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sábado, 20 de junho de 2015

Reflexões pós-artigo

Vito Pascaretta:

1) O Professor Olavo fala do discurso esotérico e exotérico (discursos esses que são usados em partidos, em seitas, e em vários outros tipos de associação)

2)  O discurso esotérico seria o debate interno, pessoa a pessoa, num grupo pequeno. Ao passo que o exotérico seria para o grupão.

3) Pelo que entendi do Dettmann, as conversas individuais tornam-se materiais a serem expostos para o público. Eu me pergunto se isso é realmente a mesma coisa.

José Octavio Dettmann:

1) A força do que é relevante, por conta do fato de nos levar à verdade, é que me chama a agir, por dever de ofício, quando estou servindo à verdade, àquilo que é conforme o Todo que vem de Deus. 

2) Para entrar nessa conversa importante, por conta da importância, da seriedade do conteúdo, eu não posso fazer isso de qualquer maneira. Quando eu quero discutir algo sério, primeiro construo a legitimidade junto aos interlocutores e só depois eu falo o que penso. É preciso conquistar primeiro a confiança dos agentes e só depois falar o que pensa. E uma das formas de se construir legitimidade é rever cuidadosamente a situação da questão até o ponto em que ela está sendo discutida.

3) Tudo o que é verdadeiro transcende o ambiente privado e edifica ordem pública. E isso se dá naturalmente. Quem é conforme o Todo é chamado à conversa por força daquilo que está sendo edificado, pois a verdade se impõe sozinha. É ato divino. E isso é um tipo de distributivismo.

4) O que falo para o público deve ser fundado na caridade. Pois falar para um grupo é diferente de falar para indivíduos.  E precisamos falar aquilo que é bom a quem interessar possa. Só aquilo que é relevante para um indivíduo ou um grupo limitado de indivíduos em particular, por ser questão de foro íntimo, pode ser reservado, pois a vida privada é sagrada, inviolável. A vida não pode ser alvo de devassa.

5) Eis os fundamentos da liberdade de expressão.

Vito Pascaretta:

1) É por isso que Olavo fala que a Igreja não tem um discurso esotérico e nem exotérico. Pois o que a Igreja fala é a verdade, que vai ocupando todos os círculos concêntricos até se tornarem secantes.

Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 2015 (data da postagem original).

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