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sexta-feira, 26 de junho de 2015

Basta ser nacionalista no singular que você é apátrida a título universal

1) Muito em breve adquirirei cidadania portuguesa. De cidadão do Império do Brasil, passarei a ser cidadão do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Serei na prática cidadão do país unificado - e serei diplomata perfeito nesta circunstância. Se eu defendo a reunificação, então eu devo dar o exemplo.

2) Muitos dos que possuem cidadania italiana ou portuguesa, infelizmente, não possuem a consciência que eu possuo. Se todos tivessem essa consciência, não tomariam o país como se fosse religião, a ponto de negar a esperança a quem vem aqui em busca de uma nova vida, uma nova oportunidade, após um desastre natural que devastou o Haiti.

3) Muitos podem discordar do Eduardo Bisotto​, quando este fala que os haitianos são os novos italianos. O que não sabem é que ele é um dos leitores mais fiéis que possuo, pois compreende tudo o que eu sempre disse acerca da questão nacional.

4) Vocês, que têm dupla nacionalidade, ao tomarem o Brasil como sendo religião, vocês estão renegando também o seu passado. Vocês estão sendo apátridas em tudo, seja no céu ou na terra - vocês não são italianos ou portugueses, muito menos brasileiros. E um povo apátrida é o fermento necessário para que a bactéria revolucionária da Nova Ordem Mundial prospere. Ajam como os portugueses que fundaram esta terra: sirvam a Cristo em terras distantes e aí vocês sentirão na carne como é doloroso e sofrido tomar o país como um lar, apesar de todas as dificuldades. E é assim que se conserva a dor de Cristo - eis a razão porque chamo quem age assim de conservador, no sentido autêntico da palavra.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Comentários sobre dois objetivos civilizacionais tão necessários ao Brasil e ao mundo português como um todo

1) Hoje consegui identificar um objetivo intelectual e um objetivo literário que não sei se serei capaz de executar.

2) O objetivo intelectual é estabelecer uma teoria do Estado que dê conta daquilo que foi estabelecido pelo Cristo Crucificado de Ourique. Essa teoria visa à construção de um Estado que possa servir fielmente à missão de servir a Cristo em terras distantes, coisa que é a nossa fundação constitucional. Como isso foi divinamente estatuído, essa teoria não admite comparações com todas as outras que conhecemos, fundadas em sabedoria humana dissociada da divina. Para a teoria do Estado ser considerada uma ciência, o Estado deve ser edificado de tal maneira a servir a Cristo, da forma como se deu naquela aparição em Ourique - eis as circunstâncias do mundo português como um todo. Se outros povos virem o Crucificado, tal qual D. Afonso Henriques viu, eles receberão missões diversas, de tal maneira a que possam bem servir à cristandade, o que pede toda uma fundação constitucional e institucional específica e voltada para esse fim.

3) O objetivo literário é traçar a história do Brasil do milagre de Ourique até a queda da monarquia aqui no Brasil - haverá ainda um segundo volume que trata dos anos republicanos até a restauração do que foi perdido.

4) Essa tarefa pede escritores qualificados que estejam à altura de algo tão grandioso. Se isso for bem feito, será uma obra-prima tão boa quanto Os Lusíadas.

Da necessidade de um projeto intelectual, voltado para o Cristo Crucificado em Ourique

1) Até onde eu pude perceber, a aparição do Cristo Crucificado de Ourique pede toda uma Teoria de Estado feita de tal maneira a atender a missão que Ele nos deu. E isso não admite comparação com todas as outras teorias historicamente já criadas, fundadas por sabedoria humana dissociada da divina. Essa teoria vale somente para o mundo português como um Todo, que foi totalmente afetado por  Ourique. Se outro povo vir a Cristo Cruficado como aquele que D. Afonso Henriques viu, esse certamente receberá missão de outra espécie.

2) Tal como ocorre com os indivíduos virtuosos, uma história nacional grandiosa como essa não se apaga, apesar dos pecados sociais sistemáticos. O que não se pode é tomar o pecado como se fosse virtude ou projeto de vida de tal maneira a forjar vingança ou luta de classes. É o que vemos desde o libertarismo da Revolução Liberal do Porto ou no bolivarianismo comuno-petista, hoje em dia.

