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sábado, 5 de setembro de 2015

Como a integração social leva ao distributivismo

1) Uma ordem econômica personalista leva necessariamente à circulação da riqueza, pois a sociedade é composta de pessoas que se relacionam entre si por meio da troca - e isso gera relações sociais interdependentes. E essa integração, essa interdependência precisa ser harmônica, conforme o Todo que vem de Deus, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar. Afinal, é a através da interdependência que se dá a distribuição das coisas de maneira justa e equânime, pois a liberdade se dá em Cristo. E é só naquilo que é magnificente que se pode usar com justiça o termo liberal, pois Cristo é a verdade - e ninguém vai ao Pai senão por Ele.

2) A troca mais básica não existe se não houver confiança - e para se conquistar a confiança de alguém, é preciso que haja uma identidade no querer e no não querer - e tudo isso tem fundamento em Cristo, pois a verdade é o fundamento da liberdade, do senso e do certo e do errado. E tudo isso se constrói por meio da amizade em Cristo, que se distribui graciosamente a todas as pessoas que habitam a mesma comunidade.

3) Pois é na amizade que surge um projeto em comum que dá a razão de ser das coisas, de modo a que um lugar seja tomado como se fosse um lar - um projeto que deve e precisa ser feito junto, sob pena de perecimento sistemático. Pois não há sociedade sem amizade, sem alianças permanentes e organizadas - e não há sociedade livre sem fraternidade universal, sem algo que nos leve à conformidade com o Todo que vem de Deus.

4) Enquanto existir entre nós os vícios do protestantismo, que semeou uma cultura de não se crer na fraternidade universal, bem como a riqueza como sinal de predestinação para os "eleitos", a desgraça sempre será uma ameaça constante. O protestantismo, que é conservantismo, é que abriu as portas para toda uma onda de ações revolucionárias que corroem os nossos valores a cada dia.

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