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sexta-feira, 10 de junho de 2016

Conselhos a quem for editar as minhas obras

1) Se eu pudesse fundar minha própria escola de gramática, eu ensinaria português nas duas formas: o português tradicional (tal como era usado no Império) e o português simplificado (fundado nas regras da língua em que fui alfabetizado, coisa que se deu no período republicano).

2) Meu conhecimento do português imperial é limitado, mas adoraria ver meus escritos convertidos à forma imperial. Se a forma imperial é a forma da excelência, então aquilo que se fundou na excelência deve ser posto nesta forma de que estou a falar. Eu busquei isso a vida inteira e faço disso meu hábito, enquanto escrevo. Por isso, eu aconselho a quem for fazer as minhas obras completas que publique meu trabalho tanto na forma imperial quanto na regra antiga, anterior ao português do PT.

Notas o trabalho que faço de aproximar palavras do português e do polonês

1) Há quem use uma linguagem empolada. Em nome da sofisticação verbal, acaba servindo formas vazias, voltadas para o nada. E isso acaba destruindo a linguagem, pois ela deixa de servir à verdade, coisa que decorre do Cristo.

2) Eu uso uma linguagem empolacada. Eu aproximo palavras do polonês ao português - além disso, fundamento tudo o que digo porque aproximo tais palavras. Um bom romancista, se tomar por base o trabalho que faço, acaba reinventando a língua, pois incorpora novas nuances à língua portuguesa sem prejudicar seu conteúdo, seu entendimento e a sua plasticidade. 

3) A nação polonesa só tem sentido histórico por conta do fato de ter sido batizada. A nação portuguesa, onde quer que esteja, só tem sentido quando serve a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique. E o diálogo destas formas leva à produção de novas formas, fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus.

É preciso ser tradicional sem ser tradicionalista

1) Consegui estabelecer uma ponte entre o liberalismo, tal como conceituei, e o feudalismo.

2) Essa turma que só enxerga o liberalismo como movimento revolucionário, por não ler as nuances da nossa linguagem, só conserva o que é conveniente e dissociado da verdade. A tradição fundada na liberdade em Cristo tem nuances - e elas só podem ser lidas com base no amor de Cristo pelos homens. É por isso que sou tradicional, pois há uma hermenêutica da continuidade, ante a constante readequação da formas, de modo a atender àquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus, diante dos desafios do tempo: a verdade.

3) Tradicionalismo, coisa que decorre do conservantismo, seria tomar a tradição como se fosse religião da forma, dando a ela um caráter hermético. Isso é um tipo de sola, pois seria fazer uma tábula rasa tal qual Lutero fez. E isso mata a fraternidade universal. Além disso é um novo tipo de donatismo, pois querem nos fazer pensar que a Igreja é só de Santos. Negam a missão salvífica da Igreja, que é a de ser hospital dos pecadores.

4) É por isso que abomino rad trads.

Algo para se pensar

Quando um homem se oferece para ajudar a outro, isso me leva a meditar sobre tal grandeza, sobre tal magnitude fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. Este tipo de coisa é louvável - não é qualquer um que tem a grandeza de fazer esse gesto. Esse tipo de coisa deveria ser comum. Infelizmente, é extraordinário, embora fosse realmente extraordinário distribuir tal tipo de coisa até tornar-se comum, a ponto de tornar-se norma da casa, tomada como se fosse um lar em Cristo.

Há algumas pessoas que dizem isto: "a humanidade é minha preocupação". E até fazem estas perguntas:

1) Por que somos egoistas?

2) Por que estamos nos isolando?

3) Por que nos escondemos de nossa própria especie, que é primazia da criação de Deus?

Há quem diga o seguinte: "minha casa tem grades por medo dos humanos e não dos animais. Nós tememos nosso proximo, pois nos matamos uns aos outros. Nós queremos mais armas, mais guerras. Por conta disso, não há paz, pois não há acordo.

Afinal, onde está o amor? São palavras vazias, quando soadas sem atitudes. Por conta disso, nós somos hipócritas, pois sem Deus somos exatamente isso. Eis a falência do antropocentrismo.

Eu não amo uma humanidade amorfa, abstrata. Eu amo aquele que imita a Cristo perfeitamente.

A comunidade dos homens que imitam a Cristo, de modo a estarem na comunidade com o Todo que vem de Deus, é universal. E não representa toda a humanidade ainda. Se Deus nos deu um coração de carne em Cristo, então o homem com o qual lido e estudo é um homem real. Ele não é uma mera folha de papel, como dizia Locke.

Se eu amar algo amorfo, abstrato e vazio, eu estarei edificando algo voltado para o nada. Estarei dispendendo tempo e energia e algo que não vale á pena. E liberdade voltada para o nada é prisão, pois é improdutivo.

Isso confirma tudo o que digo: sem Deus, sem Cristo, nada faz sentido.

Se a vida é fria, Cristo aquece e conforta

goró - gíria para aguardente

gorąncy - quente

1) Quando a pessoa está com frio, ela vai pedir o goró para ficar com o corpo mais quente. 

2) Embora o termo "goró" seja usado para aguardente, tradicionalmente a bebida mais usada para se combater o frio é o vinho. E vinho com o pão, que fazem do cordeiro imolado refeição, é o que nos dá força e coragem para vencermos os desafios da vida, já que isso vence a morte.

Toda nudez voltada para o nada terminada castigada (até na biologia)

gimnosperma - semente nua

frio (em polonês) - zimno

1) Se a semente não tem fruto, ela acaba se perdendo, seja por conta de servir-se de alimento a outras espécies ou perecendo por conta da ação das intempéries, como o frio decorrente da geada.

2) Como semente sem fruto tende a ser liberdade voltada para o nada, então toda nudez voltada para o nada terminará castigada, como dizia Nelson Rodrigues.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Notas sobre a relação entre suserania, vassalagem e nacionidade

1) A vassalagem nunca é ruim, quando o suserano for bom e serve a Cristo, por conta da missão que herdamos em Ourique.

2) Se aquele que rege serve com justiça, então nós podemos ver nele o Cristo Crucificado em nosso soberano - e passamos a servi-lo ainda mais.

3) O exemplo de D. Afonso Henriques pode ser imitado por qualquer pessoa do povo. Quem serve aos semelhantes sabedoria naturalmente adquire autoridade sobre essas pessoas a quem ensina, pois isso é um tipo de catequese - e a autoridade do exemplo vivo cria laços naturais de suserania e vassalagem, pois podemos ver naquele que ensina o Crucificado de Ourique nessa pessoa. 

4) Se a Santa Escravidão leva à liberdade, então a Santa Servidão se dá pela admiração sincera a quem é um verdadeiro exemplo - e isso edifica liberdade, a tal ponto que tomamos o país como se fosse um lar em Cristo.