3) Até onde pude perceber, com base no Curso de Teoria do Estado do Olavo, a aparição do Cristo Crucificado de Ourique pede uma formação intelectual e toda uma política de Estado voltada a servir a Ele em terras distantes. Como a razão do ser nacional de Portugal é servir ao universal, então todos seremos tomados como um lar, se servirmos a Cristo, dentro das nossas circunstâncias locais. Todos os domínios portugueses são chamados igualmente para esse trabalho.

4) Eu vou estudar mais cuidadosamente tudo o que o Olavo falou sobre Teoria do Estado e de que forma isso poderia atender ao que se estabeleceu em Ourique. Eu até agora, nesses três anos e meio, só analisei o senso de se tomar o país como um lar - e isso pré-existe à questão constitucional, pois decorre do que é conforme o todo que vem de Deus, da Lei Natural.

5) Pelo menos, tomei por parte o que observo aqui no Brasil. Quanto ao que acontece em Cabo Verde, Portugal e demais domínios, isso eu realmente não sei e nem sei por começar a analisar essas questões, que são realmente complexas.

6) O que me parece claro é que aquela velha questão dos luzias e saquaremas, fundada desde a Revolução Liberal do Porto, está superada. Tudo o que foi estabelecido fora de Ourique não tem valor, pois não podemos ver o Cristo Crucificado nele.

domingo, 21 de junho de 2015

Da missão salvífica do escritor

1) Se a salvação depende da graça de Deus, a melhor forma de atestar que sou digno dele é Ele apreciar as obras que produzo como um atestado material de que realmente creio em Sua bondade e justiça, pois Ele tem o poder de julgar os vivos e os mortos. E para que isso aconteça, eu devo produzir essas boas obras.

2) Enquanto eu for um ser vivente, não posso me julgar salvo só porque creio no Senhor, pois minha crença em mim mesmo estará se antepondo a Cristo, o que é orgulho e vaidade. Eu devo me esvaziar de mim mesmo e de toda a sorte de idolatria do ego.

3) Quando eu escrevo o que escrevo, eu me esvazio de mim, deixando que o Espírito Santo fale por mim.

4) Quando eu assino uma obra, eu só dou um atestado de que aquilo que por nota tomei é verdadeiro e dou fé, tal qual um funcionário público - diante do plano da eternidade, o escritor e o escrevente se confundem na mesma pessoa, pois conservo a dor de Cristo conservando o que é conveniente e sensato, coisas essas que me levam a Ele. Quando as pessoas dizem que esta tese é "minha", eu sinto um arrepio - e, em seguida, eu respondo: "a tese não é minha - na verdade, é a força do que o Espírito Santo foi capaz de fazer em mim, de tal modo a dizer aquilo que disse. O fato de escrever bem é um dom que Deus me deu de modo a que melhor servisse à Sua vontade". O que faço é preparativo de modo a que a missão que herdamos de Ourique seja restaurada. E é isso que faço.

5) Por enquanto, poucos são os têm consciência disso - e esses poucos certamente serão os verdadeiros 200 milhões e muito mais. Os numerário de carne e osso de hoje é falso, mas o numerário  espiritual que decorrerá dos poucos que são verdadeiros é que será verdadeiro, e isso levará tempo e gerações.

Dos fundamentos do juízo

1) Como Cristão, eu não posso julgar pessoa alguma, a não ser fatos e atos - e isso é indício de que devo me afastar ou me aproximar de alguém, em relação àquilo que é conforme o Todo que vem de Deus.

2) Não posso condenar, nem absolver - não estou investido na função de dizer qual é o direito que decorre daquilo que é conforme o Todo que vem de Deus. Se tivesse de dizer isso, teria que declarar a verdade que decorre das ações humanas, se ela é ou não conforme o Todo que vem de Deus. E isso se chama justiça.

3) No plano da cidadania celeste, eu só posso aplicar o que me é conhecido - se tenho Deus no coração, todas as ações serão revestidas daquilo que é verdadeiro. E se tudo é revestido de verdade, o juiz não precisa declarar, mas reconhecer e garantir o meu direito, que é desde sempre meu, por se fundar em boa-fé e em bom direito, fundado em lei eterna.

Sobre o trabalho do filósofo

1) Se me preocupo tanto com tanta coisa, é porque o que penso é extremamente relevante, posto que se funda em problemas concretos, jamais em coisas voltadas para o nada. E para o filósofo, nada de relevante deve escapar. E isso não pode ser esquecido nenhum minuto sequer, como diz o professor Olavo de Carvalho.

