. Praticamente um processo para cada dois habitantes - é como se todo mundo estivesse brigando com todo mundo. De fato há uma guerra civil - e ela está nos tribunais. Eis o que dá a chamada cultura de litigância: ela leva a dizer o direito para o nada, o que edifica liberdade para o nada. É uma desgraça completa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de setembro de 2016.

Atividade governamental não é indústria governamental

1) Toda vez que instalo um software, eles sempre me perguntam qual é o meu ramo de atividade (industry). E atividade governamental é um desses ramos, dentre as opções de escolha.

2) Ninguém no Brasil é idiota a ponto de dizer que o governo é uma indústria, a não ser a República Sindical de Luiz Inácio Lula da Silva, que começou nos sindicatos do ABC - e este é um fato da realidade.

3) Esse industrialismo governamental gerou não só o inchamento dá máquina pública como também criou uma legião de desvalidos no Brasil. Durante os 13 anos de poder, o PT aumentou ainda mais o número de pobres. E pior: empobreceu a todos prometendo combater a pobreza. Foi uma enganação monstruosa.

4) Uma coisa é certa: traduzir "industry" por "indústria", em vez de "ramo de atividade", é demonstrar um desconhecimento tremendo não só da língua inglesa como também da língua portuguesa. É falta de bom senso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de setembro de 2016.

Notas sobre a indústria acadêmica

1) No artigo "Para onde vão as nações e o nacionalismo", de Katherine Verdery, ao longo do texto eu vi esta usar uma expressão tenebrosa: "indústria acadêmica".

2) Na língua inglesa, "industry" pode significar ramo de atividade - e o meio acadêmico é uma dessas especializações. No sentido luso-brasileiro do termo, a tradução mais adequada seria meio acadêmico.

3) Aqui no Brasil, a expressão "indústria acadêmica" seria algo extremamente pejorativo: a maior prova disso é que há fábricas e fábricas de monografias feitas por obrigação - e quem escreve não se dá nem o trabalho de estudar ou pesquisar, fora todo aquele padrão e estilo de linguagem que é uma verdadeira camisa-de-força, feito de tal modo a ser incompreensível e para ficar mofando numa prateleira de biblioteca. Não é à toa que só no Direito saem 50 mil novos diplomados, muitos dos quais verdadeiros jumentos.

4) Enfim, indústria acadêmica é isso: fábrica de diplomas. É como imprimir dinheiro sem lastro - no final das contas, o papel não terá valor nenhum, pois o meio acadêmico é uma farsa. Se o ensino é uma farsa, então o diploma é um atestado assinado por uma autoridade falsa, que prega coisas fora da lei natural - portanto, ilegítimas, dado que decorre da violação da lei eterna. O problema por que estamos a passar é que essa falsificação é genuína - ela não só é mantida por todos os que pagam impostos como também cria todo o aparato burocrático para compor a estrutura de Estado do Brasil.

5) Se a revolução industrial levou a proletarização da sociedade, então a indústria acadêmica proletariza o conhecimento - e de lá saem hordas de jumentos. A USP é o exemplo mais famoso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de setembro de 2016.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Notas sobre economia enquanto um problema de coordenação

1) A relação entre oferta e demanda é uma relação coordenada. A é produtor, B é o intermediário e C é o consumidor final. A só poderá conhecer a demanda se B conhecer o que C demanda. B pede a A; A produz, B vende e C fica satisfeito. Como a demanda de C era eventual, então houve faturamento em função da incerteza (lucro).

2) Algumas demandas são sazonais - coisa que se dá por força de algum festejo específico, como o carnaval. Para essas coisas, a produção pode ser planejada e se antecipar à demanda.

3) Num mundo marcado por incertezas, quanto mais você conhecer as pessoas, de modo a saber o que elas estão precisando, melhor. Se você não puder fazer aquilo que é pedido diretamente, você precisará de alguém que ame e rejeite as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento e que seja capaz de fazer coisas que a população demande de modo a que você possa servir a seus semelhantes, enquanto intermediário. Dessa forma, o intermediário faz do produtor um colaborador,  uma espécie de sócio. Quanto mais produtores associados a um intermediário comum, maior a cooperação - e a rentabilidade tende a ser maior, pois sócios geralmente recebem partes iguais, pois estão unidos por valores, já que tudo é preparatório para a vida eterna e o trabalho é o meio de santificação. Com isso, há um processo de capitalização moral - e a riqueza é conseqüência desse trabalho, pois é um prêmio, pois quem serviu a seu semelhante merece ser bem recompensado

4) Quando bem aplicado, o cooperativismo se torna uma espécie de distributivismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 5 de setembro de 2016.