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sábado, 5 de setembro de 2015

Como o conservantismo favorece a convardia e inviabiliza a guerrilha contra-revolucionária

1) Agora entendo as razões porque a direita não adota certas táticas para combater a esquerda, na forma como o meu colega Andre Tavares​ apontou. Tem certos elementos que estão a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade - e com base nisso estão à esquerda do pai, ainda que se declarem de direita, nominalmente falando.

2) O incidente envolvendo Olavo e os protestantes aponta isso. O conservantismo é estar à esquerda do pai no seu grau mais básico. Basta não se acreditar na fraternidade universal que você está a serviço de Lúcifer.

3) Basta crer que a salvação se dirige a alguns eleitos que você se predestina ao inferno.

4) Basta semear que a Santa Igreja de Deus, que é conforme o Todo que vem de Deus, é a Nova Babilônia, que Maria Santíssima não é a mãe de Deus que o caos está instaurado. E não é à toa que isso favorece o ateísmo militante dos comunistas.

5) Além disso, esses conservantistas são os que mais faturam com propaganda anti-católica e são os que mais se enriquecem com isso. Essa gente, enfim, faz jogo duplo.

Como a integração social leva ao distributivismo

1) Uma ordem econômica personalista leva necessariamente à circulação da riqueza, pois a sociedade é composta de pessoas que se relacionam entre si por meio da troca - e isso gera relações sociais interdependentes. E essa integração, essa interdependência precisa ser harmônica, conforme o Todo que vem de Deus, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar. Afinal, é a através da interdependência que se dá a distribuição das coisas de maneira justa e equânime, pois a liberdade se dá em Cristo. E é só naquilo que é magnificente que se pode usar com justiça o termo liberal, pois Cristo é a verdade - e ninguém vai ao Pai senão por Ele.

2) A troca mais básica não existe se não houver confiança - e para se conquistar a confiança de alguém, é preciso que haja uma identidade no querer e no não querer - e tudo isso tem fundamento em Cristo, pois a verdade é o fundamento da liberdade, do senso e do certo e do errado. E tudo isso se constrói por meio da amizade em Cristo, que se distribui graciosamente a todas as pessoas que habitam a mesma comunidade.

3) Pois é na amizade que surge um projeto em comum que dá a razão de ser das coisas, de modo a que um lugar seja tomado como se fosse um lar - um projeto que deve e precisa ser feito junto, sob pena de perecimento sistemático. Pois não há sociedade sem amizade, sem alianças permanentes e organizadas - e não há sociedade livre sem fraternidade universal, sem algo que nos leve à conformidade com o Todo que vem de Deus.

4) Enquanto existir entre nós os vícios do protestantismo, que semeou uma cultura de não se crer na fraternidade universal, bem como a riqueza como sinal de predestinação para os "eleitos", a desgraça sempre será uma ameaça constante. O protestantismo, que é conservantismo, é que abriu as portas para toda uma onda de ações revolucionárias que corroem os nossos valores a cada dia.

Notas sobre economia personalista - análise do meu caso, como empreendedor nas letras

1) Estou sempre precisando de dinheiro para os meus projetos intelectuais - e o financiamento que obtenho é através das doações que recebo, por conta dos artigos que escrevo.

2) A garantia que eu dou a quem me financia é a minha atividade, além da minha credibilidade, como pessoa sincera que eu sou: presto um serviço de boa qualidade e estou sempre fazendo as coisas, de modo a edificar uma boa consciência nas pessoas - elas estão aprendendo a tomar o Brasil como se fosse um lar e não como se fosse religião de Estado desta república que nos domina.

3) Todos os meses esse ciclo se renova - e os meus financiadores são também meus sócios, pois amam e rejeitam as mesmas coisas da forma como eu faço: tendo por Cristo fundamento. Por essa razão, são meus amigos.

4) E esse financiamento na atividade que presto é um investimento, pois os meus contatos participam me corrigindo onde estiver errado e sempre tiram dúvidas comigo, de modo a que eu possa me aprimorar. Enfim, eles são uma parte bem ativa do meu negócio, pois são sócios e consumidores do meu produto, além de serem meus amigos, pois eles também são meus compatriotas na pátria do céu.

5) Enfim, esse negócio de amigos e negócios devem ser separados é lenda urbana criada numa sociedade argentária, onde a salvação se dá através da riqueza, coisa criada pelo calvinismo (ou puritanismo).

6) Só num ambiente católico e distributivista é que vemos perfeitamente essa integração, pois a economia própria decorre da personalidade, do justo exercício que você tem dos poderes de usar, gozar e dispor das coisas. Pois a propriedade é a projeção da personalidade sobre as coisas que você ocupa, de modo a realizar uma atividade econômica organizada, feita de tal maneira a ganhar o pão de cada dia honestamente.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Notas sobre o racha entre católicos e protestantes no grupo do Olavo

1) O racha entre católicos e protestantes, dentro do grupo do Olavo, é a constatação em macroescala daquilo que já vinha percebendo no CONS, anos atrás: a mistura de conservadores e conservantistas é explosiva.

2) Como sempre falei, quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade está sempre à esquerda do pai, no seu grau mais básico.

3) Ao contrário do que disseram, não é a direita que começou a divergir - na verdade, nós estamos purificando a direita, de modo a que seja realmente aquilo que está mesmo à direita do pai, conforme o Todo que vem de Deus. Existe uma linha vermelha da qual não se deve passar. E para não cruzá-la, você deve ser honesto e íntegro, já que esta linha, se cruzada, te leva direto para o inferno, se você não se arrepender disso. O professor Olavo já falava disso desde sempre.

