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domingo, 1 de maio de 2016

Notas sobre a gênese da República

1) Da forma como narrei os meus artigos mais recentes, isso me lembrou o estilo de narrar da Bíblia, quando do momento da criação do mundo, no Gênesis. 

2.1) Certa ocasião, num Sábado de Aleluia, estava lendo o folheto da missa e estava observando o esquema narrativo. Enquanto escrevia os meus artigos, acho que instintivamente eu acabei imitando aquele estilo de modo a mostrar gênese desse falso Brasil, de modo a mostrar a forma como este é construído de modo a destruir o verdadeiro, fundado em Ourique.

2.2) Se você pegar o período que abrange 1891 a 1930, temos o primeiro dia.

2.3) Se você pegar o período que abrange de 1930 a 1946, temos o segundo dia.

2.4) Se você pegar o período de 1946 a 1964, temos o terceiro dia.

2.5) Se você pegar o período de 1964 a 1988, temos o quarto dia.

2.6) Se você pegar o período de 1989 a 2002, temos o quinto dia, que abrange a fase azul, social-democrata, que preparou o caminho para o PT.

2.7) Se você pegar o caminho de 2002 a 2016, temos o sexto dia - a fase vermelha, comunista, bolivariana e totalitária. Este é o período da Era dos Extremos, o período em que a fé na ordem republicana, fundada em sabedoria humana dissociada da divina, entrou decididamente em metástase. Vivemos o período mais extremo da tirania.

2.8) O que virá no sétimo dia? A restauração da monarquia? Se isso acontecer, então o mal terminará sendo vencido, pois o Cristo Crucificado de Ourique venceu a morte republicana e restaurou a paz e a ordem edificada em 25 de julho de 1139. E desse tormento podemos descansar, pois o jugo do Senhor é suave.

Notas sobre o centurismo positivista e o centurismo comunista no Brasil

1) Partindo da lógica positivista, em 1889 nasceu um falso Brasil, que revogou por forças humanas, dissociadas da vontade divina, a civilização virtuosa que se edificou desde Ourique, em 1139.  A Constituição foi outorgada em 1891. 

2) A primeira ordem fracassou. Veio o castilhismo, um novo estado de compromisso que desaguou na revolução de 1930, na Revolução Constitucionalista de 1932 e na Constituição de 1934. Em 1937, veio a Polaca, a Carta do Estado Novo. Em 1945, Getúlio foi deposto e uma nova Constituição em 1946. Instaurou-se uma nova ordem, um novo Brasil.

3) Essa ordem de coisas, decorrente do pós-guerra, fracassou. O país mergulhou no caos e veio a intervenção constitucional de 1964. Uma nova Constituição foi feita em 1967, depois uma nova em 1969. E ficamos sob estado de exceção por 21 anos, até 1985. Os esquerdistas tomaram o poder e estabeleceram a Carta de 1988.

4) Um novo Brasil, fundado na ordem comunista, começou a partir das eleições da República, após 100 anos de governo positivista. Entre 1989 a 2002, veio a fase azul - 13 anos se passaram e uma nova fase, a fase vermelha, dominou o país de maneira absoluta. O PT está no poder faz 13 anos e está pra ser retirado do poder.

5) Quais serão os próximos passos do comunismo internacional? Se no mundo inteiro houve 100 anos de comunismo, que produziu mais de 100 milhões de mortes, então este centurismo em particular é alimentado por um ciclo gnóstico de 13 anos, alimentado por sabedoria humana dissociada da divina..

sábado, 30 de abril de 2016

Pra frente e à direita do Pai

1) 1964 não existiria, se não tivesse havido 1889. Na verdade, 1964 é um desdobramento da revolução de 1930, quando o castilhismo passou a dominar o país de maneira incontestável até a Carta de 1988.

2) Os nazi-petistas são vingativos quanto à 1964, mas são conservantistas quanto à lógica revolucionária que nos rege desde 1889.

3) Essa espiral do silêncio precisa ser rompida. Não quero saber de esquerda de farda ou esquerda vermelha - eu prefiro estar servindo a quem está sentado à direita do Pai, servindo a Ele em terras distantes. Prefiro andar pra frente sob monarquia, fundada na Aliança do Altar com o Trono edificada lá em Ourique, em 25 de julho de 1139.

Notas sobre a nossa atual circunstância de espiral do silêncio

1) Quando vejo muita gente protestando contra o PT usando a bandeira da República, eu vejo uma espiral do silêncio. Os revolucionários, por sua ignorância manifesta, tentam gritar a plenos pulmões diante das câmeras que não vai ter golpe.

2) Na verdade, o golpe já foi dado no dia 15 de novembro de 1889. 

