1) Se as universidades privadas são instituições de fomento ao comércio, então elas não têm autonomia de ensino, pois o ensino delas é patrocinado pelas empresas e o ensino deve ser direcionado ao atendimento das necessidades das empresas que pagam a manutenção dessas universidades.
2) Além disso, entre as universidades privadas não há competição, pois universidades não são empresas, por sua natureza - em geral são associações e fundações. Por isso, não podem fazer do ensino algo que deva ser tratado como se fosse banana na feira, pois é imoral.
3) Entre associações e fundações não há competição, mas colaboração - e o fazem de tal maneira de modo a ganhar o patrocínio do maior número de empresas possível. É na colaboração e na excelência que elas buscam o apoio das empresas - e uma mesma empresa pode patrocinar tanto uma quanto a outra ou mesmo as duas. A rigor, não há princípio de exclusão, como a competição pede e pressupõe.
4) Só seria possível conceber uma universidade como uma empresa se ela trabalhasse diretamente na produção de riqueza, tal qual uma empresa faz. Mas o fato é que ela só fornece meios de modo a que isso se torne possível - então, elas são acessórios que seguem a sorte do principal, as empresas.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 8 de junho de 2015 (data da postagem original).
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