4) Enfim, sinto-me contente em saber que estava certo desde o início. Dou graças a Deus por isso! Não foi por falta de aviso; falei sobre isso o tempo todo - poucos me deram ouvidos.

5) Meu respeito pelo professor Olavo aumentou e muito desde que houve o incidente. Ele está percebendo o que percebi há muito tempo.

A cultura de cortar o semelhante vai gerar um monstro

1) O colega Caio Ramon Aquino falou de algo bem irritante nos brasileiros, em geral: enquanto você está falando algo importante, o sujeito corta o teu raciocínio e conversa com um sujeito de outra ponta - e quando você está cara a cara com alguém, isso é muito comum, ele te corta quando ele discorda de você, sobretudo quando isso fere as conveniências dele, que são dissociadas da verdade. 

2) Isso aí é um indício de falta de Cristo, de não se crer na fraternidade universal - é falta de caridade para com o seu semelhante, no sentido de ouvir o que ele tem a dizer, além de ser puro egoísmo não emprestar o ouvido a quem necessita te contar algo importante, por conta do fato de você ser amigo dele. Tudo isso edifica uma alma apátrida, rica em má consciência.

3) Se já considero esse comportamento descrito acima um ato de agressão, certas coisas que vejo nos designs dos computadores e na rede social em geral - quando te botam uma janela bem no meio da tua cara, enquanto você está trabalhando e raciocinando - são verdadeiros atos de agressão. Outro dia estava escrevendo um artigo e, de repente, alguém me mandou uma mensagem inbox -  e ela me apareceu bem diante dos meus olhos, enquanto escrevia. Se jogar isso no plano da realidade, é como se estive escrevendo no meu caderno algo importante e de repente um caboclo do nada aparece mostrando, bem diante dos meus olhos e sem aviso, um texto para eu ler. Além de ser falta de educação, isso é um ato de agressão.

3) Qualquer dia desses, o facebook e a microsoft, a fabricante do windows, são ser responsabilizadas civilmente por conta da teoria da perda de uma chance. 

4) Imagine que a maior oportunidade da sua vida depende de algo que você esteja fazendo agora, neste momento - e de repente aparece um texto do nada e te tira todo o raciocínio, de modo a comprometer todo o teu trabalho ou toda a tua conversa. Às vezes, isso pode te custar o emprego, o dinheiro e a perda de alguém muito especial. 

5) Se levarmos em conta que vivemos numa sociedade cada vez mais protestantizada, que não crê na fraternidade universal, a teoria da perda de uma chance se torna cada mais importante, de modo a afastar a alegação de caso fortuito ou força maior, já que neste ambiente social não existe uma segunda chance, pois se perdeu a noção de fé, esperança e caridade. E com o ativismo judicial cada mais forte, isso está acontecendo de maneira cada vez mais freqüente - e essas empresas terminarão indo à falência, pois todos os dias vemos isso acontecer sempre e sempre. 

6) O que elas vão pagar de seguro de responsabilidade civil por conta disso não será brincadeira.

O melhor necrológio se dá no diário e no confessionário

1) Olavo fala muito no necrológio, na necessidade constante de planejar a vida, no esforço de você ver a sua vida a partir de um outsider, descrevendo o que você faz e edifica, de modo a estar em conformidade com o Todo que vem de Deus. Ou seja, você precisa ver a sua própria vida a partir de um contorno fechado, pois este é o único Evangelho que muitos levarão em conta, tal como diz São Francisco de Assis.

2) A vida em conformidade com o Todo que vem de Deus não precisa de muito planejamento - se planejar é uma forma de estudar, então estudar demais te emburrece. E mais: planejar demais te faz uma pessoa neurótica. E o que é a gnose senão uma neurose, um câncer que se dá na alma?

3) A melhor forma de necrológio que você pode fazer é fazendo um bom exame de consciência e fazendo constantes confissões e comunhões freqüentes. E a melhor forma de se fazer se dá no diário e no confessionário. Pois é no diário que você está frente a frente com Deus e sua consciência - e o confessionário, que é onde encontramos Jesus presente, é o lugar onde você manda os relatórios e a prestação de contas, de modo a que o mal não te domine, enquanto você exerce esse duro trabalho que é escrever. 

4) O bom escritor precisa estar sempre fazendo exames de consciência e fazendo bastantes confissões, de modo a que todo o seu trabalho esteja sempre em conformidade com o Todo que vem de Deus. Pois escrever sob a influência do Espírito Santo é edificar a fraternidade universal entre nós - trata-se de Cristo Crucificado distribuído ao longo das gerações e ao longo do tempo, pois a verdade é permanente e eterna.

Escrever é fotografar o fluxo mental

1) Se, em fotografia, captar um momento que possa ser traduzido numa imagem emblemática requer inspiração e atenção, então o processo de escrever é a mesma coisa; para você captar em palavras aquilo que você percebe através dos pensamentos, do fluxo mental, tudo isso requer inspiração, dedicação e muito preparo.

2) Para cada texto bom que escrevo, muitos textos ruins e incoerentes eu produzo. A sorte é que nós temos duas coisas: o diário e o rascunho. 

3) O diário permite registrar o que você viu; o rascunho, para planejar o que você vai dizer num artigo, na sua versão definitiva.