3) Os gritos enlouquecidos não deterão a contra-revolução, que faz em conformidade com o Todo que vem de Deus, conservando a dor de Cristo e tomando o País como se fosse um lar, por conta da missão que herdamos do Cristo Crucificado de Ourique, de modo a servir a Ele nestas terras distantes. 

Constituição de 1988 - estudo de caso sobre a tradição conservantista e revolucionária

1) Meus pais estavam assistindo a um vídeo cujo título é "Lula vai morrer no dia 13".

2) O expositor, um protestante, soltou alguns argumentos interessantes: 

2.1) Que a Carta Constitucional de 1988 criou um Brasil novo. Este argumento é tipicamente positivista, pois faz da carta de 1988 um marco e tudo o que ocorreu no passado será deletado. Argumento tipicamente neopagão - não deixa de ser um caso particular da tradição quinhentista.

2.2) O período azul, social-democracia, durou de 1989 a 2002 - 13 anos

2.3) O período vermelho, nazi-petismo, durará 13 anos - de 2003 a 2016.

2.4) As revoltas de 2014 não derrubaram a Dilma porque o ciclo não estava fechado.

2.5) Esse número tem relevância cabalística - para tudo ser manejado por conta de um ciclo de treze anos, fundado sabedoria humana dissociada da divina, isso é fruto de gnose. Pois os acontecimentos serão manipulados de tal sorte a respeitar ciclo fundado em sabedoria dissociada da divina, o que é marcadamente revolucionário, pois cria um determinismo histórico, coisa que justifica o marxismo

2.6) Quando o sujeito começou a atacar a Igreja Católica, usando o termo "ICAR", eu senti que era o sujo falando do mal lavado. E parei de ouvi-lo. 

2.7) Decidi tomar este fato como um estudo de caso a ser analisado porque este vídeo representou um exemplo de metalinguagem revolucionária: um sujeito, que não crê em fraternidade universal, combatendo algo que se desdobrou do protestantismo, como o libertarismo e a Nova Ordem Mundial. Chega a ser algo cômico, se não fosse trágico - lembra um pouco esse pessoal que quer combater o PT usando a bandeira da República, que é revolucionária e anticristã.

3) Enfim, esse pessoal perdeu o senso de realidade. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de abril de 2016 (data da postagem original)

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Do escritor como um agricultor cultural

"Providing for body and soul can be a heavy responsability" (frase tirada da classe Patron, constante do jogo The Guild 2)

Eu digo mais, quanto ao ato de escrever:

1) Alimentar meus pares com dizeres que edificam a consciência é fornecer alimento para a alma. É uma responsabilidade tão tremenda quanto a do camponês que passa o tempo arando a terra.

2) O escritor, dentro da seara cultural, é também um agricultor: um agricultor de almas.

3) Quando almas são formadas dentro da conformidade com o Todo que vem de Deus desde o berço, menor a probabilidade de o mal pescar os virtuosos para o pecado, de modo a conduzi-los ao Cabo das Tormentas, para a perdição eterna. É um trabalho tão importante quanto o de pescar almas, tal como se fazia com os pagãos e os gentios.

Da relação entre nacionidade e hospitalidade

1) Quando se vai para um outro lugar, é preciso que se tenha em mente de que aquele lugar para onde se vai será sua morada, dentro daquela circunstância. Mesmo que a circunstância seja temporária, o lugar deve ser tomado como se fosse um lar, enquanto esta for sua circunstância. É mais ou menos a lógica do poeta Vinícius de Moraes: que isso seja infinito enquanto dure. 

2.1) Eis aí a grande diferença do hostel para o hotel. 

2.2) No hotel, a coisa é fundada de maneira impessoal, fundada no amor ao dinheiro: como foi feito para turismo de negócios, ele é perfeito para turismo em áreas onde a impessoalidade é a norma do dia, como as grandes cidades.

2.3) Em lugares mais familiares, em lugares onde não existe a impessoalidade, o senso de tomar o lugar como se fosse um lar se faz mais necessário. E isso leva necessariamente à hospitalidade.

2.4) A casa onde moro, o meu mundo interior, é o lugar onde desenvolvo as verdadeiras amizades. Caso um contato meu de internet esteja querendo fazer alguma coisa de relevo no Rio de Janeiro, ele pode simplesmente se fixar na minha casa pelo tempo que for necessário. Ele come minha comida, pode usar minha biblioteca e dorme num quarto de hóspedes - além disso, é próprio do Cristão dividir as coisas com os irmãos necessitados. Tão logo ele cumpra a sua missão, ele volta pra casa e acerta as contas comigo.

2.5) A hospitalidade e a nacionidade caminham juntas. 

2.6) Como isso é conforme o Todo que vem de Deus, o serviço hospitaleiro deve ser recompensado, levando-se conta o tempo que meu hóspede passou em minha casa e o quanto esta casa foi crucial para o desenvolvimento de sua atividade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de abril de 2016.

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