2) Se as pessoas atentassem pro fato de que o símbolo da filosofia é uma coruja, elas saberiam o porquê de eu me preocupar tanto com tanta coisa. E isso nunca é demais - todo o esforço dispendido pra isso é válido e compensa toda sorte de sacrifícios por que passo dia-a-dia.

3) Como a coruja é capaz de enxergar no escuro e é capaz de ver as coisas em 360 graus, eu sou capaz de perceber luz na escuridão - e esperança, em meio ao luto e ao desespero. E como meu dever é servir ao próximo, eu escrevo as coisas por caridade, num mundo cada vez mais contaminado pela crença escolhida de não se acreditar mais na fraternidade universal. Sei muito bem que se não fizer bem o meu trabalho não estarei colaborando no plano da salvação, coisa essa que se funda na eternidade. Se a salvação se dá por graça de Deus, Ele certamente apreciará minhas obras, pois o que faço é para o bem do meu próximo - todos aqueles que tomam o país como um lar amando e rejeitando as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento, e sem escolher o que é conveniente e dissociado da verdade. E é esta a intenção que guia todo o meu apostolado filosófico.

4) Ao filósofo, nada lhe escapa. Tudo o que for conforme o Todo que vem de Deus deve ser apreciado retamente, através da ajuda do Espírito Santo - como sou humano, o trabalho que faço se dá na medida do que me é possível, por força das circunstâncias. Para agüentar uma carga dessa, só mesmo comungando com freqüência. Se não comungasse, se eu não cresse que aquele pedaço de pão que tomo por alimento na santa missa não fosse mesmo o corpo de Cristo, eu seria que nem os conservantistas: jamais acreditaria em fraternidade universal, muito menos em fé, esperança e caridade, causas da apatria.  

5) Só posso crer naquilo que é verdadeiro - e o que é verdadeiro é conforme o Todo que vem de Deus. E uso a razão para crer naquilo que é verdadeiro - e se eu não compreendo, eu peço a Deus que me dê uma razão para acreditar no que vejo, embora saiba que isso tudo provém daquilo que é conforme o Todo que vem de Deus: os milagres. Por essa razão que eu estudo para compreender, de modo a reforçar a minha crença naquilo que é verdadeiro.

sábado, 20 de junho de 2015

Reflexões pós-artigo

Vito Pascaretta:

1) O Professor Olavo fala do discurso esotérico e exotérico (discursos esses que são usados em partidos, em seitas, e em vários outros tipos de associação)

2)  O discurso esotérico seria o debate interno, pessoa a pessoa, num grupo pequeno. Ao passo que o exotérico seria para o grupão.

3) Pelo que entendi do Dettmann, as conversas individuais tornam-se materiais a serem expostos para o público. Eu me pergunto se isso é realmente a mesma coisa.

José Octavio Dettmann:

1) A força do que é relevante, por conta do fato de nos levar à verdade, é que me chama a agir, por dever de ofício, quando estou servindo à verdade, àquilo que é conforme o Todo que vem de Deus. 

2) Para entrar nessa conversa importante, por conta da importância, da seriedade do conteúdo, eu não posso fazer isso de qualquer maneira. Quando eu quero discutir algo sério, primeiro construo a legitimidade junto aos interlocutores e só depois eu falo o que penso. É preciso conquistar primeiro a confiança dos agentes e só depois falar o que pensa. E uma das formas de se construir legitimidade é rever cuidadosamente a situação da questão até o ponto em que ela está sendo discutida.

3) Tudo o que é verdadeiro transcende o ambiente privado e edifica ordem pública. E isso se dá naturalmente. Quem é conforme o Todo é chamado à conversa por força daquilo que está sendo edificado, pois a verdade se impõe sozinha. É ato divino. E isso é um tipo de distributivismo.

4) O que falo para o público deve ser fundado na caridade. Pois falar para um grupo é diferente de falar para indivíduos.  E precisamos falar aquilo que é bom a quem interessar possa. Só aquilo que é relevante para um indivíduo ou um grupo limitado de indivíduos em particular, por ser questão de foro íntimo, pode ser reservado, pois a vida privada é sagrada, inviolável. A vida não pode ser alvo de devassa.

5) Eis os fundamentos da liberdade de expressão.

Vito Pascaretta:

1) É por isso que Olavo fala que a Igreja não tem um discurso esotérico e nem exotérico. Pois o que a Igreja fala é a verdade, que vai ocupando todos os círculos concêntricos até se tornarem secantes.

Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 2015 (data da postagem original).